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Já andava à procura das florestas do Egipto, há meses e meses:
São leituras como estas que me deixam com água na boca. O Egipto já criou 34 florestas e está com o projecto de criar mais 10, que no total, as 44 florestas, dá uma área aproximada à de Portugal. Maravilhoso.
Bem, como o link desapareceu, transcrevo o conteúdo desta página:
Egito tem 95% de seu território coberto por desertos estéreis ou com pouca vegetação
O governo egípcio desafia a natureza ao regar áreas desérticas com água reaproveitada para convertê-las em florestas, cuja superfície já equivale ao território do Panamá.
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A diferença verificada após a intervenção humana é dramática: onde antes havia uma paisagem desértica e inóspita, agora há áreas verdes cobertas de árvores de alto valor econômico como álamos, papiros e eucaliptos.
Tudo isso foi possível graças à água que utilizam, poluem e desperdiçam todos os dias os 80 milhões de egípcios. Ironicamente, essa é a melhor opção para as chamadas "florestas feitas à mão".
Nabil Kandil, especialista na análise de terrenos desérticos adequados para o florestamento e professor do Instituto de Pesquisa de Solo, Água e Meio Ambiente, explicou como é possível a transformação.
- A água residual pode transformar o que não é fértil, como o deserto, em algo fértil, já que contém nitrogênio, micronutrientes e substâncias orgânicas ricas para a terra.
A opinião é compartilhada pelo professor do Departamento de Pesquisa de Contaminação da Água, Hamdy el Awady, que até ressalta a superioridade das plantas regadas com água reaproveitada.
- Esse tipo de água tem muito mais nutrientes do que a água tratada e, por isso, é uma fonte extra de nutrição que pode fazer com que as plantas resistentes aos climas hostis cresçam mais rápido e, inclusive, tenham folhas mais verdes.
Os dois professores sabem bem a importância de equilibrar a oferta e a demanda em um país que produz 7 milhões de m 3 de água residual ao ano e que, ao mesmo tempo, tem 95% de seu território coberto por desertos estéreis ou com pouca vegetação.
Ao todo, há 34 florestas ao longo do país, localizadas em cidades como Ismailia e Sinai, no norte, e em regiões turísticas do sul, como Luxor e Assuã, num total de 71.400 km 2 que equivalem à superfície total do Panamá.
De acordo com o governo egípcio, há outras dez florestas em processo de "construção", em uma área de 18.600 km 2.
Os mais de 71 mil km2 de floresta plantados até agora são resultado das análises de solo, clima e água que possibilitaram a escolha das espécies de árvores capazes de sobreviver em condições extremas, como explica El Awady.
- A boa notícia é que as plantas são seletivas. São elas que selecionam a quantidade de água e os nutrientes necessários para sobreviver.
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A maioria das espécies cultivadas até agora são árvores como álamos, papiros, casuarinas e eucaliptos, semeadas para responder à demanda de madeira do país, além de plantas para produzir biocombustíveis como a jatrofa e a jojoba, e para fabricar óleo, como a colza, a soja e o girassol.
Eis aqui um fantástico a ambicioso plano para voltar a cobrir de vegetação a península Arábica: Cooling a planet with Revegetation.
Pelo que entendi, este estudo defende que as monções não ultrapassam uma linha imaginária no médio oriente. Mas, plantando uma boa quantidade de plantas num certo ponto estratégico da península, vai fazer que as monções ultrapassem essa linha e haja muita mais precipitação, o que trará de volta muitas plantinhas e vida.
O meu sonho de projecto seria assim: As nações unidas comprariam uma fatia do deserto do Sahara aos seus países. Da costa atlântica, ao mar vermelho, um território com uma largura de cerca de 100 km (parecido com sahel), seria património de toda a gente, da humanidade, sem pertencer a qualquer país. Por esse terreno árido, o mundo pagaria uma compensação aos países a que pertence.
Num esforço conjunto, o projecto seria reflorestar essa faixa, começando nas duas costas, até ir ganhando terreno para o interior. A vegetação iría-se expandir também naturalmente para os países vizinhos.
Esta ideia está-me a dar uma moca tal que eu já estou preocupado com os incêndios na floresta do Sahara. Para precaver destas tragédias, já estou a pensar em conceber grossos corta-fogos, com 1 km de largura.
Nos dia de hoje, não deve haver canção mais anacrónica que o another brick in the wall part 2. Aquela cujo refrão é “Hey Teachers, leave the Kids Alone!”.
Ontem vi no telejornal que o Roger Waters levou ao pavilhão atlântico miúdos da Cova da Moura para cantar o “Ei, professores, parem de chagar a canalhada!”.
Depois vieram os comentários no qual um douto idiota falava como se esta musica fosse muito actual, muito interventiva, contra um sistema de ensino rígido.
Esta manhã, o meu filho, no 4º ano do ensino básico, queria aprender este tema dos Pink Floyd. Pelos, vistos está na moda lá na escola. Alertamo-lo para a letra da música.
Não sei porque raio o Rogérios Águas ainda andar a cantar este hino de revolta. Anda com problemas económicos? É vaidoso?
Podia ser mais criativo e alterar um bocado a letra:
Quando nos formamos e entramos para a escola a dar aulas
Havia certos pais e alunos que nos quilhavam a cabeça como podiam
Por contestar tudo o que fazíamos, por nos culparem de tudo
Pelos filhos serem a coisa mais preciosa do mundo
Ei, Miudos! Deixem os profs em Paz
Ei, Papás babados, deixem os profs sossegados!
De qualquer modo, sempre podes ir para o centro de emprego.
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Na minha fantasia estão estas doces memórias (que vi na televisão):
E se um desconhecido algum dia lhe oferecer um Cheers, é porque você existe.
Os Ingleses têm uns modos maravilhosos. Eu tornei-me mais bem-educado com o ano em que trabalhei em Inglaterra. Fiquei mais delicado e fino no trato com as pessoas.
Os ingleses tinham um hábito delicioso que é o cumprimento Cheers. Lembro-me de estar num Pub, e ao passar por um inglês ele dizer-me simplesmente Cheers. Soa a um tchim tchim, esticam o copo na tua direcção, e tu esticas também para o tocar.
Duas pessoas, durante as suas vidas inteiras, cruzam-se apenas por 10 segundos, e trocam uma simpática palavra. Essa palavra é como um breve brinde, um micro-convivio, um toque de mãos na passada, uma deliciosa atenção dispensada ao outro. È ultra-leve, é hiper-refrescante, não custa absolutamente nada. Não é bom dia, não é boa tarde, não é olá, até porque estes cumprimentos parecem demasiado especificos e talvez demasiado intimos. É um “eu reparei em ti e tenho empatia por ti”. Ou apenas um “ó meu, não te quero mal nenhum. Talvez sejas uma pessoa fixe.”
Isto é viver em sociedade, isto é civilização.
O Cheers é usado para tudo, espontaneamente. É um cumprimento, um handshake. Eu mostro atenção e o protocolo é reconhecerem a atenção e responderem-me de volta na mesma moeda.
Claro que a entoação da voz irá dizer muito acerca do significado do nosso Cheers.
Pode ser um “Olá”, um “Vale, Vale” Espanhol, um adeus, só que é mais gracioso.
Como já escrevei aqui, o povo português está cada vez mais bem-educado. E o pessoal parece que não quer ficar por aqui. O Povo português está mesmo em alta evolução pessoal. Eu já noto o risco de excesso de boa educação em certas pessoas.
Eu vislumbro que, da maneira educada que as coisas estão a evoluir, daria imenso jeito nós termos um Cheers na língua Portuguesa. È evidente, que uma expressão equivalente teria que surgir naturalmente. Talvez por imitação de uma carismática figura pública.
À Falta de uma palavra melhor, noto que as pessoas usam “Obrigado”. As pessoas já dizem obrigado por tudo e por nada, e ás vezes desadequadamente.
Isto já está de tal maneira, que só por estarmos com uma pessoa e esses momentos serem agradáveis, já nos tendemos a nos despedir com um “Obrigado”.
- Obrigado por estes momentos, Obrigado por estares comigo, obrigado por me ouvires, obrigado por te dares ao trabalho de falares comigo, obrigado por existires, obrigado por veres que eu existo, pá.
Já aqui falei dos pedantes do “Não” e “Depende”. Hoje vou falar dos arrogantes do “Pensa! Pensa!”.
No fim dos anos 90 havia a moda, de certos iluminados virarem-se para pessoas de QI inferior, e iradamente rogarem-lhes que pensassem um bocado.
Geralmente estes iluminados eram pessoas hiper-activas, com a cabeça a cem à hora, uns poços sem fundo de ideias visionárias de como salvar o país e o mundo das malhas da imbecilidade.
Só havia uma coisa que lhes escapava: o défice de atenção cognitivo que acompanha as crianças hiper-activas. Deste modo, tinham dificuldade em parar quietos e acabar o que começavam, e tinham dificuldades em aprender novos conhecimentos que estavam para lá da sua esfera autista.
Eram os grandes Chico-espertos da vida. Eles é que sabiam, eles é que sabiam viver e… principalmente, e esta era a chave - eles pensavam.
Mas por estranho que pareça, tudo o que eles pensavam já tinha sido pensado, dito e publicado, vezes sem conta. Ou seja, a sua sabedoria era constituída por enormes clichés. E eles convencidos que eram os autores desses esquemas mentais geniais. Tudo era bastante fácil. Se calhar tanta facilidade era desmotivadora.
O “Pensa! Pensa” vive a duas dimensões, e ao encontrar-se com um “Num Sei…” que vive a 3 dimensões, a conversa poderia ser mais ou menos esta:
- Fosga-se pá! Não vês que isto é um segmento de recta! Pensa, Pensa! É uma coisa que tem um começo, um fim e parece uma linha. É só pensar.
- Hmmmm, num sei, é uma linha….
- Não é só uma linha! Blá blá blá…
- Ui, num sei, estava capaz de jurar que era um círculo.
- Um quê! O que é isso, um circulo diz ele, AH AH AH AH AH.
- Ei, grande nóia, os gajos no Egipto começaram uma revolução no Facebook. Bora aí começar uma também?
Bem… haja iniciativa. Ó tantas vezes acusados de serem uns pápa-açordas, que não lutam por nada... afinal conseguem lutar pelo direito de ganhar dinheiro.
E que tal uma manifestação das familias que deixaram de receber abono de familia?
Um casal com um filho que ganhe 1250 euros brutos (mês), já não tem direito a abono de familia. É só fazer as contas.
Se calhar o pessoal andava é mal habituado.
Compreende-se o desespero de quem quer ganhar dinheiro, fazer vida, e está há demasiado tempo no desemprego.
Mas esta ideia de que para ser escravo é preciso estudar, é uma demagogia, uma inconsciência e quiçá uma hipocrisia por quem a defende.
Até parece que se queixam de ter tirado um curso superior. Se soubessem que iam para o desemprego não o teriam tirado? Acaso alguém prometeu emprego finda a licenciatura?
Há apenas a ideia de que uma pessoa com um curso superior terá mais habilitações, terá mais oportunidades no mercado de trabalho.
Não há habilitações a mais. Há é habilitações subaproveitadas. A formação nunca fez mal a ninguém.
Andassem 5 anos para trás e dessem a escolher a estes milhares:
- Quando acabares o curso estarás no desemprego. Queres ir trabalhar agora, com 18 anos, ou queres estudar?
Seria giro ver também quantos milhares iriam abdicar do título de dr e dra, para o título de empregado. E quantos pais iriam sentir orgulho nos seus filhos trabalhadores mas não doutores (a ganhar quantos salários mínimos?)
A questão é: onde estariam hoje estes milhares se escolhessem trabalhar aos 18?
Eu preferia ser um desempregado com licenciatura do que um desempregado com 12º ano. E preferia ter um país com 20% de desemprego em que todos os cidadãos fossem doutores, do que um país com 2% desemprego em que todos os cidadãos tivessem a 4ª classe.
O ministério da educação devia gerir as formações na Universidade. Como é que eu poderia criar demasiadas vagas em cursos que eu sei que há anos não têm saída profissional? Para papá se orgulhar de menina doutora, para país ter boa estatística na formação?
Como ouvi hoje de manhã na rádio, não é uma geração á rasca, mas um país inteiro à rasca.
Homens belos são os que têm mais problemas de infância, carências afectivas, timidez, fazendo deles as pessoas com mais tendência para a solidão, no mundo.
Estudo adverte que, quando vir um homem atraente, não se deixe enganar pelas aparências. As probabilidades de ele ser um menino ávido por uma festinha no cabelo são enormes, o que se vai confirmando pela infantilidade que ele vai revelando à medida que o vamos conhecendo. È, invariavelmente, uma pessoa muito tímida e insegura, embora possa não parecer nada. É, portanto, um falso-extrovertido, que quer transmitir aquela imagem de homem seguro e feito, mas no fundo está cheio de inseguranças e anseia pelo colo da mamã. Nunca admitirá as suas carências afectivas até porque não tem consciência delas, tendo passado a vida inteira a recalca-las. Evita doentiamente falar de si próprio, e pode-a ferir por se sentir inseguro e ciumento. Não estranhe a indiferença dele ao seu choro, pois ele foi educado duramente com a velha regra de que os rapazes não choram. Ele não compreende o choro, e o facto de chorar só lhe estará a transmitir que você é a mulher, na relação.
Se lhe perguntar:
- Querido, tens problemas?
Ele vai se rir convulsivamente, caindo provavelmente das escadas abaixo e continuando a rir enquanto uiva de dor por ter partido duas costelas. È a sua maneira de lidar com uma pergunta difícil, invasiva da sua intimidade masculina. Respeite a sua dor, respeite o seu passado difícil. Se ele não quiser falar do gelado que o pai não lhe comprou no dia da bola porque só havia dinheiro para o tabaco, não insista, deixe-o repousar, trago-o antes para um tempo de felicidade que irá aveludar as cicatrizes que esconde por baixo da roupa. Todo o cuidado é pouco quando lida com estes seres frágeis, lembre-se que com a força vem também mais vulnerabilidade. E a pior vulnerabilidade é aquela de alguém que se achava forte e sem problemas. E no fim o que fica? Nunca o faça fazê-lo pensar que é apenas um homem belo. Seria o pior insulto ao seu frágil ego.
Dá-me impressão que nos anos 90 havia a moda de o pessoal se queixar da falta de sorte. Nos anos 90 uma pessoa dizer que tinha sorte ou era feliz, era o mesmo que dizer que era um pobre idiota com a vida facilitada.
Lembro-me de na altura ter uma colega de trabalho que com os seus 25 anos, sentia uma profunda saudade pelos seus tempos de estudante, do género: “ai, os melhores anos da minha vida já passaram”. Eu, para combater esta nuvem negra, cheguei a afirmar-lhe que me considerava um gajo com sorte. “Ai é? Olha, eu não tenho sorte nenhuma na vida”. Não ser católico convicto e considerar-se uma pessoa com sorte, é ter mesmo muita sorte ou ser muito pateta.
Eu, então, não era um gajo feliz, mas nesta questão da sorte eu tinha que ser imparcial. Não queria lamechice barata só porque sentia alguma insatisfação. Ao observar a vida racionalmente, eu concluía que no meio daquela salganhada toda, eu tinha tido uma sorte apreciável. Como bom adolescente dramático, era do género: ó pá, grande acidente de carro, mas que sorte teres escapado com vida. Foi-se o carro, passaste um ano de cama, mas não houve danos irreversíveis. Ou como o Cabeça Gorda ir jogar com o Benfica e reconhecer que tiveram sorte em apanhar só 4-0. Ou seja: com o que há, não foi assim tão mau.
Passados 20 anos, fazendo nova reavaliação da sorte na minha vida, eu só posso concluir que sou um grande piçudo.
Esta é a melhor maneira para eu definir a minha sorte: por diversas vezes eu fiz disparate, merda da grossa. E em vez de acontecer o óbvio – eu lixar-me com a displicência, acto irreflectido, impulsivo, asneirada valente, não! Ainda saio a ganhar da inconsciência que tive.
Eu dou um exemplo prático: Falhei a inspecção da tropa. È pá, enganei-me só em 1 ano! Quando fui a ver, estava um ano atrasado para a inspecção. O risco era ser declarado desertor o que podia incorrer inclusive em prisão. Bem, acho que também seria um exagero. Se calhar foi um adulto mais mauzinho a me meter medo.
A sorte é que a tropa tinha começado a suavizar exponencialmente. Lá foi marcada uma inspecção extra depois de explicado o acontecido, com a boa vontade dos militares.
No meio da inspecção, há um doutor que pergunta:
- A si, interessa-lhe ir à tropa?
Eu disse-lhe que não, que estava a trabalhar no estrangeiro e que não me convinha. Não, não era cunha alguma, um grande azar foi ter nascido numa família que não tinha grande influência. A tropa estava a ficar frouxa mesmo.
Resultado: se tivesse tido tino e ido na data devida, provavelmente teria feito a tropa. Como faltei à inspecção e fui um ano depois, não só não me declararam como desertor como ainda me livraram da tropa.
A minha vida está cheia destas histórias, e esta da tropa está longe de ser aquela em que lucrei mais por ter feito asneirada. Como é que eu posso sonhar que me saia o Euro milhões?
Não convém abusar. Muito respeitinho com as voltas do mundo.