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Uma vez li uma excelente lição de lingua portuguesa sobre o uso indevido e sobre-uso da palavra “complicado”.
Na boa, davam uns 6 exemplos de frases onde se usava essa palavra. E a seguir diziam, para cada uma das frases, a palavra mais acertada que se devia usar.
Sempre que tiverem uma conversa sobre as dificuldades da vida, havendo um silêncio, se nada mais vos ocorrer, digam estas palavras sábias:
- É complicado.
É complicado, o caralho. Foda-se, já não posso com esta merda. Além de martelarem os meu ouvidos até ao massacre, tornam-me a vida atrofiada, mais dificel e tortuosa do que alguma vez pensei que ela fosse.
Deixem-se de merdas. Eu prefiro o velho desabafo:
- É fodido.
Se fala dos seus próprios problemas, sempre se pode vitimizar:
- Tou Fodido!
Se é uma grande injustiça e a vida não avança:
- Tou fodido e mal pago.
Ou como ouvi este diálogo uma vez, entre um amigo e uma amiga:
- Então, como vão as putas das vossas vidas?
- Fodidas.
Cada vez que usa a palavra complicado, está a complicar mais a sua vida (e as do que o ouvem). Por outro lado, cada vez que usa a palavra fodido, está a relembrar o que a vida pode ter de mais gratificante e agradável.
Estou convencido que é, também, a aversão dos portugueses em esperar, que os faz chegar atrasados. Morrem de medo de chegar 5 minutos mais cedo e terem que esperar, sobretudo se sabem que os outros também pensam o mesmo, e em vez de 5 minutos, esperam 35 minutos.
Além disso, sabe-se que fica-nos mal chegar antes do tempo, nem que por uns minutos. O que fica bem é chegar atrasado para dar a ideia que temos uma vida preenchida.
E depois há o ciclo vicioso.
Se os portugueses têm pavor de esperar, porque raio ao fim-de-semana e férias, se metem em infindáveis filas de transito para a praia? Não chega andarem 1 hora no transito para regressarem a casa, durante os dias úteis? É aqui que surge outra suposição: os portugueses adoram multidões e confusão. Estar numa fila infindável de transito, com buzinões, serve para praguejar, dizer mal de tudo, da nossa desgraçada vida e, do nosso alvo favorito: o nosso país e os portugueses.
Deixem-se de merdas. Chegar atrasado a um encontro só significa uma coisa: uma enorme falta de consideração para com a pessoa que nos vamos encontrar. Usem as velhas tácticas: chegar 5 minutos mais cedo. Apontar para chegar 10 mintos mais cedo.
Pois, o fodido é um gajo praticar isto e reparar que as outras pessoas não o praticam. Realmente, o universo tende para a entropia.
The Go-Between do Leslie Poles Hartley e Frankstein de Mary Shelley, são os 2 livros mais belos que li. Curiosamente li ambos na versão original, em inglês.
Muita gente deve ter lido a Obra do Leslie, já que ela fazia parte do programa da disciplina de inglês, no 10º, 11º ano.
A Rosinha resolveu bancar antiego, dizendo que está farta de ouvir “ah, mas o livro é melhor que o filme”. Ora, não é caso para tanto, acho que não se deve atacar este cliché. Porque realmente ele corresponde à verdade de que, geralmente, é um desconsolo ver um filme depois de ler o livro em que se baseia. Contudo! Há casos, e não são assim tão raros, em que o filme está bem à altura do livro. Quando isso acontece, é quando o filme respeita e segue muito à risca o livro, ou quando é uma interpretação bem interessante dele.
Há o filme “O princepezinho”, com personagens de carne e osso, que gostei muito de ver. No elenco está o Peter Sellers que faz um papelão na pele da Raposa.
O Filme “Frankstein de Mary Shelley” com Robert de Niro é relativamente fiel ao livro. Apenas teve que ser melodramatizado com a história de que o móbil do Victor para dar vida a um corpo, foi o trauma da morte da mãe, quando no livro é apenas a sua avidez cientifica que o move.
Mas se há filme que é a cara do livro, esse é o The Go-Between. Comparar um filme com o livro, não passa por comparar os gostos de ler ou ver cinema. As coisas têm que ser vistas no seu lugar.
Por falar em livros e ficção, acabei de ver a série da BBC “Bleak House” baseada na obra de Charles Dickens, passada na TV2. A série é de extrema qualidade, parecia o supra-sumo das telenovelas. Não consigo imaginar que o livro seja mais apaixonante.
Raios, estou farto de ouvir as pessoas dizerem que o seu pior defeito é a teimosia. Numa entrevista a José Sócrates, parecia que havia encontrado a primeira pessoa a admitir outro defeito. Diz ele:
- Pertinácia.
Gente intelectual é outra coisa.
Claro que o pessoal tinha que escolher um defeito que também pode ser entendido como qualidade. Teimoso, perseverante, não desiste com facilidade.
Como já conhecemos a resposta certa, parem de perguntar “qual o seu pior defeito?”. Perguntem antes “quais os seus defeitos” ou “quais os seus piores defeitos”.
Coisas que podem irritar os outros: ser sorna, Sorrir e rir para quem fala e quer ser levado a sério, por mim, parecendo assim que estou a gozar.
Ah, e ainda faltam muitas porque sou esquecido.
Chiça! Com tantos defeitos, é melhor mesmo eu atenuar esta má imagem:
Durante a vida conheci incontáveis regadores. Regador é aquele que rega. Regar é inventar histórias, meter água. Existem os regadores gabarolas, existem os regadores que simplesmente gostam de contar histórias invulgares e curiosas. Existem regadores mais ou menos conscientes.
O regador mais odioso é aquele que tem a mania que sabe. Sabe tudo e de tudo. O que não sabe, inventa. Tem o dom de ser muito persuasivo. Tudo o que diz, di-lo com uma convicção tal, que o incauto não pode deixar de duvidar do que ele diz. Calculo que para ter essa convicção, ele próprio está perfeitamente convencido de que sabe do que fala. E se alguma vez é posto em causa (o que acontece muito raramente), faz uma cara muito surpresa, como se o estivessem a chamar de mentiroso. Se ele conta uma história, melhor, factos! que são uma peta de todo o tamanho, ao ser posto em causa, é capaz de jurar a pés juntos que assim é. Houve vezes que usei a minha arma: propunha logo uma aposta. Aí, ele abana e… já não tem tanta certeza do que diz. Pergunta a um terceiro a confirmação ou diz que não aposta.
Há os regadores das histórias engraçadas. São histórias anedóticas que se contam como se se tivessem passado com os próprios ou gente chegada. Quem já não teve uma amiga que reprovou num exame oral de direito quando, no fim, por dizer que ía alugar um apartamento no Algarve, o professor a reprovou, dizendo-lhe que estava errado, é arrendar.
E aquela que tinha uma amiga que usava a sua escova de dentes, e pregou-lhe a partida fazendo-a acreditar que aquela era a escova que usava para lavar o rabo?
Estas histórias devem ter acontecido na realidade, e depois espalharam-se e foram adoptadas por todos os regadores.
O regador extremo é o do tipo esquizófrénico. E não são assim tão raros.
Sabendo eu a quantidade enorme de regadores que encontrei, cara a cara, durante a minha vida, quantos regadores não existirão aí nesta blogosfera !!! Bolas, se em pessoa conheci um milhão deles, por aqui devem existir um ziilhão.
Bolas, a blogosfera é o ambiente ideal para um regador. Aqui não há mesmo limites.
Quantas dessas vossas histórias são verdadeiras?
Nunca pensei que Rock da pesada pudesse ser tão melodioso.
Durante os tempos da Universidade tinha um amigo que era como que o oposto de mim em termos musicais.
Ele gostava de altas metaladas, eu gostava de musica POP. Ele gozava-me por eu gostar de grupos como os Depeche Mode. Até troçava de canções do Leonard Cohen.
Eu gozava com ele dizendo-lhe que ele confundia musica com barulho, que o Heavy Metal tinha vocalistas mediocres e letras ainda mais mediocres. Para mim, o instrumento musical mais belo só pode ser a voz. Essa é a morte de muitos grupos portugueses, terem um vocalista completamente banal.
Neste universo de Porbabilidades, havia a esperança de um dia surgir um grupo do qual ambos fossemos bons fans. Um grupo entre a metalada e a musica suave, melódica. Musica é melodia. Musica que não tem melodia, não faz sentido para mim.
Esse grupo surgiu, são os MUSE.
Na semana passada, para meu espanto, vi na TV, os MUSE ao vivo, no Rock em Rio. Nem sabia, longe das multidões. O som estava péssimo. Apanhei o fim do concerto. Depois ouvi os comentários do Zé Pedro dos Xutos. Não curti o Zé Pedro dessa banda da qual eu também fui grande fan. O gajo tratou os MUSE paternalmente. E a anedota foi que disse que o vocalista até tinha uma boa voz. Meu deus! Boa voz ?!! As voz dele é um instrumento. A voz dele é uma guitarra. Ele é um verdadeiro cantor. Não é simplesmente um gajo a debitar palavras. Ele cantarola, usa a voz para criar som. Este Matthew Bellamy é o homem dos 3 instrumentos: Voz, Guitarra e Piano.
A musica dos MUSE é desconcertante, alucinante. Anti-monotona. Como apenas 3 gajos no palco, nos empolgam com aquela energia estonteante, produzino um efeito de orquestra em loucura, caoticamente melódica. Muse will rock You.
As minhas Musicas preferidas das MUSE: Space Dementia, Dark Shines, Sing For Absolution
(Benditas as cenas que existem, que nos fazem dizer bem. Porque toda a gente gosta de dizer mal e eu não fujo à regra)
O Estado está sempre a dever. Alienam os beneficios fiscais, cortam despesas aqui e ali. Agora é a ideia de cortar com o serviço nacional de saúde. Como uma vez disse o Cavaco Silva: não, não, não.
Nós, como filhos, até pensamos que não é má ideia roubar o pai. Quanto mais dinheiro roubarmos, menos o pai gasta nos copos e no jogo.
(Que tal pensarem em cortar na boa vida, no jogo, no vicio, nas putas e etc?)
Ps: Os Estados Unidos não têm Serviço Nacional de Saúde, mas comparem o nivel de vida de um Português com um Americano.