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Há 2 semanas passou uma reportagem na TV sobre as mães divorciadas que alienam os pais aos seus filhos. Ou seja, é a mãe divorciada que faz tudo para cortar a relação que o filho tem com o pai, ou chamemos-lhe desvinculamento. As tácticas usadas são das mais baixas que vão desde impedir o contacto entre pai e filho, simplesmente evitando encontros com o pai, ou meter minhocas na cabeça ao filho fazendo-lhe ver que o pai não presta.
A conclusão desta boa reportagem é que as mães têm a faca e o queijo na mão. Fazem o que querem e saiem completamente impunes. Os pais, senão pagam a pensão de alimentos vão para a cadeia.
Isto tem que mudar. Que se pode fazer em relação a uma mãe insidiosa que vive a envenenar o filho contra o pai? Esta é a parte mais dificil. A solução que vejo é arranjar forma de as mães serem avaliadas por um psicologo. Como serão avaliadas e a propósito de quê, é que seria uma coisa de estudar. Não precisa de ser uma coisa ostensiva. Por exemplo: anualmente, agentes da segurança social, psicologos, assistentes sociais, fariam uma entrevista à mãe e filho à laia do estado acompanhar a educação da criança. Podemos ir mais longe e requerer que filhos de pais divorciados sejam acompanhados, ainda que esporadicamente, por uma unidade de pedo-psiquiatria, visto tratarem-se de crianças potecialmente de risco. Quando um pedo-psiquiatra avalia uma criança também está a avaliar a mãe.
Falo disto porque na referida reportagem, a mãe entrevistada era obviamente uma mulher perturbada e doentia.
Quanto à mãe impedir o convivio entre o filho e o pai, a coisa é muito mais simples. Numa regulação tipica de poder paternal vem além da pensão de alimentos, os periodos em que o pai tem direito a estar com a criança. Normalmente um fim de semana de 15 em 15 dias e o natal ou passagem de ano, em anos alternados. O que acontece na realidade? A mãe, apetece-lhe, porque anda mal-humorada ou porque se sente encornada de o ex-marido (lol, ou ex-pai) ter arranjado outra mulher, não levar a criança ao pai um fim de semana ou outro, ou o natal. No caso da reportagem o pai não via os filhos há cerca de 2 anos.
Como contornar esta situação? Deixar tudinho preto no branco. Ficar ditado da regulação do poder paternal tudo ao pormenor. Não é que tenha de ser seguido à risca, mas é o que vale por omissão. Concerteza que entre pais que se dão bem ou pais civilizados, tanto rigor não será necessário. Muitas vezes dará jeito trocar um fim de semana com outro ou até o natal.
Os contractos, as regras escritas no papel, existem para quando as pessoas não se dão bem e não conseguem chegar a acordo. Neste caso o pai ficaria protegido. Senão vejamos:
Fins de semana com o pai. Sim, mas quais fins de semana? Tem que ficar explicito. As semanas são numeradas, embora nós, os portugueses, não usemos muito essa numeração. Tem que ficar, por exemplo, que o pai tem direito a ficar com o filho os fins de semana das semanas impares. Do mesmo modo, por exemplo, o pai tem direito a passar o natal com o filho todos os anos par, e as passagens de ano nos anos impares. Também deve ficar estipulado quem entrega o filho a quem, quando (dia e hora exactas) e aonde.
Face a isto, não havendo bom entendimento entre os pais, caso a mãe falhe com o acordado de não aparecer ou não estar para o fim de semana do pai, o pai poderia dirigir-se a uma esquadra da policia para reclamar o filho – caso pensasse que a mãe estaria a agir de má fé. A policia procederia ás diligências para o filho aparecer para o fim de semana com o pai. Porventura começaria por telefonar à mãe notificando-a que o pai estaria ali à espera do seu filho, convidando-a a entregá-la. Claro que a mãe poderia se defender argumentando que sim senhor, foi a casa do marido, mas ele não se encontrava lá. Isso pouco importa, já são pormenores. Se um ou outro está a mentir, já é uma coisa entre eles. Se quiserem metam-se em tribunal, arranjem testemunhas, matem-se.
O objectivo aqui é assegurar que a regulação do poder paternal é cumprida, ou seja, entregar a criança ao pai. Ao interesse da criança e ao direito do pai.
De outro modo, as mães poderão continuar a cantar:
- I´ve got the Power!
Para quando a Video Vigilãncia ????
Quando se ouve falar nisto lembramo-nos logo do Big Brother de 1984.
Só se vê animais na estrada, e cada vez mais as pessoas queixam-se da falta de segurança nas cidades. Mas Video Vigilãncia, não, em nome da privacidade.
Meus amigos, não se pode ter tudo. Cedemos um pouco da nossa privacidade e ganhamos numa vida mais segura.
É pôr cameras por tudo quanto é rua. Que mal pode acontecer? Os policias rirem-se á despregada com as pessoa que tropeçam no passeio. E pior que isso… levarem gravações para casa e o filho pô-las no youtube. Qualquer pessoa pode virar vitima de chacota nacional. Tenham juízo. Prefiro correr o risco de ser apanhado a dar um peido do que correr o risco de ser espancado por um gangue que só se queria divertir.
Cameras na minha rua e em toda a minha zona, era um grande favor que me fariam. Adianto que não tenho nada a esconder. Ponham sobre escuta o meu telemovel, pesquisem as minha contas bancarias. Quem não deve, não teme. Se oiço alguém, na televisão, a insurgir-se contras as escutas telefónicas logo penso que aquele gajo esconde qualquer coisa.
Uma vez defendi esta ideia no trabalho e levei-a mais longe, para a rambóia, hiperbolizando-a. Entusiasmei-me dizendo que tanto não tinha nada a esconder que podiam colocar cameras dentro de minha casa. O pessoal comentou que não teria interesse nenhum. Achei piada a esta iniciativa e falei desta conversa à minha companheira, ao que ela logo respondeu:
- Ui, não iriam querer outra coisa.
Pois, eu acho que até pagariam para ver.
Depois de ver tantas séries de qualidade americanas fiquei com noção de que nos Estados Unidos é bastante usual dizer caralhadas. Na série “os Sopranos” é compreensivel, pois trata-se do sub-mundo da Máfia, mas a cena repete-se em todas as séries. Ainda pús a hipótese de isso não corresponder à realidade. Lembro-me agora dos talk-shows. A palavra F aparece lá de minuto a minuto (ainda que com o beep). Ok, são programas cómicos. Será mesmo assim tão corriqueiro?
A dúvida desfez-se ontem com o presidente Obama a dar a conferência sobre o peru a quem concedeu perdão no Thanksgiving Day.
Num é que o gajo disse coisas como:
"I was planning to eat this sucker."
“Now, before this turkey gets too nervous that Bo will escape and screw up this pardon”
Vamos ver como está o meu nivel de inglês. Embora sucker, para nós portugueses, até soe a brochista, acho que não o é (é mais cocksucker). Acho que Sucker quer dizer mais parvalhão, safado, em português simplificariamos a coisa com:
- Estava a planear (br: planejar) comer este filho da puta.
Já Screw acho que quer mesmo dizer foder. Em tradução directa, fuck é foder. Screw será… talvez pinar. Bolas, esta foi forte. Ok, se calhar é mais light e significa lixar.
Tenho a ideia que os ingleses já são mais refinados, anti-ordinarice.
No final de contas isto dá uma imagem jovem e cool (fixe) do presidente dos EUA.
Agora eu pergunto: que caralho é esta mania dos alfacinhas e do pessoal do sul com os palavrões. Ok, não se devem usar muitos palavrões, é falta de educação. Mas a atitude dos alfacinhas perante o palavrão é de completa aversão e choque! Eles têm horror ao palavrão e quem o diz é absolutamente ordinário e até reles, um gajo mesmo sub-humano.
É do género: um gajo pode cometer a mais grave infracção das regras de transito, e o maior derespeito civil, como vir em excesso de velocidade, alcoolizado, contra-mão, bater-me de frente, mandar o meu carro para a sucata, partir-me as pernas e o crãneo, e eu na hora do embate, exclamar:
- Filho da puta! Fodeste-me!
Perco a razão.
Não há nada a fazer. O gajo até merecia 2 anos de prisão e dar-me uma indemenização de 50 mil euros. Na hora em que eu o chamo de filho da puta, não só não tenho direito a nada como no dia seguinte não posso sair à rua porque toda a comunidade me vai condenar.
- Lá vai aquele ordinário filho de uma prostituta que ontem proferiu impropérios dignos de um escroque que matou pai e mãe e sodomizou o cão.
Qual é malta! Dizer umas caralhadas é engraçado, é terapeutico, é altamente. Só não se deve fazê-lo em frente a crianças.
Quando a vida te corre mal, o stress aperta, e toda a tua raiva vai para aquela única pessoa que parece ser a causa de todo o mal da tua vida, nada melhor como a insultares em alta voz, do pior a que te possas recorrer (socorrer).
Faz isto em privado, sózinho(a), pelo menos uma vez por dia. Até parece meditação transcendental. Escolhe o teu mantra.
Quando uma pessoa exclama, por exemplo:
- Filho da puta!
Ou outro palavrão qualquer, é apenas uma interjeição como outra qualquer. Não estamos a afirmar que aquela pessoa nasceu de uma mulher que não se importava com quem fosse os pais dos seus filhos. Estamos apenas a ser sintéticos, “a condensar o mundo num só grito”. Podem interpretar um filho da puta como, por exemplo:
- Detesto-te! Quero que agora te sintas muito mal.
Há galanteios muito giros, aliás há bajulações muito giras e corteses. Mesmo sendo uma bajulação, de tão graciosa cai bem. Lembro-me de quando me chamaram á atenção para este facto com aquele mimo que se dá a uma senhora dizendo-lhe que se pensava que a sua filha era sua irmã. É um galanteio-feito, mas soa bem, sendo sentido ou não (ou como dizem os americanos “do you mean it”?).
Lembro-me de uma vez um amigo me ter dito que gostava de conhecer os meus pais pela curiosidade de saber quem tinham sido as almas que me tinham gerado.
Bem mais que uma vez, tive amigos que me deram um mimo muito giro e doce. Isto deve acontecer por norma. Um tipo conhece outro tipo. Eles vão-se amigando cada vez mais. Com a intimidade falam da familia.Um fala ao outro da sua irmã ou da sua filha. O irmão mais desprendidamente, o pai com carinho e até admiração. O amigo é homem, solteiro e disponivel. De homem para homem, com uma certa conivência, acaba por lhe dizer com convicção:
- Um dia apresento-ta.
Isto é maravilhoso, meu deus! È o auge da amizade. Ter um homem tão doce para nós que nos parece dizer, isto no mundo dos homens:
- Tu és um gajo tão porreiro e eu gosto tanto de ti que não me importava que saltasses para cima da minha irmã.
E só apetece responder:
- Abraça-me e dá-me cá um beijo na boca !
E o amor entre os homens acontece. Bonito. Sim ao casamento homossexual.
Quanto ouvi a história dos namorados que ganharam 15 milhões de euros no euromilhões, foi-me dificel de acreditar. Parece uma história do programa “são coisas que acontecem” da Antena 3.
Ninguém pode ser tão estúpido. Ainda mais atendendo que eles entregaram o boletim juntos e o argumento é que a chave premiada foi escrita por ela.
Mas isto tem alguma coisa que decidir? Se ainda tivessem entregado boletins separados… havia ponta por onde se lhe pegasse.
Aqui estava um bom motivo para se casarem e foi um motivo de separação e quem sabe de ódios de morte. Cá para mim, hmmm, estas coisas cheiram é a sogras, sogros, familias a meterem minhocas na cabeça.
Se a minha filha fosse premiada com 15 milhões de euros, juntamente com o namorado, eu iria pular de contente. A felicidade da minha filha é a minha, o dinheiro da minha filha é o meu. É o entusiasmo a crescer. Depois começava a fazer as contas, a dividir o dinheiro porque eu sou um gajo que gosta de partilhar. È pá, mas esta familia… não somos só dois! Já nem dá para dividir a meias. Este 15 milhões, dividindo por toda a gente, vai acabar por dar uma miséria a cada um e nem dá para eu me reformar.
Se calhar o namorado da minha filha não é assim tão bom rapaz. Trabalhador? O gajo é mais propenso é a gostar de ganhar dinheiro fácil. Se calhar nem foi ele que teve a ideia de jogar. Quem teve a ideia? Quem preencheu as chaves? Quem entregou o boletim? Quem pagou? Olhem para o meu sentido de justiça a apurar-se.
È caso para dizer: dinheiro traz estupidez.
Já referi aqui as enormes potencialidades que tem um blog, o que pode trazer a mais que nenhuma outra publicação traz. Referi isso no post O Verdadeiro Blog.
Os bloggers podiam ver os eu blog como um espaço de partilha. Parilhar as suas ideias, as suas histórias, a sua vida. Partilhar até coisas que nunca partilhou com ninguém, por prezar a sua intimidade. Aquelas coisas que nem ao nosso maior amigo contamos, nem ao nosso querido confidente. Porventura algumas coisas que nem um psicologo.
Mesmo com o nosso melhor e mais querido amigo, aquele com quem nos sentimos completamente à vontade, nós temos uma imagem a manter. Sabemos que com aquele não podemos contar certas coisas porque ele pode fazer juizos de valor ou mal interpretar. Mais tarde até nos pode atirar à cara aquela inconfidencialidade.
Gosto de ver este espaço como uma conversa de mesa de café. Como se estivesse a conversar com amigos, a beber umas cervejas.
Vamos lá, então não têm histórias da universidade para contar? Não têm para contar um cromo com quem namoraram? Não tiveram namorados?
Uma bebedeira de caixão á cova que apanharam e as figuras tristes que fizeram. Aquele exame em que copiaram. Aquela entrevista em que vocês se enterraram. Aquela entrevista ou exame em que vocês não percebiam nada e safaram-se. You Lucky Day: aquele dia em que vocês podiam ter sido vitimas de uma tragédia e tiveram o maior piço do mundo (piço = sorte, pra quem não sabe).
Aquela pessoa que vocês ficaram com uma péssima primeira impressão e vieram a descobrir que, afinal, essa pessoa era altamente, até quase uma alma gémea.
Mas não, parece que os blogs são uma coisa mais libidinosa que vivencial.
Tá a parilhar malta, tá a partilhas. Eu tenho vários cromos para a troca neste blog.
Vou escrever um texto para fazer as delicias dos moralistas e aquelas pessoas que gostam de apontar logo falhas, contradições, em que tudo tem que seguir uma lógica certinha.
Embora eu seja um acérrimo defensor do casamento homossexual, eu tenho a minha boa de homofobia. Eu tenho amigos gays, frequentam o meu lar, já dormi em casa deles, já passei férias em casa deles.
Faço piadas sobre gays, e até quando me iro com algum tipo pela sua estupidez, sou capaz de praguejar com um “aquele paneleiro”. Aliás, esta era a forma carinhosa que tinhamos, na universidade, de nos referirmos quando um amigo nosso tinha um comportamento menos de amigo ou de alguma maneira o queriamos deitar abaixo.
Eu tenho uma forte aversão ao acto homossexual masculino, é algo que me choca muito e na realidade, parece-me um pouco contra-natura. Ou seja, tal como os outros homens eu tenho medo da minha homossexualidade e acredito que ninguém é 100% heterossexual. Quando era miúdo e ignorante eu achava a homossexualidade uma coisa completamente contra-natura. Mas, desde o momento em que acho que toda a gente tem algo de homossexual, já não o posso achar absolutamente contra-natura.
O meu amigo gay uma vez disse-me porque tinhamos nós de achar que o sexo foi criado para procriar e não para ter prazer? Ninguém pode saber para que fim foi criado o sexo. Para mim tem toda a lógica que tenha sido para procriar e o prazer ter sido a forma de fazer com que a vida se perpetuasse. Mas não querendo ser o quadradão lógico, é bastante aceitável que tenha sido criado com os dois fins. Porque há-de um imperar sobre o outro?
Curiosamente, depois de muitas conversas com amigas, constatei um facto: a mulher, na generalidade, tem mais fobia à sua homossexualidade que o homem. Pela minha estatistica pessoal, segundo as pessoas que conheci, a mulher repudia mais prontamente a sua homossexualidade e o lesbianismo do que o homem (não, não façam piadas com o homens lésbicos).
Mais facilmente um homem aceita a homossexualidade e até a sua homossexualidade, que a mulher.
Aliás, isto lembra-me uma história passada há muitos anos atrás. Nos nossos 24 anos. Estava eu a conversar com um colega meu de apartamento e a sua namorada. Este namoro já tinha mais de 3 anos (mais tarde deu em casamento, filhos, forever). Falavamos de homossexualidade e ela estava muito intrigada em como faziam as mulheres. Pois, os homens está-se mesmo a ver. E as mulheres, não têm nada para meter !!
Vai daí eu falei em Heterossexualidade. Bolas, não é que não sabiam o que era? Lá tive que os ensinar. E lá estava ela num processo de assimilição da nova palavra, dizendo coisas como:
- Faz-me impressão esta palavra.
E vai daí formula um corolário:
- Quer dizer, nós os 3 somos heterossexuais… (Ela sabia que eu queria comer a irmã dela).
- Eu sou, vocês não sei.
Ontem vi o prós e contras, na RTP 1, sobre o referendo ao casamento homossexual. Ok, eu pertenço à facção que é a favor do casamento, mesmo assim não é que todo o interveniente do eixo do mal (os do contra tal ignóbil casamento) tinha umas trombas de fugir a 7 pés !!! Ou seja, o pessoal do eixo do mal é mesmo o pessoal mais feio e antipático.
Se eu fosse juíz de tribunal, ao ver uma pessoa a falar com demasiada paixão e raiva, iria desconfiar do juízo dessa pessoa, da sua sensatez. Não me teria tanto crédito do que uma pessoa mais sóbria. Recordo-me também de a grande reportagem de ontem na SIC, sobre a alienação parental que cada vez mais os progenitores preconizam. Ou seja, progentiores alienados, loucos, resolvem alienar o outro progenitor ao seu filho, parecendo isso o seu único objectivo na vida. Estamos a falar de casais divorciados.
(Cada vez tenho derivado mais nos meus artigos, eu que sou grande defensor de artigos não longos. Já deu para perceber que tenho visto muita TV).
O primeiro caso que mostrarem nessa reportagem era sobre um caso de um pai que lutava para ver as filhas e chegou a ficar um periodo de 2 anos sem nenhum contacto. De um lado via-se o pai, a falar serenamente, com alguma mágoa. Do outro lado via-se uma mulher que metia impressão. Uma gaja desvairada completamente tresloucada. Olhando para aquela mulher. a maneira brusca com que falava, a raiva que transbordava da sua cara, estavamos concerteza na presença de uma mulher perturbada, doente.
Cada qual com a sua versão. Nem olhando para outros testemunhos, não era dificel eu escolher, pelo menos, o que melhor me parecia capaz de tomar conta dos filhos.
Voltando aos bruxos do mal que não querem o casamento homossexual, esse acéfalos, portanto. Defendem eles o referendo porque consideram esta uma arma da democracia, provavelmente a sua melhor arma. Sim, o referendo é a coisa mais democrática que existe, o poder ao povo, o povo que decida, o povo que governe. O povo é soberano.
Esta merda só me faz lembrar a justiça popular. Sim, deixem o povo lincharem os criminosos, fazer justiça pelas próprias mãos.
O Povo ao governo, referendos para que vos quero. Referendemos, pois então. Nada mais limpido e justo. Eu até já tenho tema para os próximos referendos, pode ser um por cada Domingo:
Quanto aos defensores do casamento homossexual, acho que cometeram um erro. Ao aperceberem-se que o maior argumento dos homofóbicos é a directa ligação do casamento homossexual à adopção por casais homossexuais, fartaram-se de repetir que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Foi demasiado. Apenas uma vez, um da facção pró-casamento admitiu que as coisas estão intimamente ligadas e falou sobre isso. Os outros, parecem ter medo desse argumento e que esse argumento vá retirar muitos votos. Votos daquele pessoal que possa pensar “quero lá saber se as bichonas se casam ou não, não os quero ver é a educar crianças”.
Não era necessário demarcarem-se tanto da adopção. Na realiadade, uma coisa implica a outro. Eu teria dito que o que estava em discussão era o casamento homossexual, que mais tarde poderia-se abrir a discussão da adopção, admitiria a relação entre as duas e teria afirmado que, pessoalmente, não vejo porque homossexuais não possam adoptar crianças.
Cuidado com as Medicinas Alternativas, elas fazem parte do livro “o livro negro dos esquemas e fraudes”, financiado pela Comissão Europeia.
Eu já caí neste conto do vigário numa casa de produtos naturais. Uma senhora fez-me um exame à Iris e foi incrivel a quantidade de coisas que descobriu sobre a minha saúde. Ela pôs-se a tirar o curos de Homeopatia por uma grande causa – ajudar o marido que tinha problemas de saúde. O mais irónico desta história é que ela dizia algo do género:
- Andam aí pessoas que tiram cursos e enganam as outras receitando-lhe uma enorme quantidade de medicamentos que vendem nas suas lojas. E fazem muito dinheiro assim.
Só mais tarde aprendi a regra número um de como desvendar o grande mentiroso: muitas vezes o grande mentiroso auto-enfia a carapuça ao referir exactamente o que está a fazer. Quando alguém vos disser “eu não estou a mentir”, é de desconfiar. È porque muito provavelmente está a fazer isso mesmo ou então não o estaria a referir sequer como hipótese. É uma maneira de também descobrir vigaristas: “Este negócio é perfeitamente legal” – como diz o livro, se fosse legal não sentiriam necessidade de o afirmar.
A grande ironia é que a senhora fez precisamente o que os vigaristas que ela falava faziam. Foram vinte e tal contos em medicamentos na loja dela, todos indicados pela sua dona, médica.
Lembrei-me de escrever isto depois de ouvir uma história muito engraçada que a minha mulher me contou. Foi a uma massagem chinesa, e eis que a certa altura surge uma espéie de guru, com a cor de pele verde, afirmando com todo o seu saber:
- Você não pode beber leite.
Como é que alguém vai levar a sério um gajo com um aspecto tão doentio que a cor da sua pela é verde, aonselhando a não beber leite?
Só há uma maneira de uma mulher comer um homem: é mesmo através de um acto canibal.
Sim, eu também uso expressões do género “aquela gaja comeu aquele gajo”, mas quando o faço, claro que é num sentido metafórico.
Meninas, é impossivel uma mulher comer um homem, sexualmente. Eu sei que grande parte das mulheres têm esta atravessada na garganta. Primeiro não percebiam porque o homem usa a expressão “comer gajas”, e se divirtiam a valer com ela. Elas Ficavam perplexas a cismar do porquê dessa expressão. Estavam capazes de escrever uma tese de Mestrado sobre o assunto, apoiada em factores biológicos, anatómicos e antropológicos, para provar que aquilo não fazia sentido nenhum. Deixem-se disso, o homem é mesmo assim: parvo, não liguem. Entretanto, eles continuavam a rirem-se de prazer, ás gargalhadas, falando de comesainas.
Xiça, se os não consegues vencer… depois, o modo que encontraram para ultrapassar esta sua neurose foi começar a usar a expressão também.
Nunca se vão aperceber o quão ridiculo isto soa na boca de uma mulher. Uma mulher comer um homem é como eu engravidar, começar a sentir enjoos matinais e descer sobre mim aquela doçura celestial própria que acompanha a maternidade.
Só há um tipo de homens capazes de se sentirem comidos pelas mulheres: aqueles que ainda não descobriram a sua homossexualidade.
Até era caso para dizer: Chupem! Mas não vou dizer isso.