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Há uma gaja que durante a sua adolescência e universidade, andou a dormir. Não se divertiu no tempo que é suposto nós nos divertirmos. Mais ou menos desinteressada do sexo e desinteressada do sexo oposto. Não se chegou à frente. O que se deve fazer dos 18 aos 23 anos.
Após o final do curso encetou um namoro de anos com um gajo. Provavelmente o 1º ou 2º com quem teve relações sexuais. Era o homem da sua vida, anos de namoro, amava-o e decerto iria acabar em casamento. Até que... descobre que ele a traiu, e traiu repetidamente, vezes sem conta, enquanto ela toda prendada à espera do casamento.
Foi um grande estalo. Ela acordou para vida, para viver a sua adolescência tardia. E hoje em dia, vinga-se de todos os homens adoptando e copiando o comportamento deles. É relações com fartura (pelo menos assim quer que pensem), umas atrás das outras, e ainda graceja com o facto de eles quererem um compromisso, coitados. Viu a verdadeira religião em “O sexo e a cidade”. E destila a sua emancipação e independência sexual na blogosfera.
Escreve umas coisas engraçadas, muitas são um enxurrilho de clichés (como é de se esperar de uma adolescente). A sua luta é abrir os olhos às outras mulheres.
A blogueira típica é uma gaja ultra-moderna. Esforça-se por ter a atitude de um homem, em relação ao sexo. O resultado é um bocado aberrante, uma espécie de travesti. A blogueira é uma pessoa muito terra-a-terra. É materialista e assume ter uma visão mercantil do mundo. Defendem elas que, no fundo, estamos em todas as relações para tirar proveitos, por intermédio de trocas. Eu dou-te para me dares. Eu dou-te a minha amizade e favores, tu dás-me a tua amizade e favores. Temos que ser menos tótós e mais práticas, qu'isto a vida são dois dias, e 1 deles, vivido até aos 23 anos, já se passou na pasmaceira.
Por esta razão, neste mercado, não é muito provável que as blogueiras venham a ser mães. O filho fica sempre a ganhar na relação com a progenitora. É impossível ressarcir uma mãe de tudo quanto ela nos deu.
Xiça, ainda está na moda, o pessoal nos blogs dar títulos a começar por “da”. “Da Morte, “Das Filosofias”, “Da Inveja”, e qualquer combinação que seja possível. Ok, Soa bem, marca o assunto, até dá ideia de ser um tratado muito eloquente sobre o assunto que vem a seguir ao “da”.
Embirro com todas estas modas e imitações. Embirro com o “Do post para o qual achei giro dar este título”, “Eventualmente”, “Como não?”, etc. Expressões que soam todas a um bom pedantismo.
O Contra-Informação foi durante muito tempo o programa de humor mais popular do país. Nem é que tenha decaído de qualidade, o problema é que as coisas cansam. Passou para um horário menos nobre e acabou por se desvanecer.
No entanto, creio não haver altura na história de Portugal em que ele fosse mais preciso, que a que vivemos. Verdadeiro serviço público. Teria papel preponderante nas próximas eleições. Sempre gostava de ver o boneco que arranjariam para o Passos Coelho.
Como as coisas são… realmente, é difícil de dissociar completamente o actor da personagem. Há inúmeras histórias engraçadas de como a população dirige-se a actores confundindo-os com as personagens que interpretam.
O Nicolas Cage é um actor com carisma, com muitos fans. Não bastasse ser giro, representa bem. E até tenho a ideia que a maior parte das representações que faz, são de personagens com muita boa índole. Um ar girinho, uma voz meiga, “um pouco tímido até”, ideais para representar uma boa alma.
Contudo, eu nunca fui à bola com o gajo. E porquê? Porque me marcou o primeiro filme em que eu o vi. Trata-se do “Rumble Fish” (Juventude Inquieta) do Francis Ford Coppola. Nesse filme, o Nicolas representa um adolescente espertalhão que arma uma cilada a um amigo (Matt Dillon) para lhe roubar a namorada. Ainda por cima tem a mania que é bom. Coitado do Matt Dillon, tão inocente, até achou aquilo tudo muito natural e culpou-se de ser tão burro:
- Nunca me iria lembrar de uma coisa dessas.
Mas eis, que o futuro me haveria de dar razão: Nicolas Cage detido por violência doméstica.
Foi ao ver o Daily Show com o John Stewart que me apercebi que o ataque estúpido aos professores feito no nosso país, não é exclusividade nossa.
É uma coisa incrível. Uma classe que devia ser louvada e acarinhada, é alvo de um ataque inexplicável por parte da sociedade. Quando uma coisa destas não tem explicação, há sempre a teoria da inveja.
Meu deus, estas são as pessoas que estão a ajudar a formar os nossos filhos! É uma coisa impagável. Quase apetece beijar o chão que pisam. Tenho a maior reverência pelos professores e educadores de Infância. Muito mais que por médicos. O problema dos professores também é o da lei da oferta e da procura.
- Olha, se não quiseres dar aulas, temos aqui 10 que dão o cú pelo teu lugar.
Nas agências de rating, os professores são lixo.
Houvesse tantos professores como médicos, e eles eram tratados com entidades da realeza.
A minha mulher chegou a visitar um colégio privado em que não havia contínuos. Havia uma explicação altamente pedagógica para isso que era um portento de lógica. O que acabava por acontecer era que os professores faziam também o trabalho de continuo. Até iam esperar os alunos numa via pública para os trazer para a escola secundária.
Os professores tinham que trabalhar as 40 horas semanais na escola (sim, porque não são mais que os outros trabalhadores). E preparar as aulas? Ò meu amigo, amanha-te, prepara-as em casa, no comboio, problema teu.
Não é sequer legal pedir a um trabalhador para fazer trabalho que não é da sua competência. Chegamos a este insulto de pedir a um professor para fazer trabalho de continuo.
O que está acontecer nos EUA? Os profs estão a ser culpados da crise. Trabalham poucas horas e ganham muito. Querem reduzir os seus salários, que são incomensuráveis para aquilo que produzem. Mais a mais, tomar conta de crianças, qualquer um pode fazer, desde que tenha 2 olhos.
Em 2002, vi um colega meu a cascar na mulher, à minha frente, que era professora no secundário. Só trabalham 25 horas por semana, têm uma rica vida.
Pois, só posso explicar isto por inveja. Ai quem me dera trabalhar só 25 horas por semana durante 8 meses por ano. Os Setores, no fundo, são aqueles adolescentes que nunca deixaram a escola. Continuam a andar na escola, a ter férias grandes, férias da Páscoa, do Natal, e a ter a tarde toda livre. É um Forever Young.
Mas esta gente faz ideia do que é dar aulas? Eu não conseguia. Eu não conseguiria dar 5 horas de aula, seguidas, a aturar 20 putos que fossem mais ou menos bem comportados. Bem, mesmo que fossem bem comportados, tenho as minhas grandes dúvidas.
Quando me disseram que uma das profissões que gera mais problemas psiquiátricos é o de professor, eu acreditei logo. Quando os professores protestavam pela idade da reforma aumentar, argumentando que é uma profissão de risco, eu concordei.
Houve colegas meus de curso que seguiram a carreira de professor. Eu nem sequer coloquei essa hipótese. Tenho terror. Já custa educar os nossos.
Comparar o trabalho de um professor com o de um trabalhador normal da lei geral do trabalho, com as suas 40 horas semanais, é um absurdo.
Mas… vamos supor que os professores só trabalham as horas em que dão aulas. Vamos supor que não preparam aulas, não atendem pais, não vão a reuniões, nada! Não fazem mais nada. Trabalham das 8:30 às 13:30 e depois têm o dia todo para si.
Um professor secundário com 10 anos de carreira, ganha cerca de 1400 euros limpos. Ao ano isto faz 19600 euros. Vamos supor que tem todas as férias da escola, trabalhando apenas 36 semanas por ano. Ou seja, trabalha 8 meses e meio por ano, passa 3 meses e meio nas Caraíbas. Isto significa que trabalha 900 horas por ano.
Feitas as contas, o nosso professor ganha 22 euros por hora.
Quanto pagam aos explicadores dos vossos filhos?
Vocês acham muito ganhar 22 euros por ensinar 20, durante uma hora?
E já agora, queria-vos ver a vocês. Sim, porque até é bem um trabalho que se pode fazer com uma perna às costas.
O custo de um serviço ou bem ser proporcional ao rendimento de uma familia, não haja dúvida que tem lógica. Mas terá justiça? A aplicar, deve haver muita ponderação nos escalões estabelecidos e nos montantes indexados a eles.
No limite, se todos os bens e serviços fossem proporcionais aos rendimentos do cliente, tanto poderia fazer ganhar 5000 mil euros como estar no desemprego. Os serviços do estado já são bem suportados pelo IRS que é um imposto Robin Hood que vai buscar muito mais aos ricos, e pouco aos pobres, para distribuir por todos.
Quando leio nos Jornais que o PSD quer mudar a constituição para que o Ensino passe a ser “tendencialmente gratuito”, temo muito pelo futuro do país. Já imagino o Ensino e a saúde a serem pagos conforme os rendimentos das famílias (em parte já o são, como a cantina e a ocupação dos tempos livres).
Este caminho vai levar a que a classe média ainda tenha menos filhos, quando Portugal já tem uma das mais baixas natalidades do mundo.
Imagine-se uma familia em que os 2 pais são professores, tendo ambos um salário de 1700 brutos. Isto dará aproximadamente um rendimento liquido de 2800 euros. Esses pais têm 3 filhos. Começam a pagar todas as despesas dos filhos consoante o seu rendimento. O tempo do estado ter coisas gratuitas acabou. O rendimento deles acaba por não gerar qualquer poupança.
Imagine-se uma família com 2 pais desempregados e com 5 filhos. A receber todos os apoios. Abonos de família, rendimento social de Inserção. Com todos os serviços do estado gratuitos.
A primeira família pode chegar à conclusão que a diferença material entre trabalhar e não trabalhar, é quase nenhuma.
Solução para poupar algum dinheiro? Não ter filhos.