"Espicaçar as consciências adormecidas"

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Segunda-feira, 11 de Maio de 2009

Unidas contra as Bestas Parideiras

            É deveras interessante este fenómeno de que me apercebi na blogosfera. O fenómeno da cruzada contra os pais. “Unidos contra as bestas parideiras” – dizem-me daqui do lado. “Essas bestas gordas e balofas que apodrecem nos seus lares de mofo, alimentando as suas crias gulosas, negligenciando os seus maridos e babando-se para cima dos seus filhos. Fêmeas que só pensam nas crias, não têm projecto de vida, não têm estatuto”.

            Será que mais ninguém reparou neste movimento?

 

            Bem, não é de tomar a blogosfera como uma boa amostra da população. Não creio que quem tenha filhos tenha muito tempo para andar aqui a blogo-surfar. Aliás, dizem as línguas mais afiadas, que quem anda a foder não deve ter muito tempo ou disponibilidade para andar na net.

            Não vejo na net nenhum movimento contra as pobres criaturas que não têm filhos. Também por isso não consigo perceber porque dizem que esses são rejeitados pela sociedade.

 

            Mais uma vez, não percebo porque as pessoas que não têm filhos se sentem marginalizadas. Só pode ser exagero e imaginação delas. Conheço um casal, casado há mais de 10 anos, que não tem filhos. Comentei o facto com um amigo meu que também o conhece. Claro que achamos estranho eles não terem filhos. Meus amigos, não é preconceito. É perfeitamente normal, comum, vulgar, uma pessoa querer casar, casar e querer ter filhos ou ter filhos (ou até gostar de sexo). Basta ver as estatísticas da história da humanidade: É expectável que uma pessoa se case e tenha filhos. Há quem diga que o objectivo do casamento é ter filhos (eu discordo). Se crescessemos numa sociedade em que só 20% dos casais tivessem filhos, acharíamos normal um casal não os ter. Será que os alegres solteirões têm o complexo de os acharem anormais? Isso é passado. No tempo dos nossos pais é que as mulheres ficavam para tias e os homens que não casavam eram uns falhados, coitados.

Hoje em dia, ninguém anda a marginalizar as pessoas solteiras. Tanto eu sempre achei que o casamento seria uma coisa que naturalmente as pessoas esperavam que as outras o fizessem, que nos meus tempos de “livre e disponível”, levava na boa as conversas de “tirar nabos da púcara”:

- Então, quando é que casas?

- Para o ano.

- Com quem?

- Falta encontrar a noiva.

 

            Compreende-se perfeitamente quem convictamente não queira casar ou ter filhos. Ambas as coisas exigem imenso trabalho, responsabilidade e paciência. Em Portugal, 50% dos casamentos estão a dar em divórcio. Quem não conhece casos extremamente lamentáveis de divórcios? Não admira que as pessoas, cada vez mais, não se queiram casar. É sensato. Mais sensato ainda é as pessoas ponderarem muito sobre a decisão de ter um filho. É da máxima responsabilidade. Não é brincadeira não.

 

            Por toda a minha vida, as raparigas sonhavam e falavam em ter filhos. Raparigas de todos os feitios. Gajas com muita vivacidade, gajos pra cima gajos pra baixo, altas noitadas, altas curtes, e falavam-me espontânea e apaixonadamente no dia em que teriam um bebé para cuidar.

            Também conheci muitas raparigas que diziam o cliché:

- Ah, eu não vou casar, nem quero ter filhos.

 

            Isto é, evidentemente, uma forma de defesa. Como quem diz:

- Nunca me digas que a minha vida é um fracasso, que não encontrei a minha cara-metade, que ninguém pegou em mim, que não fui mãe, porque logo à partida eu não queria nada disso.

 

Nos dias de hoje é perfeitamente normal (e ainda mais aceitável) uma mulher referir que ter filhos não está nos seus planos. Enquanto que há 40 anos atrás essa mulher ou seria queimada na fogueira ou assumia-se que ela queria dizer com aquilo que queria ir para freira.

O que é estranho é uma mulher fazer disso o seu cavalo de batalha. Usar a opção, pela negativa, “Não quero ter filhos”, como uma bandeira, o desígnio da sua vida. Fodo sim, adoro o sexo muito mais que todas vocês juntas, mas não para procriar. Só faltava eu, para me assumir, vir aqui para a praça declarar com toda a pujança e cagança: “Não quero apanhar no cú”.

 

Há algo de errado com quem se quer afirmar assim.

 

- Qual e o teu objectivo na vida?

- Não ter filhos.

- E tens conseguido?

- Tenho. Tomo a pílula, uso o diafragma e exijo sempre o preservativo. Já vou mais perto dos quarenta, mais uns aninhos entro na menopausa e serei livre para sempre.

- Boa sorte.

 

            Ou na apresentação:

 

- Olá, sou a Teresa Quecas (Quecas por parte do pai), não quero ter filhos.

- O prazer é todo meu.

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