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Quinta-feira, 17 de Dezembro de 2009

o Gesto é tudo

            Um homem conhece outro e simpatiza com ele. Passam a conviver frequentemente. O homem, indaptado socialmente, vê uma óptima oportunidade de fazer um amigo. Diverte-se com ele. O seu novo amigo vai repetindo, vezes sem conta, coisas do género:

- Arre, o meu prédio está a perder qualidade, já tem inquilinos negros.

- Deviam criar uma ciganalandia, como criaram Israel, e mandar para lá todos os ciganos!

            O homem não faz caso. São desabafos. Um dia, uma pessoa do circulo social do homem conhece o novo amigo dele. Mais tarde comenta-lhe:

- Este gajo é cá um racista de primeira.

            O homem apercebe-se, põe-se a pensar. É inadmissivel ter um amigo que é racista, isso não, não pode passar. E acaba com a amizade.

 

            Uma mulher queixa-se do marido a uma colega. Episódios desastrosos vão sucedendo. Ele estoira o dinheiro em compras supérfluas, é agressivo, não se importa com os filhos, chega tarde a casa, arma discussões. A  colega já conheceu o marido e ele é uma simpatia. Também convencida que aquilo é um exagero, e que toda a gente exagera nas coisas más, a colega confidente adopta uma atitude apaziguadora e de fé. Tudo vai correr bem, são coisas que acontecem, ele há-de melhorar, é preciso acreditar, ele até é boa pessoa, tem defeitos como todos nós.

            Um dia a mulher abre-se mais um bocado e revela:

- O meu marido é alccólico.

            A colega deixa de pôr àgua na fervura.

 

            Há pessoa para quem as palavras têm um peso enorme. Nada como rótulos. A mente posta obcecada nas palavras, as palavras a cegar a mente.

             Há até gente que se eu disser:

- Olha, vou-te dar 50 euros.

            E eu lhes estender uma nota de 100 euros, se lhes perguntarem quanto eu lhes dei, vão responder 50.

 

            Se perguntarem uma indicação e alguém ao apontar, com o braço, para o lado direito disser “vire à esquerda”, para que lado é que vocês vão?

Terça-feira, 15 de Dezembro de 2009

Nada como um decote

            Há mulheres que em determinados periodos da vida querem apenas chamar à atenção dos machos. Vai daí que gastam muito dinheiro na sua imagem. Cabeleireiro, depilação, roupas caras, sei lá que mais. E a maquilhação? Todas as mulheres que eu costumava as ver maquilhadas e um dia as vi sem maquilhagem ficavam, sem comparação, melhor sem a maquilhagem. Falo de raparigas jovens.

            Deve ser preconceito meu, os arranjos no cabelo e a maquilhagem, sem serem discretos, dão um ar de vacalhona à mulher.

 

            Para esse objectivo, um ligeiro decote é coisa muito mais barata e muito mais eficaz.

 

            Como é sabido, os homens nem reparam se a mulher foi ao cabeleireiro e mudou a cor do cabelo. Roupa? Devem estar a brincar. Quem quer ver roupa numa mulher? A maior parte dos homens não trabalha na area da moda.

 

            Ainda há pouco tempo li uma frase engraçada num blog: “Com o decote certo uma mulher pode dominar o mundo”.

 

            Li também, em blogs, como as mulheres investem imenso dinheiro na sua imagem e em roupa, sem saberem que os homens não ligam nada a esses apendices. Leva-me até a crêr que é mais terapia de shopping do que realmente vontade de acasalar. E também que as mulheres vestem-se é para si próprias e para as apreciadoras que são, afinal, as outras mulheres.

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Segunda-feira, 14 de Dezembro de 2009

Egoismo vs Egocentrismo

            Eu dou significados bem diferentes a estas duas caracteristicas. Será lógico elas andarem de mão dada. Mas acontece muito uma pessoa ser egocentrica e não ser egoista. Em ambas o sujeito volta-se para dentro de si. A diferença é que o egoísmo tem mais a ver com a acção e o egocentrismo com o raciocinio.

            Normalmente a mulher é mais egocentrica e o homem mais egoísta.

 

            Ou seja, o homem é aquele que quando diz respeito à acção, a coisas materiais, só existe o corpo dele, desconfio que até a cabeça deixe de funcionar. Assim, quando se senta na mesa, está com fome, e vê a travessa da comida, desliga de tudo. Serve-se sem pensar se há outras bocas para alimentar. É instintivo.

            Exacto, dá jeito que a mãe seja a mulher. A mulher já é capaz de servir primeiro os outros e só a si no fim.

 

            Por outro lado, quando a cabeça começa a trabalhar, todas as palavras dizem respeito à mulher. A mulher adora palavras. Tudo o que se diz e fala pode ser sobre ela própria. È aí que tudo adquire segundos e terceiros signifcados. As palavras multiplicam-se, que fertilidade.

            Numa conversa ou discussão intelectual, a mulher tende mais a pessoalizar as questões, enquanto o homem é capaz de se manter neutro e ter um espirito mais abstracto e cientifico.

            A mulher leva as coisas mais a peito. É mais sensivel? Poderia dizer que é mais susceptivel e mais egocêntrica. Acho que são as 3 coisas.

 

            Quanto ao blogger antiego, não é que ele não tenha a sua boa dose de egoísmo e egocentrismo. Aliás, o exemplo que dei na mesa, é o dele. A questão aqui é ter a consciência que o ego é uma coisa que tem de ser combatida, porque não é boa para ninguém.

            Já cheguei a fumar 3 maços de tabaco por dia e ainda assim era um grande anti-tabagista e hoje, acerca da nova lei do tabaco, só há uma coisa a dizer: Só Agora !!!

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publicado por antiego às 11:41
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Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2009

Frankenstein Matou o Culto

            No nosso grupo intelectual do Fórum havia o Jorge, que sendo da nossa idade não era universitário. Era um tipo extremamente simpático e doce, que meses mais tarde haveria de gamar a Paula ao Pedro, com a sua doçura.

            Em 1994, estreou o filme Frankestein de Mary Shelley. Segundo o que anunciaram, confiando no titulo do filme, este é um filme que conta a história do Frankenstein como a autora o criou.

            O Jorge levou esta cena à letra. Estava eu a passar no Fórum quando ele me chamou, com sua habitual simpatia e me recomendou vivamente a ir ver o filme:

- Este é o filme que conta a história verdadeira do Frankenstein, como a autora o escreveu, o trauma do Vitor Frankenstein, que o levou a criar o monstro, aquilo foi mesmo assim!

 

            Pronto. Se um gajo do nosso grupo de intelectuais diz que um filme segue à risca o livro original, não tem nada que enganar, meu!

 

            Azar do caraças. Anos mais tarde li o livro. Azar do caraças. Aquilo que o livro tem de verticalmente diferente do filme é precisamente o móbil do Vitor Frankenstein, o criador do Monstro.

 

            Constatei que o filme, como acontece com a maior parte deles, tinha que dramatizar e florear mais as coisas. O livro não é nada pimba, é uma coisa belissima. O filme é pimba. No filme, o que move e motiva o criador de Frankenstein é o seu grande trauma por ter perdido a mãe. Para que ele não volte a perder entes queridos, quer inventar uma forma de reanimar cadáveres. Que coisa mais nobre e tocante.

 

            No livro não se passa nada disso. Tudo o que move o criador de Frankenstein é a sua sede de sucesso, de ganãncia pelo saber/poder, pela ciência, de conseguir criar vida a partir de matéria morta.

 

            Jorge, como costumavamos dizer no secundário do Oliveira Martins: Azar Nitido.

 

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publicado por antiego às 11:54
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Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2009

o sr Maduro e a Afectada

            Durante um ano, na universidade, em frequentei diariamente o Fórum.

           Fórum era um pub, em Braga, que os meus amigalhaços da night fequentavam então. Foi o Pub onde fui Disco-Jockey. Nós frequentavamos a mesa redonda logo em frente à cabine aberta do Disco-Jockey. Era um grupo de intelectuais da cidade. Haviam esses intelectuais e haviamos nós, os universitários, que gostavamos de nos dar com pessoas cultas. Provavelmente o elo de ligação foi a Paula, namorada do Pedro, que era música. O Pedro era aquele meu amigalhaço de então que eu dizia que se fosse mulher me apaixonaria por ele. Tinha escrito no seu quarto uma frase de que me tornei fan: “Sempre hei-de pensar, como os malditos, que mais vale a pena pensar que viver” – Fernando Pessoa.  Por acaso nunca vi isto escrito em mais nenhum lado.

            Dos intelectuais, lembro-me do Jaime, jornalista em decadência que diziam já ter convivido com grandes vultos como Eugénio de Andrade. Lembro-me do cartoonista, lembro-me do senhor a que vou chamar Man e de uma mulher tão afectada que a achei aberrante. No dia seguinte a ter conhecido a afectada, perguntei ao Pedro:

- Aquela gaja existe mesmo ou é uma personagem de telenovela?

- Existe mesmo.

 

            O Man é daqueles gajos que eu gosto, talvez por serem a minha antitese. Gajo com ar de homem mais que maduro, ponderado, muito senhor de si, um ar sério. Um gajo que domina, portanto. Era tudo aparência. Lembro-me do senhor uma vez não gostar da maneira como eu olhava, se sentir incomodado, e começar a falar sobre mim com a afectada, durante uns bons minutos, sem nunca ter trocado uma palavra comigo e até aposto, sem ter ouvido uma palavra da minha boca. Isto quando um gajo está entre intelectuais, o interesse é ouvi-los e aprender.

            A afectada não causava comichão só a mim. Na generalidade o pessoal não a gramava porque ela falava pelos cotovelos e não deixava mais ninguém tomar a palavra. De referir, que estes 2 ultimos cromos não eram habitués. O Man e a afectada, vi-os uma meia-dúzia de vezes durante 1 ano.

 

            Certa vez o pessoal começou a cortar na casaca da afectada. O Man que a tratava com grande reverência, defendeu-a intransigentemente (na ausência dela).

            O melhor estava para vir. Outro dia mais tarde o cartoonista mostra um seguinte cartoon seu (que o desenhou para recriação própria): vê-se uma gaja elegante com a boca aberta, lingua para fora e multiplas coisas a sairem da sua boca. À sua frente, vê-se o boneco de um homem resignado, prostrado, um balão com uma cruz sobre uma lampada (a ideia) e a apontar uma arma à sua própria cabeça. Tinha uma legenda a dizer “Desisto”.

            Toda a gente achou muita piada ao Cartoon, excepto o Man que o analisava com o seu ar sério e ponderado. Olhando agora para trás, aquele ar circunspecto era de quem estava a ver a luz, naquele cartoon, e estava a processar aquela nova imagem, da qual nunca se tinha apercebido.

            A partir desse dia, o Man modificou o seu tratamento para com a afectada. Já não a tratava com aquela reverência virginal, mas com uma certa zombaria. Lá ía mandando as suas farpas à mulher que antes tanto admirava, chegando mesmo a dizer uma graçola já feita de que o melhor dela eram as pausas. Ela encaixava aquilo com a maior graça, ria-se exuberantemente com o sentido de humor dele, não deixando de comentar que estava a ser mauzinho.

 

            És um triste, meu. Para que queres tu esse teu ar de homem ultra-maduro e culto, se não tens personalidade?

            Há casos em que não é a criança dentro do homem, mas o homenzinho dentro do senhor.

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Quarta-feira, 9 de Dezembro de 2009

Fado Tropical

Relativamente ao ultimo artigo, que fala sobre os analistas de obras de arte, lembrei-me do programa Atlantico. Era um programa giro que passou na TV, há uns anos atrás, apresentado pela Eugénia Melo e Castro que, em cada sessão, reunia um cantor português e um Brasileiro. Lembro-me, por exemplo, de gostar de ver Juntos o Paulo Bragança e o Ney Matogrosso. Acho que este duo foi muito bem escolhido, têm a ver um com o outro e fizeram um dueto interessante.

            O Hino desse programa podia muito bem ser essa lindissima canção que é “Fado Tropical” do Chico Buarque.

            Lembro-me de uma análise que uma artista fez dessa canção, no programa, e de como fiquei tão desconsolado com essa paupérrima interpretação da canção.

 

Fado Tropical

Chico Buarque

Composição: Chico Buarque/ Ruy Guerra

 

Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril

 

Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou


Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

 

"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo ( além da sífilis, é claro)
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."

 

Com avencas na caatinga
Alecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical


E a linda mulata
Com rendas do alentejo
De quem numa bravata
Arrebata um beijo


Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

 

"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto

Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto

Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa"

 

Guitarras e sanfonas
Jasmins, coqueiros, fontes
Sardinhas, mandioca
Num suave azulejo


E o rio Amazonas
Que corre trás-os-montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo


Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial

 

            Ora bem, esta canção é uma sublime fusão entre Portugal e Brasil.

            A referência ao império colonial ou imenso Portugal, eu interpreto-a como a Infãncia perdida dos portugueses (a perca do paraíso, da felicidade). Esse sentimento nostálgico que nos acompanha de termos sido grandiosos e de o termos perdido o protagonismo do mundo. E claro, o sonho da nostalgia, o sonho de voltarmos a ser grandes, o sonho de voltar ao passado, à felicidade da Infãncia perdida.

            Obrigado Chico, pelo sublime retrato que fizeste da alma Lusitana.

Segunda-feira, 7 de Dezembro de 2009

Quem é que é Fingidor?

            Hoje pensava escrever um artigo que zombava da sobre-análise. Por coincidência, hoje apareceu o José Rodrigues dos Santos a a analisar Fernando Pessoa, no programa Conversa de Escritores. Boa chalaça, provavelmente José Rodrigues dos Santos por ter escrito uns livros considera-se escritor e do outro lado surge o entrevistado escritor. Melhor que isto são as entrevistas do Mário Soares.

            Então diz o Escritor entrevistador:

- Lembrei-me de um português, não sei s sabe quem foi, que escreveu um dia “O poeta é um fingidor”, ou seja, todos os sentimentos que encontramos nos seus poemas são fingidos. Ele finge, porque se realmente ele os sentisse não resultariam tão bem artisticamente como se os fingisse.

 

            Podem ver outra análise, bem mais detalhada em Autopsicografia - análise.

 

            Estamos a falar do poema super-comnhecido:

 

O poeta é um fingidor

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

            Ora bem, a minha análise: o poeta é alguém que joga com as palavras, de uma maneira graciosa e intrigante.

 

            Estes analistas também jogam com as palavras, mas de uma maneira faliciosa e não graciosa.

            O que é fingir, o que é sentir, o que é mentir? Lembro-me desta frase intrigante que uma vez li sobre um escritor famoso: “ele já não sabia mentir, já não sabia sentir. Qual a diferença?”. O poeta é aquele que tem a liberdade de criar, criar novos conceitos, criar até novas palavras (como aquele exemplo escolar do Luís de Camões). O poeta tem a liberdade de subverter, jogar com as coisas, confundir as pessoas.

            O Analista já tem que falar uma linguagem mais directa. O problema é que o analista deseja ser artista, tem veleidades artististicas e começa a inventar como se fosse um poeta.

            A análise, a critica, traz muito pedantismo.

           

            Para mim, este poema de Fernando Pessoa só me diz uma coisa: é impossivel um escritor escrever bem sobre algo que nunca sentiu ou escrever sobre uma dor que não a experimentou de alguma forma.

            Aquilo a que chamam fingir, aqui,  não é mais que a sua interpretação da dor, a sua reprodução da dor. Poderiamos imaginar um violinista a transformar a sua dor em música.

           

            Mais a mais, vejo grande ironia neste poema de Fernando Pessoa, só me resta quanta ironia em exacto ele colocou neste poema.

            Pode ele ter querido apenas dizer que:

- Atenção, um poeta não é um actor. Fingimos, fingimos pois, mas à custa do nosso próprio sangue, e como senão bastasse vamos escarafunchar nas feridas para o extrair mais e outra vez.

            Fernando Pessoa não deixa de mandar uma boca aos analistas, com a ultima quadra. É uma clara zombaria aos racionais (a entreter a razão) que perdem o seu tempo a analisar estas coisas da alma (Que se chama coração).

 

            Não me admiraria nada se Fernando Pessoa ao ler estas análises, se ri-se aos solavancos. Como já aconteceu milhares de vezes com os autores.

 

            É evidente que o escritor se baseia na sua dor. Por isso, ouvir dizer:

- Todos os sentimentos que encontramos nos seus poemas são fingidos...

 

             É um bocado demais.

 

             Chamava à atenção aos analistas que a sua função é esclarecer e não confundir.

Sexta-feira, 4 de Dezembro de 2009

Vamos vencer o Mundial !

            Bora vencer o mundial de futebol com um treinador que diz coisas como (após o sorteio do mundial):

- Este sorteio foi bom, quer dizer que 16 equipas vão ficar pelo caminho.

 

            Ora bem... isto demonstra que o homem percebe de matemática. São 8 grupos de 4 em que passam os 2 primeiros. Ver isto como uma coisa positiva, já antevendo no sorteio, a eliminação de 16 equipas, é de génio. Serão menos de 16 equipas entre Portugal e o titulo mundial.

            Este treinador vai ser bastante útil quando fôr para fazer contas para o apuramento para os oitavos de final da competição.

            Já estou a ver treinador de todos nós, antes do jogo com a Costa do Marfim:

- Esta 1ª jornada vai ser boa. Pelo menos duas equipas não vão fazer 3 pontos.

 

            Há dúvidas que vamos ganhar esta merda?

 

Escolhendo a Mãe

            Passava um documentário numa dessas televisões da natureza, National Geographic ou Odisseia, que explicava porque os homens acham certas formas de mulher atraentes.

            Bestial.

            A teoria que defendiam é que o homem achava tão mais uma mulher atraente quanto ela fosse fértil, e em ultima análise o quanto mais ela garantisse a sobrevivência da espécie.

            Deste modo, anca larga é atraente porque a fêmea é boa parideira. E como a anca há outros traços fisicos que favorecem a vida e isso os torna atraentes aos olhos do homem.

 

            Cheguei a ouvir esta mesma teoria, copiadissima, num jantar, dita por um gajo muito macho e muito mulherengo. Aí, já foi o fim da picada, para mim.

 

            Isto tem lógica. É uma coisa gira. Ter lógica e ser uma ideia gira é caminho andado para ser um coisa de sucesso. As pessoas facilmente agarrarão e adoptarão a ideia. Mas é uma grande balela.

 

            Se me falarem que a mulher está preocupada com quem vai ser o pai dos seus filhos, consciente e/ou inconscientemente, eu concordo. Agora, o homem… o homem fode com qualquer uma. Está pouco se importando com a propagação da espécie (em termos cirurgicos). É como o Frank Gallagher: um doador de esperma e crente na teoria de Darwin: cresçam, aprendam a defenderem-se, se forem fortes vingarão, se morrerem é porque não estavam feitos para a vida. Seleção natural, pois então.

 

            Se o homem tivesse vincadas preferências, se fosse selectivo, essa cena só iria prejudicar a propagação da espécie. Que a mulher escolha bem quem a vai deixar de barriga nos próximos 9 meses, é sensato, agora o homem pode andar aí de mangueira no ar a espalhar as suas sementes aos 4 ventos.

            É do conhecimento geral, que o homem nunca escolhe. A mulher é que escolhe sempre o homem.

 

            Quando o homem se tornou civilizado, aí já começou a preocupar-se mais com quem engravidava. E se encontrava uma mulher de grandes recursos (económicos, claro), ou mais recursos do que si próprio, tratava-a de engravidar para garantir a sua própria vida, e criar esse vinculo que é tão caro ás mulheres.

 

            É possivel os homens sentirem-se mais atraídos por mulheres parideiras, e é essa mesma a intenção da natureza? Sim, tudo é possivel. Também é possivel que a maior fantasia da generalidade dos homens, ir para a cama com 2 mulheres, seja derivado a algo que está escrito no seu código genético, que lhe diz:

- Eh pá, se eu fôr para a cama com 2 gajas, posso engravidar as duas, isto distribuindo bem o esperma, e assim propagar melhor a espécie.

 

            No entanto acredito que um homem que goste de mamas grandes seja mais por questões da sua própria maternidade do que da maternida que possa dar. Mais uma vez, o homem virado para si próprio, como ser basicamente egoísta.

            Acredito mais que o homem pense que quanto mais comer, ancas volumosas, seios voluptuosos, duas, três, mais se convence que fica saciado.

 

 

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Quinta-feira, 3 de Dezembro de 2009

Investigação Calórica

            Passei anos e anos com as pessoas a perguntarem-me como me conseguia manter tão magro a comer como um javardo. Até me sentia um freak.

            É verdade, até aos 24 anos não tinha um milimetro de gordura, embora comesse como um jabardolas. Comia até abarrotar, até ficar cheio e não caber mais nada. Às vezes até passava mal.

            Eu começar a engordar coincidiu com começar a jantar com amigos de Barcelos que têm o hábito de comer pão com o jantar. Um pãozinho ao lado do prato e vai-se debicando.

            Claro que então praticava muito desporto e caminhava muito. Andar a pé era como respirar. Vinte minutos a pé para a Universidade, 20 minutos a pé para o centro. Vinte minutos a pé para a discoteca. Vinte minutos a pé não era nada. Quarenta minutos a pé para a estação de comboios já era algum esforço. Na boa. Eu até gozava com todos aqueles estudantes que tinham comprado o passe dos transportes públicos. Gastar dinheiro por uma distãncia de 20 minutos !! Devem estar a brincar. Depois eu detestava esperar por autocarros.

 

            Depois engordei mais, aos 27 anos quando descobri o maravilhoso KFC, em Inglaterra. O pessoal quando chegava de Portugal era logo a primeira coisa que queria fazer: ir a um KFC. Depois abriu cá em Portugal e curiosamente não achei piada nenhuma.

 

            Agora a coisa é e deve ser preocupante. Até já comprei uma balança.

           

            Agora, conto-vos o que me levou à minha investigação calórica. No outro dia estava com a minha mulher e um amigo, quando lhes dizia que eu estava a ter cuidado com aquilo que ingeria. E dei o exemplo:

- Hoje ao lanche só comi uma maça e uma empada de frango.

 

            Ora, riram-se os dois da minha cara gorda. E eu sem perceber bem porquê. Cheguei a pensar que era por ter comido duas coisas. Deram-me uma pista: a empada.

 

            Para grande ironia, na investigação que fiz, a empada de frango é, de longe, o elemento mais calórico. Palhaço.

 

            Investigação no site:   Calcula as calorias e incha, ó Porco!

 

Algumas conclusões:

 

1 - Ketchup e mostarda têm muito poucas calorias.

 

2 - Pão é demasiado calórico.

 

3 - Maionese proíbida, frutos secos também.

 

4 – Agrada-me sobremaneira que o presunto tenha menos calorias que o queijo.

 

            Por cada 100 gramas:

 

 

Lista de alimentos selecionados

#

Alimento

Calorias

1

Aguardente

231,00

3

Almondega

120,00

4

Arroz branco cozido

110,00

5

Arroz integral cozido

106,25

6

Atum em óleo

262,50

7

Azeite de oliva

900,00

8

Azeitona

220,00

11

Bacon

568,00

13

Batata cozida

85,00

14

Batata frita

274,00

15

Bife frito

253,85

16

Bolacha água e sal

400,00

17

Bolacha recheada

520,00

18

Bolo simples

160,00

19

Bolo recheado

385,71

20

Bife a cavalo

140,00

21

Carne boi

140,00

22

Carne de soja

106,00

23

Carne frango

107,00

24

Carne porco

285,00

25

Caviar

200,00

26

Cerveja

42,00

27

Chantilly

450,00

28

Cheeseburger

400,00

30

Chocolate branco

566,67

32

Canelone

115,00

34

Coca-Cola

39,00

35

Creme de leite

250,00

37

Damasco fresco

54,29

38

Damasco seco

130,00

39

Empada de frango

1.113,04

40

Enrolad. de salsicha

292,59

41

Espaguete

96,00

42

Fanta

54,00

44

Feijoada

152,00

45

Figo fresco

68,00

46

Frango assado (coxa)

120,00

50

Gelatina de frutas

238,00

51

Gema de ovo

355,00

52

Goiabada

276,67

53

Grão-de-bico

115,00

54

Hamburger carne

248,00

63

Lasanha

206,67

67

Licor

343,33

70

Maionese comum

713,33

71

Maionese light

333,33

72

Manga

70,00

73

Manteiga

760,00

74

Mel

30,00

82

Mortadela

280,00

83

Mostarda

80,00

84

Mousse chocolate.

200,00

86

Nozes

706,00

87

Ovo frito

180,00

88

Ovo inteiro cru

148,00

108

Pipoca pronta

403,00

109

Pistache

640,00

110

Pizza muzzarela

240,83

112

Presunto cozido

340,00

117

Queijo parmes

404,00

119

Salame

296,00

126

Suco de laranja

64,00

128

Torrada

310,00

129

Torresmo

540,00

130

Uva

78,67

131

Uva passa

298,00

136

Wiskie

240,00

 

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