. Fecho do Hospital D. Este...
É quando penso nos meus amigos que me dá para o teatro, para ser drama-queen.
Toda a gente sabe que a amizade foi demais banalizada. Quando tal, descobrimos que somos amigos de uma pessoa com a qual só convivemos umas 4 vezes, durante pouco mais de uma hora. Mas atenção, já nos conhecemos há 5 meses.
Eu penso que a moda da amizades passou um bocado. Aquela moda em que as mulheres diziam que o mais importante na vida era a amizade. Evidentemente, defendiam-se do amor. O amor não, é uma merda, a amizade sim, é a coisa mais nobre que existe. Toda esta lenga-lenga deu-me uma volta ao estômago, de tal maneira, que me apeteceu não ter amigos. Se chamasse amigo a certas pessoas, concerteza as estaria a insultar de puta para baixo.
Desde muito cedo, o meu irmão mais velho incutiu-me a ideia de que não existem amigos. Tal como há gente que acredita que o amor é uma fantasia que só existe nas lovesongs e outras obras artisticas, a amizade era uma pura fantasia, uma inocência impossivel de acontecer na dura realidade. As pessoas eram simpáticas, muito amiguinhas, sociáveis, mas no fundo queriam a nossa desgraça e só esperavam pela menor oportunidade de nos verem no chão. Uma hipócrisia. Amigos, amigos, competição à parte. Ninguém genuinamente se interessaria por outra pessoa.
De facto, até aos meus 18 anos eu próprio confirmava essa certeza do meu irmão, rodeado que estava por reles amigos adolescentes. Lá está, a experiência dos mais velhos.
Foi preciso ir para a universidade para descobrir a amizade. Afinal a amizade existia mesmo, pelo menos com certas pessoas. E o mundo passou a ser menos feio porque as pessoas não eram só mesquinhez.
Grandes amigos só tenho 3, feitos nesses tempos da Universidade.
São pessoas pelas quais sinto um grande afecto, admiração e gratitude.
Vejo o sortudo que eu sou, a sorte que eu tive de estas pessoas se terem cruzado no meu caminho. È dificel compreender como é que me deixaram ser amigo delas. Parece-me que estou sempre em divida para com elas, pois não creio que alguma vez eu lhes dê mais do que elas me deram a mim.
Afinal, o que é que viram em mim? Como é que foram capazes de me aturar tanto e tanto tempo? É um privilégio pessoas tão distintas, especiais e integras considerarem-me seu amigo e quererem realmente saber de mim. Devem ser os seus sentimentos paternais/maternais.
Chuif, eu avisei que me dava para o drama.
Quem conhece o melhor jogo de cartas a seguir ao Bridge? Eu digo a seguir ao bridge, porque não sei jogar este ultimo mas creio que seja do caraças, pois até tem honras de quebra-cabeças nos jornais, tal como o xadrez.
Esse Jogo é o King. Jogar à lerpa é altamente, mas senão for a dinheiro, não dá tusa nenhuma.
O King é tão bom, que mesmo a feijões é uma curtição. É um jogo extremamente variado. É um jogo que, em si, tem 7 jogos de cartas diferentes. Em cada um dos 7, vai havendo uma pontuação. No final ganha quem obtiver a maior pontuação. Pode também ser jogado a dinheiro. Costumavamos jogar a 1 escudo o ponto e depois a 1 centimo o ponto. Não levava ninguém à ruína, por pior que o jogo corresse mal.
Mais que isso, é um jogo de cartas inteligente. Um jogo de cartas inteligente é aquele em que a sorte tem menos peso. Um amigo nosso chegou a ganhar n jogos seguidos de King. Ninguém tem tanta sorte. Ele era o melhor jogador. Um jogo de King demora cerca de 1 hora.
Aqui vai um link para um post que explica as regras do King.
Na universidade jogavamos o King até ás quinhentas. Jogavamos sempre que haviam pessoas suficientes para jogar. Era um jogo de culto.
Hoje… é uma desgraça. Ninguém quer jogar King. Eu adoro jogos. E acho que é uma das melhores maneiras de se conviver. Os jogos são divertidos, alegres, exercitam a inteligência, a memória e… são a melhor das terapias !! Nada como os jogos para aproximar as pessoas. Grandes zangas da adolescência foram ultrapassadas jogando futebol. Os jogos sociais fazem maravilhas.
Mas não, o pessoal, hoje em dia, não está para isso. Não está para pensar. Não está para trabalhar. Não está para jogos, para brincar. Isso é coisa de criança e da rapaziada. Preferem falar. Se calhar. Falar sobre a vida – que chatice. E não se pode falar a jogar? O pessoal não se junta a jogar cartas e fica ali caladinhos concentrados a só verem duques e cenas tristes a passar. É um alto tempo de convivio. Comenta-se o jogo, fala-se de tudo durante, é muito dado a piadas, comenta-se a burrice dos outros, comenta-se a má sorte, esfrega-se as mãos dos tostões que se ganha, É o maior escape.
O que é que se passa com este pessoal de trintas e quarentas que já não tem gosto pelos jogos? O conceito de divertimento é apenas enfardar e ver TV?
E quando se juntam, preferem falar? Falar para quê? Falar de quê? Deixem-se de tretas, já basta a semana de trabalho, peguemos num baralho e vamos fazer uma viagem numa dimensão onde não há tempo e gravidade.
Com tudo isto, eu pergunto e lanço o repto: Para quando um clube de King ??? Quantos de vocês não viram a vossa qualidade de vida detiorar-se silenciosamente por privação de um bom jogo de King? Não deixem morrer o jogador que há em vós. Não deixem morrer essa criança viciada.
Chuif, ao menos podemos tentar. Uma cabana e um baralho. Não é pedir muito para ser feliz.
É um engano, é uma injustiça, é uma porcaria.
Ninguém quer saber. Bastava somente limitar o espaço das tags a 30 caracteres, e a coisa melhorava.
Já falei nisto em Spam Posts nos blogs do sapo.
Ao qual sextrip respondeu, a propósito:
Tens blogues que metem "automaticamente" um rol pré-estabelecido das tags mais empregues e pesquisadas e "toca a andar".
Por exemplo, colocas a tag "sexo" num artigo teu, seja qual for a hora do dia e quando vais ver os últimos artigos dessa tag... já estás "debaixo" de uma carrada de entradas do 1001 blogs, do sexovideosgratis ou outro "repetidor" de porno-chácha qualquer.
E, como disse, não adianta protestar.”
Este desafio foi-me passado pelo Sextrip:
O teu conceito.
Ou simplesmente aquilo que te ocorre no momento.
Vida: uma luta.
Amor: “The only engine of survival” – Leonard Cohen
Casamento: Acto de fé.
Dinheiro: independência.
Homem: Anjo caído. Belzebu.
Mulher: Mãe
Filhos: A nossa maior riqueza.
Família: Mais que Eu. O nosso sangue. Nós. Lar. O Castelo, o reduto. O fundamento. O pilar. A relegião. I prefer a giant family than a feast of friends.
Desejo: O Animal.
Profissão: Felizes os que estão empregados naquilo que gostam de fazer.
Sucesso: Bombom para o ego.
Realização pessoal: Criar.
Saúde: “Mais Afecto, menos doença”
Internet: Um maravilhoso mundo novo. A maior ferramenta de combate à solidão. Devia ganhar o prémio nobel da paz.
Presente: Já passou, nunca mais passa.
Passado: Está morto. Mas o espirito vive e pode ser evocado.
Futuro: Ansiedade.
Política: Porcos.
Portugal: O país que fez das tripas coração. Grande poder criativo, inteligência única, complexo aberrante de inferioridade. “Ai esta terra ainda vai cumprir seu ideal, ainda se vai tornar um império colonial (imenso Portugal)” – Chico Buarque de Holanda
Sexo: “Sex means nothing when you’ve done it”
Arte: Um gato.
“Minha música vem da
Música da poesia de um poeta João que
Não gosta de música
Minha poesia vem
Da poesia da música de um João músico que
Não gosta de poesia” – Caetano Veloso
Opinião sobre o desafio em questão: interessante.
Passa o desafio a três pessoas da tua confiança. Não mais, não menos e dedica-lhes o pensamento que elas te façam ocorrer com mais frequência.
Passo o desafio a…
APOIO À CAMPANHA PELO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA - PATRIMÓNIO DA MÃE E DA CRIANÇA
DEFENDER O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA
Exmº Presidente da República Portuguesa,
Aníbal Cavaco Silva
Contra o fecho inexplicável e inaceitável
do hospital pediátrico de Dona Estefânia.
para maior impacto desta petição como documento…
por favor… indique o seu número de B.I. – obrigado.
DEFENDER O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA
Petição dirigida ao
Exmº Presidente da República Portuguesa,
Aníbal Cavaco Silva
Contra o fecho inexplicável e inaceitável
do hospital pediátrico de Dona Estefânia.
http://www.petitiononline.com/hde2007/pe
atenção :
para maior impacto desta petição como documento…
por favor… indique o seu número de B.I. – obrigado.
mais informações em:
creio que isto é um assunto que, no fundo, diz bastante respeito a todos nós, senão agora, eventualmente num futuro (“para longe vá o agoiro”, como se costuma dizer) e desafio quem aqui me lê – caso concorde que esta é uma situação de defesa dos nossos interesses – a fazer o seguinte:
1 – fazerem também um artigo com o texto que colocarei mais abaixo, com os links.
2 – darem-lhe o mesmo título que coloco (para criar uma “massa” no google, por ex.)
3 – atribuírem a tag “Hospital Dona Estefânia” e outros que assim entendam.
4 – assinarem a petição, como é óbvio (incluindo o nº do B.I.)
5 – eventualmente, enviando comentário ou mail para o blogue : campanhapelohde