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Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2009

o sr Maduro e a Afectada

            Durante um ano, na universidade, em frequentei diariamente o Fórum.

           Fórum era um pub, em Braga, que os meus amigalhaços da night fequentavam então. Foi o Pub onde fui Disco-Jockey. Nós frequentavamos a mesa redonda logo em frente à cabine aberta do Disco-Jockey. Era um grupo de intelectuais da cidade. Haviam esses intelectuais e haviamos nós, os universitários, que gostavamos de nos dar com pessoas cultas. Provavelmente o elo de ligação foi a Paula, namorada do Pedro, que era música. O Pedro era aquele meu amigalhaço de então que eu dizia que se fosse mulher me apaixonaria por ele. Tinha escrito no seu quarto uma frase de que me tornei fan: “Sempre hei-de pensar, como os malditos, que mais vale a pena pensar que viver” – Fernando Pessoa.  Por acaso nunca vi isto escrito em mais nenhum lado.

            Dos intelectuais, lembro-me do Jaime, jornalista em decadência que diziam já ter convivido com grandes vultos como Eugénio de Andrade. Lembro-me do cartoonista, lembro-me do senhor a que vou chamar Man e de uma mulher tão afectada que a achei aberrante. No dia seguinte a ter conhecido a afectada, perguntei ao Pedro:

- Aquela gaja existe mesmo ou é uma personagem de telenovela?

- Existe mesmo.

 

            O Man é daqueles gajos que eu gosto, talvez por serem a minha antitese. Gajo com ar de homem mais que maduro, ponderado, muito senhor de si, um ar sério. Um gajo que domina, portanto. Era tudo aparência. Lembro-me do senhor uma vez não gostar da maneira como eu olhava, se sentir incomodado, e começar a falar sobre mim com a afectada, durante uns bons minutos, sem nunca ter trocado uma palavra comigo e até aposto, sem ter ouvido uma palavra da minha boca. Isto quando um gajo está entre intelectuais, o interesse é ouvi-los e aprender.

            A afectada não causava comichão só a mim. Na generalidade o pessoal não a gramava porque ela falava pelos cotovelos e não deixava mais ninguém tomar a palavra. De referir, que estes 2 ultimos cromos não eram habitués. O Man e a afectada, vi-os uma meia-dúzia de vezes durante 1 ano.

 

            Certa vez o pessoal começou a cortar na casaca da afectada. O Man que a tratava com grande reverência, defendeu-a intransigentemente (na ausência dela).

            O melhor estava para vir. Outro dia mais tarde o cartoonista mostra um seguinte cartoon seu (que o desenhou para recriação própria): vê-se uma gaja elegante com a boca aberta, lingua para fora e multiplas coisas a sairem da sua boca. À sua frente, vê-se o boneco de um homem resignado, prostrado, um balão com uma cruz sobre uma lampada (a ideia) e a apontar uma arma à sua própria cabeça. Tinha uma legenda a dizer “Desisto”.

            Toda a gente achou muita piada ao Cartoon, excepto o Man que o analisava com o seu ar sério e ponderado. Olhando agora para trás, aquele ar circunspecto era de quem estava a ver a luz, naquele cartoon, e estava a processar aquela nova imagem, da qual nunca se tinha apercebido.

            A partir desse dia, o Man modificou o seu tratamento para com a afectada. Já não a tratava com aquela reverência virginal, mas com uma certa zombaria. Lá ía mandando as suas farpas à mulher que antes tanto admirava, chegando mesmo a dizer uma graçola já feita de que o melhor dela eram as pausas. Ela encaixava aquilo com a maior graça, ria-se exuberantemente com o sentido de humor dele, não deixando de comentar que estava a ser mauzinho.

 

            És um triste, meu. Para que queres tu esse teu ar de homem ultra-maduro e culto, se não tens personalidade?

            Há casos em que não é a criança dentro do homem, mas o homenzinho dentro do senhor.

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publicado por antiego às 14:34
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De tou anónima, não me chamo helena a 14 de Dezembro de 2009 às 15:06
Gostei deste post.

Sempre desconfiei de pessoas demasiado simpáticas, demasiado bem dispostas a tempo inteiro (sem fases ou traços negros) e de quem não varia a postura, especialmente se ela for estereotipada. Soa-me a falta de autenticidade, a boneco.

Prefiro a versão compacta em que há de tudo um pouco. Isso compro.

E a maior parte das pessoas que conheço com uma personalidade forte e vincada têm tudo menos aspecto de maturidade e cultura.....mas têm das duas aos pacotes e mais tarde ou mais cedo damos por elas!
De antiego a 14 de Dezembro de 2009 às 16:24
Gostei do teu comentário.

Por acaso tenho colegas que não tendo ares de intelectuais, não sendo nada afectados, sendo, pelo contrário, fixes, andam sempre alegres. Hmmm, algo não bate ali bem ou é da minha inveja?
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