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Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2014

Turma de Repetentes

Alguém é capaz de me explicar cabalmente, dando exemplos de estudos levados a cabo, porque não se deve "guetar" em certas situações, como por exemplo, meter numa só turma todos os alunos problemáticos de uma escola?

Inventaram as turmas PIEF (Programa Integrado de Educação e Formação). A estas turmas parecem ir calhar os casos extremos de alunos problemático-criminosos ou seja, alunos que já partiram dentes a outros, violaram, insultaram professores ou andam metidos na droga.

Entre os alunos Tótó e os alunos PIEF há muito aluno que só anda a meter nojo e a criar mau ambiente nas turmas onde está, anos a fio. Mesmo que seja um aluno com grande potencial PIEF, andará a aterrorizar as turmas por onde passa pelo menos uns 4 anos.

Basta um aluno animal para perturbar uma turma inteira de 30 alunos. Porque raio não meter todas as maças podres juntas? Ai, isto é um discurso muito facista, ai os guetos, a segregação, etc... BALELAS! Provem-me que isso não trará muito melhores resultados e até pode reduzir o Bullying. Pôr alunos em guetos, que horror! Sim, não pôem alunos problemáticos em guetos como turmas de repetentes, no entanto as nossas escolas têm turmas de ciganos. Hipócrisia?

E ainda me dizem: ai, os ciganos, têm uma cultura diferente, outro ritmo de aprendizagem... sim, esses anormais que pululam as nossas escolas, que raio de cultura têm? Nem cultura nem qualquer vontade de aprender.

Ensino obrigatório até ao 12º ano? Devem estar a brincar. É impossivel ensinar quem não quer ser ensinado. Se eu tivesse numa escola e não quisesse aprender, provavelmente só iria fazer merda até me expulsarem de lá.

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publicado por antiego às 23:44
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Terça-feira, 11 de Outubro de 2011

turma 5º 8ª

            Não posso crêr nesta foleirice do 5º 1ª até 5º 7ª.

            O meu filho mais velho entrou para o 5º ano. Uma escola do ensino básico do 5º ao 9º ano. A Escola tem muito boa fama e parece-me, pelo que tenho visto e ouvido que a fama é justificada. Bem organizada com óptimo pessoal docente.

            Há o pormenor curioso de haver matraquilhos e snooker o que acho óptimo. Será muito importante para os alunos terem outros motivos para irem e gostarem de frequentar a escola, além de promover o convivio.

 

            Só há uma cena que não suporto: os blocos chamam-se "bloco 1", "bloco 2", etc. e as turmas são designadas como "5º 1ª", "5º 2ª até "5º nª". Com a breca, que gritante falta de gosto. Além disso é muito mais pedagógico se fossem os velhinhos 5ºA, 5ºB, 5ºC até ao 5ºZ, se fosse preciso. A entrada na adultice que muito os inflama ficará certamemte menos enriquecida com este raio de nomes. Para a imaginação era muito mais giro estarem associados a letras. Na minha escola os blocos até se chamavam de A a F. Continuo a recordar com grande carinho os tempos do ciclo preparatório. Para mim foram os mais mágicos aé atingir a universidade.

           Além disso, esta designação não é limpa, não é clara. Um 5º 9ª não poderá ser a quinta turma do nono ano? Estará o aluno no quinto ou nono ano? E que dizer do quinto quinta? e o nono segunda foi aquele que ficou em nono à segunda vez na segunda-feira?

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publicado por antiego às 22:47
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Quinta-feira, 6 de Outubro de 2011

Guetos, porque não?

Tenho dois amigos dos tempos da universidade que são hoje professores do ensino básico, 2º e 3º ciclos.

Um deles é a pessoa mais cool que conheço. Na altura da universidade ele era o refúgio de todos os repudiados da sociedade académica. Drogados, gays, e todos os marginalizados vinham bater à sua porta e ele recebia-os naturalmente.

Hoje vejo a pessoa menos preconceituosa do mundo e apaziguadora dizer coisas como:

  • Eu dantes pensava que o ensino era para todos. Hoje penso que há gente que não deve estudar - refere-se a estudantes do 2º ciclo com 17 anos, que só vão à escola fazer merda.

  • A minha melhor turma do ano passado, tem agora umas maças podres, uns repetentes. Quatro ou cinco estragam aquilo tudo.

  • Há alunos que querem aprender e outros estragam tudo, não aprendem nem deixam aprender (o mesmo me foi dito pelo meu outro amigo professor).

A minha questão é: porque não se metem estas maças podres todas em turmas próprias? O meu amigo falou-me dos CEFs. Mas, ao que oiço, não me parece suficiente.

Os moralistas puristas ficam chocados com estas medidas. Ai, os guetos, a segregação social, e o c***. Pois é, meus amigos puristas, também são contra as prisões? Não haverá maior gueto e pior inferno que as prisões?

 

Não se trata de marginalizar as pessoas, noutro caso acabem com as prisões. Trata-se de criar regras de pró-funcionamento. Ainda estou para ver estudos que me digam que a melhor solução é a grande heterogeínade em contra-posição com uma “guetização”. Virem apenas com pressupostos moralistas, não me convence. Isto é o moralismo levado ao extremo, que mal tem criar turmas tentando que elas funcionem melhor?

Isto tudo ainda me parece tanto mais hipócrita quanto eu saber que se criam turmas exclusivamente de ciganos em escolas ditas de integração. Não se vão criar turmas só de repetentes e maças podres, porque isso não é ético, mas criar turmas só de ciganos, tudo bem. Acho que o argumento é que os ciganos têm um modo de aprendizagem e um comportamento diferentes. Ora, e não têm os vandalos que andam por aí nas escolas?

Os ciganos são segregados, os vandalos brancos não são.

 

Espalhas os mal pelas aldeias (pelas turmas) em vez de meter todo o mal numa turma. O que se ganha com isso? Acham mesmo que os maus vão ficar bonzinhos?

Contaram-me que na Alemanha a partir de certo grau no ensino secundário eles até dividem as turmas por mais capacitados e menos capacitados. Será ético? Logo à partida as turmas dos mais capacitados podem chegar a um grau de ensino que os menos não poderão chegar. Ok, é a pátria do nazismo, poderão me dizer - E isso não é preconceito?

 

Façam turmas de alunos que querem aprender. Juntem numa turma os muito maus, os maus e os menos maus. Os menos maus até passam a ser bons. Os maus passam a sentir na pele o que é ser vitima:

  • O quê! Tu pensavas que eras mau?

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publicado por antiego às 22:23
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Segunda-feira, 11 de Abril de 2011

Salvem os Professores

            Foi ao ver o Daily Show com o John Stewart que me apercebi que o ataque estúpido aos professores feito no nosso país, não é exclusividade nossa.

            É uma coisa incrível. Uma classe que devia ser louvada e acarinhada, é alvo de um ataque inexplicável por parte da sociedade. Quando uma coisa destas não tem explicação, há sempre a teoria da inveja.

            Meu deus, estas são as pessoas que estão a ajudar a formar os nossos filhos! É uma coisa impagável. Quase apetece beijar o chão que pisam. Tenho a maior reverência pelos professores e educadores de Infância. Muito mais que por médicos. O problema dos professores também é o da lei da oferta e da procura.

- Olha, se não quiseres dar aulas, temos aqui 10 que dão o cú pelo teu lugar.

            Nas agências de rating, os professores são lixo.

 

            Houvesse tantos professores como médicos, e eles eram tratados com entidades da realeza.

            A minha mulher chegou a visitar um colégio privado em que não havia contínuos. Havia uma explicação altamente pedagógica para isso que era um portento de lógica. O que acabava por acontecer era que os professores faziam também o trabalho de continuo. Até iam esperar os alunos numa via pública para os trazer para a escola secundária.

            Os professores tinham que trabalhar as 40 horas semanais na escola (sim, porque não são mais que os outros trabalhadores). E preparar as aulas? Ò meu amigo, amanha-te, prepara-as em casa, no comboio, problema teu.

            Não é sequer legal pedir a um trabalhador para fazer trabalho que não é da sua competência. Chegamos a este insulto de pedir a um professor para fazer trabalho de continuo.

 

            O que está acontecer nos EUA? Os profs estão a ser culpados da crise. Trabalham poucas horas e ganham muito. Querem reduzir os seus salários, que são incomensuráveis para aquilo que produzem. Mais a mais, tomar conta de crianças, qualquer um pode fazer, desde que tenha 2 olhos.

 

            Em 2002, vi um colega meu a cascar na mulher, à minha frente, que era professora no secundário. Só trabalham 25 horas por semana, têm uma rica vida.

            Pois, só posso explicar isto por inveja. Ai quem me dera trabalhar só 25 horas por semana durante 8 meses por ano. Os Setores, no fundo, são aqueles adolescentes que nunca deixaram a escola. Continuam a andar na escola, a ter férias grandes, férias da Páscoa, do Natal, e a ter a tarde toda livre. É um Forever Young.

 

            Mas esta gente faz ideia do que é dar aulas? Eu não conseguia. Eu não conseguiria dar 5 horas de aula, seguidas, a aturar 20 putos que fossem mais ou menos bem comportados. Bem, mesmo que fossem bem comportados, tenho as minhas grandes dúvidas.

            Quando me disseram que uma das profissões que gera mais problemas psiquiátricos é o de professor, eu acreditei logo. Quando os professores protestavam pela idade da reforma aumentar, argumentando que é uma profissão de risco, eu concordei.

            Houve colegas meus de curso que seguiram a carreira de professor. Eu nem sequer coloquei essa hipótese. Tenho terror. Já custa educar os nossos.

 

            Comparar o trabalho de um professor com o de um trabalhador normal da lei geral do trabalho, com as suas 40 horas semanais, é um absurdo.

             Mas… vamos supor que os professores só trabalham as horas em que dão aulas. Vamos supor que não preparam aulas, não atendem pais, não vão a reuniões, nada! Não fazem mais nada. Trabalham das 8:30 às 13:30 e depois têm o dia todo para si.

            Um professor secundário com 10 anos de carreira, ganha cerca de 1400 euros limpos. Ao ano isto faz 19600 euros. Vamos supor que tem todas as férias da escola, trabalhando apenas 36 semanas por ano. Ou seja, trabalha 8 meses e meio por ano, passa 3 meses e meio nas Caraíbas. Isto significa que trabalha 900 horas por ano.

            Feitas as contas, o nosso professor ganha 22 euros por hora.

            Quanto pagam aos explicadores dos vossos filhos?

 

            Vocês acham muito ganhar 22 euros por ensinar 20, durante uma hora?

           

            E já agora, queria-vos ver a vocês. Sim, porque até é bem um trabalho que se pode fazer com uma perna às costas.            

Quarta-feira, 23 de Março de 2011

Deixem os Profs em Paz

            Nos dia de hoje, não deve haver canção mais anacrónica que o another brick in the wall part 2. Aquela cujo refrão é “Hey Teachers, leave the Kids Alone!”.

            Ontem vi no telejornal que o Roger Waters levou ao pavilhão atlântico miúdos da Cova da Moura para cantar o “Ei, professores, parem de chagar a canalhada!”.

            Depois vieram os comentários no qual um douto idiota falava como se esta musica fosse muito actual, muito interventiva, contra um sistema de ensino rígido.

 

            Esta manhã, o meu filho, no 4º ano do ensino básico, queria aprender este tema dos Pink Floyd. Pelos, vistos está na moda lá na escola. Alertamo-lo para a letra da música.

            Não sei porque raio o Rogérios Águas ainda andar a cantar este hino de revolta. Anda com problemas económicos? É vaidoso?

 

            Podia ser mais criativo e alterar um bocado a letra:

 

            Quando nos formamos e entramos para a escola a dar aulas

            Havia certos pais e alunos que nos quilhavam a cabeça como podiam

            Por contestar tudo o que fazíamos, por nos culparem de tudo

            Pelos filhos serem a coisa mais preciosa do mundo

 

Ei, Miudos! Deixem os profs em Paz

Ei, Papás babados, deixem os profs sossegados!

De qualquer modo, sempre podes ir para o centro de emprego.

publicado por antiego às 11:10
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Sexta-feira, 15 de Outubro de 2010

Vocação para Medicina

Estava eu na porta do Vasco da Gama quando me aparecem estudantes de Medicina a fazer um peditório, não sei bem para quê. Já estava eu disposto a não dar nada, pois tenho 5 filhos para criar, quando os argumentos eram bons:

- Só uma moeda preta! È o que pedimos. Nem que seja uma moeda de 1 ou 2 cêntimos.

 

Gostei do espírito. Acrescentava a estudante que não queriam ser garganeiros. Preferiam receber 1 cêntimo, em tempo de crise, do que não receber nada. Eu sou muito textual, vai daí procurei por uma moeda preta de 1 cêntimo ou 2. Não tinha, mas tinha uma moeda preta de 5 cêntimos. A estudante agradeceu a sorrir e vazou. Passado um bocado chega outra estudante de medicina e pede dinheiro outra vez, dirigida a mim. Eu disse-lhe que já tinha dado. E não é que a vaca me atira:

- Só 5 cêntimos !!

 

Que profissional da saúde fisico-ludica! Eu nem tinha reparado nela. Pelos vistos pertencia à trupe, estava por ali por perto e com certeza deve-lhe ter sido comunicado que havia ali um forreta que tinha dado 5 cêntimos. E vem-me com lata a fazer-se de novas. Com estas merdas não se brinca e isto só me dispõe a ignorar de vez todos os peditórios que me façam. Humpf, são todos iguais.

Claro que não dei mais nada, vai ter lata para o c@, isso até é ofensivo.

 

Estais mesmo boas para o juramento de Hipócrates.

publicado por antiego às 16:47
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Quarta-feira, 14 de Julho de 2010

Férias na Happyland

Acho que só ouvi falar de campo de férias quando tinha uns 23 anos. No nosso tempo não havia campo de férias mas havia tios e tias a perder de vista. Férias de verão fora de casa dos pais, sem os pais, deve ser das actividades mais saudáveis que podem existir para as crianças e adolescentes. Um terreno fértil para criar doces memórias que nos vão fazer boa companhia durante toda a vida.

As crianças adoram variar. Adoram dormir em casa alheia, adoram conhecer outras casas, outros sitios. As crianças adoram pessoas, mesmo aquelas apagadas que não brincam com elas. Falam das pessoas com respeito, grande consideração e reverência.

 

Durante o ano é a escola. Uma chatice. É como que um mal necessário. Uma criança entra na escola em Setembro e sai passados 10 meses com mais conhecimentos, mas profundamente a mesma.

 

Agora, umas férias, umas férias bem passadas, podem mudar a vida de qualquer uma.

publicado por antiego às 14:47
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Quarta-feira, 2 de Junho de 2010

Bruna-Esperta

Neste caso vou reproduzir a opinião pertinente de pessoas amigas.

Pelo que ouvi, anda meia rede social a defender a professora do secundário que posou nua para a Playboy. Até ouvi dizer que há um movimento na rede social que se insurje contra a ostracização da professora que foi despedida por fazer uso da sua liberdade.

 

Quem me acompanha logo se riu desta noticia e disparou um rol de graças, fazendo uso do seu rico sentido de humor.

Dentro de todas as piadas, a ideia chave é que esta espertalhona teria feito isto premeditadamente, ou seja, previu tirar partido da escandaleira que seria uma setôra posar nua. Com esta publicidade, a carreira dela de modelo estaria garantida. Bem, a ultima noticia que li sobre a Bruna é que esta tem a agenda cheia. Com esta mega-publicidade, feita vitima coitadinha, que melhor propulsor para a carreira?

Para bater isto, só mesmo uma candidata a modelo virar freira e depois posar nua com as suas vestes. Aí é que as fantasias iriam ao rubro.

Ela nunca foi a professora que posou nua, ela é a modelo que resolveu ser professora e esta ultima profissão acabou por beneficiar sobremaneira a sua principal. Aliás, segundo os relatos das revistas, o grande sonho dela era ser modelo.

 

Os moralistas anti-moralistas entram em acção. Que horror, não estamos num país livre? Pois, que achará a classe de professores sobre este caso? Andam os professores danados com uma anedota que chama de vaca a uma professora, e surge uma colega que se anda a despir para toda a gente ver.

 

Será natural e inofensivo a minha professora de francês posar nua para a playboy e ninguém ter nada a ver com isso? Eu não tenho nada a ver com isso, mas não vou descansar até ter uma cópia da revista. E acham possivel evitar que os alunos não tenham acesso a essa edição?

 

Vistas bem as coisas, isto é extremamente pedagógico. Agora nem pensar em faltar a uma aula de francês e vou estar sempre atento à professora.

 

Se uma professora se envolve sexualmente com um aluno maior de idade, alguém tem a ver alguma coisa com isso? Não estamos num país livre?

 

Tantas causas a merecerem a nossa atenção como por exemplo, a erradicação de um Hospital Pediátrico em Lisboa (O Hospital D. Estefãnia) e andam aqui umas quantas bestas no facebook a na blogosfera, chocados com esta inustiça. Já uma professora não pode ser mulher.

 

publicado por antiego às 11:40
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Quinta-feira, 20 de Maio de 2010

Bullying no meu Tempo

O Director de turma disse aquela frase que eu nunca me esqueci, para descrever comportamentos infantis e juvenis:

- Basta 1 ou 2 desordeiros para desestabilizar uma turma inteira.

 

Estava obviamente a falar sobretudo do Júlio, meu colega de turma do 7º ao 9º ano. O Júlio era o jabardo mete-nojo da turma. Acho que ele era sobretudo um rapaz vivaço e divertido, que não devia gostar muito de estudar. O Júlio era alto, bastante gordo. O engraçado é que também era medricas. Embora fosse enorme e corpulento, se um pequenito com metade da sua massa ameaçasse porrada, ele acobardava-se.

Das piadas mais estúpidas que tinha era assobiar estridentemente junto do ouvido dos colegas. Eu tenho uma vaga lembrança que aquilo deixava um gajo a bater mal durante uns bons segundos. Acho que deixavamos mesmo de ouvir.

 

O gajo era um jabardo. Mas, um dia, ele livrou-me de uma boa.

Eu era o menino bonito das professoras de matemática. E era o menino bonito da professora de Fisico-Quimica do 8º ano que me tinha em grande conta, porque eu era irmão de 2 ex-alunos exemplares que ela tinha adorado ter. Eu vinha com esse herança e correspondia à reputação dos meus irmãos mais velhos.

 

Certa vez numa aula, deu-me para fazer uma graça. Tirei algo de alguém e passei para trás. A professora acabou por saber desse desaparecimento e foi intransigente em saber quem tinha encetado aquela brincadeira. Nunca ninguém se descosia. O Júlio foi o ultimo a ter essa peça desaparecida. E ela pressionou-o ao máximo para ele bufar quem teria sido o engraçado.

O Júlio manteve-se leal, explicou muito bem e peremptoriamente que não ía delatar um colega, embora soubesse quem tinha sido.

Não seria de grande satisfação o mau aluno e jabardo da turma denunciar o menino dos olhos bonitos, bem comportado? Seria um dia de vitória!

Sim senhor, o Júlio manteve-se integro e um bom camarada.

 

Isto para dizer que, os jabardos do meu tempo, nos anos 80, era apenas uns porreiraços. Os jabardos eram gajos que em termos de maturidade estavam vários anos à frente dos outros colegas. Até parecia que:

- Senão és um gajo baril, irreverente, vivaço e maduro, só te resta seres um tótó bom estudante.

 

Ou seja, só não te portas mal porque és uma mosca-morta.

 

O Júlio é um exemplo. Lembro-me de no 7º ano ter-me envolvido numa pequena bulha com um colega. E lembro-me muito bem do galã da turma ter recriminado a minha estupidez. Ou seja, um gajo era reprovado socialmente por se ter envolvido numa luta, independentemente das razões. Só o facto de ter feito guerra, era lamentável. Deviamos ainda a estar a viver os efeitos do “Make Love, Nor War”.

 

Lembro-me de no 2º ano do ciclo ter tido uma atitude que me poderia ter valido um arraial de porrada. Estava a jogar à bola com os colegas do meu amigo que tinha repetido o 1º ano. A certa altura tive um ataque de raiva, não me lembro bem porquê. Peguei na bola e atirei-a para fora da escola. Eu estava a pedi-las. O responsável pela bola (talvez um repetente também) era muito mais forte que eu e eu tinha medo dele.

O que ele fez? Com 11 anos, veio falar comigo. Convenceu-me a ir recuperar a bola e até me ajudou. Teve uma conversa comigo do tipo: gajo mais maduro a acalmar o jovem e ensina-lo que não deve ter aqueles comportamentos porque só o vão prejudicar a ele.

 

Estes eram os rapazes maus do meu tempo.

 

Terça-feira, 4 de Maio de 2010

A Nuna e o gato descolhoado

No passado Domingo, no zapping, descobri o programa “Lado B”. E nunca vi tanta freakalhada junta: aparece uma gaja que tem os testiculos do seu gato guardados num frasco, é homossexual, tem uma filha chamada Nuna e ainda por cima, a cereja… anda virada para a sua formação em psicologia.

 

Bate tudo certo nesta divertida rapariga.

 

Para quem leu o inicio de uma maneira leviana, repare bem, eu repito: é uma lésbica que não só cortou os tomates ao seu gato, como os guarda no quarto religiosamente, não tendo explicado bem porquê, põe o nome de Nuna à sua filha… como poderia não dar em psicologa ???

 

Já há algumas tentivas de ajudar esta pobre profissional que tendo um dos problemas da existência mais graves do mundo, assim resolvido, conseguirá resolver qualquer um que atormente a alma humana.

 

Vai uma interpretação de psicologia de bolso (para estar na moda). Como é que alguém vai perder 4 anos de estudo universitário para poder compreender coisa tão simples? Senão foi abusada sexualmente, vingando-se na castração do gato e negando o ser masculino com o nome Nuna na filha, o que raio se passou com este cromo?

 

Aliás, o curso de psicologia é perfeito para quem não sabe o que fazer da vida.

Aquelas pessoas que não encontram a sua real vocação mas têm uma sensibilidade especial, só têm um caminho a seguir: tirar um curso de psicologia.

 

Chega-se ao 10º ano e tem que se escolher uma area. Não gosto de matemática e até tenho jeito para as artes (sou sensivel), mas neste país não se ganha dinheiro a pintar quadros. Só me resta ir para humanisticas. Entretanto vou fazendo o 10º e/ou 11º e/ou 12º e/ou entro na universidade num curso qualquer só porque tem que ser, porque temos de casar e ter filhos.

Gosto muito de inglês e de ver os filmes na televisão e no cinema, gosto do canal História, do Odisseia e do Discovery. Gosto do Trivial Pursuit e Buzz. Gosto de saber coisas e já tenho experiência de vida. E embora saiba como educar crianças, não quero ser professora e aturar fedelhos, ainda para mais numa altura em que bater nelas na escola vai deixar de ser noticia.

Mas há uma coisa na qual posso ser útil à sociedade. Há algo que me dá prazer fazer e até me pode ajudar pessoalmente já que sou uma pessoa extremamente sensivel e complexa. Enquanto sei ou não sei o que fazer da minha vida, vou estudar sobre ela mesma – a vida. Pode ser que se faça luz.

Enquanto estudo e me dedico a uma das coisas que mais me interessou na vida – eu própria e os meus meandros - posso ir ajudando outras pessoas nas suas dores, porque eu também sofro e posso compreender os seus sofrimentos.

Excelente, isto é medicina autêntica! É como uma médica da alma, uma enfermeira do espirito.

 

publicado por antiego às 14:20
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