Deve ser das mulheres gostarem de cultura.
Deve ser de elas gostarem de homens cultos, com ar maduro, que falam com aquele ar grave e ponderado, de quem domina completamente o assunto de que fala, sabem da vida e são super seguros de si.
Esta é a explicação que encontro para as mulheres, dos mais diversos quadrantes, gostarem do Pedro Abrunhosa.
Porque senão, eu perguntaria: como é que alguém, com gosto, é capaz de gostar de um cantor pimba pseudo-intelectual? O gajo mais xungoso e pedante do nosso panorama musical.
A música, lá está, ainda se facilita, são gostos. Começamos pela imagem, a pose patética, a atitude dos óculos escuros que é do mais piroso que vi. As letras são pretensiosas, fúteis, ocas. Até se poderia considerar o gajo um poeta de água doce se o que escreve não fosse uma boa merda.
Quanto mais, salvam-se aquelas canções cómicas do primeiro album.
Eu vi um concerto dele, ao vivo. Eu estava lá. Um gajo completamente banal no palco. Um triste e pobre actor, mediocre performer.
Eu vi duas entrevistas dele. O gajo não diz nada. Nada. As entrevistas dele são a maior anedota. É um autêntico pateta a falar. Ele não sabe do que fala, enrola-se em clichés e joga com as palavras. Depois, o gajo não tem presença de espirito. Tem uma cassete, debita, não tem capacidade de improviso, não tem sentido de humor.
Como é que um gajo destes, uma autêntica farsa, dura tantos anos como interprete da música portuguesa? Ah, deve ser por cantar tão bem. Um talento que se perdeu para o canto lirico.