"Espicaçar as consciências adormecidas"

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Terça-feira, 30 de Outubro de 2012

Cinema Britãnico

O Cinema francês ficou muito na moda a partir dos anos 90 em contra-posição com o cinema espalhafatoso americano.
Ai era ver aqueelas mulheres todas intelectuais-malucas, que tanto falavam em sexo oral, como exclamavam poeticamente que queriam apanhar um avião ou gostavam muito era do cinema francês.


O cinema francês tem piada se não fôr tão ou mais pedante que essas mesmas suas fans. No cinema francẽs, pode-se ver um gajo a escorregar numa casca de banana ou uma mulher a lavar as partes intimas num bidé, o que eu acho que são apontamentos muito engraçados.
Mas o pedantismo francês... haja quem tenha pachorra ou tanto como ele.

 

E o cinema britãnico, carago. As produções briãnicas são demais. E já nem falo do melhor sentido de humor do mundo, as brticoms. Falo das séries da BBC as de época, por exemplo, em que só a caracterização fisica das personagens é uma grande moca. Quando mais feios e xungosos, melhor, como o Frank Gallagher do Shameless. Não há aqui muito espaço para modelos super-giras (a haver girice, ela até costuma vir no masculino). As produções britãnicas são assim um bocado como o realismo Italiano à “feios, porcos e maus”. A caricatura, que também faz parte de um estilo e sentido de humor.

Hoje foco em especial aquelas produções que são muito ternas para mim, não sei porquê. Gosto do sotaque Escocês e do norte da Inglaterra (parecidos).


Esse sotaque soa-me muito bem e faz-me sentir ternura. Será das produções desse ponto do globo?

Lembro-me do Billy Eliot, do Full Monty e até do Trainspotting.
Mesmo os mafiosos do Shameless (Manchester), nas primeira temporadas uns insurectos, se tornaram humanos e com coração de manteiga.

 

Ontem descobri a série “Case Histories” que se passa em Edimburgo. Ah, Edimburgo, a cidade mais bonita onde já estive. E não, não é dos escoceses. Os escoceses pareceram-me tão odiosamente cinicos como os ingleses, idem para os Irlandeses: fosca-se! São todos iguais...
Como é que uma série policial com crimes terriveis pode trasmitir tanta ternura. E depois tem aqueles pormenores... a jovem que chama o 112 acaba por ser adoptada pelo idoso que teve o ataque.

 

Como posso gostar tanto de um país e tão pouco do seu povo? Terá sido poque na minha infancia, nos anos 70, a maior parte dos desenhos animados da TV vinham da Inglaterra?
Tanto que, quando lá vivi, sentia uma nostalgia forte por aquelas tipas casas inglesas. Como gosto daquela arquitectura, das casas de tijolos. Nessa altura, eu escrevi lá que um povo que dá os Beatles não pode ser assim tão mau.

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publicado por antiego às 21:32
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Quarta-feira, 25 de Maio de 2011

Danos Colaterais do Cinema

            No mesmo dia da noticia do vídeo da jovem de 13 anos que foi espancada por duas colegas de escola, eu fui às urgências de um Hospital Pediátrico com os meus filhos, tendo também dado lá entrada um caso de um adolescente espancado violentamente, ao que parece também por colegas da escola, ao ponto de ficar desfigurado e sem dentes. O Adolescente não devia ter mais de 15 anos.

            Eu fugi do caso como também fugi da história da menina de 13 anos. Só sei a notícia de cabeçalho dessa pobre menina, e quando vi o adolescente na maca, afastei-me ainda sem saber da gravidade. Vim a saber da história depois. Pelo que me contaram também estavam nas urgências a PSP com um dos agressores.

            Acabei por me encontrar com a aflição e choro da mãe daquele menino, enquanto passeava com os meus filhos pelos corredores. Quando passou a mãe e o menino na maca, baixei a cabeça com reverência, como quem teme fitar deus, troquei o meu ar feliz por um ar pesado. Ouvir a mãe era de cortar o coração.

 

            Mais uma razão para não ter filhos.

 

            Vi há uns meses anunciado vídeo vigilância em todas as escolas. Já defendi aqui vídeo vigilância nas ruas. Mas pode haver quem prefira ter privacidade a dentes, dos outros.

publicado por antiego às 14:39
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Segunda-feira, 9 de Maio de 2011

Filhos do Século

            Filme Filhos do Século:

 

<<Esta é a história de amor entre George Sand e Alfred de Musset. Escritores já célebres quando se encontram, nem um nem outro acredita no amor…<<

 

A George é uma escritora que se interessa por Alfred, um intelectualóide meio freak. Aquela cena começa por ser uma amizade intelectual já que ambos são escritores. Ela é casada e tem filhos, mas está separada do marido que mora na província. De uma maneira frouxa, ela parece querer algo mais, uns miminhos. O intelectual diz-lhe qualquer coisa que a amizade está fixe. Até um dia em que ele não se contem e salta-lhe freneticamente em cima.

Aparecem os cenários fílmicos da praxe tipo os dois a correrem por um bosque de mão dadas, sorrindo, em pleno Éden. Até que chegam a um belo penhasco, e ele transborda:

- Nunca seremos mais felizes do que agora, bora lá saltar-mos juntos deste penhasco abaixo e perpetuar esta felicidade.

 

            Ela recua e fica com aquele ar de quem acha aquilo uma freakalhada. Ou seja, há limites. Atira-te tu que eu ainda não estou preparada, além do mais que vão pensar os espectadores de mim que tenho 2 filhos para criar?

 

Vai daí, resolvem viajar juntos para Itália, numa de cultura e história.

Já na viagem de barco se começa a ver a decadência da relação, por parte dele. Simplesmente: o gajo já está farto da gaja. Fartou-se, pronto.

Começa-se a ver o verdadeiro Alfred, ou seja, uma completa besta. Se até então eu não tinha visto nada de engraçado nele, inclusive o aspecto físico da personagem é meio repelente, então a partir daí vi que o gajo não tinha mesmo ponta por onde se lhe pegasse.

O gajo dá um show de tudo quanto é mesquinho num homem, desde chegar a casa num barco junto com 2 rameiras, até abandonar a sua companheira quando ela está doente, do género “ai, que nojo, não suporto doenças”, e voltar quando ela fica curada:

- Eina, milagre, curaste-te.

 

            Inveja da própria amada (como escritora e pessoa famosa), ciúme, egoísmo, não há nada que se aproveite.

           

            Passamos o resto do filme a ver quando ela lhe dá com os pés. O gajo é asqueroso. Até ao fim do filme ela anda a arrastar-se por ele, a implorar encontros, num: é impossível deixar de te amar, embora eu vá tentando, visto que és execrável.        .

            O problema é que o filme é meio chocho e não torna isto verosímil. Bem sei que o coração não funciona com a razão e que as paixões não se escolhem e blá blá blá. Mas nem acreditamos que seja possível amar incondicionalmente aquele homem, nem a personagem da mulher nos faz acreditar nisso:

- Ok, vocês não gostam dele, mas o que interessa é que eu gosto. Até porque eu sou uma Artista genial muito excêntrica.

            A enamorada está longe de ser uma pessoa carente. Além de ter um bom percurso de vida, tem filhos para criar e é popular entre os homens. Na sinopse diz até que ela não acredita no amor (realmente dá um ar intelectual de quem acredita mais no sexo e no poder criativo). Quando está com ele, não parece uma mulher encantada. Ela não demonstra admiração por ele em qualquer capítulo que seja. Ele não apresenta qualquer qualidade ao espectador (ao menos pusessem um actor atraente).

           

            Não dá para acreditar no amor, no amor dela por ele e no amor dele por ela. O filme torna-se inverosímil.

            

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publicado por antiego às 17:51
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Terça-feira, 19 de Abril de 2011

Eu sabia, Nicolas

            Como as coisas são… realmente, é difícil de dissociar completamente o actor da personagem. Há inúmeras histórias engraçadas de como a população dirige-se a actores confundindo-os com as personagens que interpretam.

            O Nicolas Cage é um actor com carisma, com muitos fans. Não bastasse ser giro, representa bem. E até tenho a ideia que a maior parte das representações que faz, são de personagens com muita boa índole. Um ar girinho, uma voz meiga, “um pouco tímido até”, ideais para representar uma boa alma.

 

            Contudo, eu nunca fui à bola com o gajo. E porquê? Porque me marcou o primeiro filme em que eu o vi. Trata-se do “Rumble Fish” (Juventude Inquieta) do Francis Ford Coppola. Nesse filme, o Nicolas representa um adolescente espertalhão que arma uma cilada a um amigo (Matt Dillon) para lhe roubar a namorada. Ainda por cima tem a mania que é bom. Coitado do Matt Dillon, tão inocente, até achou aquilo tudo muito natural e culpou-se de ser tão burro:

- Nunca me iria lembrar de uma coisa dessas.

           

            Mas eis, que o futuro me haveria de dar razão: Nicolas Cage detido por violência doméstica.

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Segunda-feira, 28 de Fevereiro de 2011

Ser um Homem melhor

            É um clássico cinematográfico.

            De tanto ver filme americano, é evidente que o melhor elogio que um homem pode dar a uma mulher é:

- You make me wanna be a better man (person).

             Traduzindo: “tu fazes-me desejar ser um homem melhor”. Vai daí, a sua amada, a espectadora cinéfila, o cinéfilo, tudo fica de quatro perante o nosso humilde herói.

            Caramba! O gajo… com ela… quer ser um gajo mais fixe. Ela fá-lo sentir-se assim! Is this love?

             A cena é que isto nunca me bateu muito. Eu sinto a emoção da cena, até sinto uma leve comoção, eu intuo o significado, mas… não me identifico. Na verdade eu quis sempre ser uma melhor pessoa estivesse com quem estivesse, ou estivesse sozinho.

 

            O mais parecido com isto que sinto pela minha amada, é:

- Tu fazes-me querer ser como tu.

             O que eu sinto em relação à minha vontade de mudar, é muito parecido com o que escreveu o Robert Smith dos “The Cure” e o nosso Fernando Pessoa.

 

Why Can’t I be You?

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Quarta-feira, 15 de Setembro de 2010

Quanta mais Fantasia...

O Culto televisivo do Bizarro, em massa, nasceu nos Estados Unidos. Desde cedo me habituei a ver séries americanas com as situações mais bizarras que se possam imaginar. Ao princípio tem muita piada, mas depois começa a cansar. Há uns anos ainda achei piada quando num gabinete de advogados irrompeu uma senhora, despeitada, acusando o marido de dormir com uma porca. Ela insistiu na ideia de porca, querendo fazer ver que era uma porca mesmo, um exemplar fêmea do animal suíno. O que é facto é que mais tarde se pode ver o marido a entrar naquele gabinete com uma porquinha de estimação.

 

Engraçado que mesmo nas séries que eu considero de grande qualidade, a certa altura, lá para a 4ª ou 5ª temporada, a série entra numa fase de bizarraria em que parece que as ideias ao escassearem dão lugar a ideias cada vez mais Extreme e sem nexo. As séries tornam-se Hardcore, surreais, extremas e loucas.

Isso até aconteceu com a minha série favorita “Sete Palmos de Terra”, e com a minha série de animação favorita “Family Guy”.

 

Quanto ao Pedro Almodôvar, achei “Tudo sobre a minha mãe”, uma obra-prima. Achei “Fala com Ela”, um filme perfeito. Nunca tinha tomado a atenção ao realizador espanhol, aqueles foram os primeiros dois filmes completos que vi dele. O Melodramático seduzia-me. Achei que tinha embirrado com ele ser espanhol, tendo assim perdido o comboio Almodôvar. Tinha que recuperar o tempo perdido:

Parti à procura do resto da filmografia. A certa altura fartei-me dos filmes dele. Achei-o demasiado americano, assim como outros filmes espanhóis que vi no cinema (que devem seguir o realizador bem sucedido). A sua série de filmes pareceu-me seguir o “quanto mais bizarro melhor”. È que tanta cena insólita não pode ser possível. Putas, proxenetas, Transexuais, Sida, Pedofilia, Droga, Homens com as mamas maiores que a sua própria esposa (como ele próprio refere num filme, demonstrando o seu culto pelo bizarro), rapaz que engravida rapariga em coma, mulher que faz companhia a bebés recém-nascidos que por doença têm apenas umas horas de vida e são rejeitados pelos próprios pais (história contada por uma personagem, digna de figurar no filme “A Canção mais triste do Mundo”), mulher com doença terminal que decide fazer tudo o que não fez na sua vida, enfim….

 

Já estou como um critico literário que uma vez li. Dizia ele que é tão ou mais difícil escrever uma história corriqueira, do que uma história repleta de fantasia. Acredito que seja mais difícil escrever uma história banal e real, do que andar aí a inventar fábulas. Cenas muito loucas é facílimo de imaginar, toda a gente o consegue e gosta de fazer, agora imaginar a realidade, Ui, isso é que é quilhado.

 

Quando a isto, veja-se o magnifico exemplo do filme dos irmãos Cohen: O Barbeiro - Ou, como tornar uma vulgar história de um homem banal, desinteressante, sério, calado, taciturno e mesquinho numa coisa interessante e divertida.

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publicado por antiego às 16:44
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Segunda-feira, 1 de Março de 2010

Nada como uma boa Vingança

            Vi o trailer do filme It’s complicated (Amar é complicado) estrelando Meryl Streep.

            È o Sexo e a Cidade para mulheres cinquentonas: mulher muito certinha, que nunca fez nada de Wild,  esteve casada durante 20 anos e era encornada à força toda. Agora vê-se divorciada e tem que aturar as aparições do ex-marido, com sentimentos de embaraço e talvez humilhação. O Marido está envolvido com uma jovem modelo de vinte e poucos anos (claro que esta relação, à semelhança do Mr. Big e o casamento com a sua Vintona, vai pelo cano abaixo e o cafacheste infiel vai-se quilhar).

 

            A grande vingança: ela começa a ter um affair escaldante (muito sexo e até drogas) com um homem casado, e excalama extasiada: “Eu agora sou a outra!”. Outra é palavra dourada na música pimba pirosa portuguesa.

 

            Foste encornada pelo teu marido, ele trocou-te por uma jovem boazona de vinte anos? Nada melhor do que arranjar um homem casado e vingares-te encornando uma mulher, seja ela quem fôr. Fuck the World.

            Na sua versão mais light, como dizia uma gaja na net: mais vale ser eu a amante do que ao contrário: a mulher enganada.

 

            Como dizem os RadioHead “Whatever makes you happy”.

Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2009

Frankenstein Matou o Culto

            No nosso grupo intelectual do Fórum havia o Jorge, que sendo da nossa idade não era universitário. Era um tipo extremamente simpático e doce, que meses mais tarde haveria de gamar a Paula ao Pedro, com a sua doçura.

            Em 1994, estreou o filme Frankestein de Mary Shelley. Segundo o que anunciaram, confiando no titulo do filme, este é um filme que conta a história do Frankenstein como a autora o criou.

            O Jorge levou esta cena à letra. Estava eu a passar no Fórum quando ele me chamou, com sua habitual simpatia e me recomendou vivamente a ir ver o filme:

- Este é o filme que conta a história verdadeira do Frankenstein, como a autora o escreveu, o trauma do Vitor Frankenstein, que o levou a criar o monstro, aquilo foi mesmo assim!

 

            Pronto. Se um gajo do nosso grupo de intelectuais diz que um filme segue à risca o livro original, não tem nada que enganar, meu!

 

            Azar do caraças. Anos mais tarde li o livro. Azar do caraças. Aquilo que o livro tem de verticalmente diferente do filme é precisamente o móbil do Vitor Frankenstein, o criador do Monstro.

 

            Constatei que o filme, como acontece com a maior parte deles, tinha que dramatizar e florear mais as coisas. O livro não é nada pimba, é uma coisa belissima. O filme é pimba. No filme, o que move e motiva o criador de Frankenstein é o seu grande trauma por ter perdido a mãe. Para que ele não volte a perder entes queridos, quer inventar uma forma de reanimar cadáveres. Que coisa mais nobre e tocante.

 

            No livro não se passa nada disso. Tudo o que move o criador de Frankenstein é a sua sede de sucesso, de ganãncia pelo saber/poder, pela ciência, de conseguir criar vida a partir de matéria morta.

 

            Jorge, como costumavamos dizer no secundário do Oliveira Martins: Azar Nitido.

 

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publicado por antiego às 11:54
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Quinta-feira, 5 de Novembro de 2009

Fórmulas ganhadoras na Arte e Criação

            Houve um comentador que se insurgiu contra o meu artigo sobre os Virgem Suta. Defendia vivamente os Deolinda. Nunca se deve menosprezar o entusiasmo. Fui ver ao youtube, dar uma melhor oportunidade. Foi só para confirmar a minha ideia, infelismente.

            Lá apanhei uma canção menos alegre: “Clandestino”. Parece mais uma imitação dos Madredeus, com um toque de Trovante. O resto é a tal banda-palhaço – óptima para crianças como diz a minha gémea. Custa-me a imaginar que os próprios Deolinda acreditem no seu projecto.

            O fado quanto mais triste melhor. Já adorei o fado de Coimbra. Gostei muito de Amália, mas nada daquele fado alegre de Lisboa – parece meio pateta.

            Nada mais deprimente do que fado alegre.

 

            Será que é moda este formato de grupo? Uma mulher despeitada a cantar rodeada por 4 gajos com ar de manfios da night? Deolinda e Oquestrada, agradam-me mais estes ultimos.

            Está a acontece demasiada imitação para o meu gosto. Há aqueles Peixe-avião que mais parecem os RadioHead porugueses, numa linha de vocalistas que cantam como se tivessem à beira do doce suicidio.

            Há uma produção nacional que cria uma personagem que se vai apaixonar por um vampiro. Imitação evidente do que está a dar na cinemotagrafia americana: amores entre vampiros, mortais e lobisomens, como são os filmes Twilight (Crepusculo) e Underworld (a trilogia).

            Bem, mas o cinema português imitar o estrangeiro já é coisa mais que antiga, bem como telenovelas nacionais imitarem as fórmulas de outras.

            Há uns anos atrás, os Mexicanos resolveram adaptar “O Crime do Padre Amaro”. Era uma adaptação do antigo romance aos tempos de hoje, no México. Logo depois, não é que há um iluminado português que resolve filmar o “O Crime do Padre Amaro” adaptado aos dias de hoje, em Portugal?

            Não há tempo a perder. Peguem é nas fórmulas ganhadoras.

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Quarta-feira, 4 de Novembro de 2009

Os Juizes da Violação

            Descobri um blog engraçado chamado Bitaites. Ao ler o artigo O apedrejamento verbal de Geyse Arruda, lembrei-me logo de uma excelente canção com uma excelente letra, dos GoodBye Mr. Mackenzie. É a obra que me surge sempre na memória, quando o tema é violação, ou algo afim, e que eu acho que mais a retrata.

            Também me lembro do filme Os acusados (The Accused). É aquele filme em que a Jodie Foster é violada por 4 gajos num pub e dizem ser um filme baseado numa história real em que os violadores eram porgueses emigrantes. Esse filme passou na TV nos tempos da universidade. No dia seguinte, aparece na casa que o pessoal frequentava, um gajo que até era engraçado, com esta conversa: “Vocês viram o filme de ontem. Então a gaja não estava a pedi-las?”. O gajo achou mesmo que eles só deviam era ter saltado para cima dela como o fizeram. Eu não levava o nosso amigo muito a sério. Até acho que pelo menos metade do que dizia, era na brincadeira de macho. Vai daí, a namorada de outro amigo nosso, discordou dizendo: “Nem que ela estivesse nua”. Por acaso esta namorada era uma gaja detestável, uma autêntica tia afectada. Mas nisto, respondeu muito bem. É óbvio que nada o teria justificado.

            Aqui segue a Canção Face to Face, dos GoodBye Mr. Mackenzie, com a letra original e a minha tradução livre.

 

 

Raped three times, raped three times                 Violada 3 vezes, violada 3 vezes
By the boys from the pub                                  Pelos mens da tasca
With their daytime jobs                         Com os seus trabalhos quilhados
You know they need to unwind             Sabes que eles precisam de desopilar
Mother always said be a good girl             Minha mãe sempre disse: porta-te bem
Don't push your luck                                         Não te estiques muito
Don't get to low cut                                          Não uses um decote
But it's a pushy world                                        Mas é um mundo fodido

So if you've got it                                              Então, se o tiveres
Flaunt it                                                            Mostra-o com toda a lata
Because the cameras and bright lights                Porque o público e as luzes….
They all want it                                                    Toda a gente quer

In silence she sits                                              Ela senta-se em silêncio
With the scars on her wrists                              Com cicatrizes nos seus pulsos
Shes never alone                                               Ela nunca está sózinha
Those laughing eyes                                          Aqueles olhos às gargalhadas
Make her clench her fists                                  Fa-la cerrar os punhos
For the blood and the sperm                             O Sangue e o esperma
Still run down her leg                                        Ainda escorrem pela sua perna abaixo
Like it did that night                                          Como aconteceu naquela noite
And the sick on the pavement                           E os sei lá
Is still in her hair                                                Continua no seu cabelo

Her mind is scarred and her body torn             A sua mente e corpo despedaçados

Her life is fear and very soon                             A sua vida é medo e muito cedo
A scab is born                                                  Uma crosta vai nascer
They acquitted the case                                    Eles fecharam o caso
Congratulations all around                                 Parabéns a todos os fodilhões
And the judge and the barman say                     E o juiz e o tasqueiro dizem
If it happened then she must have been           Se aconteceu, ela deve ter
Asking for it                                                      estado a pedi-las
She was asking for it                                         Ela estava a pedi-las
said she must have been asking for it.                Ele deve-as ter pedido

 

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