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Sábado, 31 de Outubro de 2009

Contra-argumentação do Amor no Casamento

            Se eu fosse um gajo da igreja ou um mete-nojo do “depende”, responderia desta maneira ao post Casamento é Procriação:

 

            A pulsão animalesca que nos leva a casar é a pulsão sexual. Isto é muito freudiano. O pessoal casa-se para garantir que terá sexo seguro – seguro no sentido que é certinho. Aliás, os reles pensam assim: esta aqui é certinha, o que vier por fora é lucro.

            Este é o argumento do mete-nojo. E este argumento também vai contra a verdade da igreja de que o casamento é para a procriação. Mas aqui temos que ir mais atrás nas motivações. Para a igreja o sexo é para procriar, para o homem da ciência o sexo é para ter prazer. O meio justifica o fim.

            Este pensamento é mais que básico: como é que vou fazer com estas criaturas se propaguem? Dando-lhes um prazer brutal nisso. Elas são como crianças, não se preocuparão com o futuro e em ter trabalho a criar novas crianças. Mas preocuparão-se concerteza em brincar e ter prazer.

           

            Agora o argumento do religioso: a pulsão animalesca que nos leva a casar é a procruação. O bébé humano é dos bébés mais frágeis que existem e por isso ncessita de mais proteção. Aí entra a figura do pai para garantir a continuídade da espécie. Quantos pais há na natureza? Há os papais humanos, há os papais aves, estes só são pais até os filhotes aprenderem a voar, creio. Ouvi falar que havia o tio lobo, interessante.

            O pai existe para garantir a continuídade da espécie humana. Os outros animais são tão desenrascados que não precisam de pai.

            Sim, mas será que o pessoal não poderia se organizar de outra maneira, como acontece noutras comunidades? Em cada comunidade poderia haver uma espécie de creche natural cheia de mulheres a tomarem conta de todas as crias.

 

            Há 3 milhões de anos atrás como eram as relações sociais-sexuais numa clã? Desde que o homem ganhou o minimo de consciência, não acredito que uma hierarquia à chefe Leão pudesse perdurar. O Chefe da clã a acasalar com todas as fêmeas e o resto dos machos a chuchar no osso.

            Com a consciência vem o ego e o orgulho. Uma vez que um homem deseja uma mulher e a tem, terá o sentimento da sua posse. Mesmo que o chefe vá lá e a tire, o nosso pobre homem da antiguidade vai-se insurgir contra. O chefe pode-lhe dar uma tareia e calá-lo. Não pode é dar tareia e calar todos os machos da clã. Nenhum humano pode ser  ditador sózinho.

            A consciência leva ao casamento

 

           

A Invenção do Casamento

            Queria deixar aqui claro que não foi a religião católica que inventou o casamento.

 

            Como já disse aqui em Casamento e Adulterio, o casamento existia em todas as civilizações mais importantes.

            Bem antes de aparecerem os cristãos, o casamento já existia. Existiu entre povos em diferentes pontos do globo. O que leva a crêr que o casamento é uma invenção muito antiga (de um povo primordial que depois se espalhou pelos 4 cantos do mundo) ou é uma coisa tão natural no homem, que diferentes culturas, ao longo dos tempos, insituiram-na nos seus costumes sociais.

 

            Eureka!

            Acabei agora de pesquisar na net e o resultado está em baixo transcrito.

            O Casamento é pré-histórico (150,000 AC). A igreja surgiu ontem, a 4,000 AC.

            A acreditar nesta página da internet, a coisa torna-se ainda mais irónica e corrosiva.  Embora sem datas mais precisas que pré-história, o casamento surge antes da religião! Não foi antes da religião cristã, foi antes de qualquer religião. Fará sentido? Se calhar o homem precisa mais de afecto que de fé.

            Foi o Homo Sapiens? Quem sabe senão foi o próprio Austrolopitecuzinhos, de uma maneira muito rudimentar, sem cerimónia?

            É evidente que quando falo em casamento, não é o casamento com cerimónia. É o puro casamento de duas pessoas que escolhem viver juntas o resto da vida ou por um longo periodo. Quem sabe se há 3 milhões de anos atrás, os Austrolopitecus já não se escolhiam entre eles, de uma maneira mais monogamica, formando casais de uma maneira informal?

 


No site Quem inventou:

 

Invenção

Quando e onde

Quem

Por que?

Casamento

Pré-História
Em toda parte

Homo sapiens

O homem começa a comportar-se como um ser social após a era do Plioceno (terciária). Aparecem as primeiras normas e os tabus.

Religião

Pré-História
Em toda parte

Homo sapiens

Separando-se da natureza, o ser humano co­meça a pensar o transcendental.

Enterro

50.000 AC

Homem de Neanderthal

Os homens eram enterrados na própria caverna em que viviam, com comida e seus utensílios.

Igrejas

4.000 AC
Suméria

Sacerdotes

Surgem de sociedades secretas que detinham o monopólio de certos ritos, como o da fecundidade.

Cidades

3.500 AC
Suméria

Sumérios

As inundações obrigavam os sumérios a se agruparem e aproveitarem as águas para irrigar suas plantações.

Fábricas

3.000 AC
Ur e Sippar

Sumérios

Essas cidades produziam objetos para consumo local e mesmo para exportar. Eram verdadeiras fábricas reais.

Escolas

2.500 AC
Suméria

Sacerdotes

Criadas para a formação dos escribas. Ensinava-se administração e economia para o governo das cidades.

Bibliotecas

2.500 AC

Sacerdotes

Geralmente ligadas aos templos, desenvolvem-se nas escolas de ensino superior.

Divisão do tempo em 24 horas

2.000 AC
Suméria

Sumérios

Os habitantes da cidade, devido a sua interação social mais constante necessitavam de divisão rigorosa do tempo.

Divórcio

1.800 AC
Babilônia

Hamurábi

Com Hamurábi aparecem as primeiras leis sobre o divórcio. Mas, seguramente, a prática já era conhecida.

Hospital

600 AC
Epidauro

Sacerdotes

Um dos primeiros templos gregos dedicados à saúde é o de Epidauro. Numa sala especial, os sacerdotes cuidavam dos doentes.

Democracia

510 AC
Atenas

Clístenes

Clístenes retomou o poder em Atenas e fez modificações políticas administrativas ali.

Greve

490 AC
Roma

Plebeus

Os romanos fizeram greve contra os cobradores de impostos, pelo direito de se casarem entre patrícios e pelo voto entre outras coisas.

Escolas públicas

75 DC
Roma

Vespasiano

Ele foi o primeiro a pagar os professores com a verba do tesouro imperial.

Universidade (moderna)

1.000

Paris

Abelardo

A Universidade de Paris nasceu graças a Abelardo que reunia os estudantes que haviam concluído seus cursos, para ensinarem aos colegas menos adiantados.

Lei do direito comum

1176

Inglaterra

Henrique II

Henrique II reorganizou o sistema judiciário. Clarendon e Northampton são considerados os primeiros tribunais civis.

Sindicatos

1699
Newcastle

Mineiros

Organização dos trabalhadores para criarem seguros mútuos contra a doença, velhice e morte.

Escola obrigatória

1717
Prússia

Frederico-Guilherme I

Frederico faz aprovar um decreto que torna o ensino obrigatório.

Seguro-desemprego

1789
Suíça

Cidade de Bâlle

Ai nasceu o primeiro plano de seguro-desemprego, devido ás reações dos desempregados à sua situação.

Jardim da infância

1837
Blankenburg
Alemanha

Froebel

A finalidade dessa escola era permitir que a criança pudesse desenvolver-se de forma natural. Não havia preocupação de prepará-la para os estudos superiores.

Salário família

1918
França

Algumas Empresas

Consistia no emprego de uma parte do orça­mento num fundo, cujos benefícios revertiam em favor das famílias com crianças.

Seguro social

1935
EUA

F.D.Roosevelt

Os velhos, cegos e crianças foram os primeiros a se beneficiarem do sistema de seguro social instituído por Roosevelt.

 

 

 

 

Sexta-feira, 30 de Outubro de 2009

Casamento Homossexual

Quando vi anunciado na RTP 1 que o próximo programa de prós e contras ía ser sobre o casamento homossexual, disse:

- Vamos ver, vamo-nos rir a valer.

            Porquê? Porque a defender o absurdo aparecem sempre uns cromos tristes com argumentos estupidos e cá estamos nós para nos rirmos da estupidez das pessoas. O programa saiu melhor do que estava à espera porque a razão não só se defendeu com argumentos brilhantes, como também com um grande sentido de humor. Esta facção era  elevada, civilizada, relaxada e divertida. Enquanto a facção dos patetas se demonstrava irada, agressiva e desrespeitadora.

            E porque acontecia esta diferença entre atitudes divertidas e as iradas? Porque a inteligência se ri da estupidez. Porque o sentido de humor é uma forma de inteligência superior. Se a facção do contra desse largas ao seu sentido de humor, provavelmente contariam anedotas com paneleiros.

            Aqueles que estavam contra o casamento homossexual queriam deixar bem vincado que não tinham nada contra os homossexuais, só contra o seu casamento. Eu não tenho nada contra os negros, só não quero que uma filha minha se case com um deles.

            Claro que eles não íam admitir que os homossexuais são uma aberração da natureza, porque, hoje em dia, isso não é aceitável, não é politicamente correcto. Grandes hipócritas. A homofobia era evidente, mas um até se irou convulsivamente quando alguém disse que estavam a haver posições homofóbicas.

- Eu não lhe admito que me chame homofóbico !!!

            Sim, pode-me chamar abominador de casamentos homossexuais, mas homofóbico é que não!

            Enfim, este programa de pós e contras, dava para um post de um tamanho de um livro. Recomendo que assistam a este debate da RTP 1. Inteligência, comédia e sexo!

 

            Sempre dei ao casamento um sentido muito lato. Muito surpreso fiquei eu, quando numa conversa de amigos, me disseram que casamento pressupõe que há um homem e uma mulher. Bolas, que limitação !!! Para mim, casamento sempre foi uma coisa muito mais abrangente que isso. Casamento é a união de duas quaisquer coisas que ficam muito bem juntas. Estas duas cores casam bem. Grão-de-bico com Couscous dá um óptimo casamento! Se a janela do meu quarto gostar e quiser casar com o tacho da vizinha, e este também, pois que casem.

            Nunca vi o casamento como uma coisa só de homem e mulher. Casamento tem um significado muito mais vasto. Podem ver isso em qualquer dicionário. Casamento é união, aliança, junção. Concerteza o mundo heterossexual lhe deu esse cunho especifico. Agora, não queiram os heterossexuais apropriarem-se de uma palavra, de subverter um conceito.

- Fomos nós que inventamos o casamento, ele é nosso! Casamento é: a união entre um homem e uma mulher para fins procriativos.

            Provavelmente foram os heterossexuais que inventaram o sexo também.

            A palavra chave no casamento é o Amor. As pessoas devem casar porque se amam e querem viver a vida juntas.

            Há milhões de homossexuais que se amam e vivem juntos faz anos e anos. Eles já estão casados. A lei diz que não podem.

 

(Este post é uma repetição. Havia sido publicado em 17/2/2009, o que na altura valeu-me uns comentários de um gajo que dizia gostar de febra e detestar aberrações.)

Quarta-feira, 28 de Outubro de 2009

Casamento é Procriação

            Há uns passarecos na Austrália que casam. Passareco meets passareca, gostam um do outro e vivem lado a lado, nos ramos das árvores, até serem velhinhos. Nem parece haver outro tipo de convivio, quanto mais infedilidades.

            Todo o resto do mundo animal parece ser um grande bacanal. Fode-se a torto e a direito, com quem está à mão, e a vida propaga-se eternamente.

 

            O homem, geneticamente, será como todo o mundo ou será que faz parte daquela excepção que são aquelas aves da Austrália? Será que os Austrolopitecos tinham tendência para se casarem? Quando é que os humanos começaram a se casar? Decerto que devem haver estudos sobre isto.

 

            Não creio que o humano se case para garantir a sobrevivência da espécie. Para isso bastava sermos aquele gajo que era conhecido numa creche como o sementes, que andava a engravidar as mães da zona e depois cagava para tudo, inclusive para os filhos, levando uma vida airada.

 

            Se há algo de animalesco em nos casarmos, se há uma razão primordial subconsciente que nos leva à compulsão de casar, isso será o medo da solidão. Ou seja, a da nossa própria sobrevivência, em primeirissimo lugar.

 

            A igreja, na questão do casamento homossexual, demonstra que é intelectualmente paupérrima. Têm os seus dogmas e pronto, constroiem o mundo a partir daí, e não admitem que essas verdades sejam questionadas. Geralmente, quem as questiona é mais elevado intelectualmente e não se arroga de ser dono da verdade. À arrogãncia da igreja, responde a humildade de uma mente mais aberta. Provavelmente, os padrecos não vendo arrogãncia do outro lado, tomam isso como fraqueza – os gajos não estão tão certos do que dizem, logo nós temos a verdade e os valores morais.

 

            Parece-me claro que a razão nobre do casamento é o amor. As pessoas juntam-se porque se amam tanto que querem viver juntas até morrer . Os filhos serão um produto natural do seu amor.

            Aliás, até no casamento católico, nos seus votos, não me lembro de ouvir uma referência sobre os futuros filhos do casal. O que oiço é um discurso belissmo, centrado em como deve ser a vida a dois. Mormente na minha frase favorita “na saúde e na doença”.

 

            Hoje em dia, quantos casais heterossexuais não têm filhos, por opção? E não fará sentido o casamento deles?

            Os filhos são uma consequência do casamento e não o seu fim.

 

            O principal argumento contra o casamento homossexual de que ele não vai procriar, é da mais incrivel estupidez.

            A tua vida fará sentido na terra e será bem justificada bastando para isso fazeres uma pessoa feliz nesta existência. Naturalmente a prioridade será aquela pessoa com quem casaste, se tiveres filhos, será a pessoa com quem casaste mais os teus filhos.

  

            Vejo cristo como o grande profeta do amor na terra. Naturalmente espero que as religiões cristãs sejam os maiores promotores do amor entre os homens. Ou seja, espero que o valor mais promovido e defendido pelas religião cristã seja o amor (The only engine of survival segundo Leonard Cohen, um judeu).

            Segundo a igreja actual o principal valor nesta vida parece ser a procriação.

 

            Ama o próximo excepto se for do mesmo sexo.

 

Crianças até aos 3 anos

            Há uns fins de semana atrás, a revista do DN e JN trazia um artigo que falava sobre cuidados com as crianças até aos 3 anos. Segundo o artigo, 70% das crianças até aos 3 anos, não vão para a creche. Os pais preferem-nos ter em casa. Alguém fica a tomar conta deles, a mãe, os avós, alguém da familia.

            Bem, pessoalmente conheci muitos casos de pais que confiam o seu bébé ou criança a uma “creche caseira”. Creche caseira é uma casa de uma senhora, em que ela mete 4 ou 5 crianças lá dentro e toma conta deles. A grande vantagem para os pais é que deve ficar mais barato que uma creche privada e pode ter a vantagem de ficar mais perto de casa. Pelo que vi e ouvi, fujam a 7 pés desta opção. Além das 2 supostas vantagens, só tem inconvenientes. Só poderia valer a pena se a senhora fosse da nossa plena confiança, a casa fosse super-asseada, com muito espaço e brinquedos… ou seja, a senhora teria que ser formada em educação infantil e ser amante da sua profissão.

            Vi uma situação em que a senhora tinha em casa as suas 4, 5 crianças e inclusivé um cão e gato domésticos. Bestial. Ela já devia estar a ver ao longe: o papel afectivo de um animal nas crianças.

 

            Nem pensem nesta solução, a não ser que vivam a 100km de tudo. Há creches do estado ou comparticipadas pelo estado, conforme o rendimento per capita do agregado familiar, como por exemplo as creches da Santa Casa da Misericórdia. O problema é que as pessoas com menos formação são as que possuem mais preconceitos. E podem achar que uma creche do estado é de fraquissima qualidade, mal frequentada e… claro, não servirá para os seus tesouros, embora eles tenham nascido num seio em que seria suicidio pagar 300 euros por mês de creche. São os que se podem chamar de pobres snobs, ou, se souberem de expressão melhor, digam.

 

            Voltando ao artigo, ele corroborava nessa opção dos pais Portugueses, pois os especialistas defendem que uma criança, nos seus primeiros anos de vida, idealmente deve ser criada pelos pais ou familia. Deste modo criam laços afectivos com os pais ou familiares – os que cuidam deles.

            Na realidade muitas pessoas, isso nem chega a ser opção. A única opção é trabalhar e não há avós, tios, madrinhas para tomar conta do bébé.

 

            Agora eu pergunto: ora bolas, mas para criar laços afectivos é preciso estar a olhar 24 horas por dia para as crianças?

            Será que (todos os dias!) dar-lhes biberão de manhã, trocar a fralda, passar uma hora com elas, ao fim da tarde, dar-lhes banho, dar-lhes a pápa, trocar-lhes a fralda e estar com eles 2 horas, não criará laços afectivos? E passar todo o dia com elas ao fim de semana? Ou seja, 2 dias inteiros em cada 7, não sei se os psicologos estão a ver esta estatistica.

 

            Por outro lado, eu (e muita gente) tenho a teoria que os bébés são como nós, mas só que mais bébés. E nós somos uns seres um bocado dados à saturação. Em contacto com as mesmas situações, por exemplo diariamente, acabamos por nos saturar em maior ou menor grau. E sentimos necessidade de espairecer, desopilar. Quem consegue viver com a sua alma gémea, 24 horas por dia durante 3 anos, sem se saturar?

            Do mesmo modo, acho que é refrescante os bébés irem para a creche. Conhecem novas pessoas, criam laços afectivos com as educadoras, se estas forem amorosas (cabe aos pais avaliarem), vêem outros bébés, estão noutra sala, vêem outras cores, ou seja: vivem mais!

            E já estou a ver os meus bébés a rejubilarem:

 

- Ei, Ei! Ainda não fiz um ano e além dos laços afectivos que criei com o meu papá e mamã, também já criei laços afectivos com as 3 educadoras da sala dos bébés!



Segunda-feira, 26 de Outubro de 2009

Virgem Suta

            Mereciam ser mais populares.


            Há anos que não aparecia nada tão fresco, entusiasmante e realmente original na música Portuguesa. Este gajos transpiram personalidade. Nem sei como uns gajos de Beja conseguem produzir música com tanta qualidade. Música tão elaborada, cheia de rendilhados.
            Sempre irei admirar a imaginação e originalidade.
            Aqueles tais de popularuchos "Deolinda", não passam disso mesmo, uns popularuchos que, ao pé destes Virgem Suta, são um grupo Pimba.

Com videos

http://www.myspace.com/virgemsuta

            Tomei conhecimento deles na Antena 3. Parecia daqueles programas de divulgação de música desconhecida, mais de garagem – “vamos lá dar uma mãozinha a estes gajos”. Rendi-me logo ao “Tomo conta desta Casa”.

            Arranjei o album em mp3. Fui ouvindo enquanto trabalhava. Até tinha a ideia que isto era uma banda como tantas outras: um grande “hit” num lamaçal de mediocridades. Perdão, engano redondo. O album é todo bom.

            Esta cena é tão entusiasmante que, não tendo em comprado o CD, sinto a consciência pesada. Queria de algum modo pagar por esta excelente música que consumo. Doar dinheiro ao grupo. Não sei bem como fazê-lo. Talvez no mySpace. Ir a concertos, acreditem, não posso ir. Comprar o CD para os rapazes ficarem com 5%? Não é justo.

            Eu quero que continuem. E pago para isso. Repito, já lá vão anos em que nada me entusiasmava tanto na musica portuguesa, desde que ouvi "A Vaca do Fogo" na rádio.

 

Igreja Pateta

            No Diário de Noticias de sábado, 24 de Outubro

 

        Igreja critica prioridade 'gay' e prepara resposta

            Pode-se ler os brilhantes comentários ao casamento gay:

"É triste e lamento que o Governo se vá ocupar de temas que não fazem parte dos problemas fundamentais das pessoas", critica o bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, considerando que o tema "não é de relevo para o País"

            Pois, não fazem de mim ou de si ou de 90% da população. Se a probreza no país fôr de 20%, também não é um problema fundamental do país (a não ser que os esfomeados nos comecem a comer vivos).

            Estou-me a cagar se uma pessoa ama outra e a lei não permite que se case com ela.

 

 

"Não é uma prioridade. Há outras bem mais importantes, tanto mais que estamos num momento em que há uma diminuição dos casamentos e uma baixa de natalidade", avisa Manuel Pelino. Já o bispo de Lamego, Jacinto Botelho, mostra-se indignado por existirem "tantos problemas em Portugal" e o Governo escolher os casamentos homossexuais.

 

            Exacto. Ao legalizarmos o casamento homossexual estaremos a contribuir para que nasçam ainda menos crianças. Vão se incentivar os doentinhos homossexuais que, deste modo, vão deixar de se curar, casar heterossexualmente e dar filhos à nação.

            Por outro lado, não acha que esta medida ajudaria a aumentar os casamentos em Portugal?

 

 

 

 

Segunda-feira, 19 de Outubro de 2009

Eu, Insensivel...

            Confesso que me sinto um grande insensivel ao pé de toda a gente. Ele á a quimica, a adrenalina, o figado… não sinto nada disto.

            Há uns anos atrás, por volta do ano 1994, começou a ser moda a adrenalina. O pessoal começou a sentir a adrenalina a torto e a direito.

- Ei pá, a adrenalina… gosto de sentir adrenalina…

            Só dava para dizer:

- Sorry, I don’t feel the same.

            Ou seja, mas eu sou um raio de um amorfo ou quê? Para quando a minha primeira experiência com a adrenalina? Não sinto nada disso. Será que o meu organismo tem alguma insuficiência? Será que devo consultar um médico, fazer análises ao sangue?

            Também se começou a falar muito das hormonas. Eu até suspeitava de quando estava com mais cio, mas não sentia as hormonas a correrem pelo meu corpo.

 

            A Quimica apareceu antes da adrenalina, acho eu.

- Desculpa, é uma questão de quimica, e não há.

            Bolas, ser rejetiado desta maneira parece uma coisa um bocado imbecil. Já agora, podia responder:

- Que engraçado, eu também não. Não sinto quimica nenhuma por ti. Zero. Niente. Sinto tesão, apetece-me dar-te uma traulitada, mas quimica… não. O que é isso?

            Aliás, esta história da quimica tem as costas largas. Quando uma pessoa não cumpre os nossos minimos de beleza e boazeça, arruma-se a questão e é politicamente correcto dizer que não há quimica. Em vez de dizer

- És feia como ó caraças, não me dás tusa nenhuma.

            Alguém facilitou o meu trabalho e teve compaixão pelos menos adaptados, criando o conceito da quimica.

- Eu até queria. Mas não há quimica. O meu corpo não segrega. Que queres que te faça?

 

            Uma vez fiquei a cismar com o meu figado. Um colega meu dizia que beber um sumo de laaranja era um autêntico bombardeamento ao figado e até lhe custava quando me via a beber um. E chegou mesmo a afirmar:

- Bolas meu, até sinto o meu figado….

            E eu não sentia nada. Será que o meu figado está a ser cortado em postas e eu não sinto sequer uma aziazita? Mas isto é mau, muito mau! Daqui a bocado estou a apanhar no cú e nem noto.

 

            Fármacos. Poucos farmácos tiveram efeitos em mim, e experimentei vários. Uma vez fui fazer uma endoscopia (à qual eu chamo o exame gargante funda) e tinha que tomar uma pastilha anestesiante. Avisaram-me que aquilo era dose. Realmente, na sala de espera estava lá uma gaja com uma paulada que teve de ser ajudada para ir até à sala do exame. Não se conseguia pôr de pé. Eu fiquei à espera que aquilo batesse, mas nada. Absolutamente nada. Já pareço o pardal na anedota dos abutres:

- Então, está a bater ou quê?

- Eu não sinto nada.

           

            Yoga. Já andava há uns bons meses no Yoga, quando a professora e as minha colegas me perguntam se eu já me sinto melhor, se me sinto diferente. Não. Nada. Gosto apenas de praticar. Bolas, era suposto sentir alguma coisa?

            Uma amiga minha descansou-me contando que também tinha andado no yoga e não sentia nada. As colegas dela eram grande entusiastas, e ela passava por ali apática (por sinal uma amiga minha com um extraordiário sentido de humor, e uma boa disposição). Anda por aí muita tesão de mijo?

 

            O cúmulo destas sensações e aqui eu já dúvido, é aquela personagem no filme do Spike Lee “She Hate me”, que sente o preciso momento em que se dá a fecundação do óvulo pelo espermatozoide.

            Também, fantástico foi num concerto de dois palestinianos, um virar-se para a plateia e dizer uma coisa como estas:

- Eu consigo sentir o coração de cada um de vós.

 

            Gente como eu nunca irá sentir um chamamento de deus, uma aparição, uma premonição, uma visão, uma epifania sequer. Nada.

            Depois dizem que este mundo está muito materialista.

 

 

Grande Escritor, Pessoa Banal

            É perfeitamente lógico que pensemos que os grandes escritores sejam pessoas super-interessantes com quem não hesatariamos em passar um serão com eles a conversar até às 7 da manhã. Descobri que esta ideia é um grosso mito.

            Aliás, para o que nos é mais próximo basta ver o José Saramago a falar. Quando associações de cegos se insurgiram contra o filme baseado no livro “Ensaio sobre a cegueira”, Saramago, estupefacto, disse algo do género:

- Quer dizer… a estupidez não escolhe entre cegos e não cegos.

            Enfim, o homem a falar… mais valia emitir comunicados escritos. Há

um documentário espanhol, penso sobre D. Quixote de la Mancha, one o novelissimo escritor intervem  a comentar frequentemente. Xiça! Aquilo é arrepiante. O homem nem fala português, nem fala Espanhol, é uma mistura horripilante das duas linguas.

 

            Mas o que me convenceu da ideia que um grande escritor pode ser uma pessoa super-banal foi a Isabel Allende. Quando vi anunciada, na TV, a entrevista com a Allende, fiquei logo excitado, não podia perder. Ao que o meu caro amigo cinico comentou:

- A Isabel Allende não é para se ouvir, é para se ler.

 

            Comprovou-se. Revelou-se uma mulher banalissima, um manto de clichés femininos, pegado. Algumas pérolas da engrevista:

 

1 – “os sonhos são altamente, quando acordo tiro notas sobre os meus sonhos nos papeis”.

 

2 – “O meu companheiro é apenas um amante”.  Quis vincar que o seu companheiro era só uma coisa sexual, um gajo para a montar. Podia ser aquele, como podia ser outro. O maior desprezo e independencia pelo macho.

 

3 – Ficou super-excitada ao ver um filme onde Antonio Banderas aparece nú. Aliás, sugere que viu o filme só para ver o actor nú.

 

4 – Acha a adaptação do seu “A casa dos Espirito” muito licita. É uma versão, diz ela. Ok, só compreendo isto se o escritor estiver numa de politicamente correcto. Contudo exige-se mais de um Artista. O que eu acho é que o filme (por sinal filmado em Lisboa) assassina o livro. Distorce a personagem principal, a Clara.

 

            Mais do que se diz, era a imagem de uma mulher tonta que ela dava.

 

            Ó que caraças, preconceitos positivos para que vos quero? Então não é de esperar que o pessoal ligado às Artes, com sucesso, aclamados pela critica e público, sejam as pessoas mais interessantes do mundo? E que artistas mais interessantes senão os escritores? Os gajos até podem ser bué de feios, mas não lhes deve faltar assunto.

           

            Em boa verdade vos digo que já gozei do estatudo de escritor. Nos tempos da universidade constou-se no meio que eu escrevia livros. È verdade, escrevi dois. E para algumas moças eu tinha uma aura especial de escritor, quiça poeta, de gajo mais iluminado.

            Anos mais tarde achei piada quando vi o filme “Finding Forrester” com Sean Connery. O escritor mais maduro dizia ao escritor jovem que até os maus escritores iam para a cama com mulheres, por serem escritores.

            Eu era um mau escritor. Por acaso, os meus amigos leitores adoravam o que eu escrevia e estavam convencidos que merecia a pena tentar publicar aquelas coisas. Embora eu pudesse sonhar em publicar, não seriam aquelas obras que eu escrevi, a não ser que levassem uma tal segunda mão que fossem quase totalmente re-escritas, LOL. As ideias eram boas, quiça algumas geniais, mas muito mal escritas.

            Não basta ter vontade e boas ideias. É sobertudo preciso ser bom naquilo que a escrita requer – escrever.


 

publicado por antiego às 12:02
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Domingo, 18 de Outubro de 2009

Hamburgueres do Mini-Preço

            Acho que também tenho o direito de publicar um post idiota, de vez em quando. Acabei de jantar e mais um vez fui burro ao ponto de comer mais do que a conta. Isto para quem tem que perder 10 kilos. O que vale é que estou fora do mercado. Ainda no outro dia a conversa aqueceu no meu ambiente de trabalho com o tema namoricos. Uma solteira, um divorciado e eu. Vai daí a solteira resolveu-me meter logo no lugar:

- Tu está calado. Tu vais estar fora do mercado nos próximos 30 anos.

- Deus te oiça.

 

            A ideia mesmo é ficar fora do mercado para sempre. Estou mesmo a ver o titulo de um novo filme:

 

            Fora do Mercado para sempre

 

            “Lucky in Love? That’s how life ends” – The Go-Betweens

 

            Chamam-lhe o calo do casamento.

            Tenho-vos a dizer que fizemos uma grande descoberta a dois: os hamburgueres do mini-preço são do melhor. São baratos, emblagem de 10, e são super-saborosos. Muito bem temperados.

 

            Já que estou aqui, podia-vos contar o fim de semana inteiro. Mas não o vou fazer. É um ram-ram muito aborrecido. Um gajo passa a semana a cair de sono, chega ao fim de semana e dorme o que está em défice para tentar começar outra semana, desta vez com menos sono. Porque é preciso trazer o pão para casa e continuar a ter um pouco de razão.

 

            “Trabalhar pra ganhar a vida, mas porque é que a vida que se ganha tem que se gastar a trabalhar pra ganhar a vida?” – Quino

 

            Esta frase é muito engraçada, mas deve-se aplicar mais ao século XIX quando o pessoal trabalhava 16 horas por dia e nem “domingo no mundo havia, para que tudo batesse certo por um segundo”.

            Ainda outro dia ía no elevador de um centro comercial e aparece uma pessoa idosa com as suas sapiências:

- Pois, nos tempos em que vivemos, neste mundo, isto está cada vez pior.

- Pior? Preferia viver na idade média ou no tempo dos Romanos?

 

            Acho que não chegou a ouvir bem e vazou do elevador. Sim, há sempre a sensação que tudo já foi muito melhor que agora. Até o meu filho de 8 anos, no outro dias saiu-se com esta:

- Já não se fazem desenhos animados como antigamente.

 

            Depois diz que gostava de ser bébé, depois que gostava de ser adulto. Pois, os mimos de um bébé e a liberdade de um adulto. Gostei mais quando há cerca de um ano, exclamou:

- /&&#, Quanto mais velhos somos menos nos divertimos!

 

            E lá temos que dizer que todas as idades são bonitas e todas as idades têm os seus interesses. Será? Será que a velhice é doce ou os inúmeros velhinhos resingões que vemos já o eram assim e até melhoraram com a idade?

 

            A mensagem que eu tinha para hoje era mesmo: comprem Hamburgueres do Mini-Preço.

publicado por antiego às 20:33
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