. We Don't need no Educatio...
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Professora do secundário manda aluno sair da sala de aula, por a estar a perturbar. Aluno recusa-se a sair. Conselho directivo é chamado, aluno sai. Passado pouco tempo aluno irrompe na sala de aula. A acção repete-se: conselho directivo expulsa aluno, aluno volta à sala de aula. Isto não é um ciclo infinito porque aluno desta fez tranca a sala de aula por dentro e vira-se para a professora:
- Agora nós…
Dá-lhe um arraial de porrada que a deixa inconsciente. Professora vai para o Hospital, acabam por lhe dar alta. Professora tem que regressar no dia seguinte ao seu local de trabalho onde vai estar aquela turma e aquele aluno. Só não teria que voltar se tivesse morrido.
Que há-de ser de nós? Isto é a educação que temos? Em que não se pode tocar nos meninos nem com uma flor, não se pode aplicar castigos, não se pode traumatiza-los, e eles podem fazer o que quiserem?
Aluno do 6º ano, com 14/15 anos, numa aula de educação física, parte dedo a colega, dá um arraial de porrada noutro e chama vaca à professora. Ao outro dia está na escola como se nada tivesse acontecido. Disseram que o assunto estava a ser tratado. Nunca se soube como foi tratado. Provavelmente foi tratado assim: para o ano temos que ver o que fazemos com este miúdo problemático.
O miúdo, coitado, tem muitos problemas familiares, daí que faz merda atrás de merda na escola. Este foi o n-ésimo incidente, tudo agressões ou desrespeito pelos professores e funcionários da escola. O miúdo parte cabeças a colegas, empurra professores, dá belinhas a professoras e passa impune por tudo isto. Um aluno a aterrorizar uma escola inteira e ninguém faz nada. O que há de errado? Eu devo ser ingénuo porque isto para mim é impensável. É impensável um aluno ter mau comportamento um dia e ao outro dia estar na escola.
O Investimento em educação é aquela velha história: não tem resultados imediatos, nem em 5 anos - o tempo de uma legislatura. Os resultados levam 20 anos a terem efeito e quando o tiverem, ele não será muito notado, porque o pessoal só repara nas coisas negativas.
O Investimento não me parece muito comparado com o de outras áreas, e menos ainda quando estou certo que os ganhos são imensos e efectivos, muito maiores que os das outras áreas.
Louvo iniciativas particulares, que tenho visto aqui e ali, como os exemplos do programa “30 minutos” – trabalhos sociais nas escolas problemáticas. Os Clã gravaram um vídeo com uma escola super-problemática do Porto. Há outra escola de Lisboa (acho que a Sarney) com aulas de violino, que tem feito maravilhas com os miúdos (também vi uma reportagem no Brasil idêntica). A Fundação Luís Figo ofereceu 1 semana num campo de férias aos melhores alunos de cada turma da escola mais problemática de Setúbal.
Ao que parece o Real de Madrid comporta-se como uma verdadeira instituição de utilidade pública: Fundação Real Madrid abre escola desportiva para crianças desfavorecidas no Algarve. Acaba por não ser dinheiro perdido, porque é uma óptima forma de projectar o nome do clube.
O Valor de uma geração mede-se pela capacidade em criar a seguinte. As gerações parecem valorizar-se ao depreciar a seguinte. Se não és pai, não tens culpa nenhuma, se és pai a culpa é do sistema.
Felizmente o estado está a acordar para o problema demográfico. Cada vez nascem menos crianças. A falta de ajuda do estado pode tornar a decisão de se ter um filho um verdadeiro acto de inconsciência. Os grandes defensores da penalização do aborto, podiam começar a descontar 5% do seu salário para apoio às novas vidas, já que são tão pró-vida.
Foram criados Jardins de Infância nas escolas de ensino básico. Boa medida. O irónico é que sobrou espaço para os jardins porque cada vez há menos crianças. A minha antiga escola preparatória, onde fiz o 5º e 6º ano, agora vai até ao 9º ano. Imagine-se quantas crianças a menos há.
Contudo, há uma gritante insuficiência de creches do Estado, para educar crianças até aos 3 anos. As poucas creches da segurança social e da Santa Casa da Misericórdia estão a servir apenas para tratar de crianças de risco e sem dar resposta a todas.
Vou-vos apresentar um casal sem filhos, a viver em Lisboa, que tendo um rendimento mensal de 1500 euros líquidos, pode pensar em ter um filho e pagar 400 euros por uma creche, durante 3 anos:
Vejamos as minhas contas sobre este casal:
Renda/Prestação Habitação |
500,00 € |
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Transportes |
48,00 € |
passe carris |
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Electricidade |
20,00 € |
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Gás |
15,00 € |
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Água |
10,00 € |
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Internet e TV |
40,00 € |
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Telemóvel |
30,00 € |
15 euros cada |
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Supermercado |
200,00 € |
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Total |
863,00 € |
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Este casal é saudável sem despesas de saúde, não tem vícios caros (os únicos são ver TV e navegar na internet), é caseiro, não passeia, não passa a vida ao telemóvel, não tem carro, por isso vai ter que andar com o bebé em transportes públicos, é elegante, não gasta muito na alimentação, nos intervalos de almoço do trabalho, come da sua marmita, e anda com a mesma roupa há anos, visto que pararam de crescer.
Já ter 2 filhos é a completa bancarrota.
Pelo que li recentemente, estão projectadas creches do estado para Lisboa. Pois, mas para quando e quantas vagas vão haver?
Eu sou a supra-sumo da educação. Sei exactamente o que fazer em cada caso. Analiso minuciosamente cada situação que vi de má educação nos filhos dos outros. Não me poupo nas críticas, sou frontal. As desventuras dos outros filhos são as minhas delícias, até me babo toda ao descrever os filhos dos outros. Há por aí muito mãe desleixada que não sabe como fazer as coisas.
A prova do que eu digo está à vista: são os meus filhos. Muito atinadinhos, com cabeça no lugar. Não são perfeitos mas eu sei lidar com as suas imperfeições. Outra prova da minha educação é nunca ninguém ter feito uma critica aos meus filhos. São bons rapazes. Eu nunca me questionei sobre a educação que estava a dar porque… não há nada a apontar.
Eu acho que devia ser aproveitada como conselheira parental e até matrimonial. Os meus valores são demais, muita gente devia-os adoptar. Mas o facto de serem únicos tornam-me ainda mais única e especial. Gentes do meu bairro, entreguem-me os vossos filhos, coitados, num casarão onde caibam 150 crianças, que eu educo-os a todos. Ide lá fazer coisas que saibam fazer bem.
O meu filho não tira melhores notas que o teu, mas é mais atinado, o meu filho não é tão popular como o teu, o meu filho não parece tão feliz como o teu, o meu filho não é tão agradável, caloroso e querido como o teu, mas é mais atinado.
Sou uma mãe profissional.
Há muitos anos atrás ia num autocarro dos STCP (a Carris da cidade do Porto) e vejo uma mãe a protestar com o filho:
- Levas já uma latada que te fodo!
Mas isto não se compara com o que ouvi ontem de um pai, saído de um LIDL de Lisboa para o carro de família:
- Sai do carro da tua irmã! Dou-te uma tareia que te mato!!
(Provavelmente estes são os mesmos pais que são capazes de bater a um professor dos filhos por estarem descontentes com o ensino).
Aqui está uma primeira mãe, pobre, a andar de autocarro que é agressiva e usa o palavrão. Ela seria crucificada em Lisboa. E vemos um pai, da classe média, com carro, que não usa do palavrão, e por isso, se calhar chocaria menos os ouvidos sensíveis das pessoas bem-educadas.
Há ainda o pai da alta burguesia, que adora os filhos e lhes faz as vontades todas, compra-lhes tudo o que os pode mimar. Tem uma grande paciência, vai aturando os sucessivos actos irritantes dos filhos sem dar um único reparo e que, de repente, agarra o filho pelos colarinhos:
- Olha que eu parto-to o focinho todo! – uma cena digna de rua.
É um pai que não diz palavrões, não é severo, não bate nos filhos – só os agarra pelos colarinhos.
Os pais que condescendem muito com as tropelias e má educação dos filhos, ora por uma filosofia de “Let the Children Play” (Jim Morrisson) ora por preguiça, um dia explodem ou têm uma grande surpresa.
Mais vale ir ralhando frequente e suavemente do que um dia arrebentar.
Conheço um casal que sempre se deu bem, casados há cerca de 20 anos. São ambos alegres, extremamente comunicativos, sociáveis, educados, com valores. Pais esmerados e informados, tendo inclusive planeado ao pormenor o primeiro filho. É um casal que eu admiro.
O que me intriga é que os seus dois filhos parecem absolutamente amorfos. Estou convencido que no grupo de amigos deles e com as suas namoradas, eles até falem para burro e sejam animados. E parece haver aqui um padrão: há únicas coisas que os animam, para tudo o resto demonstram uma apatia impressionante. Parecem haver apenas duas coisas que os animam na vida: o desporto e os amigos. Não são nada afectivos, não demonstram interesse por conversar e até um bom dia custa a dizer ou não é dito de todo, aos próprios pais.
Pais modernos, com formação, absolutamente empenhados na educação dos filhos como principal objectivo da vida. Convencidos que dominam a ciência de educar.
Será que é uma questão genética? Será que aquele ar macambúzio veio do Bisavó Zé e salta de 4 em 4 gerações?
Dificilmente consigo encontrar mais explicações que… é pá, nasceram assim. Mas há um erro crasso que existe naquela família e que pode afectar todo um crescimento:
Na hora de jantar, toda a gente tem que estar calada, porque o pai quer ver as noticias na TV que está colada à mesa das refeições.
Por amor de Deus, o Jantar é tudo o que nos resta quando tudo se desencontra. Se matam o jantar como espaço de convívio é como se partissem uma parede mestra. Quando vamos nós conversar? A seguir ao jantar em frente à Televisão? Quando formos todos juntos ao café? Quando deitarmos os meninos na cama e, cansados do dia, lhes contarmos uma história em 15 minutos? Em que idades? Com que disponibilidade nossa e com que disponibilidade deles?
O Jantar é uma coisa sagrada. Tudo tem que parar quando começamos a jantar. Na nossa casa, actualmente, tudo tem que parar quando começamos a fazer o jantar. É a hora das tarefas, é a hora da comunidade.
Tenho um colega Holandês que é professor de Cidadania no seu país, no ensino secundário.
Será que temos algo parecido cá em Portugal, fora a triste disciplina de “Religião e Moral”, opcional, da escola preparatória?
Eu acho que é essencial existir uma cadeira que eduque realmente e forme as pessoas. Mais importante que ter um filho a saber ler e fazer contas, é ter um filho consciente, com valores, que saiba viver.
Isto não é um ensino que se deva deixar só à responsabilidade dos pais. Como diz a minha mulher, gostava que os nossos filhos frequentassem a Catequese, mais para eles verificarem que valores que ela prega, também são defendidos por outros.
Não é por eu dar uns chutos na bola com o meu filho que ele não precisa de jogar mais à bola.
O ensino de Cidadania da escola iria complementar a minha educação e/ou reforça-la. Casos haveriam que seria o meu filho a ensinar-me com o que bebeu na escola. As crianças têm que ser confrontadas com outras ideias, de pessoas adultas e formadas, que não as dos pais.
Esta disciplina teria que ser atractiva. Um espaço sobretudo de diálogo e descontracção (não demasiada). Ver uns vídeos, ver um filme, ler uns jornais, umas revistas, debater o material mostrado. Debater assuntos actuais como o Bullying, que fazer face à crise, violência doméstica. Ensinar coisas práticas para a vida. Ensinar leis, direitos, deveres, saúde, economia doméstica, culturas, pontos de vista, aforismos, sugestões para o lazer, jogos sociais.
Espaço para a partilha de histórias dos alunos. Deveria ser uma aula muito lúdica também, à qual os alunos gostassem de ir.
Nesta disciplina teria que haver classificações também. Seria a bandalheira senão houvessem exames. Que tipo de exames? Por exemplo, com factos históricos ou de cultura geral. Poderiam leccionar-se, por exemplo, história de filantropos e daqueles que mereceram o Nobel da Paz.
Exame tosco de cidadania:
Que me interessa a mim o meu filho tirar 5 a matemática, português e educação visual se for uma perfeita besta?
- O meu filho pode ser uma grande besta que só se interessa por si e pelas suas coisas, mas foi prémio Nobel da Física e não sabe o que há-de fazer ao dinheiro.
Não me restam dúvidas: o povo português está mais educado do que estava nos anos 80. Mas que raio, já passaram 30 anos, tinha que haver alguma evolução.
Porque eu acho que o povo está mais educado? Começa logo por mim. Eu estou mais bem educado agora em 2010 do que em 1995. O que contribuiu para a minha educação? As pessoas que fui encontrando pelo caminho. A boa educação contagiasse. Começou na Universidade, com os amigos com quem convivi no apartamento e com o nosso circulo social. Convivi com um grupo de amigos cujo grande valor era a justiça. O pessoal tinha a mania de se preocupar em fazer as coisas de uma maneira justa.
No meu caso pessoal, ter trabalhado em Inglaterra foi bastante importante para a minha educação. Fui para a pátria das etiquetas e bons costumes. Para minha supresa, aquela malta pede desculpas por tudo e por nada e eu acabei por pegar nesse hábito e importa-lo para cá.
É certo que os ingleses são uns grandes cinicos, mas são uns artistas na maneira como dizem as coisas, e demonstram sensibilidade nos pormenores. Os pormenores de boa educação que têm são delirantes. Por exemplo: é considerado grosseiro tratar uma pessoa pelo seu nome de familia. Deve-se tratar uma pessoa pelo seu nome próprio – isto é evidente para mim. Tratar pelo apelido! Mas quê, estamos na tropa? Já agora, só não tratam pelo nº de BI porque dá trabalho?
Do mesmo modo, o povo português (e quiça mundial) está mais bem educado. São as pessoas com quem se convive, é um conhecimento mais alargado das coisas, somos mais viajados, o ter vivido no estrangeiro (tal como o meu caso), o ter visto outros costumes, outras maneiras. Um colega meu até me disse que a própria internet contribuiu para a educação das pessoas. Internet, TV, as pessoas têm mais acesso e mais opções. Podem escolher melhor.
Depois há também as campanhas. E as campanhas levadas a cabo nas escolas podem têr o efeito de educar até os pais.
Hoje a boa educação até se vê no transito. O meu colega diz que apitava-se muito mais nos engarrafamentos há 20 anos atrás. Nota-se nas passadeiras. Quem parava numa passadeira há 20 anos atrás?
Será natural o homem notar, com a sua inteligência, que a boa educação é coisa agradável e que surte mais bons resultados?
Quando me refiro a mimar, não me refiro a dar afecto ou afecto excessivo. Mimar uma criança é dar-lhe uma educação em que não há limites, não há castigos, até poder chegar ao ponto em que até as suas asneiras podem ser correspondidas com festinhas.
Conheci o caso de um homem muito macho do norte que primeiro teve uma filha, e depois lá teve o seu filho barão. Regra nº1 – ninguém podia deitar a mão ao miúdo. Eu acho que isto é meio caminho andado para fazer um macho dos melhores.
A sua irmã resumiu bem o efeito, 35 anos depois:
- Ninguém lhe pôs a mão, e agora ele põe a mão em toda a gente.
Os pais ganharam um autêntico terrorista em sua própria casa.
Encher um filho de mimos? Sim, quantos mais melhor. Mas enchê-lo de regras também.
Pode-se ver na Wikipédia, que o meu actual actor cómico favorito, o Robert Webb, foi altamente mimado quando era criança. Como a expressão em inglês é “Hugely Spoilt”, eu penso que eles se estão a referir ao meu conceito de mimar. Por outro lado espero que o mimanço não tenha sido ilimitado, como o 1º caso que referi.
E eu logo pensei, se um alto mimanço produz um actor cómico fabuloso, mimar não pode ser assim uma coisa tão má.
O gajo foi tão bem tratado e acarinhado, que a sua boa disposição permaneceu até à idade adulta. O gajo ganhou reservas de afecto para uma vida inteira. Ou será que este talento é puramente genético? Será que ele a cada a asneira que fazia, desarmava as pessoas com a sua graça e toda a gente perdia a coragem de lhe bater, desfazendo-se em riso?
Quando tinha 11 anos entrei num campeonato de futebol de mesa. Não tinha jeito nenhum para aquilo. Mas o meu amigo era candidato ao pódio, os únicos que davam direito a uma taça. O campeonato era organizado pelo pai dele. Quando ele chegou à discussão pelo 3º e 4º lugar, perdeu o jogo. Desatou num pranto de choro. Estava inconsolável.
O pai arranjou maneira de arranjar uma taça para o 4º lugar. Ele ficou todo contente. E a taça do 4º lugar até era muito melhor que a taça do terceiro.
Eu achei aquilo uma palhaçada monumental. Além disso, já com aquela idade, eu no lugar dele não tiraria satisfação nenhuma. Preferia ter ficado em 3º lugar e não ter qualquer prémio.
Aliás, eu nunca tive prémios alguns. Comentário do meu pai quando viu os meus 5 cincos, 2 quatros e 2 três do primeiro ano do ciclo, com um ar muito sério:
- Tens que melhorar a português.
(pronto, já sabem porque dou tantos erros ortográficos).
Eu nem fiz caso. Eu estava satisfeito era de ter tirado aquela fartura de cincos. A propósito, esse meu amigo reprovou com 4 negas.
Ainda hoje estou para saber qual o resultado destas 2 educações antagónicas. De um lado, eu não recebia nada, era um excelente aluno, completamente independente, hiper-responsável, e a mim só me parecia que eu apenas estava a cumprir com a minha obrigação. Também não recebia muita atenção. Uma vez até foi a mãe do meu amigo que fez um aturado curativo a várias feridas que eu tinha na cara, feitas num jogo de futebol. Eu já há uns bons dias com visiveis feridas na cara, coisa que passou despercebida à minha mãe, que tinha mais 6 filhos. A mãe do meu amigo pegou em mim, e tratou das feridas.
Qual o resultado? Aos 16 anos o meu amigo era bem mais maduro do que eu. Era mais desenvolto socialmente, mais espertalhaço. Mimanço, a este nivel, não torna as pessoas infantis. E as coisas esbatem-se com o tempo.
Ele era um mau-carácter, eu era um gajo mais sensivel. Se calhar a falta de atenção torna as crianças mais sensiveis.
Ele era mais feliz.