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Lembro da frase idiota “Perguntar não ofende” que era um dos gags de uma série cómica brasileira, talvez do Jô Soares. E lembro-me de como sempre discordei dela. Mais uma falácia. Ainda bem que não pegou moda, mas de certo deve ter sido repetida várias vezes pelos espectadores. É que esta cena das coisas que martelam na nossa cabeça, acabam por entrar. É uma praga. Quem já não ouviu vezes sem conta uma canção pimba na rádio, da qual não gosta nada, mas acaba por a cantarolar? Pois é, cuidado com as companhias ou ainda acabamos por pensar coisas de que nos enojamos. Sim, nós não controlamos lá muito os nossos pensamentos.
Curtia ver o “Momento da Verdade”. O programa teve pouco tempo de vida na nossa televisão. Porque será? Disseram-me, e tem a sua lógica, que acabaram-se os casos escabrosos. Os candidatos que restaram tornaram-se desinteressantes, muito pouco apelativos à abutrice humana. Hmmm, já acreditei mais nisso. O único artigo que li sobre o programa dizia que cada vez havia mais candidatos. Com tantos candidatos e com um bocado de imaginação, aquilo ainda tinha muito para dar.
Resta-me ver o “Momento da Verdade” americano que vai passando na SIC Radical. Há uma boa diferença entre este e o português. No português, a concorrente e sua familia são dissecados ao máximo. Chafurda-se na vida delas o que se puder. Depois de cada resposta, há 5 minutos de conversa e explicações. E o tempo para se dizer se a resposta é verdadeira ou falsa, é uma eternidade na versão portuguesa. Pois, o suspense. Na versão americana, é um instante. Na América é mais a despachar. Na maior parte das vezes, o concurrente dá a resposta e nem se quer saber de explicações, passa-se à pergunta seguinte.
Isto acontece também porque, não se quer saber de explicações. A pergunta por si própria é muito grave. Às vezes nem a resposta interessa! A pergunta, por si só, é uma bomba. Mal a pergunta é feita, já está o mundo inteiro a julgar a pessoa. Depois venham-me dizer que perguntar não ofende, que são só perguntas.
O que notei nos 2 ultimos programas de “o Momento da Verdade” é que os concurrentes tinham uma folha limpinha! Eram quase pessoas imaculadas, com pequenissimas fraquezas humanas.
Mas o anúncio do programa era qualquer coisa do género:
- Vejam como esta pergunta pode (ou vai) desfazer um casamento: se soubesse que não seria apanhada, dormiria com o seu ex-namorado?
Ao ver o programa inteiro constatei que esta e outras perguntas igualmente graves, foram colocadas, mas… a concurrente, depois de pensar durante 1 minuto, respondeu negativamente e o poligrafo acusou verdade.
Ou seja, parece que se acabaram os pecadores americanos, e então o programa aposta em sugestionar cenários escabrosos para os seus concurrentes. Ou seja, o programa agora diverte-se a insultar os seus concurrentes.