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Vi a bronca aqui na net. Não conheço o trabalho da Manuela Moura Guedes. Não tinha muita opinião formada sobre ela para além de que tem um boca grande.
Portanto, não posso concordar ou deixar de concordar com as palavras do Marinho, embora simpatize com ele. Simpatizei à primeira vista com o homem, quando ele apareceu na TV acabado de ser eleito bastonário da ordem dos advogados. È um homem à blog "Mitos, Modas, Clichés". Politicamente incorrecto, com gosto de pôr o dedo na ferida, um homem das verdades.
Quanto à Manuela, há uma frase que define o seu caracter e arrogância infantil:
- O seu trabalho como jornalista (a refererir-se ao Marinho) não o conheço. O meu está à vista (E faz um gesto majestoso a rodar o braço à sua frente).
Ou seja, tu foste mais que mediocre, tanto que ninguém te conhece, eu ando aqui na TV há anos, sou a maior. Que estupidez, Manela. E desde quando a popularidade é sinónimo de qualidade?
Estava a ver um programa SIC radical onde um gajo anda a tentar desvendar os meandros da Hight Society portuguesa à procura de "o que é preciso para ser famoso". Só vi flashes do programa que imagino deva ser um grande gozo aos imbecis que pairam nas festas da dita alta sociedade. O melhor bocado que eu retirei, foi a seguinte frase proferida por uma alta dama:
"São expressões que se tornam clichés e depois querem dizer qualquer coisa."
Não é o cantor Paulo Alexandre desse lindo hino português que é o “Vinho Verde”. Aliás, ó idiotas que disseram que o nosso hino está desactualizado, aqui está uma boa opção: “Vamos brindar com vinho verde que é do meu Portugal….”.
O PA de que vou falar trata-se de um crítico de cinema que escrevia para o jornal o Independente. Este jornal era um bom viveiro de pedantes. Entre outras coisas, divertiam-se a escrever artigos que eram autênticos plágios a livros inteiros. Estou-me a lembrar de um artigo que era um decalque do livro “O cú através dos tempos”. Também se divertiam a cortar na casaca a tudo e a todos. Este jornal fez escola. Considero que este jornal formou a geração a que eu chamo “A geração do Independente”. Era ver os universitários todos malucos, chegada a sexta-feira, a comprarem o jornal onde pontificava o idiota do Miguel Esteves Cardoso.
Nunca me esqueci do nome do critico Paulo Alexandre porque, primeiro é homónimo do referido grande cantor, depois porque o gajo teve o mérito de me chocar ao ponto de eu ter escrito uma carta para o Jornal onde escrevia. Nunca cheguei a enviar a carta. Primeiro, li a critica ao filme do Akira Kurosawa: “Os sonhos do próprio”, estou a brincar, o titulo é “Os sonhos do Alkira Kurosawa. Não é que nesta critica ele aconselha o velho a dar um tiro na cabeça ! Entre outras coisas, delirava ele: “onde é que o gajo viu o olho?”. Há uma cena no filme, em que num conto sobre Hiroshima, se fala num olho gigante. O critico queria dizer: onde é que este idiota foi desencantar aquele olho?
Na mesma edição, fazia uma critica a outro filme onde aconselhava o realizador a ir plantar batatas. Há que dar valor a este crítico: publicava a sua foto nas criticas. E pela sua foto percebia-se a necessidade vital que ele tinha em cortar na casaca da maneira mais bruto-ordinária.
Como nunca enviei a carta, estava a dever esta publicação.
Paulinho, mete uma coisa na tua cabeça: não foi o Akira Kurosawa que viu aquele olho. Foi o olho que viu o Akira Kurosawa. Mas isto é uma coisa que os reles de espírito nunca compreenderão acerca da criação e dos criadores.
Mais um programa interessante passou na TV2 – 6 Biliões como tu.
Neste programa perguntavam às pessoas comuns, das diversas partes do mundo, sobre a familia.
Gostei de ouvir uma senhora dizer que o jantar em Familia deve ser uma coisa alegre. E com a nossa gastronomia (ver Chispes e Couratos), não há grande desculpa para que não o seja.
Se comer é um prazer (e uma benção), estão criadas as condições para se ter um clima alegre, passando uma meia-hora satisfeitos com a vida.
A vida até pode não estar a correr de feição, mas o jantar é sagrado. O jantar devia de ser o nosso grande escape. Quanto mais, os felizes diálogos ao jantar, seriam:
- Ai, estava com tanta fome!
- Mamã, quero mais ketchup.
- Mulher, podes ser chata como ó caraças, não perceberes nada de futebol, mas cozinhas bem como ó… enfim, adoro-te.
- Oh, obrigado meu bombonzinho.
- Mamã, quero chocolate !
- Calma, depois disto, vêm os morangos.
- O quê! Ainda vão haver morangos e chocolate, YUPI!
- E esperem até começarem a apreciar um cafézinho e uma aguardente, depois da refeição.
- shlep shlep
- nham nham
…..
Através da Revista Sábado, fiquei a conhecer o super-original cientista Freman Dyson. O Man é uma autêntica ganza. Quando vimos na capa da revista a anunciá-lo como o cientista consagrado que defende que o aquecimento global pode ser benéfico para o planeta, logo pensei:
- Temos que ler este artigo.
Afinal o homem diz isso e muitíssimo mais que vale a pena ser lido. Considerado por uns como o Leonardo da Vinci dos nossos tempos. Pelo que eu li, pelo menos não lhe faltam imaginação, originalidade, sentido de humor e optimismo –características que mais tornam o ser humano mais elevado.
Ficamos fãs do homem. É um homem à blog “Mitos, Modas e Clichés” Um rebelde, politicamente incorrecto, anti-modas (que melhor exemplo do que dizer que Al Gore é um oportunista e zombar da ideia de que o aquecimento global é uma catástrofe para o planeta?)
- Os ursos vão ficar bem.
Do que me recordo da revista, é o primeiro cientista a afirmar que ciência e religião podem coexistir. Debate-se contra o risco do uso da energia nuclear, é um pró-biotecnologia, acredita na existência de vida no nosso sistema solar, aí para as luas de Júpiter como local provável, desenhou uma colossal estação no espaço capaz de conter um milhão de vezes mais a população de um planeta. No futuro vão existir térmitas para destruir os carros abandonados, assim como se criarão outras formas de vida muito úteis (opções ás Ovelhas, por exemplo?).
Um homem que os escritores de ficção cientifica deveriam obrigatoriamente consultar.
Um homem a conhecer. Aqui vão alguns links:
O Artigo termina com sua citação, a qual me rendeu pelo seu optimismo e positivismo:
“Muita gente acredita que a humanidade trás o mal e a destruição, eu acredito que ela possa ser a solução de todos os problemas”.
E se eu estivesse convicto que era uma pessoa muito interessante, inteligente, boa, muito sensível, com um grande sentido de humor, humilde e com boa aparência, MAS alguém tivesse a coragem de me dizer que eu era fortemente estúpido, de vistas curtas, com um sentido de humor vulgar, que eu era um grandessíssimo egoísta frágil e egocêntrico (ao invés de ser uma pessoa sensível), um grande arrogante, um gajo que tem a mania que sabe muito mas é deveras limitado, um tipo com um mau carácter muito vincado que se manifesta frequentemente com sentimentos mesquinhos como a inveja, o deleite pela desgraça alheia, pelo mexerico barato e completo desrespeito pela vida do proximo, pelo materialismo, que não tenho nobreza de espírito, nem muitos valores me movem, excepto o dinheiro que me dá a volta à cabeça, como acontece a muitas outras pessoas, que eu próprio critico mas longe de me rever nesse sentimento mesquinho pelo dinheiro, e, para acabar, que a minha aparência física é normal?
Eu aceitaria a critica, mas responderia peremptoriamente, continuando muito convicto (o que revela personalidade forte) que não concordo, por que vistas bem as coisas eu sou mesmo… assim. Que eu me conheço muito bem, melhor do que ninguém.
E se as criticas que me fizeram correspondessem em grande parte à verdade? E se na verdade eu era uma espécie de concorrente ao concurso “Ídolos” com uma apresentação e voz sofríveis? Porventura uma autêntica vitima de amigos patético-simpáticos, ou graxistas manipuladores ou cínicos gozões que nunca tiveram a coragem, a atenção ou o cuidado de manifestarem a sua opinião mais sincera de que a minha voz não é assim tão boa.
Ora, se ouvir tais opiniões sobre mim eu não aproveitasse para me pôr em causa, para parar e pensar, perdia uma grande oportunidade na existência de me conhecer a mim próprio, de me limar um pouco, colmatar melhor as minhas limitações, porventura de evoluir. E a minha vida continuaria a ser uma autêntica Farsa.
É deveras interessante este fenómeno de que me apercebi na blogosfera. O fenómeno da cruzada contra os pais. “Unidos contra as bestas parideiras” – dizem-me daqui do lado. “Essas bestas gordas e balofas que apodrecem nos seus lares de mofo, alimentando as suas crias gulosas, negligenciando os seus maridos e babando-se para cima dos seus filhos. Fêmeas que só pensam nas crias, não têm projecto de vida, não têm estatuto”.
Será que mais ninguém reparou neste movimento?
Bem, não é de tomar a blogosfera como uma boa amostra da população. Não creio que quem tenha filhos tenha muito tempo para andar aqui a blogo-surfar. Aliás, dizem as línguas mais afiadas, que quem anda a foder não deve ter muito tempo ou disponibilidade para andar na net.
Não vejo na net nenhum movimento contra as pobres criaturas que não têm filhos. Também por isso não consigo perceber porque dizem que esses são rejeitados pela sociedade.
Mais uma vez, não percebo porque as pessoas que não têm filhos se sentem marginalizadas. Só pode ser exagero e imaginação delas. Conheço um casal, casado há mais de 10 anos, que não tem filhos. Comentei o facto com um amigo meu que também o conhece. Claro que achamos estranho eles não terem filhos. Meus amigos, não é preconceito. É perfeitamente normal, comum, vulgar, uma pessoa querer casar, casar e querer ter filhos ou ter filhos (ou até gostar de sexo). Basta ver as estatísticas da história da humanidade: É expectável que uma pessoa se case e tenha filhos. Há quem diga que o objectivo do casamento é ter filhos (eu discordo). Se crescessemos numa sociedade em que só 20% dos casais tivessem filhos, acharíamos normal um casal não os ter. Será que os alegres solteirões têm o complexo de os acharem anormais? Isso é passado. No tempo dos nossos pais é que as mulheres ficavam para tias e os homens que não casavam eram uns falhados, coitados.
Hoje em dia, ninguém anda a marginalizar as pessoas solteiras. Tanto eu sempre achei que o casamento seria uma coisa que naturalmente as pessoas esperavam que as outras o fizessem, que nos meus tempos de “livre e disponível”, levava na boa as conversas de “tirar nabos da púcara”:
- Então, quando é que casas?
- Para o ano.
- Com quem?
- Falta encontrar a noiva.
Compreende-se perfeitamente quem convictamente não queira casar ou ter filhos. Ambas as coisas exigem imenso trabalho, responsabilidade e paciência. Em Portugal, 50% dos casamentos estão a dar em divórcio. Quem não conhece casos extremamente lamentáveis de divórcios? Não admira que as pessoas, cada vez mais, não se queiram casar. É sensato. Mais sensato ainda é as pessoas ponderarem muito sobre a decisão de ter um filho. É da máxima responsabilidade. Não é brincadeira não.
Por toda a minha vida, as raparigas sonhavam e falavam em ter filhos. Raparigas de todos os feitios. Gajas com muita vivacidade, gajos pra cima gajos pra baixo, altas noitadas, altas curtes, e falavam-me espontânea e apaixonadamente no dia em que teriam um bebé para cuidar.
Também conheci muitas raparigas que diziam o cliché:
- Ah, eu não vou casar, nem quero ter filhos.
Isto é, evidentemente, uma forma de defesa. Como quem diz:
- Nunca me digas que a minha vida é um fracasso, que não encontrei a minha cara-metade, que ninguém pegou em mim, que não fui mãe, porque logo à partida eu não queria nada disso.
Nos dias de hoje é perfeitamente normal (e ainda mais aceitável) uma mulher referir que ter filhos não está nos seus planos. Enquanto que há 40 anos atrás essa mulher ou seria queimada na fogueira ou assumia-se que ela queria dizer com aquilo que queria ir para freira.
O que é estranho é uma mulher fazer disso o seu cavalo de batalha. Usar a opção, pela negativa, “Não quero ter filhos”, como uma bandeira, o desígnio da sua vida. Fodo sim, adoro o sexo muito mais que todas vocês juntas, mas não para procriar. Só faltava eu, para me assumir, vir aqui para a praça declarar com toda a pujança e cagança: “Não quero apanhar no cú”.
Há algo de errado com quem se quer afirmar assim.
- Qual e o teu objectivo na vida?
- Não ter filhos.
- E tens conseguido?
- Tenho. Tomo a pílula, uso o diafragma e exijo sempre o preservativo. Já vou mais perto dos quarenta, mais uns aninhos entro na menopausa e serei livre para sempre.
- Boa sorte.
Ou na apresentação:
- Olá, sou a Teresa Quecas (Quecas por parte do pai), não quero ter filhos.
- O prazer é todo meu.
Vi um anúncio sobre um programa televisivo sobre a infertilidade, no qual acrescentavam que os casais que não têm filhos são vitimas de reprovação social e sabe-se lá que mais.
Não consigo compreender porque a sociedade tão maltrata as pessoas que não têm filhos. Até me leva a duvidar que a coisa seja assim tão grave. A única coisa que me leva a acreditar que as pessoas são apedrejadas por não terem filhos, é o movimento anti-"humanos que decidem deixar descendência", que é evidente aqui na blogosfera.
A teoria é simples: este grupo de pessoas que opta por não ter filhos, fartos de serem humilhados publicamente, revoltou-se à séria e metralham posts anti papás idiotas babados.
A coisa passa-se a nível mundial. Tal como as mulheres foram oprimidas durante séculos obscuros, os celibatários e inférteis (por opção) têm vindo a ser desumanamente menosprezados e espezinhados por esta sociedade preconceituosa. A grande arma da comunicação social contra as mães imbecis, é, como já disse, essa sábia série “O sexo e a Cidade”.
Quem não passa pelas coisas, não as sente, logo é incapaz de as compreender. A felicidade alheia incomoda-nos a valer, nem sabemos quanto. Nada parece mais idiota que uma pessoa ser supostamente feliz levando um estilo de vida que nós nunca levamos ou não nos imaginamos a levar. Nada melhor, para nos defendermos, do que depreciar esse estilo de vida.
Tal como eu não compreendo como as pessoas podem reprovar quem não tem filhos, também quem não tem filhos não compreende o que é os ter. A partir daqui é tudo imaginação, é tudo oco.
Acham estranho os pais acharem os seus filhos lindíssimos quando eles são visivelmente horríveis. E o amor? Nós, os homo-sapiens, tendemos a ver as coisas tudo pelo prisma dos sentimentos humanos mais mesquinhos – tudo é inveja e vaidade.
Como dizer a estes childless que é tão simples quanto isto (e não vale a pena inventar a roda) – Quem feio ama bonito lhe parece.
É engraçada a analogia, que se faz entre animais de estimação e bébés/crianças. Essa analogia sempre se fez. Sempre a ouvi mas com o sentido de depreciar aquelas pessoas que adoram animais em detrimento das pessoas.
Eu não consigo (e nem sei se quero) compreender como uma pessoa consegue adorar cães. Faz-me uma impressão incrível. Como será possível uma pessoa ter um cão num apartamento !!!! Qual o meu remédio? Zombar dessas pessoas. Que estupidez tamanha: ter um cão num apartamento. Será que as pessoas sentem isto que eu sinto sobre aquelas pessoas que têm filhos num apartamento?
Quem tem filhos, tem-nos para mostrar à sociedade, para o usar como bibelots, como animais de estimação.
E o amor? Qual amor qual quê! Já sou adulto e maduro demais para não ser cínico.
Meus amigos que não têm filhos e que gozam a vida a valer, sosseguem, não fiquem paranóicos. Nunca vi ninguém ser ostracizado por não ter filhos. O que eu vi, e isso é das coisas mais naturais do mundo, é alguém ser louvado por ter filhos. Porque afinal, ainda há muita gente que gosta de crianças (ou lhes acha alguma graça).
O mundo tende para a entropia e as pessoas arragam-se às palavras e convicções que mais lhes convierem.
Há gente que deve elevar ao cubo o lema “Vive o Presente”. É que é mais que chapa ganha chapa batida, é chapa endividada chapa desbaratinada.
São essas pessoas que realmente sabem viver, são os sábios dos nossos dias. São essas pessoas que vivem um dia de cada vez, que mais nos podem ensinar acerca da felicidade.
O cientista da felicidade (Daniel Gilbert) disse que o que nos distingue dos (outros) animais é a nossa capacidade de projectar o futuro. Vivemos tentanto prever o futuro, a preparar-mo-nos para ele e até a altera-lo em nosso favor. Uns chamam a isto sermos donos (ou responsáveis) do nosso destino. Claro que a preocupação com o futuro, é um stress. Não há bela sem senão, um exagero na apreensão com o futuro pode exponenciar a ansiedade, que em doses elevadas, é coisa terrorifica de se sentir.
Mais uma vez, o ideal é projectar o futuro com moderação. Garantir o básico.
Segundo Daniel Gilbert, a Lobotomia do nosso prémio nobel Egas Moniz, retirava precisamente a parte do cérebro responsável pelas nossas viagens no tempo para o futuro. Resultado: o paciente, na realidade, ficava mais calmo, mas por outro lado ficava muito abananado.
Ora, isto leva-me a crêr que os granda malucos, que sabem viver a vida, se endividam até ao pescoço, com gastos supérfluos, nunca precisarão de uma lobotomia.