Há uns passarecos na Austrália que casam. Passareco meets passareca, gostam um do outro e vivem lado a lado, nos ramos das árvores, até serem velhinhos. Nem parece haver outro tipo de convivio, quanto mais infedilidades.
Todo o resto do mundo animal parece ser um grande bacanal. Fode-se a torto e a direito, com quem está à mão, e a vida propaga-se eternamente.
O homem, geneticamente, será como todo o mundo ou será que faz parte daquela excepção que são aquelas aves da Austrália? Será que os Austrolopitecos tinham tendência para se casarem? Quando é que os humanos começaram a se casar? Decerto que devem haver estudos sobre isto.
Não creio que o humano se case para garantir a sobrevivência da espécie. Para isso bastava sermos aquele gajo que era conhecido numa creche como o sementes, que andava a engravidar as mães da zona e depois cagava para tudo, inclusive para os filhos, levando uma vida airada.
Se há algo de animalesco em nos casarmos, se há uma razão primordial subconsciente que nos leva à compulsão de casar, isso será o medo da solidão. Ou seja, a da nossa própria sobrevivência, em primeirissimo lugar.
A igreja, na questão do casamento homossexual, demonstra que é intelectualmente paupérrima. Têm os seus dogmas e pronto, constroiem o mundo a partir daí, e não admitem que essas verdades sejam questionadas. Geralmente, quem as questiona é mais elevado intelectualmente e não se arroga de ser dono da verdade. À arrogãncia da igreja, responde a humildade de uma mente mais aberta. Provavelmente, os padrecos não vendo arrogãncia do outro lado, tomam isso como fraqueza – os gajos não estão tão certos do que dizem, logo nós temos a verdade e os valores morais.
Parece-me claro que a razão nobre do casamento é o amor. As pessoas juntam-se porque se amam tanto que querem viver juntas até morrer . Os filhos serão um produto natural do seu amor.
Aliás, até no casamento católico, nos seus votos, não me lembro de ouvir uma referência sobre os futuros filhos do casal. O que oiço é um discurso belissmo, centrado em como deve ser a vida a dois. Mormente na minha frase favorita “na saúde e na doença”.
Hoje em dia, quantos casais heterossexuais não têm filhos, por opção? E não fará sentido o casamento deles?
Os filhos são uma consequência do casamento e não o seu fim.
O principal argumento contra o casamento homossexual de que ele não vai procriar, é da mais incrivel estupidez.
A tua vida fará sentido na terra e será bem justificada bastando para isso fazeres uma pessoa feliz nesta existência. Naturalmente a prioridade será aquela pessoa com quem casaste, se tiveres filhos, será a pessoa com quem casaste mais os teus filhos.
Vejo cristo como o grande profeta do amor na terra. Naturalmente espero que as religiões cristãs sejam os maiores promotores do amor entre os homens. Ou seja, espero que o valor mais promovido e defendido pelas religião cristã seja o amor (The only engine of survival segundo Leonard Cohen, um judeu).
Segundo a igreja actual o principal valor nesta vida parece ser a procriação.
Ama o próximo excepto se for do mesmo sexo.
No Diário de Noticias de sábado, 24 de Outubro
Pois, não fazem de mim ou de si ou de 90% da população. Se a probreza no país fôr de 20%, também não é um problema fundamental do país (a não ser que os esfomeados nos comecem a comer vivos).
Estou-me a cagar se uma pessoa ama outra e a lei não permite que se case com ela.
"Não é uma prioridade. Há outras bem mais importantes, tanto mais que estamos num momento em que há uma diminuição dos casamentos e uma baixa de natalidade", avisa Manuel Pelino. Já o bispo de Lamego, Jacinto Botelho, mostra-se indignado por existirem "tantos problemas em Portugal" e o Governo escolher os casamentos homossexuais.
Exacto. Ao legalizarmos o casamento homossexual estaremos a contribuir para que nasçam ainda menos crianças. Vão se incentivar os doentinhos homossexuais que, deste modo, vão deixar de se curar, casar heterossexualmente e dar filhos à nação.
Por outro lado, não acha que esta medida ajudaria a aumentar os casamentos em Portugal?