. os Moralistas dos Moralis...
O 1º exemplo de que me apercebi de de um moralista de moralistas, foi o Herman José.
No concurso Masterplan, convidaram os concorrentes a visitar um pub Swing. Um dos concorrentes, demonstrou o seu desagrado por tal pub que visitara. Mas não foi nada ostensivo. Deve ter dito que não tinha gostado do pub. Nem me lembro que tenha condenado as pessoas que fazem troca de casais.
E o populucho do Herman José resolveu afirmar-se, mais uma vez, como gajo muito à frente. Começou a condenar o concorrente por ele não ser uma mente aberta, por ser tão preconceituoso, etc, esses clichés. Até frisou como é que uma pessoa tão jovem poderia ser tão atrasada nestas coisas. O jovem apenas respondia que, pronto, não curtia, tinha aversão a essa prática.
Isto de atacar um hipotético moralismo com moralismo é infantil e anedótico. Soa a "É proibido Proibir" ou ao anúncio mais engraçado sobre racismo que eu vi:
- Racistas? Não tenho nada contra os racistas. Só não gostava que uma filha minha casasse com um.
No programa prós e contras relativo à nova lei do divórcio, o defensor da nova lei disse que os casamentos actualmente realizados com comunhão de bens, são, na esmagadora maioria, golpes do baú, e na sua maioria, perpetrados por conjuges do sexo masculino. E terá dito isto com um tom condenatório.
Logo a seguir vem uma gaja condenar a condenação do homem. Do género: “então, com que direito vai condenar estilos de vida, de quem quer enriquecer pelo casamento!”. Perdão !?? Que patetice é esta? Ainda para mais sabendo que os anti-nova lei do divórcio dizem-se defensores do casamento. Um dos argumentos é que o novo casamento facilita a sua destruição e fragiliza os mais dependentes, na sua maioria, as mulheres.
Então quem defende o casamento, que supostamente deve ser uma coisa elevada e bonita, baseada no afecto e na amizade, defende o casamento por interesse? Defende o casamento hipócrita! Diz que é perfeitamente aceitável uma pessoa enganar outra, casando ao assalto ao dinheiro do outro, chamando-lhe estilo de vida? Fosca-se, nem queria acreditar.
Nestas merdas de defesa de altos valores essenciais à vida, os moralistas parecem patetas infantis e com muito poucos escrupulos. Estranho que na altura da lei do aborto, os defensores da vida fossem os gajos que desferiam os golpes mais baixos, não se coíbindo de deturpar realidades na defesa da vida, ou seja, de mentir deliberadamente mesmo, para obter o pretendido. Devia ser do estilo: todos os meios justificam os fins. Já que os anti-aborto são os primeiros a favor da pena de morte, devem achar que ela devia, em primeiro lugar, ser logo aplicada a quem defende o aborto.
Ora bolas, as pessoas gostam de jogar com as palavras, conceitos e usam as falácias mais idiotas. Então não será de condenar uma pessoa que casa por interesse enganando outra pessoa? E agora, vamos tolerar os gatunos, dizendo que cada um escolhe o seu estilo de vida?
Depois, estes mesmos, entulhidos de clichés, devem ser os primeiros a dizer que já não há valores. Daqui a bocado não se pode dizer mal dos vigaristas, ladrões, assassinos e pedófilos. Pois, viva a diferença, todos iguais todos diferentes, respeitemos os estilos de vida. Deixemos de ser caretas, preconceituosos e atrasados.