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Sábado, 31 de Outubro de 2009

Contra-argumentação do Amor no Casamento

            Se eu fosse um gajo da igreja ou um mete-nojo do “depende”, responderia desta maneira ao post Casamento é Procriação:

 

            A pulsão animalesca que nos leva a casar é a pulsão sexual. Isto é muito freudiano. O pessoal casa-se para garantir que terá sexo seguro – seguro no sentido que é certinho. Aliás, os reles pensam assim: esta aqui é certinha, o que vier por fora é lucro.

            Este é o argumento do mete-nojo. E este argumento também vai contra a verdade da igreja de que o casamento é para a procriação. Mas aqui temos que ir mais atrás nas motivações. Para a igreja o sexo é para procriar, para o homem da ciência o sexo é para ter prazer. O meio justifica o fim.

            Este pensamento é mais que básico: como é que vou fazer com estas criaturas se propaguem? Dando-lhes um prazer brutal nisso. Elas são como crianças, não se preocuparão com o futuro e em ter trabalho a criar novas crianças. Mas preocuparão-se concerteza em brincar e ter prazer.

           

            Agora o argumento do religioso: a pulsão animalesca que nos leva a casar é a procruação. O bébé humano é dos bébés mais frágeis que existem e por isso ncessita de mais proteção. Aí entra a figura do pai para garantir a continuídade da espécie. Quantos pais há na natureza? Há os papais humanos, há os papais aves, estes só são pais até os filhotes aprenderem a voar, creio. Ouvi falar que havia o tio lobo, interessante.

            O pai existe para garantir a continuídade da espécie humana. Os outros animais são tão desenrascados que não precisam de pai.

            Sim, mas será que o pessoal não poderia se organizar de outra maneira, como acontece noutras comunidades? Em cada comunidade poderia haver uma espécie de creche natural cheia de mulheres a tomarem conta de todas as crias.

 

            Há 3 milhões de anos atrás como eram as relações sociais-sexuais numa clã? Desde que o homem ganhou o minimo de consciência, não acredito que uma hierarquia à chefe Leão pudesse perdurar. O Chefe da clã a acasalar com todas as fêmeas e o resto dos machos a chuchar no osso.

            Com a consciência vem o ego e o orgulho. Uma vez que um homem deseja uma mulher e a tem, terá o sentimento da sua posse. Mesmo que o chefe vá lá e a tire, o nosso pobre homem da antiguidade vai-se insurgir contra. O chefe pode-lhe dar uma tareia e calá-lo. Não pode é dar tareia e calar todos os machos da clã. Nenhum humano pode ser  ditador sózinho.

            A consciência leva ao casamento

 

           

publicado por antiego às 15:08
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15 comentários:
De Dolores a 31 de Outubro de 2009 às 16:16
Resume-se afinal a uma afirmação de poder.
Alguns animais utilizam a urina para marcar o seu território.
O homem utiliza o casamento. Passa a possuir uma família onde, supostamente, manda.

Será?
De antiego a 31 de Outubro de 2009 às 18:47
Também. Sabe bem mandar nos filhos, eh eh eh eh.
De Nuno Aer a 31 de Outubro de 2009 às 17:42
Eu vejo o casamento como o resultado do hábito.
Quando o casamento surgiu servia, basicamente, não para garantir a continuidade da espécie, muito menos para celebrar o amor entre duas pessoas, mas sim para garantir a continuidade de certa riqueza dentro das famílias de quem aceitava o casamento.

A partir daí a religião apossou-se do casamento, porque tinha dinheiro; dinheiro, apesar de ser material, cai sempre bem em qualquer igreja e igrejola, logo soube bem à igreja apoderar-se do conceito de casamento.

A partir daí teve-se o casamento como sendo um sacramento e, portanto, necessário para os crentes que não desejavam viver em pecado.

Isso ficou marcado a ferro e fogo na mentalidade das pessoas através da continuação de tal celebração ao longo de gerações, de tal maneira que se tornou um hábito e, quando a religião deixou de ter tanto poder e tanto interesse, foi a vez dos Estados se apoderarem do casamento. Agora o casamento é um negócio, uma vez que quem se casa tem vantagens no que concerne a IRS e a empréstimos.

O casamento começou como um negócio, passou por ser um sacramento e regressou uma vez mais às origens.

Pessoalmente não acho correcto aquilo que o Estado faz com os casamentos e as regalias que dá aos casados. Não é por uma pessoa ser solteira que é menos que os casados, além de que é uma medida injusta não só para os solteiros mas também para aqueles que não se adaptam (nem o têm de fazer) à noção tradicional de casamento: sejam homossexuais, casais poliamorosos, pessoas que não aceitam o Ser Humano como espécie monogâmica, etc., etc.

Assumo que ao longo do meu raciocínio pus completamente de parte os filhos que poderão resultar não de um casamento mas sim de um casal.
Mas há uma coisa, quanto a isso, que ainda me causa uma certa confusão: será que os filhos de pais divorciados sofrem por não viverem a tempo inteiro com ambos os pais ou porque vêm uma sociedade que ainda põe de parte as pessoas que não conseguem "aguentar um casamento até que a morte os separe". Provavelmente os problemas que mais tarde evidenciam são precisamente resultado de pressões sociais e mesmo religiosas, e não da necessidade do casamento. Até porque, pegando no exemplo do homem pré-histórico, não existiam casamentos nem relações monogâmicas e no entanto a espécie humana não ficou pelo caminho por causa das depressões da descendência.
De antiego a 31 de Outubro de 2009 às 18:54
que regalias dá o estado aos casados? E quando mais que aos solteiros?

Cr~e-se que os filhos têm a lucrar com as relações afectivas. Filhos sem a presença dos pais são mais pobres que filhos com pai e mãe. E creio que filhos sem avós também serão mais pobre que filhos com avós. Nem tudo é cultural, nem tudo é imposto pela sociedade.

Como sabes que na pré-história não haviam relações monogamicas? Acaso não leste o meu blog inteiro? Há 3 milhões de anos atrás, o Austrolopitecus tratava a sua femea de eleição por:
- ò minha pitecazinha, bidu bidu.

De Anónimo a 31 de Outubro de 2009 às 19:26
A australopitecazinha responde:
Meu monumento pré-histórico, bidu, bidu.
O monumento da gruta ao lado é maior, Uu, ia, ié.
De OLMO a 31 de Outubro de 2009 às 20:52
Onde é a gruta do lado?
De Anonimo a 31 de Outubro de 2009 às 18:59
Temos antropólogo!
De mete-espécie a 1 de Novembro de 2009 às 11:49
Essa do "preocuparão-se" em vez de "preocupar-se-ão" também é um bocado mete-nojo.
De Loura mas não estúpida a 1 de Novembro de 2009 às 12:23
Concordo que a palavra não está bem escrita, contudo, ficar-lhe-ía muito melhor um comentário menos depreciativo.
Todos nós temos as nossas idiossincrasias, mas errar é humano e aceitar os erros dos outros é aceitar os nossos próprios erros.

Bem haja.
De antiego a 1 de Novembro de 2009 às 12:53
Obrigado pela defesa. Provavelmene etamos a fala de uma pessoa "depende" (ver post com o mesmo nome).

Este pessoal não se capacita que nós não somos profissionais da escrita. Todos os posts que escevo é a abrir, sem parar. Mal os releio. A minha mulher também me moi o juizo com os erros ortograficos e más conjugações. Agradeço as correções. Mas digo-lhe: esta não é a minha profissão.
De Loura mas não estúpida a 1 de Novembro de 2009 às 16:00
Welcome.

Eu creio que deverá ser - o mete-espécie - uma pessoa do tipo "porque sim".
Daquele género que toma decisões sem pensar, por medo de ter que encontrar ou dar explicações, a si ou a outros.

Está a ver o tipo: "É assim, porque sim." ?

Normalmente não se respeitam muito, pelo que dificilmente conseguem respeitar os outros, nas suas limitações e virtudes.

Outra modalidade do depende, certamente.
De antiego a 2 de Novembro de 2009 às 14:38
Não é um "porque sim" (por acaso não conheço esta estirpe).

È daquelas pessoas intelectuais, provavelemnte também depende, que se irrita com muitas coisas. È mais uma pessoa "Pensa! Pensa!". Irrita-se com a constante estupidez humana e tudo lhe faz comichão. Sempre pronto para a critica, um egocentrico.



De Loura mas não estúpida a 2 de Novembro de 2009 às 17:56
Conheço alguns.

Têm muitas teorias e opiniões mas quando se lhes pergunta porquê, respondem invariavelmente: Porque sim.

Digamos que é uma forma de estar na vida, tão boa como qualquer outra.
Embora incómoda, para o pessoal que pergunta porquê.
rsrsrsrsrs

Mas convenhamos que até dá um certo jeito.
- Mas és assim implicativo porquê?
- Porque sim.

Há lá melhor resposta que esta? Podia sempre dizer que está na sua natureza inconformista...

Para os putos de 4 anos é que é uma seca.
- Papá o Benfica perdeu porquê?
- Porque sim.
De antiego a 2 de Novembro de 2009 às 18:52
AInda não me apercebi da existencia desses cromos. Parecem-me muito pobres intelectualmente. Ao menos os "Depende" argumentam como ó caraças.
De antiego a 1 de Novembro de 2009 às 12:50
De facto. È muita sorte não terem aparecido os "Castigadores da parvoice".

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