"Espicaçar as consciências adormecidas"

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Sexta-feira, 16 de Janeiro de 2009

Casado ou Moreno

            Parece que o ultimo post, sobre mulheres que namoram homens casados, causou grande furor.

            Muitas mulheres devem-se ter sentido atingidas e enfiaram a carapuça.

 

            O post é mais que uma opinião minha, é um sentimento. Acho vil e nojento uma mulher namorar com um homem casado. É como alguém achar nojento uma pessoa escarrar para o chão ou bater na mulher lá em casa.

            Se conheço uma mulher e ela, sem mais nenhuns dados de contexto, me diz que namora ou namorou com um homem casado, é uma grande nódoa na impressão que fico dela.

 

            As coisas devem ser entendidas na generalidade e não no absoluto. É claro, que há casos de excepção, que eu compreenderia e os acharia aceitáveis. Dentro desses casos, estarão talvez relacionamentos de verdadeiro mútuo amor que poderão ter dado em divórcio e acabado em final consequente.

            Claro que há casos e casos. Haverá casos em que a própria nem sabe de nada. Na maior parte dos casos o casado deve dizer a lenga-lenga que o casamento está uma merda, que ele é um pobre coitado, etc. E a gaja cai que nem uma pata e fica à espera de ele ser seu, quando nunca é a intenção dele. Ou seja, ele só quer dar umas quecas. Claro que a principal responsabilidade de uma traição é da pessoa que está comprometida, mas não é este o motivo do post.

            Depois venham-me dizer que têm azar no amor. “Eu envolvo-me sempre com os homens errados! Ou são casados, ou são patrões ou são violadores”. Ainda têm a lata de me dizer que preferem ser a amante do que serem a mulher encornada. Isto deve andar muito mal de homens. Depois há o slogan “Amantes sim, maridos não” – os maridos dão muito trabalho.

 

            A impressão que me dá é que há mulheres que dizem que saiem com homens casados como fosse a coisa mais natural do mundo:

- Olha, ando a sair com um homem. Ele é casado.

            E dizem “ele é casado” como se dissessem “ele é loiro”, “ele é do Sporting”, “ele é desempregado” (se calhar aqui a coisa é que era gravissima, e realmente era uma condição de estatuto que eliminaria logo o gajo).

 

            Já agora, passo a relatar o diferente tratamento que dariam mães ao saber que a filha namora com um homem casado:

- Mãe, namoro com um homem casado.

Mãe do sul - Ó filha, esses relacionamentos são complicados. Ele tem filhos? Em que é que trabalha? Quantas vezes vocês se vêem por semana? Ele ama mais a mulher do que a ti? Ele paga-te as refeições?

 

- Mãe, namoro com um homem casado.

Mãe do norte – O quê! Mas eu criei-te para dares em puta !!!!! O que fazes com um homem casado?

 

            Resta-me desabafar: Mas anda tudo tolo !!! Não se pode criticar os nazis pelas suas mensagens xenófobas porque há a liberdade de expressão, não se pode criticar uma pessoa que casa por dinheiro porque temos que respeitar os estilos de vida.

 

            Será que é aceitável haver mensagens públicas do género “Morte ao Pretos”, Será que é aceitável um gajo casar com uma mulher unicamente por dinheiro, será que é aceitável uma pessoa namorar com outra casada ????

 

            Foda-se, Tá tudo tolo.

Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008

Deputados merdosos

            Ontem, no zapping pela TV, parei no canal da Assembleia da República. Uma deputada falava explicitamente para outro deputado:

- O sr. Deputado (…) e o sr. Deputado, etc

            Até que certa altura estranhei esta frase:

- E lamento o sr. Deputado não me estar a ouvir.

            Até que a camera focou um deputado na bancada, em frente a essa deputada, todo refastelado para o lado a falar ao telemóvel.

            Mas que merda é esta !!!!! Um deputado, em plena sessão, ao telemóvel !!!! Mas estamos no liceu ou quê !!!! Andamos a eleger e engordar deputados que vão para a assembleia, não para levarem o seu trabalho a sério, mas para estarem-se a borrifar, falando ao telemóvel?

            Será que a Assembleia da República não tem a regra de proibir o uso de telemóveis nas sessões? Mas isto é o farwest? Quanto mais, se querem atender/fazer uma chamada, saiam para fora da sala.

            É impensável os deputados usarem telemóvel numa sessão. Ainda mais impensável é um deputado usa-lo quando uma deputada está a falar para ele, provavelmente a responder a uma intervenção dele, demonstrando uma enorme falta de respeito. Já agora, era um deputado do CDS.

            Com este nivel demonstrado, pergunto eu: que merda de deputados andamos nós a eleger?

 

publicado por antiego às 11:49
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Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008

Aos meus Professores

            Custa-me ver os professores tratados como se fossem uns abutres.

            Durante a minha vida só frequentei estabelecimentos de ensino público. Cerca de 17 anos a conviver com professores. Tenho que deixar aqui um grande

 

Obrigado !

 

            Aos professores da minha vida

 

“To all the teachers I’ve had

I dedicate this song….”

 

                (Ok, era uma piada com a canção do Willie Nelson)

 

            Eu tive excelentes professores. Claro que alguns, poucos, foram mais que maus, mas o balanço deixa-me super-satisfeito.

            Tive professores super-habilitados, daqueles que de certeza absoluta sabem tudo, competentes e empenhados. E além de serem óptimos professores, eram pessoas de forte personalidade, com brio, admiráveis, amigos, com quem dava gosto conviver.

            Em suma, óptimas pessoas. Grandes educadores.

 

            Uma vez ofereci uma daquelas frases pré-feitas, ao meu pai, por altura do seu aniversário:

- Um pai vale por 100 professores.

            Ora, parece-me agora, que um bom professor vale por 1 centésimo de pai, e eu tive-os tantos que até penso que eles devem ser quase todos assim.

 

            Uma coisa é certa: eles fazem um trabalho que eu não conseguiria fazer e também por isso, eu os admiro tanto e admiro o nobre trabalho que fazem.

 

            Hey #/%$! Leave the teachers alone.

publicado por antiego às 17:46
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Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008

El Corte Inglês

              Por mais que tente, ainda não consegui perceber o que as pessoas vêem no corte inglês de Lisboa.

              Nem produtos, nem preços e muito menos staff, atendimento ao cliente.

              Será um centro comercial fino para os tios e tias? Será o nome Corte Inglês? Será simplesmente a localização?

             É fácil de identificar: é a casa em Lisboa com pior razão entre preço e qualidade. O Centro comercial ideal para tótós. E para pessoas com gosto muito pouco cultivado. Ó pimba.

Quinta-feira, 27 de Março de 2008

Mulheres Portuguesas

            As mulheres portuguesas são bem mais belas do que a montra de “celebridades” que temos para mostrar. Aliás, que amostra tão pobre. É apresentar as nossas revistas cor-de-rosa ao mundo, e não damos grande imagem da beleza das nossas mulheres.

            Se, ao passear na rua, nos lugares públicos, deparamos com mulheres portuguesas cheias de graça, era de esperar que as nossas representantes da beleza fossem estonteantes. Nem celebridades, nem modelos, nem, muito menos, todas as miss Portugal que têm saído.

            Quais são as representantes máximas da beleza feminina portuguesa? Catarina Furtado, Filipa Lencastre, Soraia Chaves, Isabel Figueira?...

            Por outro lado, desconfio que as mulheres mais belas são aquelas que vemos em carne e osso,  que conhecemos pessoalmente, que nos são mais familiares, que nos deram mais afecto. O resto são imagens e ilusão.

Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008

Heatlh Club não é Liceu.

            Nada melhor que uma casa que acaba de abrir. É a simpatia total (ou uma casa na mó de baixo).

            Estava eu numa aula de Body Balance com uma professora feia, porca, má, sem graça e esquelética.

- Digam-me se a música está muito alta.

- A musica está muito alta.

- Mas nestas aulas é preciso ritmo, blá blá blá

- perguntou se a musica estava alta e eu respondi.

            Resultado. A musica continua alta. A aula Body Balance é uma palhaçada, não há nada como Yoga. É como comer a alta velocidade com uma timoneira pirosa:

- Levanta, abre, mete, engole!

            Estar a olhar para a professora para seguir a sua coreografia acelerada, faz mal ao pescoço se tivermos de frente para ela. Ela pede-me vezes sem conta para eu sair da diagonal. A musica torna-se insuportável à medida que se vai suando cada vez mais. Foda-se! Basta. Vou bazar.

- Não pode sair a meio de uma aula.

- Ai isso é que posso.

            Lá saí e não queria crêr no que ouvi. Mas este pessoal é maluco? Estou certo que têm as suas razões, mas nenhuma razão é mais forte do que a razão para uma pessoa abandonar a aula a meio.

            E então lá me disse um técnico as razões de tal regra:

1. Um desrespeito pelo professor.

2. Pode ser prejudicial à saúde sair a meio de uma aula porque ela é um todo. Por exemplo, parar de repente, sem relaxamento, pode matar.

 

            Espera-se das pessoas (clientes) que tenham algum bom senso. Claro que é chato para um professor ver alunos a sairem a meio da aula. Mas se saiem, parte-se do principio que não é porque lhes apeteceu e estão-se a cagar para o alto técnico de desporto. De qualquer modo, se o professor é um profissional, terá que lidar com isso. Ou será que vai amuar e fazer uma birra?

            Quanto ao 2º ponto ele parece uma falácia. As pessoas devem ser educadas que parar de repente pode ser mau para o coração, se isso é verdade. Isso pode acontecer em qualquer situação. Numa aula, no ginásio, a jogar futebol, a correr para um autocarro. Os técnicos de desporto só podem assegurar isso numa aula. Não creio que no ginásio andem a atentos a todas as pessoas, verificando se se esforçam demais ou se não fazem o relaxamento.

            Tal como uma pessoa que acaba uma sessão de ginásio, uma pessoa que saia de uma aula a meio, como boa prática, vai fazer exercicios de relaxamento.

            Quanto mais, esta regra deveria ser, antes, uma recomendação. Não se deve sair de uma aula a meio porque… explicando, meu deus! Que mania é essa de impor regras ou recomendações sem as explicar!

            Um Heatlh Club não é um liceu.


Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008

Health Club não é Discoteca

             Quando quero ir a uma discoteca não vou a um Health Club.

          Que mania é essa de todos os Health clubs fazerem dos seus espaços discotecas para adolescentes, pondo música barulhenta a picar os miolos dos clientes?

            É Patético que um professor de uma aula desportiva use um microfone, para falar ainda mais alto que a musica estridente – a intenção é esta, como é óbvio, e o resultado infeliz também. Yah, é cool, é moderno, a aula é acutilante, cheia de energia, somos jovens, estamos vivos, que maravilha, a vida é bela e somos felizes.

            Isto é mesmo um toque à Disco. A musica a bombar forte e feito e o DJ a incentivar os clientes a abanar o capacete até doer. Só falta dar as palavras de ordem, à velha moda antiga: “CAN YOU FEEL IT!”. Parece o Big Show Sic ou, na versão do herman José, o Pig Show Sic.

            Meus amigos, a musica deve estar a um volume tal que a voz humana seja audivel. E não com décibeis mais altos que a voz humana. Isto é o natural, é o sensato.

 

            É um sério atentado à saúde fazer-se desporto com musica alta ou a altos berros. A não ser que o desporto seja dança ou tenha muito movimento (como step, por exemplo). Aulas cuja posição é estática, como aulas com pesos, Body Balance, outros bodies e etc, devem ter a musica num tom muito baixo ou não ter musica de todo.

            O desporto é uma actividade de gozo, de lazer, Nos dias de hoje, o desporto é, sobretudo, uma actividade de relaxamento (já que o stress é uma constante da vida). O esforço fisico induz ao relaxamento, a curto ou médio prazo. O exercicio fisico primeiro excita, acorda, conforme a carga, e depois relaxa. O ruído perturba e de que maneira.

            O desporto é suposto relaxar. Repetindo, as pessoas procuram o desporto para combater o stress, para dormir melhor, para uma vida mais tranquila.

 

            Imaginem o que é ir para uma aula desportiva, exercitar o coração e este ser massacrado por ondas vibratórias agressivas.

            Imaginem uma aula de Judo ou Karaté com a musica a altos berros. Imaginem terem uma relação sexual com musica no máximo volume (ainda que para disfarçar perante os vizinhos).

            Eu sei que sou demasiado sensivel ao ruído, mas o que eu sinto as outras pessoas acabam por sofrer sem se aperceberem. Acontece-me o seguinte: ao principio da aula até tolero a musica alta. À medida que vou ficando cansado, a musica vai-me perturbando cada vez mais. Será que sou um anormal?

            Qualquer médico ou profissional de saúde dirá que é prejudicial à saúde fazer desporto com música alta. Porque é óbvio.

            Tudo isto é ainda mais irónico quando Health Club quer dizer “Clube de Saúde” em português.

 

ps: Os latinos, por regra, não se queixam, está sempre tudo bem. E quem se queixa é picuínhas, esquisito. Às vezes dá impressão que podem apanhar no cú sem sentirem nada.

 

Sexta-feira, 7 de Dezembro de 2007

Gato Fedorento sem Lei

            Os Gato Fedorento têm muita imaginação e relativa graça. Muitas vezes não sabem quando parar, utlizam também o humor fácil e utilizam muito o humor repetitivo, o que se torna irritante. Constroiem um sketch com muita piada e depois conseguem-no estragar com mais uma “finta” inconsequente, não sabendo terminar com chave de ouro. Este pormenor distingue os profissionais dos amadores ou os génios dos talentosos. Sempre vi os Gato Fedorento como um quarteto de cómicos amadores. Têm piada, mas falta ali um toque de génio, de classe. O Herman José tem isso.

            É essencial, no humor, saber dosea-lo. Por exemplo, os Ena Pá 2000 pecam nos seus concertos por eles serem intermináveis. Um erro infantil.

 

            Assisti ao ultimo “diz que é uma espécie de Magazine”. Não queria crêr no que foram arranjar em “Tesourinhos deprimentes”. Não é que objecto desta rubrica foi o “Alentejo sem Lei”?

            Como é que gajos que fazem humor não conseguem reconhecer uma produção cómica? Começa logo pelo titulo. O que acham de um titulo como "Alentejo sem Lei"? O que acham de um farwest, de uma cowboiada passada no Alentejo? Que acham de umas cenas em que aparecem vaqueiros com pistolas, a matarem-se uns aos outros... no Alentejo? Acham que isto é um documentário histórico? Acham que é uma adaptação de uma obra passada no século XIX?

            Como foi ridiculo vê-los a gozar com situações cómicas do “Alentejo sem Lei”. Há uma situação em que um personagem leva um tiro e suspira:

- Morri.

            E não é que eles comentam isto como sendo um cena estúpida? LOL. Que estupidez de filme, um gajo leva um tiro e diz “morri”. É mesmo ridiculo.

            Meus! Grandes malucos, como não conseguem ver que isso é uma cena cómica? Aquilo não é um filme de aventura, não é um drama, é comédia, mesmo. Vejam que até tem no casting o António Feio – isto também não ajudou para desconfiar?

            Só faltavam aparecer uns cómicos a paradoriam os Gato Fedorento.

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