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Idiotas são os intelectuais do Natal. Aqueles que dizem coisas como “O Natal é uma grande hipocrisia” e atacam o consumismo do natal, etc. Uma vez via uma série nacional onde uma tipa falava com um antigo namorado que era muito menaço:
- Então, ainda és contra o natal e essas coisas?
Pois, devia ser um gajo muito verde e cheio de princípios.
Mas qual é o raio do anormal que é contra o Natal? Devem ser os mesmos que detestam crianças, flores e prados verdejantes.
Graças a deus, na casa dos 40, ainda tenho espírito natalício e acho que é a festa mais bonita de sempre. Ainda me recordo de há 3 anos dar um passeio a pé à noite, pelo meu bairro e ficar encantado com as luzes de natal que via nas casas domésticas.
Estamos em crise, é certo, mas cortar totalmente com as luzes do natal citadinas, parece-me um pouco criminoso. Podem reduzir para metade ou para 20%, mas por favor não assassinem o natal.
Se o natal é consumismo e materialismo? Não, isso são as pessoas. Meu! Temos que dar prendas, temos que dar regalos. E não é preciso gastar uma fortuna nisso.
Se as pessoas são hipócritas no natal? Hipócritas porquê? Por andarem bem dispostas?
O Natal é magia, é felicidade. Não me é possível imaginar a humanidade sem ele. É comunhão, o grande ponto de encontro (fora casamentos e funerais). Quando toda a gente se lembra de toda a gente. Prémio Nobel da paz ao Natal.
Não é à toa que se inventaram máximas como “Natal é quando o homem quiser”. Eu, por volta dos meus 12 anos, escrevi “No Carnaval ninguém leva à mal, no Natal ninguém faz mal”.
Eu devo ter percebido mal a noticia transmitida na rádio e é assim que surgem muitos boatos.
A Noticia era sobre o comentário do Porta Voz dos Macnn relativamente a um ou aos telegramas divulgados pela WikiLeaks sobre o caso Maddie. E se o comentário também era sobre um telegrama que dizia que a policia inglesa tinha encontrado provas que incriminam o casal Macnn, tanto pior.
O Comentário foi a desvalorizar os telegramas, no seguinte tom:
- Esses telegramas já foram há 3 anos, não têm relevância nenhuma.
Isto não pode ser possível, digam-me que eu ouvi mal. Se realmente assim foi, acho que hoje em dia vale tudo. Assumir responsabilidades, pedir desculpas, desde que se faça com o ar mais natural e descontraído do mundo.
Eu diria mais, como porta-voz:
- Ó meus, deixem-se de cenas. Essa merda já foi há três anos! Isso já é passado, não tem importância nenhuma. Essa cena já prescreveu. Aliás, porque não prescreve este crime também?
È preciso lata.
Eu diria que isto não abona nadinha em defesa do casal. Nestas coisas, não há nada como a máxima "Quem não deve...". E eles já tiveram comportamentos de quem devia. Este é mais um.
Se graças à internet já se casaram milhares de pessoas, também é verdade que a internet já provocou divórcios. Mas… eu aqui diria que a origem da causa não é a internet. É a tal história: se uma relação é forte não é com certeza a internet, por si só, que a vai quebrar.
Já ouvi várias histórias de vários feitios sobre o término de relações devido à internet. Homem casado conhece uma maluca algures nessa Europa, apaixona-se e acaba com a mulher casada.
Outras há que, estando bem casadas, gostam muito de flirtar nos chats. Gostam de serem apaparicadas. E acham que nisso não há mal algum. È só uns flirts, nunca vão ver o gajo á frente, não vai passar disso.
Que giro. Que pessoa não se sentiria se descobrisse que a sua cara-metade anda a flirtar na internet?
Há muitos anos atrás ia num autocarro dos STCP (a Carris da cidade do Porto) e vejo uma mãe a protestar com o filho:
- Levas já uma latada que te fodo!
Mas isto não se compara com o que ouvi ontem de um pai, saído de um LIDL de Lisboa para o carro de família:
- Sai do carro da tua irmã! Dou-te uma tareia que te mato!!
(Provavelmente estes são os mesmos pais que são capazes de bater a um professor dos filhos por estarem descontentes com o ensino).
Aqui está uma primeira mãe, pobre, a andar de autocarro que é agressiva e usa o palavrão. Ela seria crucificada em Lisboa. E vemos um pai, da classe média, com carro, que não usa do palavrão, e por isso, se calhar chocaria menos os ouvidos sensíveis das pessoas bem-educadas.
Há ainda o pai da alta burguesia, que adora os filhos e lhes faz as vontades todas, compra-lhes tudo o que os pode mimar. Tem uma grande paciência, vai aturando os sucessivos actos irritantes dos filhos sem dar um único reparo e que, de repente, agarra o filho pelos colarinhos:
- Olha que eu parto-to o focinho todo! – uma cena digna de rua.
É um pai que não diz palavrões, não é severo, não bate nos filhos – só os agarra pelos colarinhos.
Os pais que condescendem muito com as tropelias e má educação dos filhos, ora por uma filosofia de “Let the Children Play” (Jim Morrisson) ora por preguiça, um dia explodem ou têm uma grande surpresa.
Mais vale ir ralhando frequente e suavemente do que um dia arrebentar.