Para que se perceba que os árabes mulçumanos fizeram alguns avanços civilizacionais desde então, calculando eu que agora só estejam atrasados uns mil anos, contra uns dois mil daquela época.
“Antes morrem que confessar o que determinaram calar. E as mulheres de Goa são jeitosas no vestir, as quedançam e volteiam o fazem com melhor maneira que todas as destas partes. (…) E costuma-se grandemente neste reino de Goa, toda mulher de gentio queimar-se por morte de seu marido. Entre si têm todos isto em apreço e os parentes dela ficam desonrados quando se não querem queimar e eles com admoestações as fazem queimar. As que de má mente recebem o sacrifício e as que de todo ponto não se queimam ficam públicas fornicárias e ganham para as despesas e fábricas dos templos donde são freguesas”.
Relato de quando Portugal tomou Goa, quando esta era dominada por árabes, cerca do ano 1510.
O Homem que declarou a independência do Brasil, tornando-se no seu imperador D. Pedro I e, mais tarde, D. Pedro IV de Portugal tendo doado o seu coração á cidade do Porto, bem que pode ser considerado um Herói moral, até porque o foi considerado na época. Um verdadeiro Homem de gandes causas e que qualquer causa o queria como seu Homem, pelos vistos.
É das personagens mais fascinantes da história portuguesa, porque a uma alma bondosa, desprendida e idealista (embora terrivelmente impetuosa), se alia um vivacidade invejável pelo próprio Eros. Se Eros vivesse apenas 36 anos, teria encarnado nesta vida. Os seus feitos e legado são colossais.
Como bondade, vivacidade e poder podem conviver no mesmo homem que não se interessou por ser um dos homems mais poderosos do mundo, tendo recusado as coroas de Espanha e Grécia e tendo abdicado das coroas brasileira e Portuguesa.
Os relatos sobre ele chegam a inspirar ternura, ficando-nos a ideia de que, afinal, o homem caprichoso só queria ser amado (e não ser o todo-o-poderoso): "Não era o desejo de D. Pedro I imperar como um déspota, pois "sua ambição era ser guardado pelo amor de seu povo e pela fidelidade das suas tropas e não impor sua tirania".
Transcrito da internet:
<<Em 1826, os liberais espanhóis ofereceram a coroa de seu país a D. Pedro, a quem consideravam um "bem-feitor dos Povos" e muito "digno".>>
<<Mas, como todas as naturezas espontâneas, tinha um fundo de grande bondade. Herdou do velho Rei seu pai a liberalidade […]. Tinha, da mãe, sobretudo, a impetuosidade. Foi essa impetuosidade, aliada ao seu estabanado cavalheirismo, que o levou a libertar dois povos.
Um punhado, largo, de boas qualidades: bravura, honestidade, desprendimento pessoal, idealismo. E um acentuado desejo de bem fazer – o que o não impedia de ser, muita vez, injusto e agressivo até com os seus melhores amigos.>>
"O príncipe era extremamente simples, e enquanto a sociedade da época como um todo considerava qualquer forma de trabalho manual algo relegado somente a escravos, D. Pedro não se importava em trabalhar com as próprias mãos.[8] Fazia questão de manter uma relação direta com o povo, e sentia prazer em estar entre gente comum.
D. Pedro I não acreditava em diferenças raciais e muito menos em uma presumível inferioridade do negro como era comum à época e perduraria até o final da II Guerra Mundial. O Imperador deixara clara a sua opinião sobre o tema: "Eu sei que o meu sangue é da mesma cor que o dos negros".[14] Era também completamente contrário a escravidão e pretendia debater com os deputados da Assembleia Constituinte uma forma de extinguí-la."
São estes heróis morais que deviamos dar a conhecer aos nossos filhos, como este que tinha "um acentuado desejo de bem fazer"
Veja com os seus próprios olhos o Coração de D. Pedro.
Sempre achei estranho, e muito confuso, o Egas moniz ter sido o aio do D. Afonso Henriques e prémio nobel da medecina.
Ou seja, não só ajudou a fundar Portugal, como ajudou muitos portugueses a recomendarem a outros, uma boa lobotomia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Egas_Moniz
Afonso Henriques era o favorito a melhor português. O grande azar é que o programa em sua defesa foi, provavelmente, apresentado pela pior apresentadora portuguesa.
Voz monocórdica, sem sangue, sem paixão, sem voz. A figura não ajuda, mais parece um travesti.
Para a história, Portugal nasceu em 1143. Mas o pápa só reconheceu Portugal muitos anos depois. A apresentadora explicava a multiplicadade destas datas tendo como cenário de fundo Lisboa. Acabou por concluir e determinar, que Portugal, na realidade, nasceu quando o nosso rei conquistou Lisboa (1147)… original este conceito.
Já com a praça Martim Moniz de fundo, falando sobre a conquista de Lisboa, de repente entra-se no metro de Martim Moniz. A ideia foi dita e bem passada: Martim Moniz até estação de metro é hoje. E de repente, passa 5 minutos a falar da história de Martim Moniz.
A partir daí a frase mais repetida (inúmeros vezes) foi: “Os improváveis portugueses”. O improvável Portugal.
Ora foda-se, se há país provável, esse país foi Portugal. E porquê? Precisamente por causa do rei de que esta coitada falava. O apaixonante na biografia de Afonso Henriques é que ele viveu toda a sua vida com uma mortal obstinação: criar um país independente. O jovem foi criado, educado, com a ideia de fazer o condado Portucalense independente. E deu a sua vida por isso, só terminou a carreira quando se lesionou irremediávelmente. O maior periodo de paz do seu reino, foram três anos. Não só conquistou a independência como vivia obcecado em alargar o território.
A história não é feita de acasos, e de guerras que definem fronteiras e culturas. A história é feita por homens apaixonados até à loucura.
Tomara Bascos, Galegos e Catalães terem tido um Afonsinho.
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Pese embora a minha grande admiração por este rei apaixonado, eu elegeria Arestides de Sousa Mendes. Um homem que salva a vida a milhares de pessoas, só é ultrapassável por quem salva mais vidas.
Qual foi o espanto de Salazar ter sido o mais votado quando a votação foi feita por SMS com custo de valor acrescentado? De que estavam à espera? E quem haveria de ficar em segundo lugar? Um comunista. Nada mais provável. Os de extrema direita parecem ter mais dinheiro que os de extrema esquerda.
Os melhores portugueses são os que não dizem mal dos portugueses e de Portugal.