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Um homem conhece outro e simpatiza com ele. Passam a conviver frequentemente. O homem, indaptado socialmente, vê uma óptima oportunidade de fazer um amigo. Diverte-se com ele. O seu novo amigo vai repetindo, vezes sem conta, coisas do género:
- Arre, o meu prédio está a perder qualidade, já tem inquilinos negros.
- Deviam criar uma ciganalandia, como criaram Israel, e mandar para lá todos os ciganos!
O homem não faz caso. São desabafos. Um dia, uma pessoa do circulo social do homem conhece o novo amigo dele. Mais tarde comenta-lhe:
- Este gajo é cá um racista de primeira.
O homem apercebe-se, põe-se a pensar. É inadmissivel ter um amigo que é racista, isso não, não pode passar. E acaba com a amizade.
Uma mulher queixa-se do marido a uma colega. Episódios desastrosos vão sucedendo. Ele estoira o dinheiro em compras supérfluas, é agressivo, não se importa com os filhos, chega tarde a casa, arma discussões. A colega já conheceu o marido e ele é uma simpatia. Também convencida que aquilo é um exagero, e que toda a gente exagera nas coisas más, a colega confidente adopta uma atitude apaziguadora e de fé. Tudo vai correr bem, são coisas que acontecem, ele há-de melhorar, é preciso acreditar, ele até é boa pessoa, tem defeitos como todos nós.
Um dia a mulher abre-se mais um bocado e revela:
- O meu marido é alccólico.
A colega deixa de pôr àgua na fervura.
Há pessoa para quem as palavras têm um peso enorme. Nada como rótulos. A mente posta obcecada nas palavras, as palavras a cegar a mente.
Há até gente que se eu disser:
- Olha, vou-te dar 50 euros.
E eu lhes estender uma nota de 100 euros, se lhes perguntarem quanto eu lhes dei, vão responder 50.
Se perguntarem uma indicação e alguém ao apontar, com o braço, para o lado direito disser “vire à esquerda”, para que lado é que vocês vão?