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Domingo, 5 de Setembro de 2010

Carlos Cruz e a Inocência


Não acho que alguma vez eu tenha sido vitima de mentiras conscientes. As mentiras que disseram sobre mim, partiram de erros de interpretação. Os mentirosos estavam convencidos do que diziam, pese embora a sua interpretação estivesse tolhida por sentimentos mesquinhos. Ou seja, não tenho conhecimento que tenham mentido sobre mim com pura má fé, de maneira consciente.

Quanto a mim, sou um péssimo mentiroso. Uma vez afirmei que era um verdadeiro compulsivo. Por um lado digo isto orgulhosamente. Por outro lado sinto-me um atrasado mental por não ter habilidade em mentir. Tenho extrema prequiça mental em mentir. Como um dia dizia o António Feio e o José Pedro Gomes, mentir dá imenso trabalho. Ao contrário deles, sou péssimo a representar.

Quando vejo o Carlos Cruz na televisão a defender a sua inocência de abuso de menores, aquilo não me cheira. O homem não é convincente. Mas que raio, o homem não era actor de telenovela mas era um apresentador de televisão.

Quando ele foi acusado (julgo que em 1983), lembro-me muito bem quando o vi na televisão. Numa mini-entrevista, provavelmente num telejornal, em que chorava com esta injustiça. Quando o vi nessa figura, com as suas palavras, com a sua expressão, pensei imediatamente

  • Bolas, é culpado.

Ou seja, eu aposto que o homem é culpado. Quem aparece daquela maneira na televisão e chora daquela maneira, a justificar-se, está com a consciência a acusar. Isto é como aqueles burlões que usam um discurso do género:

- Atenção, isto não é burla nenhuma, isto é um negócio sério. Andam por aí muitos aldrabões, mas eu não sou aldrabão!

Ainda bem que me avisa porque nem sequer me passou isso pela cabeça.

 

Não sou omnisciente, e por isso dou 5% de dúvida à culpabilidade de Carlos Cruz e dos outros condenados. Das declarações que vi ontem, só uma me deixou na dúvida. Um dos condenados dizia, em jeito de dor serena:

  • Mesmo que tivesse sido absolvido, serei sempre conhecido como o homem que abusou de determinada pessoa.

 

Não quero condenar o que desconheço e reconheço que a justiça portuguesa fica mais super bem vista com a condenação, neste caso da Casa Pia, do que ficaria se absolvessem toda a gente. Lá estariamos todos nós a dizer:

- Pois, é o país da impunidade. A culpa morreu pela infinitésima vez solteira, os tubarões safam-se sempre.

 

Colocando-me no lugar de um condenado injustamente no caso Casa Pia, como reagiria eu? É fácil falar quando se está de for a, mas faço esse exercicio de imaginação.

Chegam uns 10 jovens, que eu nunca vi, e dizem que eu abusei deles num lugar onde nunca estive. É caso para exclamar, esquecendo toda a educação:
- Foda-se !!!!!!!!!! Estes gajos andavam a tomar LSD quando viam o 1, 2, 3 ????

 

Para isto tudo bater certo, realmente para eu praticar actos que nunca cometi em lugares em que nunca estive, só mesmo com pessoas que eu nunca vi, ou pessoas que nunca existiram. Estes acusadores existem mesmo? Eu achar-me-ia na quinta dimensão, ou Twilight Zone.

Explicar esta situação, tem duas saídas:

  1. Não faço a minima ideia do que se está a passar, eu não tenho inimigos, porque raio aparece tanta gente a incriminar-me. Será que me estão a confundir com alguém? E se eu servisse de cristo para encobrir outros, porque raio me escolheriam a mim? Foi tirado à sorte, estavam a ver o 1,2, 3 quando pensavam num nome? Ou será que andei estes anos todos enganado e tenho inimigos?

  2. Eu tenho inimigos. Será que é uma estratégia deles? Quem são eles. Eles estão ligados aos menores abusados.

Porventura os condenados já disseram coisas parecidas com estas, não sei, não os vi.

Poderá ser natural que os acusados, sintam uma injustiça tal, que ganhem raiva aos miúdos da Casa Pia que testemunham contra eles, ao invés de mostrarem alguma simpatia. Mas, não seria elevado, mesmo no banco dos réus, mostrar alguma compaixão pelas vitimas infantis de abusos sexuais? Não seria natural ver, da parte dos réus, repugnancia por este tipo de crime e sentirem-se para lá de chocados em serem acusados desta aberração?

Bonito seria ver um acusado a mostrar compaixão pelas vitimas e pedir publicamente para dizerem a verdade e perguntar porque o acusam a ele.

 

Do que eu me lembro, após a condenação, há uma coisa que me pareceu que mais que um condenado disse e não soou bem. Quando um condenado do processo Casa Pia alegava a sua inocẽncia, acrescentava que nenhum dos outros 5 condenados também era culpado. Que raio. Mas como podem eles afirmar tal coisa? Que certezas têm eles? Até dá a impressão que estes acusados eram já muito amiguinhos entre si. Dizer que os outros também não são e não o justificar, soa muito mal.

Só vejo aqui uma lógica: estamos unidos contra o inimigo comum: os miúdos. Mas isto é a lógica da peixeirada. Pessoas com a formação destes gajos, apenas poderiam afirmar coisas como:

- Também não acredito que os outros acusados sejam culpados, porque acho que eles estão a mentir em todos os casos, não têm credibilidade.

 

Dá uma impressão de corporativismo, lobby, de gente que afinal se cruzava naqueles meandros, conhecendo-se assim. Isto leva à frase mais estupida de toda esta telenovela televisiva, quando um certo senhor, em defesa de Carlos Cruz, afirmou publicametne:

- Se Carlos Cruz é pedófilo então eu também sou.

 

Mas que palhaçada é esta? Que idade tem o homem que proferiu esta idiotice? Quem é que consegue numa só frase incriminar alguém e a si próprio ao mesmo tempo? Não seria mais simples dizer:

- Eu e o Carlos Cruz somos pedófilos e até estamos juntos nas festas.

 

Ao defender alguém sobre este assunto, o máximo que se poderia dizer acho que seria:

- É impossivel o senhor Carlos Cruz ser pedófilo, já o conheço há 50 anos.

 

Outro aspecto é o Argumento de Carlos Cruz em que ele foi acusado para encobrir outros tubarões. Ele disse isso porque lhe disseram, sem mais nenhum pormenor, que era o que se estava a passar? Afinal, que conhecimentos tem Carlos Cruz sobre este caso? Carlos Cruz, além da sua inocência, sabe mais sobre a Casa Pia do que sabe a Justiça Portuguesa? Ou seja, gostava de ver Carlos Cruz como testemunha deste caso.

 

Carlos Cruz é uma pessoa que está completamente a leste da Casa Pia, vivendo um episódio completamente surreal? Ou, até por se ver forçosamente incluído neste processo, por via de uma acusação falsa, foi adquirindo informações sobre este sub-mundo da pedófilia, ao longo destes anos todos?

Se Carlos Cruz sabe quem são os Tubarões que ele próprio está a encobrir, porque não põe a boca no trombone? Será que está com medo que lhe ponham em cima processos de difamação? Acha que há coisas piores do que ser condenado por fazer sofrer cruelmente crianças ou que as coisas podem sempre piorar?

E se ele teme pela sua familia, e as consequências que a sua filha de 8 anos pode sofrêr (entendi que em termos de imagem, de sociedade), que coisas são essas que ele não explicou? Ou será que existe coisa pior para uma criança na escola do que ser chamada de filha de pedófilo?

 

Ou há muita coisa que a comunicação social omite? Bem, reconheço que à comunicação social interessa que haja culpados.

publicado por antiego às 23:47
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6 comentários:
De on a 6 de Setembro de 2010 às 11:39
Esse senhor que disse "se ele é pedófilo eu também sou" era o assistente pessoal de Carlos Cruz. Soube-se dias depois que esse senhor era um pedófilo condenado fugido à justiça. Nunca mais ninguém lhe pôs a vista em cima.
Carlos Cruz não sabia de nada. Segundo ele, foi coincidência...
De antiego a 6 de Setembro de 2010 às 12:13
Afinal essa afirmação peremptória era das frases mais irónicas da história da humanidade.
De tresgues a 8 de Setembro de 2010 às 14:52
Concordo com tudo, especialmente com o penúltimo parágrafo.
Provavelmente uma criança de oito anos não saberá muito bem a definição de "pedófilo" - e os colegas da escola, também não - mas que, certamente já estará a sofrer... não duvido.
E que os colegas a fazem (ou farão) sofrer ainda mais, também não duvido.
Enfim...
De tou anónima, não me chamo helena a 25 de Janeiro de 2011 às 19:37
Este assunto tem sido uma quest para mim. Porque me revolta o acto da pedofilia, porque me revolta a choranguice do CC e porque me revolta tanta gente a defende-lo só porque sim, só porque o conhecem da TV e gostavam do 123. Será que ser uma figura querida dos Portugueses e chorar muito é prova de inocência? Será que todas estas pessoas que não o conhecem de parte alguma e que fazem parte de movimentos com centenas de pessoas deixariam os seus filhos sos com ele? Tenho duvidas.

Nunca acreditei na sua inocencia.

Em 1º lugar por uma historia antiga. Tenho uma irmã que fez a secundaria na casa pia. Ainda não se falava nem falaria neste caso e um dia um colega em conversa mencionou o CC no sentido de ele gostar de miudos e de saber que ele se encontrava com alguns lá do colégio (Pina Manique). Rimo-nos do que nos pareceu mais um disparate daqueles que se inventam sobre pessoas conhecidas, não demos credito e a conversa morreu ali.
Muitos anos depois estoira o caso Casa Pia e contra todas as expectativas surge o nome do CC. Veio-nos à ideia essa conversa antiga. Afinal teria fundamento tendo em conta que na altura em que foi tida ninguém se lembraria de falar no CC. Infelizmente a pessoa em questão sdaiu dos nossos relacionamentos há muito.

Outros motivos para não acreditar na inocencia deste Senhor são os que mencionas.

Em primeiro lugar um inocente revoltar-se-ia contra o crime em si e tentaria somente provar a sua inocencia e compreender o porque de o estarem a envolver. Mas não. Neste processo chegamos ao cumulo de os reus/acusados (e não me lixem, neste momento são condenados, apesar de continuarem a agir como simples condenados só porque vão pedir recursos) insistirem em passar a imagem de vitimas e denegrirem a imagem dos acusadores. Portanto os reus é que são as vitimas e os acusadores os culpados. Que são/eram prostitutos, delinquentes, mentirosos, que se trocam nos depoimentos....etc, etc....

Ora, estamos a falar de jovens problematicos com problemas estruturais graves a nivel familiar/emocional. Não é estranho que haja casos que tenham descambado em delinquencia. Questão..ser delinquente invalida o facto/hipótese de ter sido violado/abusado?

A acusação de prostituição. Em 1º lugar é questionavel se não se chamará aliciamento, visto serem menores. o que não é dificil acreditar que aconteça. estamos a falar de jovens com carencias extremas, quer a nivel emocional, afectivo ou economico. Sendo cativados pelo BiBi (a que todos incrivelmente referem como sendo uma figura paternal naquela altura) e sendo-lhes oferecidas somas que para quem nada tem eram verdadeiras fortunas.

O contradizerem-se nos depoimentos. A um deles, o mais criticado, foram feitas perguntas sem qualquer conteudo ou objectivo so para estabelecer se a troca constante que fazia nas respostas seria propositada ou mesmo desorganização de ideias. Chegaram à conclusão que o rapaz em causa tinha uma dificuldade óbvia com datas e afins. Fazia-o constantemente e inclusivé em coisas básicas como o ano em que entrou ou não para a instituição. De qualquer forma o depoimento dele não serviu de prova para a acusação do CC. No entanto este menciona as contradições desta testemunha constantemente como prova de que as testemunhas não são crediveis. É curioso "pega" numa testemunha que não abonou para a sua condenação em vez de uma que o tivesse feito. Mas, claro, é muito mais conveniente.

A questão de o Carlos Cruz afirmar que poe a boca no trombone mas não por nem merece comentarios. Afinal sabe opu não? A de afirmar que ninguém ali é culpado também é genial. É como uma confissão, é como dizer "defendamo-nos uns aos outros qual irmandade porque se não nos safamos todos ainda alguém escorrega e arrasta os restantes".

Outro argumento dos defensores que me tira do sério é o de que não há provas concretas, só depoimentos de testemunhas. Não me lixem!!! Infelizmente o crime de abuso de menores nao tem por habito ser efectuado perante observadores. Por isso ser dificil provar!

Toda a gente é inocente até prova em contrario. Ok. Mas houve um julgamento. Centenas de testemunhas. Dezenas de acusações. Só algumas o tribunal deu como provadas. Neste momento são culpados ate prova em contrario. Ponto.Por isso existe a hipotese de recurso.
De antiego a 25 de Janeiro de 2011 às 19:48
Pois, essa de todos se declararem inocentes é um bocado esquisita, assim, sem grande fundamento.
Se eu fosse acusado juntamente com pessoas da minha maior confiança e intimidade, o maximo que poderia dizer em relação aos outros seria:
- Por amor de deus, não acredito que os meus amigos fossem capazes de tais cenas, conheço-os há 20 anos.

Ou então, diria que não acreditava porque as pessoas que depõem não têm qualquer credibilidade.
De tou anónima, não me chamo helena a 25 de Janeiro de 2011 às 19:54
Eu ficaria furibunda, verdadeiramente zangada....a ultima coisa provavel seria ir chorar para a frente das cameras....

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