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E se um desconhecido algum dia lhe oferecer um Cheers, é porque você existe.
Os Ingleses têm uns modos maravilhosos. Eu tornei-me mais bem-educado com o ano em que trabalhei em Inglaterra. Fiquei mais delicado e fino no trato com as pessoas.
Os ingleses tinham um hábito delicioso que é o cumprimento Cheers. Lembro-me de estar num Pub, e ao passar por um inglês ele dizer-me simplesmente Cheers. Soa a um tchim tchim, esticam o copo na tua direcção, e tu esticas também para o tocar.
Duas pessoas, durante as suas vidas inteiras, cruzam-se apenas por 10 segundos, e trocam uma simpática palavra. Essa palavra é como um breve brinde, um micro-convivio, um toque de mãos na passada, uma deliciosa atenção dispensada ao outro. È ultra-leve, é hiper-refrescante, não custa absolutamente nada. Não é bom dia, não é boa tarde, não é olá, até porque estes cumprimentos parecem demasiado especificos e talvez demasiado intimos. É um “eu reparei em ti e tenho empatia por ti”. Ou apenas um “ó meu, não te quero mal nenhum. Talvez sejas uma pessoa fixe.”
Isto é viver em sociedade, isto é civilização.
O Cheers é usado para tudo, espontaneamente. É um cumprimento, um handshake. Eu mostro atenção e o protocolo é reconhecerem a atenção e responderem-me de volta na mesma moeda.
Claro que a entoação da voz irá dizer muito acerca do significado do nosso Cheers.
Pode ser um “Olá”, um “Vale, Vale” Espanhol, um adeus, só que é mais gracioso.
Como já escrevei aqui, o povo português está cada vez mais bem-educado. E o pessoal parece que não quer ficar por aqui. O Povo português está mesmo em alta evolução pessoal. Eu já noto o risco de excesso de boa educação em certas pessoas.
Eu vislumbro que, da maneira educada que as coisas estão a evoluir, daria imenso jeito nós termos um Cheers na língua Portuguesa. È evidente, que uma expressão equivalente teria que surgir naturalmente. Talvez por imitação de uma carismática figura pública.
À Falta de uma palavra melhor, noto que as pessoas usam “Obrigado”. As pessoas já dizem obrigado por tudo e por nada, e ás vezes desadequadamente.
Isto já está de tal maneira, que só por estarmos com uma pessoa e esses momentos serem agradáveis, já nos tendemos a nos despedir com um “Obrigado”.
- Obrigado por estes momentos, Obrigado por estares comigo, obrigado por me ouvires, obrigado por te dares ao trabalho de falares comigo, obrigado por existires, obrigado por veres que eu existo, pá.