Uma vez fui ver com um amigo um filme intitulado “Infedilidade”. Como bem a minha companhia reparou, à excepção de nós, a sala de cinema estava cheia de casais. Parece evidente que o tema infedilidade dá uma grande tusa ao pessoal. Já vi olhos a brilharem, de casados, ao discutir o tema.
Hoje vou falar de um preconceito meu. Deve ser por eu ser do norte, não sei. Para mim, uma mulher manter um relacionamento com um homem casado é algo a roçar muito o nojento. E podem-me perguntar vocês: e então, que pensas de um homem manter um relacionamento com uma mulher casada? Ao que eu respondo.
- Não sou gay, não estou para aí virado. De qualquer modo, de longe, o mais comum é ouvir uma mulher a andar a ser comida por um homem casado.
Dar uma queca com um homem casado, ainda vá que não vá. Agora, namorar com ele, foda-se! Isso é coisa de grande vaca louca. OK, não sou mulher, se calhar não compreendo que um homem casado possa ser mais apetecivel, pela transgressão, pela emoção, pela competição velada entre as mulheres, porque estatisticamente um homem casado é um homem mais experiente, mais charmoso (é bom, é natural que já esteja tomado), é mais valioso (tem o sêlo de qualidade de ser casado), e outras coisas que não consigo imaginar mas que peço que me expliquem.
Também me podem dizer que as paixões não se escolhem. Gosta-se de este homem, o azar é que é casado. Tretas! Todos nós já eliminamos montes de pessoas porque não cumpriam os nossos parametros em relação ao seu estatuto. Uma pessoa que não tem o escrupulo de se relacionar ou não com uma pessoa casada, não é flor que se cheire.
Afinal que quer uma mulher que mantem uma relação de namoro com um homem casado? Será que está iludida com as patéticas promessas dele, será que se masturba com a suposta desgraça do seu casamento? Será que se sente mais mulher por ter um relacionamento fogoso com um homem que tem um casamento desastroso ou um casamento que o faz procurar outra mulher, logo ela? Será que sente esta grande bajulação?
Será que pouco lhe importa se o homem é casado, trai ou não trai? Será que é irrelevante se alguém comete um adultério consigo? E como haveremos de julgar o romantismo desta mulher? Eu aprecio mulheres romãnticas. Para mim, é uma qualidade intrinseca à mulher. Pateta iludida ou mulher excitada em encornar outra?
Não acredito em mulheres que não queiram casar e ser felizes para sempre.
Ou deverei dizer: há as mulheres que querem casar e há as putas.
De Anónimo a 12 de Outubro de 2009 às 16:30
Concordo com tudo o que escreves. É realmente a postura e a ideia geral. Mas não é a minha.
Se calhar não me expliquei devidamente.
- Definitivamente os homens não são todos iguais/ As mulheres não são todas iguais= As pessoas são todas diferentes.
- Não sou revoltada com o sexo oposto. Desilusões não me tornam amarga, principalmente porque tento não perder a consciência da minha responsabilidade nelas, directa ou indirecta. Mesmo que apanhe um mau caracter, a má análise foi minha. Outro motivo é porque não generalizo. E finalmente na próxima situação não vou estar com defesas abertas por causa da anterior. No máximo vou perceber melhor o que quero ou não quero e realmente tornar-me mais selectiva e exigente.
- As caracteristicas de atracção podem não passar pelo padrão beleza. Há en factores. O cheiro, a voz, certas caracteristicas fisicas que não fazem de alguém bonito ou feio mas o tornam para determinada pessoa atractivo. Aquela coisa da quimica, e que é necessária. Eu pessoalmente não tenho padrões de beleza que sejam factor eliminatório. Desde que não sinta repulsa estou muito mais focada na inteligencia, caracter ou postura. A questão é que tirando aquelas pessoas demasiado óbvias há sempre um percurso até se poder conhecer alguém a esse nivel. para algumas pessoas é mais fácil e cómodo fazer a triagemn pelo aspecto fisico.
- Dito dessa forma parece que os homens bonitos casam e os feios estão solteiros. Isso não é verdade de todo.
- O principe não tem de ter olhos verdes, 1,85m e vem montado num cavalo branco. Pode ter olhos cor de burro quando foge, fazer-me sentir mal de saltos altos e vir de bicicleta. Aliás, nem tem de ser principe...... só tem de me fazer sentir princesa!!!(bonito, não foi? Mas é verdade para a maior parte das mulheres)
Um homem com menos atributos fisicos aparentes, mas que ostente uma postura segura de irá transmitir essa ideia aos outros e torna-se cativante ou charmoso. Para mim, por exemplo, não há nada mais sexy que um homem bem resolvido e seguro, mesmo que não tenha atributos fisicos notaveis. Infelizmente nesta sociedade que dá tanto valor à beleza há a tendencia para quem não a tenha tenda mais para a insegurança e necessidade de afirmação (não há regra sem excepção mas é o mais comum).
Também acredito que há um universo de gente válida solteira e disponivel e sem a tal amargura.
A unica coisa que tentei transmitir, foi que a maior parte dessas pessoas validas (homens ou mulheres) a partir de certa idade constituem familia. É um processo natural.
Que haverá muitos livres até aos 25, menos ao 30 ou 35 e menos ainda aos 40. E os livres, quanto mais velhos forem mais marcas têm dessa tal amargura que vão deixando as situações que correram mal.
Mas existem. Tem de haver a calma, paciência e vontade de acreditar nisso até reconhecermos um como tal.
De
antiego a 12 de Outubro de 2009 às 17:57
As estatisticas não mentem: há 50% de divorcios. Portanto, cerca de metade dos homens com 40 anos estarão divorciados ou solteiros.
De facto, conheço homens entre os 30 e 50 que nem diorciados são, sou solteiros mesmo, e que se eu fosse mulher, iria-me interessar por eles. Têm muito bom carácter e são interessantes.
O problema é que não os vejo à procura. São pessoas extremamente atarefadas, com o seu tempo preenchido (mais profissionalmente). Não acreditam muito que haja mulheres válidas, não estão virados para o namoro. Mas, tal como as mulheres que se defnendem dizendo que não querem casar e vão ficar para tias, é claro que se aparecesse uma mulher interessante, eles dariam graças a deus.
De Anónimo a 12 de Outubro de 2009 às 22:14
Faz sentido.
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