. Cultivar o Sentido de Hum...
. Fecho do Hospital D. Este...
. Quem gosta de tudo, nada ...
Li num blog que o novo novel da literatura, Mario Vargas Llosa, afirmou que “Só um idiota pode ser verdadeiramente feliz”.
Isto lembra-me as pessoas ricas de espírito que não conseguem ser felizes devido a terem uma mente muito complexa. Para elas, a felicidade é uma coisa simplória, apenas alcançável por verdadeiros atrasados mentais. E numa falsa humildade, não admitem o seu consolo: um sentimento de superioridade intelectual e espiritual sobre a ralé acéfala.
O cúmulo desta idiotice é achar que há pessoas que são demasiado simples para terem uma depressão, estado só alcançavel pelas grandes almas.
Que raios. Quando me sentia infeliz, achava que a culpa era minha, e ainda me penitenciava mais por isso. Como uma criança que cai e a mãe ainda lhe vai bater por cima. Achava-me um incapaz e um grande burro, por não conseguir criar condições para sair da tristeza/pasmaceira. Para mim, ser infeliz era sinal de falta de inteligência e, sobretudo, muita falta de presença de espírito.
Que há a fazer na tristeza? Procurar saber mais, procurar ser mais esperto, procurar ser mais disciplinado, procurar conhecer-me melhor.
E não, nunca fui adepto da felicidade a qualquer preço. Preferia ser um tipo inteligente triste do que um pateta feliz. Ou seja, até trocava um bocado de felicidade por inteligência. Pensando bem, é um investimento. Perco alguma felicidade, mas vou recupera-la mais tarde, porque a inteligência gera felicidade. Depois de atingido o break-even, podemos ser mais felizes do que eramos antes do negócio.
Se ninguém trocasse o agradável pela dureza, se ninguém trocasse o ócio ou o prazer pelo estudo ou trabalho, queria ver onde iria parar a felicidade.
Um inteligente triste é alguém que tem armas para sair da sua tristeza, enquanto que um pateta feliz tem os pés de barro. Uma das características mais ridículas dos patetas é, precisamente, fingir mais alegria do que a que realmente sentem, e pensar que possuem sabedoria e conhecimentos, quando são uns verdadeiros clichés. Um pateta sempre me pareceu uma pessoa artificial com uma alegria gritantemente forçada.
Na verdade, a felicidade não depende tanto assim de nós. Segundo dizem os cientistas, depende dos químicos que temos no cérebro. Depende da sorte dos químicos que temos no cérebro, e da sorte que vamos tendo na vida. E ainda há o gene da felicidade em Quem gosta de tudo, nada ama.
Desculpar a infelicidade com a sua inteligência e sensibilidade, parece-me bastante ilógico e das coisas mais idiotas do mundo, o que deveria fazer de você das pessoas mais felizes do mundo.
Ser pai é duro, mas ainda assim deve ser melhor que jogar na FarmVille. Ou não?
O mundo tende para a entropia e as pessoas arragam-se às palavras e convicções que mais lhes convierem.
Há gente que deve elevar ao cubo o lema “Vive o Presente”. É que é mais que chapa ganha chapa batida, é chapa endividada chapa desbaratinada.
São essas pessoas que realmente sabem viver, são os sábios dos nossos dias. São essas pessoas que vivem um dia de cada vez, que mais nos podem ensinar acerca da felicidade.
O cientista da felicidade (Daniel Gilbert) disse que o que nos distingue dos (outros) animais é a nossa capacidade de projectar o futuro. Vivemos tentanto prever o futuro, a preparar-mo-nos para ele e até a altera-lo em nosso favor. Uns chamam a isto sermos donos (ou responsáveis) do nosso destino. Claro que a preocupação com o futuro, é um stress. Não há bela sem senão, um exagero na apreensão com o futuro pode exponenciar a ansiedade, que em doses elevadas, é coisa terrorifica de se sentir.
Mais uma vez, o ideal é projectar o futuro com moderação. Garantir o básico.
Segundo Daniel Gilbert, a Lobotomia do nosso prémio nobel Egas Moniz, retirava precisamente a parte do cérebro responsável pelas nossas viagens no tempo para o futuro. Resultado: o paciente, na realidade, ficava mais calmo, mas por outro lado ficava muito abananado.
Ora, isto leva-me a crêr que os granda malucos, que sabem viver a vida, se endividam até ao pescoço, com gastos supérfluos, nunca precisarão de uma lobotomia.
Impedir duas pessoas maiores, livres e conscientes, de casarem.
Falam como se único papel social do casamento fosse a procriação. Então o casamento, só por si, não tem um papel social? Não será mostrar à sociedade: esta é a pessoa dos meus afectos, esta é a pessoa que eu escolhi para viver comigo, esta é a minha alma gémea?
Duas pessoas não serão já uma famlia ou serão precisos filhos?
E quanto aqueles que se chocam com a adopção de crianças por gays, fiquem sabendo que um homem homossexual está mais apto para ser um bom pai do que um homem heterossexual. Regra geral, o homem homossexual é mais delicado, mais atencioso, mais educado, menos preconceituoso que o heterossexual. O homem homossexual é menos egoísta e tem mais capacidade de dar que o heterossexual. Parece um parodoxo, não é?
Os homossexuais são também pessoas com um grande sentido familiar. Eles são caracterizados por terem uma óptima relação com a sua própria mãe, de quem muito gostam. São pessoas que gostam da familia, gostam de crianças e têm mais valores que as pessoas comuns.
Ainda ao meio-dia ouvi o D. Policarpo, na rádio, a afirmar que uma criança precisa de um pai e de uma mãe e que assim é que deve de ser. Sem mais nada explicar. Com que base falam estes idiotas? Há alguma evidência nisto, alguma base cientifica? Porque tem de ser assim? Escarrapacham-se clichés e pronto? O argumento dos acéfalos são os dogmas? E se o pápa se lembrasse de dizer:
- Um presidente ou primeiro-ministro tem que ser homem. È a ordem natural das coisas. Uma mulher, não.
O que será que falam as sagradas escrituras sobre as mulheres?
Há uns anos atrás um amigo contou-me sobre a adopção de crianças num estado americano, onde ela é permitida. Relatou-me que se tinha verificado uma maior percentagem de homossexuais entre os filhos adoptivos de homossexuais do que da população em geral. E depois? Isto até me parece lógico de acontecer. As pessoas são influenciadas pelo meio ambiente. Provavelmente já existiram muitos filhos com tendências gay que acabaram por casar e nunca tiveram uma relação homossexual. Evitar a homossexualidade seria rotula-la de doença. O problema não é a homossexualidade, mas a sua descriminação.
Se me perguntassem se eu me importaria de ter um filho gay, eu diria que sim. Porque ele iria ser vitima de discriminação e poderia passar por situações de desrespeito atrozes e também porque, naturalmente, me identificaria mais com ele se ele fosse heterossexual como o pai. Se ele crescesse a dar num benfiquista, provavelmente seria um maior desgosto para mim, em termos dos seus gostos. Acima de tudo, eu gostava o que todos os pais desejam mais aos filhos: que eles sejam felizes. O problema é que muitos pais também desejam é filhos que não lhes causem vergonha.
A palavra chave na humanidade, e vida em geral, é a felicidade. Conseguem suportar bem a felicidade dos outros?
Não é à toa que os homossexuais são apelidados de gays, que significa alegres em inglês. È minha impressão que os gays são naturalmente pessoas alegres e de bem com vida, uma vida onde existe muito afecto. Talvez os heterossexuais tenham muito a aprender com os homossexuais.
Deixem os outros serem felizes.
Esta era uma canção do Rui Veloso que já há muito prucurava. Ouvia em 2005, 2 ou 3 vezes na rádio, e ficou-me sempre na memória. Na altura não pensei em procura-la, pois logo assumi: ah, isto é outro hit do Rui, há dúvida que vou ouvi-la vezes sem conta, na rádio e em tudo que emite som?
Estava eu tão enganado. Aquela que é, para mim, uma das melhores canções do Rui Veloso, não mereceu o estrelato. Aquela que é uma letra genial, a minha letra preferida, do Carlos Tê, parece que vai ficar apenas na minha Antologia.
Canção de alterne (Album “A Espuma das Canções”)
Carlos Tê / Rui Veloso
Pára de chorar
E dizer que nunca mais vais ser feliz
Não há ninguém a conspirar
Para fazer destinos
Negros de raiz
Pára de chorar
Não ligues a quem diz
Que há nos astros o poder
De marcar alguém
Só por prazer
Por isso pára de chorar
Carrega no batom
Abusa do verniz
Põe os pontos nos Is
Nem Deus tem o dom
De escolher quem vai ser feliz
Pára de sorrir
E exibir a tua felicidade
Só por leviandade
Se pode sorrir assim
Num estado de graça
Que até ofende quem passa
Como se não haja queda
No Universo
E a vida seja moeda
Sem reverso
Por isso pára de sorrir
Não abuses dessa hora
Ela pode atrair
O ciúme e a inveja
Tu não perdes pela demora
E a seguir tudo se evapora
Comecei a ler um post muito giro que se chama "Os Homens são de Marte e as Mulheres de Vénus" (no blog Violada mas não Vencida). E á medida que lia as belas ideias e pensamentos positivos em prol da felicidade universal e da paz humana, havia esta sensação que algo não batia certo, que a solução parecia fácil demais.
Parei antes de chegar a meio do post. O que não batia certo? Simplesmente o mote não batia certo. Começava a coisa logo a nascer torta na introdução, na primeira frase:
É comum ao homens e as mulheres entrarem em confronto por serem diferentes.
Tss, tsss. Homens e mulheres entram em confronto por precisarem uns dos outros (e fartam-se de serem feridos).
Realmente era bom para todos haver mais cooperação e menos competição.
É um engano, é uma injustiça, é uma porcaria.
Ninguém quer saber. Bastava somente limitar o espaço das tags a 30 caracteres, e a coisa melhorava.
Já falei nisto em Spam Posts nos blogs do sapo.
Ao qual sextrip respondeu, a propósito:
Tens blogues que metem "automaticamente" um rol pré-estabelecido das tags mais empregues e pesquisadas e "toca a andar".
Por exemplo, colocas a tag "sexo" num artigo teu, seja qual for a hora do dia e quando vais ver os últimos artigos dessa tag... já estás "debaixo" de uma carrada de entradas do 1001 blogs, do sexovideosgratis ou outro "repetidor" de porno-chácha qualquer.
E, como disse, não adianta protestar.”
Muitos viram o “Quem tramou Roger Rabbit”, partiram a carola a rir, mas se calhar não ficou nada além disso. Há o momento de oiro do filme, quando Roger Rabbit diz, de uma maneira desesperada:
- Um riso pode ser uma coisa potente. Às vezes, na vida, é a única arma que temos.
A minha familia teve uma formação em sentido de humor. Nós cultivavamos o sentido de humor. Em parte era uma necessidade.
Crescemos a ler o Astérix, a Mafalda e outras bandas desenhadas do Quino. A ler a Turma da Mónica, a banda desenhada desse Brasileiro cheio de imaginação – o Mauricio de Sousa. E claro, depois surgiu o Herman José, esse génio do humor, que formou um país inteiro.
Muito se fala do humor neste país. Uns dizem que o povo é melancólico, com pouco sentido de humor, outros contraponhem que nada! Que este povo tem tanta piada que até se ria a valer no tempo da didatura.
O que eu sei é que os nossos politicos têm cara de agentes funerários. Como é que posso confiar em gajos cujo lema parece ser “quanto mais sério, melhor”? Como é que a politica me pode seduzir quando é feita por uma cambada de trombudos, muitas vezes mais que crispados?
Que politica é esta de eu me rir mais com a estupidez humana do que com o seu sentido de humor?
APOIO À CAMPANHA PELO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA - PATRIMÓNIO DA MÃE E DA CRIANÇA
DEFENDER O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA
Exmº Presidente da República Portuguesa,
Aníbal Cavaco Silva
Contra o fecho inexplicável e inaceitável
do hospital pediátrico de Dona Estefânia.
para maior impacto desta petição como documento…
por favor… indique o seu número de B.I. – obrigado.
DEFENDER O HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA
Petição dirigida ao
Exmº Presidente da República Portuguesa,
Aníbal Cavaco Silva
Contra o fecho inexplicável e inaceitável
do hospital pediátrico de Dona Estefânia.
http://www.petitiononline.com/hde2007/pe
atenção :
para maior impacto desta petição como documento…
por favor… indique o seu número de B.I. – obrigado.
mais informações em:
creio que isto é um assunto que, no fundo, diz bastante respeito a todos nós, senão agora, eventualmente num futuro (“para longe vá o agoiro”, como se costuma dizer) e desafio quem aqui me lê – caso concorde que esta é uma situação de defesa dos nossos interesses – a fazer o seguinte:
1 – fazerem também um artigo com o texto que colocarei mais abaixo, com os links.
2 – darem-lhe o mesmo título que coloco (para criar uma “massa” no google, por ex.)
3 – atribuírem a tag “Hospital Dona Estefânia” e outros que assim entendam.
4 – assinarem a petição, como é óbvio (incluindo o nº do B.I.)
5 – eventualmente, enviando comentário ou mail para o blogue : campanhapelohde