. ------------ Back to Sapo...
. Pessoas boas para beber u...
. Os homens são todos iguai...
. Lopetegui a treinador do ...
. UML: para pessoas que gos...
. Programador vs Eng. Softw...
. AH! Apanhar uma Camioneta...
. 25 de Abril para os Joven...
. Palpites
Filme Filhos do Século:
<<Esta é a história de amor entre George Sand e Alfred de Musset. Escritores já célebres quando se encontram, nem um nem outro acredita no amor…<<
A George é uma escritora que se interessa por Alfred, um intelectualóide meio freak. Aquela cena começa por ser uma amizade intelectual já que ambos são escritores. Ela é casada e tem filhos, mas está separada do marido que mora na província. De uma maneira frouxa, ela parece querer algo mais, uns miminhos. O intelectual diz-lhe qualquer coisa que a amizade está fixe. Até um dia em que ele não se contem e salta-lhe freneticamente em cima.
Aparecem os cenários fílmicos da praxe tipo os dois a correrem por um bosque de mão dadas, sorrindo, em pleno Éden. Até que chegam a um belo penhasco, e ele transborda:
- Nunca seremos mais felizes do que agora, bora lá saltar-mos juntos deste penhasco abaixo e perpetuar esta felicidade.
Ela recua e fica com aquele ar de quem acha aquilo uma freakalhada. Ou seja, há limites. Atira-te tu que eu ainda não estou preparada, além do mais que vão pensar os espectadores de mim que tenho 2 filhos para criar?
Vai daí, resolvem viajar juntos para Itália, numa de cultura e história.
Já na viagem de barco se começa a ver a decadência da relação, por parte dele. Simplesmente: o gajo já está farto da gaja. Fartou-se, pronto.
Começa-se a ver o verdadeiro Alfred, ou seja, uma completa besta. Se até então eu não tinha visto nada de engraçado nele, inclusive o aspecto físico da personagem é meio repelente, então a partir daí vi que o gajo não tinha mesmo ponta por onde se lhe pegasse.
O gajo dá um show de tudo quanto é mesquinho num homem, desde chegar a casa num barco junto com 2 rameiras, até abandonar a sua companheira quando ela está doente, do género “ai, que nojo, não suporto doenças”, e voltar quando ela fica curada:
- Eina, milagre, curaste-te.
Inveja da própria amada (como escritora e pessoa famosa), ciúme, egoísmo, não há nada que se aproveite.
Passamos o resto do filme a ver quando ela lhe dá com os pés. O gajo é asqueroso. Até ao fim do filme ela anda a arrastar-se por ele, a implorar encontros, num: é impossível deixar de te amar, embora eu vá tentando, visto que és execrável. .
O problema é que o filme é meio chocho e não torna isto verosímil. Bem sei que o coração não funciona com a razão e que as paixões não se escolhem e blá blá blá. Mas nem acreditamos que seja possível amar incondicionalmente aquele homem, nem a personagem da mulher nos faz acreditar nisso:
- Ok, vocês não gostam dele, mas o que interessa é que eu gosto. Até porque eu sou uma Artista genial muito excêntrica.
A enamorada está longe de ser uma pessoa carente. Além de ter um bom percurso de vida, tem filhos para criar e é popular entre os homens. Na sinopse diz até que ela não acredita no amor (realmente dá um ar intelectual de quem acredita mais no sexo e no poder criativo). Quando está com ele, não parece uma mulher encantada. Ela não demonstra admiração por ele em qualquer capítulo que seja. Ele não apresenta qualquer qualidade ao espectador (ao menos pusessem um actor atraente).
Não dá para acreditar no amor, no amor dela por ele e no amor dele por ela. O filme torna-se inverosímil.