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Já que estamos numa de saúde, tendo falado, nos ultimos posts, de Health Clubs, vamos agora falar de higiene e de um falso mito.
Toda a gente já recebeu, no seu correio eletrónico, um cartoon sobre o sexo nas várias nacionalidades. Relativo ao nosso país, aparece um homem a fazer um cunilingulus enquanto imagina (balão de pensamento de banda desenhada) um monte de peixes a feder. Quer isto dizer que as portuguesas são umas badalhocas?
Mas isto não é caracteristica portuguesa como iriam atirar já os portugueses anti-portugueses.
Na série “O Sexo e a Cidade” há um episódio em que dois gays querem experimentar sexo heterossexual. Para tal efeito escolhem a Samantha que logo se sente lisonjeada. Os três estão na cama nos preliminares. E eis que os gays, descendo para o regaço da Samantha, notam um odor esquisito e desagradável. Com os narizes a pulsar desistem da experiência.
Que mito é esse que a vagina de uma mulher cheira mal, como se fosse o seu estado natural? Não será simplesmente falta de higiene? Se os homens não lavarem o seu sexo, certamente que o seu odor será bastante desagradável. E se na menstruação o cheiro é mais intenso, não será porque precisa de uma higiene mais frequente? Não. É tudo muito natural. È como suar.
- Ò minhas, queixam-se do meu cheiro a suor? Mas isto é natural, é o meu cheiro natural, é a natureza a falar.
E se fossemos todos tomar banho? Por questões ecológicas.
Dizem, por graça (pe: Herman José) que há aqueles que adoram estes odores naturais e até preferem que não haja higiene. Devem ser o freaks. Deve haver ainda os grandes machos que não se importam com estes pormenores, marcha tudo. Isto da higiene é para mariconços.
Enquanto há o dito macho que não se perde com estas mesquinhices e fornica de qualquer maneira, há também os timidos (e incautos) que não estão para:
- Hmmm, e se fossemos tomar um banho antes?
Nada melhor que uma casa que acaba de abrir. É a simpatia total (ou uma casa na mó de baixo).
Estava eu numa aula de Body Balance com uma professora feia, porca, má, sem graça e esquelética.
- Digam-me se a música está muito alta.
- A musica está muito alta.
- Mas nestas aulas é preciso ritmo, blá blá blá
- perguntou se a musica estava alta e eu respondi.
Resultado. A musica continua alta. A aula Body Balance é uma palhaçada, não há nada como Yoga. É como comer a alta velocidade com uma timoneira pirosa:
- Levanta, abre, mete, engole!
Estar a olhar para a professora para seguir a sua coreografia acelerada, faz mal ao pescoço se tivermos de frente para ela. Ela pede-me vezes sem conta para eu sair da diagonal. A musica torna-se insuportável à medida que se vai suando cada vez mais. Foda-se! Basta. Vou bazar.
- Não pode sair a meio de uma aula.
- Ai isso é que posso.
Lá saí e não queria crêr no que ouvi. Mas este pessoal é maluco? Estou certo que têm as suas razões, mas nenhuma razão é mais forte do que a razão para uma pessoa abandonar a aula a meio.
E então lá me disse um técnico as razões de tal regra:
1. Um desrespeito pelo professor.
2. Pode ser prejudicial à saúde sair a meio de uma aula porque ela é um todo. Por exemplo, parar de repente, sem relaxamento, pode matar.
Espera-se das pessoas (clientes) que tenham algum bom senso. Claro que é chato para um professor ver alunos a sairem a meio da aula. Mas se saiem, parte-se do principio que não é porque lhes apeteceu e estão-se a cagar para o alto técnico de desporto. De qualquer modo, se o professor é um profissional, terá que lidar com isso. Ou será que vai amuar e fazer uma birra?
Quanto ao 2º ponto ele parece uma falácia. As pessoas devem ser educadas que parar de repente pode ser mau para o coração, se isso é verdade. Isso pode acontecer em qualquer situação. Numa aula, no ginásio, a jogar futebol, a correr para um autocarro. Os técnicos de desporto só podem assegurar isso numa aula. Não creio que no ginásio andem a atentos a todas as pessoas, verificando se se esforçam demais ou se não fazem o relaxamento.
Tal como uma pessoa que acaba uma sessão de ginásio, uma pessoa que saia de uma aula a meio, como boa prática, vai fazer exercicios de relaxamento.
Quanto mais, esta regra deveria ser, antes, uma recomendação. Não se deve sair de uma aula a meio porque… explicando, meu deus! Que mania é essa de impor regras ou recomendações sem as explicar!
Um Heatlh Club não é um liceu.
Quando quero ir a uma discoteca não vou a um Health Club.
Que mania é essa de todos os Health clubs fazerem dos seus espaços discotecas para adolescentes, pondo música barulhenta a picar os miolos dos clientes?
É Patético que um professor de uma aula desportiva use um microfone, para falar ainda mais alto que a musica estridente – a intenção é esta, como é óbvio, e o resultado infeliz também. Yah, é cool, é moderno, a aula é acutilante, cheia de energia, somos jovens, estamos vivos, que maravilha, a vida é bela e somos felizes.
Isto é mesmo um toque à Disco. A musica a bombar forte e feito e o DJ a incentivar os clientes a abanar o capacete até doer. Só falta dar as palavras de ordem, à velha moda antiga: “CAN YOU FEEL IT!”. Parece o Big Show Sic ou, na versão do herman José, o Pig Show Sic.
Meus amigos, a musica deve estar a um volume tal que a voz humana seja audivel. E não com décibeis mais altos que a voz humana. Isto é o natural, é o sensato.
É um sério atentado à saúde fazer-se desporto com musica alta ou a altos berros. A não ser que o desporto seja dança ou tenha muito movimento (como step, por exemplo). Aulas cuja posição é estática, como aulas com pesos, Body Balance, outros bodies e etc, devem ter a musica num tom muito baixo ou não ter musica de todo.
O desporto é uma actividade de gozo, de lazer, Nos dias de hoje, o desporto é, sobretudo, uma actividade de relaxamento (já que o stress é uma constante da vida). O esforço fisico induz ao relaxamento, a curto ou médio prazo. O exercicio fisico primeiro excita, acorda, conforme a carga, e depois relaxa. O ruído perturba e de que maneira.
O desporto é suposto relaxar. Repetindo, as pessoas procuram o desporto para combater o stress, para dormir melhor, para uma vida mais tranquila.
Imaginem o que é ir para uma aula desportiva, exercitar o coração e este ser massacrado por ondas vibratórias agressivas.
Imaginem uma aula de Judo ou Karaté com a musica a altos berros. Imaginem terem uma relação sexual com musica no máximo volume (ainda que para disfarçar perante os vizinhos).
Eu sei que sou demasiado sensivel ao ruído, mas o que eu sinto as outras pessoas acabam por sofrer sem se aperceberem. Acontece-me o seguinte: ao principio da aula até tolero a musica alta. À medida que vou ficando cansado, a musica vai-me perturbando cada vez mais. Será que sou um anormal?
Qualquer médico ou profissional de saúde dirá que é prejudicial à saúde fazer desporto com música alta. Porque é óbvio.
Tudo isto é ainda mais irónico quando Health Club quer dizer “Clube de Saúde” em português.
ps: Os latinos, por regra, não se queixam, está sempre tudo bem. E quem se queixa é picuínhas, esquisito. Às vezes dá impressão que podem apanhar no cú sem sentirem nada.
APOIO À CAMPANHA PELO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA - PATRIMÓNIO DA MÃE E DA CRIANÇA
DEFENDER O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA
Exmº Presidente da República Portuguesa,
Aníbal Cavaco Silva
Contra o fecho inexplicável e inaceitável
do hospital pediátrico de Dona Estefânia.
para maior impacto desta petição como documento…
por favor… indique o seu número de B.I. – obrigado.
DEFENDER O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA
Petição dirigida ao
Exmº Presidente da República Portuguesa,
Aníbal Cavaco Silva
Contra o fecho inexplicável e inaceitável
do hospital pediátrico de Dona Estefânia.
http://www.petitiononline.com/hde2007/pe
atenção :
para maior impacto desta petição como documento…
por favor… indique o seu número de B.I. – obrigado.
mais informações em:
creio que isto é um assunto que, no fundo, diz bastante respeito a todos nós, senão agora, eventualmente num futuro (“para longe vá o agoiro”, como se costuma dizer) e desafio quem aqui me lê – caso concorde que esta é uma situação de defesa dos nossos interesses – a fazer o seguinte:
1 – fazerem também um artigo com o texto que colocarei mais abaixo, com os links.
2 – darem-lhe o mesmo título que coloco (para criar uma “massa” no google, por ex.)
3 – atribuírem a tag “Hospital Dona Estefânia” e outros que assim entendam.
4 – assinarem a petição, como é óbvio (incluindo o nº do B.I.)
5 – eventualmente, enviando comentário ou mail para o blogue : campanhapelohde
Quando é que uma pessoa estremece e pensa que fumar é, afinal, uma coisa elevada e magnifica?
Quando nos deparamos com a seguinte cena de um génio: Sherlock Holmes está moribundo, a sucumbir de uma doença às mãos de um feroz rival. Este está prestes a desferir o golpe mortal.
- Há alguma coisa que possa fazer por si?
- Gostaria que me passasse um cigarro, por favor.
Quando o rival se volta, está o Sherlock Holmes, de pé, a acender um cigarro e profere estas palavras irresistiveis (tinha sido uma encenação de 3 dias):
- Passar 3 dias sem comer, vá que não vá, agora 3 dias sem fumar é insuportável.
Revi e aumentei a minha receita para deixar de fumar. Não seja chupado por essas empresas e médicos que dizem querer ajuda-lo a deixar de fumar. O meu método é garantido: apanhar uma faringite, Deitar o tabaco ao lixo, não comprar tabaco, não cravar tabaco e não ter uma plantação de tabaco no quintal.
Truque psicológico: quando você vai no 8º dia sem fumar, pense assim: vou estragar o meu trabalho de 8 dias com um único cigarro? E por aí fora com n dias sem fumar.
“Os filósifos misticos definem como verdades dailogais a fé, a esperança e a caridade.
Com esperança no desenvolvimento do homem e acreditando no progresso comunitário, dizendo nós que são três as condições de verdade relacional: entusiasmo, confiança e amor.
Sem entusiasmo, é o vazio; sem confiança, o medo. Sem amor, a depressão. Ou seja: o deserto psicótico, o pãnico borderline e o abatimento depressivo.
Todavia, na origem das três verdades relacionais está o afecto positivo. Sem aposta afectiva do objecto não há entusiasmo no sujeito; sem persistência de afecto, confiança; sem repetido amor oblativo, alegria e esperança.
Então, na origem da dor mental – qualquer que ela seja – está a pobreza afectiva. A depressão – nas suas diversas formas – é, pois, a matriz da psicopatologia.
Na depressão precocíssima – por ausência de resposta emocional primária do objecto – instala-se a retirada psicótica. Assim como na (anterior ou contemporãnea) depressão falhada – por falta reiterada de resposta empática – se organiza a adaptação conformista da patologia alexítimica.
A depressão anaclítica resulta da perda precoce (antes do desenvolvimento da memória de evocação) do objecto de amor – com a consequente ansiedade de separação e vulnerabilidade aos ataques de pãnico.
A depressão introjectiva – ou depressão vera – surge na perda do amor objecto, após a organização da constãncia do objecto interno.
A distimia depressiva ou clássica “ depressão neurótica” revela inconsistência da narcisação da imagem sexuada. É a falha falo-narcísica que está em causa.
Portanto (e repetimo), a indigência afectiva é o lastro da patologia mental
Com ela, no entanto, outro processo e fenómenos psicopatológicos – para além da gama dos acontecimetos depressivos – se desenvolvem e emergem:
. O Sonho falhado: a ausência/insuficiência do sonho – projecto ou sonho-desejo, a queda da esperança redentora.
. Um dos processos compensatórios é a “Embriaguez maníaca – que gera novo e maior vazio.
- A revolta falhada – abortada, silenciada ou amordaçada – da -, sem desenvolvimento da revolução transformadora.
Uma das sequelas é a recursividade psicopática – a antissocialidade.
Mas a falta de amor não é só origem de doença – pessoal e social.
Mesmo quando a doença tem tem uma indicutível base biológica – ou económica – a disponibilidade e solicitude de cuidarores – educadores e gestores -, familiares, amigos, societários e comunidade em geral é essencial, não só para o alívio das dores, como para a melhoria de qualidade de vida e acelaramento da resolução dos males, diminuição dos riscos, evitamento de efeitos perversos dos tratamentos e redução de sequelas.
Quem está melhor pode aumentar o seu bem-estar auxiliando os que sofrem; não é um gasto, é um enriquecimento.
O animal alfa, na espécie humana, não está em posição de maior poder, mas de maior responsabilidade. Não está no topo da hierarquia para mandar mas para servir. O seu privilégio é o de poder de mais e amar melhor. Não o fazer, equivale: como técnico de saúde, a um comportamento filicída; como político, a genocídio.
A responsividade ou capacidade de responder a solicitações do paciente é uma competência do agente sanitário que deve ser treinada e dsenvolvida. A introjectabilidade ou qualidade de ser aceite e gostado pelo outro é uma mais valia pessoal relevante.
No papel de médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social ou qualquer outro técnico de cuidados de saúde é imprescindível ter como lema a precessão e primazia do investimento no paciente. O que quer dizer que a ligação do técnico ao doente deve preceder e ser superior à ligação do doente ao técnico.
A preocupação terapêutica primária pelo bem-estar do paciente corresponde ao mesmo desiderato. Todo o ambiente deve ser facilitador da cura. O ambiente – designadamente, o emocional – é também um remédio; com frequência, o mais importante – sobretudo na patologia mental
Nem só de medicamentos e psicoterapia o doente precisa! A pessoa do técnico é o melhor remédio; as mais das vezes, o médico vale mais por aquilo que é do que por aquilo que faz.
Criar um clima alegre – até lúdico – e de interesse para o paciente é tão importante como o rigor da técnica e da responsabilidade profissional.
A frase emblemática, que se espera ouvir e nos oriente é: “O meu terapeuta é/foi o meu melhor amigo”.
E porque “é a falar que a gente se entende”, saibamos usar o precioso dom que a natureza nos concedeu”
Prof. Dr. António Coimbra Matos
Artigo da revista Bipolar nº 24, da Associação de Apoio aos doentes Depressivos e Bipolares (ADEB)
Por tempo indeterminado este blog vai passar a chamar-se “Mais Amor, Menos Doença” - tipo, mês, periodo, dedicado ao amor e à saúde mental. A frase é o tema da revista “Bipolar” nº 24. Revista da Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares (ADEB).
“Mais Amor, Mais Saúde na Doença Unipolar e Bipolar”.
Em “Mitos, Modas, Clichés” eu tentava apelar à necessidade de cada um de nós pensar por suas próprias cabeças e não engolir os clichés que nos dão a conhecer. Apelava à necessidade daquilo que, segundo o meu amigo Constãncio, é a nossa maior qualidade: nós sermos nós próprios. Se nós cortassemos as amarras de que nos emaranhamos toda a vida, poderiamos ser mais nós próprios, mais livres, mais criativos, pesssoas mais cultos (segundo Nietszche), mais originais porque cada um é único. Cada um é único se tiver a coragem e o engenho de ser ele próprio. Para ser ele próprio, precisa de se conhecer, precisa de se descobrir. Um trabalho de coragem. A escrita é uma ferramenta excelente para o auto-conhecimento, muito mais que uma psico-terapia, por muito pouco idiota que seja o denominado terapeuta.
Em “Mais Amor, Menos Doença”, como se é de esperar, falo na necessidade de afecto para a erradicação do sofrimento na terra.
http://www.adeb.pt/
Telef (Lisboa): 21 85 40 740/8;
Tel/Fax (Porto): 22.606.64.14
Tel (Coimbra): 23.981.25.74
A Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Maníaco-Depressivos, (ADMD), em Portugal, foi fundada, em 5 de Junho de 1991, por um grupo de doentes, familiares, médicos e técnicos de saúde mental, tendo a escritura notarial sido lavrada em 21 de Agosto de 1991.
Está registada na Direcção Geral de Acção Social, com o n.º 18/93, em 19 de Fevereiro de 1993, como Instituição Particular de Solidariedade Social, de utilidade pública, com fins de saúde.
Em Assembleia Geral Extraordinária, no dia 5 de Julho de 2003, procedeu-se à alteração do domicílio da Sede Social, da denominação e da sigla da Associação, tendo sido aprovado o nome: Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares, (ADEB).
A Sede Nacional da ADEB está instalada, desde 1 de Maio de 2003, na Av. Dr. Alfredo Bensaúde, Lt. C2 e C3 – Loja A, 1800–174 LISBOA (Junto ao Quartel do Ralis).
A Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares (ADEB) tem Sede Nacional em Lisboa, Delegação na Região Norte (Porto) e Delegação na Região Centro (Coimbra) e o propósito de criar, a médio prazo, núcleos no Alentejo (Évora) e no Algarve (Faro).
A ADEB é, actualmente, a maior Associação na área da Saúde Mental e a única que presta apoio aos doentes Unipolares e Bipolares e seus familiares, a nível nacional.