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Ainda era caloiro, há 26 anos atrás, e já se falava que o trabalho de programador ía acabar. Iriam aparecer ferramentas que gerariam código, como surgiram as ferramentas case, por exemplo. Mas o que é certo é que cada vez mais se programou e cada vez mais os programadores foram sendo necessários.
Quando trabalhei numa empresa alemã deparei com uma situação insólita: muitos colegas de trabalho viam o programador como um trabalhador tão burro que só sabia programar. Até os administrativos alemães gozavam com o melhor programador da empresa e que trabalhava que se fartava.
Depois fui deparando com esse pedantismo do Programador vs eng. de Software. Para essa gente que distingue, meticulosamente, estes dois actores no mundo do trabalho, o programador é aquele que apenas programa, é o preto que escreve código. Ora, eu nunca deparei com este tipo de trabalhador. Já passei por 5 empresas e nunca testemunhei que se estivesse á espera que um criador de informática se comportasse desta maneira. O vosso programador para mim tem um nome: é um mau programador.
A minha primeira empresa tinha o melhor sistema de desenvolvimento de software. Foi a empresa mais perfeita onde trabalhei em termos profissionais, de ciclo de vida do produto, de qualidade, documentação, etc. Foi a empresa por onde passei onde o programador era mais valorizado. Foi comprada pelos americanos.
Mesmo nessa empresa, a roçar o ideal, seria impensável ter uma espécie de analista a desenhar o software e a escrever os testes e ter o programador-escravo a implementar essas especificações. Era como ter duas pessoas a fazer o trabalho de uma e ainda estarmos sujeitos a erros de interpretação.
Este denegrir do trabalho de um programador é estranho. Uma vez debati isto com um formador e chegamos a uma conclusão lógica. Acho que não era simples inveja.
Um programador é um engenheiro de Software. e um engenheiro de software é:
1 - um engenheiro que não sabe programar.
2- um engenheiro que é uma nódoa a programar.
3 - um engenheiro que deixou de programar.
Um programador é um nerd que delira com os seus programinhas, um eng. de software é um regador com muita lábia.
Ah! Apanhar uma auto-estada!
Pelo preço do combustivel e das portagens, podem-se meter 5 num carro e viajar pelo país mais maravilhoso da Europa, um dos mais densamente florestados do mundo.
Assim fizemos e visitei "O Porto da minha infãncia" como o Manoel de Olveira. Levei um banho de familia, levei um banho de infancia. Revivi a casa da minha mãe e como eu passava as tardes de uma semana inteira na cama dos meus pais a ver televisão quando estava com uma gripe. Altamente! Não ía à escola e ficava no aconchego do lar. Como passei uma infancia mais solitária, o Porto da minha infãncia é muito a casa dos meus pais.
Acima de tudo, vi o Porto como nunca o tinha visto. Vi-o, pela primeira vez, com olhos de turista. Levado pela minha mulher que adora as casas do Porto. Aquelas casas de pedra com varandas de ferro, com uma frente de azulejos de cor viva, como verde vivo ou tinto. Geralmente casas com res-chão e 1º andar. Há a versão das casas com cave, rés-do-chão alto, 1º andar, 2º andar, e um ultimo andar mais pequenito com janelas chegadas atrás. Um sotão mais andar.
Passei 19 anos no Porto sem reparar nele, cego. Do Porto só existiam caminhos. Desta vez reparei nos pormenores, descobri tanta coisa de que nunca me apercebi em anos, andei por lugares interessantes ali tão perto, pelos quais nunca me interessei.
Eu nasci no Porto, nestas férias o Porto nasceu para mim.
Ando triste. Não faço amigos desde os tempos da universidade. Pelo contrário, perdi. Cheguei à conclusão que, a partir dos 25, para fazer amigos é preciso lieralmente fazê-los. Eu fiz uns 3 fofinhos. Bem, são amigos aí até aos seis anos. Pedi à milha filha mais velha, da ultima vez que fomos à Kidzania, para me fazer uma pizza na Pizza-Hut. Ela disse-me que demorava muito e virou-me costas. Não faço mais amigos!
Eu, no meu egocenrismo, e invocando o conhecido sketch dos gato fedorento (?), estou convencido que sou o autor de algumas expressões que se usam hoje em dia e o impulsionador de muitas, indo-as resgatar a passado, feito Antiego Markl dos anos 80. Ressalvo que alguns possam ter tido a mesma ideia que eu.
Vejamos alguns exemplos:
Um colhão de coisas:
No principio dos anos 80, eu, os meus irmãos, e amigos liamos muito os quadradinhos da Disney. O Tio Patinhas era tão rico que se contavam, por ordem crescente, os biliões, trilhões, Quaquilhões que ele tinha. Eu reolvi extrapolar a cena, e por graça, inventei que a seguir ao Quaquilhão viria o Quilhão - com 10 anos também se estava neste tipo de piadas. Quaquilhãio era tipo uma quarta potẽncia, Quilhão seria a quinta potência. Naquela altura, no Porto, não diziamos Colhão. Era quilhão. Essa expressão só aprendi mais tarde na universidade.
Jogar às brancas:
Fui eu que inventei quando num jogo o meu adversário ao abrir meteu a branca, eu disse, eu tom de graça: jogas às brancas. Mas é possivel que mais 120 mil gajos tenham dito a mesma parvoice, assim, do nada.
As desculpas não se pedem, evitam-se
Aprendei esta frase nos anos 90 com um amigo meu de admirável conduta. Em 2005 usei-a uma ou outra vez para um filho de uma amiga minha. Pegou logo. Há poucos anos comecei-a a usar abundantemente para os meus filhos. Agora é o que se vê.
Altamente!
Uma das minha expressões favoritas dos anos 90, do secundário. Enjoa-me o "Boa!" de agora. Parece coisa de tias.
Há aquelas pessoas de educação cuidada, com extrema correção a roçar a perfeição, de boas famlias, que desde que cumpram os protocolos, desde que sigam as etiquetas, desde que agradeçam e peçam desculpas quando é de bom tom fazer, fica tudo saldado, fica tudo sanado.
Certa vez uma operadora de call-center vinha com uma das estratégias que aprendem por lá e até pensam que são suas estratégias pessoais:
- Pronto, nós assumimos, a culpa, agora quer resolver ou não este assunto?
Eu. que estava furioso, comecei-me a rir, mas continuei furioso:
- O quê, vocês assumem culpa e está feito? Ah, assim eu assumo a culpa de tudo, assumo a culpa da crise mundial. Há que fazer alguma coisa para repararem a vossa falha. Não é dizer assumimos a culpa e já está.
Segundo o meu novo amigo, antigamente, por volta dos anos 50, na beira alta, era assim:
7h: Almoço
10: Piqueta
12h. Jantar
16h: Merenda
20h: Ceia