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Segunda-feira, 30 de Março de 2009

Os Anti-cristos

            Isto faz logo lembrar a obra do Nietzschzinho.

 

            Não sei se a igreja católica já se apercebeu deste fenónemo. Com a liberdade e a educação menos rigida e dogmática, apareceram os anti-cristos. São os raivosos contra a religião. A revolta que sentem pelo sofrimento que sentiram na vida, voltam-na contra deus e a relegião. Eles não são descrentes, eles crêem que a relegião só veio foder o ser humano e defendem este ponto de vista com unha e dentes, quais fanáticos religiosos.

 

            Temos a relegião que andou a vender um deus bom, que se fossemos bonzinhos íamos para o céu, se fossemos mauzinhos, chupavamos com o inferno. E outras lenga-lengas que se dizem ás crianças. Entretanto, a humanidade saiu da infãncia. Já não resulta tanto.

            As pessoas perderam o medo e o respeito. Prometem-lhe um mundo bom e justo. Quando vamos a ver é sofrimento para burro. Eu que sou um bonzinho, quilho-me a valer, aquele gajo que é um badamerda, goza a valer. Como é que o pessoal não se há-de passar da cabeça!

            Há relatos infindáveis de como a própria igreja portou-se horrivelmente mal, durante toda história da humanidade. Que pregam uma coisa e praticam outra completamente oposta. Queriam o quê? Perdão?

 

            As pessoas sentem-se profundamente enganadas e feridas. Não estranhem que hajam uns bons milhares de anti-cristos. E nem pensem em recrimina-los, pois a maior parte deles são os verdadeiros cristãos. Tal como Friederich Nietzsche tinha alma de cristão. É que o filho mais critico e revoltado, pode ser o que mais ama o pai.

música: Jesus Cristo Superstar
Quinta-feira, 26 de Março de 2009

Factura Electrónica e Sexual

            Se é cliente da EDP e da EPAL, adira à factura electrónica. Chega de papelada e principalmente de assassinar àrvores. Façamos alguma coisa pelo mundo.

 

            Eu faço o seguinte: tenho uma conta de e-mail que também serve de armazém para todos os meus documentos electrónicos. Agora que forncem contas de e-mail com uma capacidade enorme, use-o também para armazenar coisas suas e poder aceder a elas de qualquer computador.

 

            Esse é o meu endereço de e-mail onde vão parar todas as minhas facturas electrónicas. Guardo uma cópia no meu computador pessoal (backup) e transfiro esse e-mail com a factura para uma directoria no meu e-mail que se chama qualquer coisa como “Facturas”. Se precisarem da factura em papel, é só mandar imprimir.

 

            Contactos para aderirem à factura electrónica:

 

EDP:                808 505 505

                        808 53 53 53

                       

                        www.edp.pt

 

EPAL:              213 221 111

 

                        http://www.epal.pt/

 

música: Save me - Queen
Quarta-feira, 25 de Março de 2009

Temporal

            Há uma canção dos Magnetic Fields, muita bonita, chamada It’s Only Time. A verdade é que eu não encaixo a letra muito bem. Parece-me que jogam apenas com as palavras, parodiando a frase “It’s Only Money”.

 

“Why would I stop loving you
a hundred years from now?
It's only time.
It's only time.

What could stop this beating heart
once it's made a vow?
It's only time.
It's only time.

 

If rain won't change your mind,
let it fall.
The rain won't change my heart
at all.

Lock this chain
around my hand,
throw away the key.
It's only time.
It's only time.

Years falling
like grains of sand
mean nothing to me.
It's only time.
It's only time.

(..)

 

            Mas Afinal o que é que o gajo quer dizer com isto? E responder-me-ão vocês:

- È apenas tempo.

 

            Parece-me que, e se calhar apanhei o significado neste momento, que isto é outra maneira de dizer: “O nosso amor vai ser eterno, o tempo não existe para nós”. Sim, acho que finalmente vi a luz. O tempo não lhe diz nada, é completamente ignorado.

            O tempo passa por ele sem o alterar. Ele resiste ao tempo, o tempo não o afecta, de todo, é uma coisa insignificante e inofensiva (a atacar, pelo outro lado, Caetano Veloso canta “Time is as weak as water”)

 

            Esta canção ficou mais a cismar na minha cabeça como anti-pressão tempo. Como é ridiculo ver um peão, todo bem vestido, em Lisboa, a apressar-se a atravessar com o vermelho para si, e os carros ainda parados. A meio da passadeira, o verde abre para os automóveis, e o peão alienado acelera ainda mais o passo quase em tom de desespero, perante uma tragédia iminente.

            Ssabemos que, grande parte das vezes nem sequer estamos atrasados, mas é a sofreguidão doentia de ganhar mais um segundo na vida. Pese embora a minha mãe repeti-se “Mais vale perder um segundo na vida que a vida num segundo”.

           

            São imensas as obras que se debruçaram sobre o tempo - uma das entidades mais impediosas do universo. Recordo-me da frase lapidar em “E tudo o vento levou”, quando as senhoritas vão dormir a sesta da Beleza, enquanto a nossa protagonista Scarlet se mantém acordada a curtir a vida:

- Não desperdices o tempo, pois é dele que é feita a vida.

 

            Os Pink Floyd, em 1973 alertaram os jovens para:

 

“Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain
You are young and life is long and there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun”

 

            Freddy Mercury cantou “Time waits for nobody”, que em português pode ter o equivalente: “O tempo não perdoa”.

 

            Parece que a humanidade estava a dormir, ou dormia demasiado, e alguém se lembrou de chamar à atenção para a vital importãncia do tempo, que culminou com a máxima “Tempo é Dinheiro” – que em americano significa: o tempo é mesmo o maior valor à face da terra.

            Iluminados fizeram questão de acordar a humanidade e mais alguma vez voltamos a dormir direito?

 

            Nesta vida alienante, poderiamos pensar muitas vezes: Não te rales, é apenas tempo.

            Talvez a meditação transcendental nos ajude a sermos menos ansiosos e a desprezar mais o tempo. E a sua prática mete medo logo por aí: quem tem coragem de gastar 20 minutos de manhã e 20 minutos ao fim da tarde a pensar em nada?

 

            O que é o tempo?

 

música: It's Only Time - Magnetic Fields
publicado por antiego às 15:57
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Sábado, 21 de Março de 2009

Confesso que sei viver

             Melhor que a sensação de ter um filho, só mesmo a sensação de ter gémeos.

 

              Depois, logo se vê, vem o trabalho infernal. Para as pessoas conscenciosas, isto será uma coisa impensável. Ok, queres ter um filho, mas tens a noção que isso significa que nunca mais terás sexo? E assim se explica as 1,33 crianças que existem por casal, em Portugal. Todos os casais Portugueses só têm um filho, em comum. Aquilo que está para lá de 1 bébé por casal, deve-se às mães solteiras, a "acasalamentos em 2ª mão", aos 50% de divórcios que existem, e outros sinais dos tempos.

 

            Qual é o ser vivo que ao dar á luz é logo comido pelas suas crias? Não caiam nessa.

música: I'm Just a Jigolo - David o roto
Quarta-feira, 18 de Março de 2009

Integração dos Ciganos

            Ciganos numa escola dos Olivais Norte

 

            Li agora a noticia sobre os ciganos numa em escola de Barcelos que se pode encontrar aqui.

            É sobre as tentativas de integração e sobre a descimininação.

            Para isso, não precisamos de ir a Barcelos. Na Capital, em Lisboa, nos Olivais Norte, há uma escola primária de integração, que acolhe ciganos. Integração, o tánas. Os ciganos estão apartados de todos os outros, metidos numa só turma, não interessa o nivel em que estejam. Assim, acontece o impensável: na mesma turma há alunos do 1º ao 4º ano. Pois, pois, em nome da integração, só para inglês ver. Vão lá e vejam que os meteram num gueto.

 

            Não estou a criticar a opção de os meter num gueto, estou a criticar a hipócrisia. Pelo que me contaram, é uma escola demais problemática, inclusivé visitada pela policia. Dizem que os pais ciganos só os metem lá para receberem o abono de familia. Também dizem que as crianças que passeiam no recreio, meia-volta apanham uns cachaços dos ciganos.

            Não conheço os ciganos, mas se realmente as crianças ciganas são intratáveis e só trazem problemas convivendo com outras crianças, criem uma escola à parte para eles. Agora, estar a dizer que uma escola é de integração, e separa-los numa turma só, isso é que é uma anedota. Ainda por cima, juntam-nos com as outras crianças no local onde isso não devia de acontecer: no recreio. O recreio deve ser o sitio mais dificel de controlar e mais perigoso, devido às brincadeiras frenéticas e imprevisiveis das crianças. Se as crianças fossem juntas numa sala de aula, não haveria azo a situações desagradáveis.

           

            Porque será que não distribuem os ciganos por todas as turmas? Justificam-se dizendo que os ciganos têm um ritmo diferente de aprendizagem. Que querem dizer com isso? Que são mais burros? Isto não será descriminação dentro da própria escola? Como se devem sentir os ciganos todos engavetados numa turma? Sentem-se mais ciganos, nós contra o resto do mundo.

 

            Os ciganos devem ser tratados como todos os outros. Se se portam mal, ao ponto da policia ser chamada à escola, devem ser castigados ou até mesmo expulsos da escola.

 

            Ou acham que é possivel integrá-los, espalhando-os pelas diversas turmas, como se fossem outros quaisquer, ou assumem que não é possivel integrá-los e criam uma escola à parte.

música: Chamem a Policia - Trabalhadores do Comércio
publicado por antiego às 11:34
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Terça-feira, 17 de Março de 2009

Mais Vale mal acompanhado do que Só

            Esta ideia vem expressa num filme português antigo, a preto e branco, sobre a vida de Camões. Na parte final deste filme, Camões, velho e miserável, encontra-se com uma senhora. Esta pergunta-lhe se quer que saia. Ao que ele responde:

- Fica, que o ódio também faz companhia.

           

            Muitas vezes nós criticamos ou lamentamos certas pessoas por isto e por aquilo, e porque mantêm certas relações que só lhes fazem mal, etc.

 

            Isto é porque não sentimos uma grande tragédia humana que é, muitas vezes: Mais Valer estar mal acompanhado do que Só.

 

 

           

música: Camóes, poeta zarolho - Herman José

Mais Sexys do Mundo

            Descobri um novo canal que é de gritos. O Canal "E" ou "E!". È um canal cor-de-rosa. Mexericos, gente famosa, etc.

            Passaram um programa a falar das 25 gajas mais sexys do mundo e outro dos 25 gajos mais sexys do mundo.

 

            Para grande orgulho nosso, o 1º lugar dos gajos é do Cristiano Ronaldo. Grande macho lusitano. Mostra-lhes como é. O 1º lugar de gajas foi para Adriana Lima, Braisleira. Também me sinto muito honrado com este prémio feminino. Que dizer? As pessoas mais boas do mundo falam português. E a Adriana Lima decerto tem genes portugueses. Ora aí está, con gratulem-se.

 

            Eu sei que ela é portuguesa, e ela aparecer to TOP 10, também é motivo de glorioso orgulho, mas qual não foi o meu espanto quando vi Nelly Furtado no 9º Lugar !! Ouviram bem? No Nono lugar. Que raio de critérios usaram na eleição? Deve ser uma espécie de miss simpatia.

 

            E porque não acredito muito na validade dos critérios? Porque na maior parte das gajas do TOP 25, eu vi comentários de gajos babados, do género: "Fico quente só de ouvir falar no nome dela". Quando chegou a vez da Nelly Furtado, só apareceram testemunhos de gajas a falar !! Não se viu um só gajo a elogiar a sua beleza ou formas.

            Mas quem entende de mulheres, afinal, hmmmm !

música: Cámone - Nelly Furtado
publicado por antiego às 00:13
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Sexta-feira, 13 de Março de 2009

Pai Morcão

            Fiquei a saber, pela sapo-blogosfera, da noticia do fim da vida de um bébé de 9 meses, que terá sido esquecido, pelo pai, num carro fechado.

            De pronto, as vozes revoltadas se levantaram, a blogosfera está sedenta de enforcar esse homem.

            Eu bem sei que é um deleite ver estas noticias macabras. A malta até se baba, sobretudo se na sua vida não se passar muito. E desatam logo a bater no pecador execrável.

            Para quando uma canal tipo os Jornais “O Crime” ou “24 horas”? Não deve falta muito, no estrangeiro já deve existir.

 

            Sosseguem a vossa ira, ira mais pela estupidez do que pela infelicidade humana. Que atitude posso ter perante uma noticia trágica destas?

            Primeiro, eu não acredito muito em noticias como estas. Cheira-me a noticias parecidas do Jornal “O Crime”. Ponho em causa a maneira como elas são relatadas. Tenho uma atitude agnóstica perante a noticia. Pode ser verdade, pode não ser. Dificel é ser exactamente como relatam. Por outras palavras, não dou muita credibilidade a noticias bombásticas. Mais a mais, sabendo dela aqui na blogosfera, esta noticia já não é sequer em 2ª mão. Como posso condenar alguém, apenas por um relato vago, sem saber de contextos, sem saber de nada?

            A ser verdade há que lamentar profundamente. Constatar que nós somos muito pequeninos, e que ninguém está livre de sofrer uma desgraça equivalente….

- Ah !!!!!!! Mas a mim era impossivel isto acontecer, nunca deixaria um filho meu sózinho, blá blá.

            Acredito que sim, mas outros erros poderemos nós cometer, outras falhas. Nós não somos nenhumas máquinas.

            Se me adiantarem que o pai abandonou o filho no carro, para ir jogar uma suecada para o café com os amigos, então eu poderei dizer: este gajo não deve bater bem da cabeça. É um pai morcão.

 

            Mas não, o pai afinal não era morcão. Ele até é economista, o que levou ao desenrolar desta merda toda: começou a fazer contas, e viu que o abono de familia era uma anedota, com o IRS ganhava mais uns 150 euros por ano, não encontrou uma creche do estado ou subsidiada, revoltou-se ele e pensou:

- Já que o estado abandona as crianças, eu vou fazer o mesmo.

 

            Links para blogs que referem esta noticia:

 

Incompetência...!!!

IMPERDOÁVEL

Inacreditável, caralho!

 

música: I Can't Forget - Leonard Cohen

Prós e Contras

            A Fátima Campos Ferreira é uma figura simpática de tal maneira que me parece ser uma pessoa boa e agradável. Contudo, ela é uma fraca figura intelectual no programa que modera: Prós e Contras.

            Uma pessoa que é o pivot de uma discussão sobre um tema do qual nada percebe e mete calinada após calinada, parece-me um bocado ridiculo.

            Num debate, um orador deu o exemplo de um empréstimo bancário de crédito à habitação com spread de 1%, e ela desata a considerar que:

- um por cento! Mas isso são condições muito especiais… os spreads estão a 6%.

            Isto não foi uma calinada isolada. Ok, Fátima, és boa rapariga, és agradável de se conversar, mas dizer barbaridades como estas não ajuda muito ao diálogo.

 

            Depois, a mulher meteu na cabeça que o BPP tinha oferecido uma taxa de juro descomunal, comparado com o praticado no mercado, para depósitos a prazo. Depois de dizerem milhentas vezes que isso era uma ideia falsa, que a taxa e juro não só não era muito acima da média como estava longe de ser a maior oferta no mercado, a gaja continuava a encornar para ali:

- Então, e não desconfiou da oferta de uma taxa de juro muito elevada? E como não leu o contracto inteiro!

 

            Para ajudar à impressão desta desconversa, como é que ninguém se vira para ela e lhe diz algo do género:

- Oiça, quantas vezes é preciso lhe dizer que a taxa de juro não era elevada?

 

            Aliás, isto prova mesmo que Ninguém Ouve Ninguém.

 

            Esperava mais também do poder argumentativo das pessoas. Não vejo ninguém a encostar ninguém á parede. Claro que é dificel, se fosse fácil estava lá eu. Claro que ninguém gostaria de ser vergado e são muitas as maneiras de se fugir a isso. Uma delas é não ouvir ou fazer que não se ouve. Mas neste caso há que tentar assegurar que fomos ouvidos, e a maneira de encostar uma pessoa, que tem argumentos fracos e ignorantes, à parede, é ouvi-la, e insistir, até que ela fique sem as palavras.

            Nestes debates assiste-se a um diálogo de surdos, e ninguém está isento de culpas. Um diálogo faz-se em dois sentidos. Temos o dever de ouvir, mas também devemos nos assegurar que fomos ouvidos. Devemos assegurar que vamos obter uma resposta. Existe em Informática,  um conceito para obter este diálogo, ele chama-se handshake. E ele consiste somente nesta pratica:

            Antes de iniciar uma comunicação, lançamos a mensagem:

 

- Estás-me a ouvir?

 

            E esperamos que respondam:

 

- Sim, estou-te a ouvir.

 

            Senão responderem segundo este protocolo, nós não comunicamos mais, porque não valerá a pena.

Quinta-feira, 12 de Março de 2009

Posso lhe Comprar um Cigarro?

            Posso dizer mal dos ingleses, mas tiro-lhes o chapéu em bom senso. Olham àqueles detalhes que a nós, os Portugueses, achariamos picuíces, mas que fazem muita diferença.

            Em Inglaterra ninguém crava cigarros. Se alguém quer um cigarro de um desconhecido, eis a maneira de o abordar:

- Can I buy you a cigarrete?

 

            Pelo menos, era assim quando eu estive lá, em 1996/97. Nessa altura, o tabaco lá custava quase 3 vezes mais do que aqui. E o preço não estava tabelado. O que quer dizer que numa cidade mais pequena, ele custava umas 2 libras e 70, em Londres custava cerca de 3 libras. Perante esta abordagem delicada, na maior parte das vezes a pessoa não vendia, mas dava o cigarro, de qualquer forma. Certa vez, no mercado de antiguidades em Londres (Portobello, acho eu), estava numa loja, quando irrompe por lá adentro um inglês passada da cabeça, com um libra em riste.

- Preciso de um cigarro, quem me arranja um cigarro por uma libra?

            Era uma cena cómica, teve logo uma oferta pronta e generosa:

- Bem, por uma libra até lhe arranjo 3.

- Não, só quero um.

            Lá fizeram a troca rápido devido à sofreguidão do cliente. Grande negócio em Portobello. Eu tinha cigarros e até estava perto dele.

 

            Hoje em dia, um cigarro de um pacote de tabaco, custa quase 20 cêntimos, diria que, mais precisamente, 34 escudos na moeda antiga. É dinheiro. Acho de uma grande educação e sensatez não cravar tabaco, mas sim pedir o favor de nos cederem. Esta prática também iria dissuadir os xungas que se fartam de cravar.

            A certa altura, devido a cravas ao desbarato e sobretudo ao aprender que muitas vezes acontece que uma pessoa dá, é generoso, e ainda leva na pinha, decretei esta regra para mim: não dar nem pedir cigarros a desconhecidos.

 

            Na universidade, toda a gente amava e cravava toda a gente. Na discoteca, cheguei a cravar uma maço de tabaco, um a um, a cada pessoa diferente. Conheciamo-nos todos, nem que fosse de vista.

            Quando tinha deixado de fumar, apeteceu-me, pontualmente, um cigarrinho. Estava numa esplanda e não conhecia ninguém. Iria quebrar a minha regra de não cravar cigarros a desconhecidos. Mas fi-lo da melhor forma:

- Desculpe, posso-lhe comprar um cigarro?

- Não lhe vendo, dou-lho.

 

            Não é uma maneira airoso de cravar um cigarro? Porque não chega a ser cravar sequer. Eu estava mesmo disposto a comprar o cigarro. A minha oferta não passaria dos 50 cêntimos. Bem, acho que o preço mais justo são uns 20 cêntimos.

 

            Quanto a tabaco, mais duas histórias.

            Certa vez, na discoteca Hippodrome, em Londres, um gajo abordou-me:

- Can I buy you a cigarrete.

- No…

            A cena era: eu tinha uns 5 cigarros e não sabia se eles iriam chegar. O tipo irritou-se um bocadinho (pufff, fumadores..)

- But, I Buy you!

- No, no.

            Feitas as contas, acabei por não fumar os 5 cigarros, cheguei a casa com alguns ainda no bolso. Mas não ía adivinhar.

            Porque contei esta história? Não sei. Seria para dizer que não eu não me vendo nem me rendo? Nem por ideais nem por libras? Se tiver algum leitor psicologo, por favor comente isto.

 

            Outra vez, estava eu na discoteca mais famosa da Europa: o Hippodrome. Que para quem não sabe, fica em Londres. Palhaços, vão visitar o museu de cera, o Big Bem, e Hippodrome não existe. Então, deixei o meu casaco no bengaleiro, descontraídamente, como se não fosse fumador. Quando chego cá em baixo, perto da pista, reparo que não tenho tabaco. Vai daí, voltei ao bengaleiro e pedir para me chegarem o tabaco que me tinha esquecido no casaco. Não é que me disseram que esse serviço pagasse !!! Foda-se! Então eu recusei o serviço, por principio. E fiquei umas horas a amargar e sem comprar cigarros ao pessoal. O que pensando bem, se calhar foi grande totocisse. Ora aí estava um bom pretexto para encetar diálogo.

 

            Um pormenor de classe do Hippodrome: no WC dos homens há um Gorila lá dentro, a policiar aquela merda. O que me deixou bastante descansado, porque há pouco tempo tinha ouvido que um gajo foi enrabado por uns negros, numa casa de banho de uma Disco, na terra onde eu trabalhava e saía à noite.

 

            Ainda tinha mais um apontamento da UK para escrever mas esqueci-me. Não quero ser gralha.

 

            Não, voltei a lembrar-me: O Hippodrome tem uma discoteca bébé dentro dela, que acho que se chama qq coisa Oxigénio. È uma discoteca unicamente de Salsa. Devido a um colega Espanhol, lá entramos nessa sala Bébé (Bébé, como quem diz, Bébé grande). Foi assistir a um espetáculo de Salsa. Disseram-me que a discoteca era frequentada por alunos de Salsa. Foi altamente. Curiosamente, no Hippodrome, talvez naquela noite em que me quiseram comprar um cigarro e eu fiz-me de dificel, vi um gajo a dançar perto da pista de dança, que era um autêntico show (era um cliente). Talvez fosse aluno de dança moderna ou criativa ou qq coisa do género. Ou seja, perto ali da Leicester Square, parece haver um viveiro de grandes dançarinos.

 

            Nessa mesma noite de Salsa, houve ainda aquele episódio, no qual eu esperei uma meia-hora para ser atendido no bar, e quando o barman se debruçou:

- Excuse, would you like anything?

- I Want nothing.

(…)

            Não vou contar esta história porque o tempo é escasso e temos que acabar este programa por imperativos de programação.

 

             Para terminar, só este apontamento: Nunca vendi um cigarro. Se propuserem me comprar um cigarro, eu vendo: 20 cêntimos. Se simpatizar muito com a pessoa, ofereço-o. Não se esqueçam de abordar primeiro com:

- Desculpe o incómodo...

música: Common People - Pulp

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