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Tenho dois amigos dos tempos da universidade que são hoje professores do ensino básico, 2º e 3º ciclos.
Um deles é a pessoa mais cool que conheço. Na altura da universidade ele era o refúgio de todos os repudiados da sociedade académica. Drogados, gays, e todos os marginalizados vinham bater à sua porta e ele recebia-os naturalmente.
Hoje vejo a pessoa menos preconceituosa do mundo e apaziguadora dizer coisas como:
Eu dantes pensava que o ensino era para todos. Hoje penso que há gente que não deve estudar - refere-se a estudantes do 2º ciclo com 17 anos, que só vão à escola fazer merda.
A minha melhor turma do ano passado, tem agora umas maças podres, uns repetentes. Quatro ou cinco estragam aquilo tudo.
Há alunos que querem aprender e outros estragam tudo, não aprendem nem deixam aprender (o mesmo me foi dito pelo meu outro amigo professor).
A minha questão é: porque não se metem estas maças podres todas em turmas próprias? O meu amigo falou-me dos CEFs. Mas, ao que oiço, não me parece suficiente.
Os moralistas puristas ficam chocados com estas medidas. Ai, os guetos, a segregação social, e o c***. Pois é, meus amigos puristas, também são contra as prisões? Não haverá maior gueto e pior inferno que as prisões?
Não se trata de marginalizar as pessoas, noutro caso acabem com as prisões. Trata-se de criar regras de pró-funcionamento. Ainda estou para ver estudos que me digam que a melhor solução é a grande heterogeínade em contra-posição com uma “guetização”. Virem apenas com pressupostos moralistas, não me convence. Isto é o moralismo levado ao extremo, que mal tem criar turmas tentando que elas funcionem melhor?
Isto tudo ainda me parece tanto mais hipócrita quanto eu saber que se criam turmas exclusivamente de ciganos em escolas ditas de integração. Não se vão criar turmas só de repetentes e maças podres, porque isso não é ético, mas criar turmas só de ciganos, tudo bem. Acho que o argumento é que os ciganos têm um modo de aprendizagem e um comportamento diferentes. Ora, e não têm os vandalos que andam por aí nas escolas?
Os ciganos são segregados, os vandalos brancos não são.
Espalhas os mal pelas aldeias (pelas turmas) em vez de meter todo o mal numa turma. O que se ganha com isso? Acham mesmo que os maus vão ficar bonzinhos?
Contaram-me que na Alemanha a partir de certo grau no ensino secundário eles até dividem as turmas por mais capacitados e menos capacitados. Será ético? Logo à partida as turmas dos mais capacitados podem chegar a um grau de ensino que os menos não poderão chegar. Ok, é a pátria do nazismo, poderão me dizer - E isso não é preconceito?
Façam turmas de alunos que querem aprender. Juntem numa turma os muito maus, os maus e os menos maus. Os menos maus até passam a ser bons. Os maus passam a sentir na pele o que é ser vitima:
O quê! Tu pensavas que eras mau?