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Nos tempos da universidade houve um ano em que eu e um amigo meu do apartamento iamos 1 vez por semana ao cinema, numa de cultura. Deve ter sido o ano mais morto da minha vida acadámica. Esse mesmo amigo que mais tarde meteu na cabeça que tinha de gosta de música clássica porque a clássica é que era. Lá arranjou um série de cassetes com músca clássica da pesada (aquela que não são os hits da clássica e são mesmo dificeis de tragar). E acho que lá foi conseguindo o seu objectivo. Parece que à décima audição de gramar uma cassete referiu que aquela cena já estava a entrar, já conseguia gostar um pouco.
Quando era adolescente os meus irmãos cultivavam as idas ao cinema. Era muito giro. O cinema nos anos 70/80, antes de aparecem os videos e os video-clubes, eram muito giros. Era um evento social. Cinemas repletos, os intervalos. Para um miúdo era altamente, sair com os irmãos mais velhos, à noite, para ir ao cinema.
Depois houve uma fase morta, em que eu fiz-me sócio de um video-clube e dava-me para alugar filmes clássicos ou bem referenciados.
Havia os encontros da prache com o sexo desejado, que passavam por ir ver um filme ao cinema.
O cinema é um interesse que nos une a todos.
Aos poucos o cinema foi perdendo o interesse para mim.
Olhar à minha volta e ver que as pessoas que cultivam o cinema não me atraem, ajudou a perder o interesse por essa arte. Essa gente que gosta muito de cultura e que confunde cultura com cinema. Ir ao cinema é cena de pessoa culta. Conheci um anormal que chegado o fim de semana ía ver 2 filmes por dia. Era um gajo muito culto. Devia saber muito pormenores inúteis sobre a Sétima Arte. Conheci uma androide que disfarçava melhor. Não só ía ao cinema, como gostava muito de exposições, e esforçava-se por gostar de música menos convencional como Music of the World. Leonard Cohen para ela já era uma coisa mais para o piroso. Sabia cada pormenor que valha-me deus. Que a coreografia do Missão Impossivel 3 tinha sido feita pelo mesmo gajo que fez não sei o quê. Análises sobre os filmes? Pensamentos sobre a arte que ela consumia? Nada. Leva-me a crêr que ela limitava-se a consumir e pronto. Faz-me lembrar aquela história muito engraçada daquele gajo entusiasmado que tinha a ultima versão de tudo quanto era Software:
- Ei pá, já tenho a versão tal do Dreamwave, Photoshop, magicDreamer (....)....
- Boa. Como são, sabes trabalhar com isso?
- Não. Mas tenhos-as.
Depois há a mania do cinema francês que é para os/as mais requintados. Filme americano não, filme francês é do melhor.
Já agora refiro que convivi muito com alemães e constatei que eles são uns cinéfilos do camandro. Tomara, com a vida que levam... (ou não levam).
Já há vários anos que a ideia de permaneces fechado numa sala escura, durante 1 hora e meia, concentrado num écran, é uma coisa que me deixa bastante desmotivado. Das ultimas vezes que fui ao cinema lembro-me de ir ver com uma conhecida o “Era Uma vez no México”. Passamos o filme a rir-mo-nos e a segredar piadas ao ouvido um do outro. Brilhante aquela famosa frase:
- Are you a MexiCan or a Mexican’t ?
Depois, é verdaed, com a idade tornamo-nos mais esquisitos. Ainda tentamos ver filmes em casa. Cerca de metade dos filmes, vejo os primeiros 5, 10 minutos, e já me apetece desistir. Parece que já não temos tempo a perder com coisas menores. Aliás eu estou nessa, deve ser a pressão do tempo, estou pensando seriamente em encetar uma politica de Best Of’s. Se dizem que a vida é curta, então já metade da minha passou a avaliar pela esperança de vida. Acredito que a paciência é uma coisa que também se gasta ao longo da vida. Aliando a falta de paciência à falta de tempo, acho mesmo que o melhor é não perder mais tempo com coisas com as quais não criamos uma boa empatia.
Aliás, se tivesse tempo pegava em todos os meus CDs e retirava de lá só as músicas que realmente me embalam. Já não há tempo para ouvir músicas da treta que pouco fazem para nos fazerem sentir melhor.
(Pronto, derivei um bocado).
Já que considero 1 hora e meia muito tempo para estar em frente a um écran, comecei a dedicar-me mais às séries. E houve um BOOM de séries de grande qualidade:
Há outras que não me lembro. Sim, 4 destas 6 séries são cómicas. Deus seja louvado, vai-se fazendo sempre excelente humor nesta terra.
Actualmente o que está a render é a série Shameless (em exibição da SIC Radical).