. Cidadania no Secundário, ...
. Spam Posts nos blogs do s...
Já aqui falei dos pedantes do “Não” e “Depende”. Hoje vou falar dos arrogantes do “Pensa! Pensa!”.
No fim dos anos 90 havia a moda, de certos iluminados virarem-se para pessoas de QI inferior, e iradamente rogarem-lhes que pensassem um bocado.
Geralmente estes iluminados eram pessoas hiper-activas, com a cabeça a cem à hora, uns poços sem fundo de ideias visionárias de como salvar o país e o mundo das malhas da imbecilidade.
Só havia uma coisa que lhes escapava: o défice de atenção cognitivo que acompanha as crianças hiper-activas. Deste modo, tinham dificuldade em parar quietos e acabar o que começavam, e tinham dificuldades em aprender novos conhecimentos que estavam para lá da sua esfera autista.
Eram os grandes Chico-espertos da vida. Eles é que sabiam, eles é que sabiam viver e… principalmente, e esta era a chave - eles pensavam.
Mas por estranho que pareça, tudo o que eles pensavam já tinha sido pensado, dito e publicado, vezes sem conta. Ou seja, a sua sabedoria era constituída por enormes clichés. E eles convencidos que eram os autores desses esquemas mentais geniais. Tudo era bastante fácil. Se calhar tanta facilidade era desmotivadora.
O “Pensa! Pensa” vive a duas dimensões, e ao encontrar-se com um “Num Sei…” que vive a 3 dimensões, a conversa poderia ser mais ou menos esta:
- Fosga-se pá! Não vês que isto é um segmento de recta! Pensa, Pensa! É uma coisa que tem um começo, um fim e parece uma linha. É só pensar.
- Hmmmm, num sei, é uma linha….
- Não é só uma linha! Blá blá blá…
- Ui, num sei, estava capaz de jurar que era um círculo.
- Um quê! O que é isso, um circulo diz ele, AH AH AH AH AH.
Tenho um colega Holandês que é professor de Cidadania no seu país, no ensino secundário.
Será que temos algo parecido cá em Portugal, fora a triste disciplina de “Religião e Moral”, opcional, da escola preparatória?
Eu acho que é essencial existir uma cadeira que eduque realmente e forme as pessoas. Mais importante que ter um filho a saber ler e fazer contas, é ter um filho consciente, com valores, que saiba viver.
Isto não é um ensino que se deva deixar só à responsabilidade dos pais. Como diz a minha mulher, gostava que os nossos filhos frequentassem a Catequese, mais para eles verificarem que valores que ela prega, também são defendidos por outros.
Não é por eu dar uns chutos na bola com o meu filho que ele não precisa de jogar mais à bola.
O ensino de Cidadania da escola iria complementar a minha educação e/ou reforça-la. Casos haveriam que seria o meu filho a ensinar-me com o que bebeu na escola. As crianças têm que ser confrontadas com outras ideias, de pessoas adultas e formadas, que não as dos pais.
Esta disciplina teria que ser atractiva. Um espaço sobretudo de diálogo e descontracção (não demasiada). Ver uns vídeos, ver um filme, ler uns jornais, umas revistas, debater o material mostrado. Debater assuntos actuais como o Bullying, que fazer face à crise, violência doméstica. Ensinar coisas práticas para a vida. Ensinar leis, direitos, deveres, saúde, economia doméstica, culturas, pontos de vista, aforismos, sugestões para o lazer, jogos sociais.
Espaço para a partilha de histórias dos alunos. Deveria ser uma aula muito lúdica também, à qual os alunos gostassem de ir.
Nesta disciplina teria que haver classificações também. Seria a bandalheira senão houvessem exames. Que tipo de exames? Por exemplo, com factos históricos ou de cultura geral. Poderiam leccionar-se, por exemplo, história de filantropos e daqueles que mereceram o Nobel da Paz.
Exame tosco de cidadania:
Que me interessa a mim o meu filho tirar 5 a matemática, português e educação visual se for uma perfeita besta?
- O meu filho pode ser uma grande besta que só se interessa por si e pelas suas coisas, mas foi prémio Nobel da Física e não sabe o que há-de fazer ao dinheiro.
Estas foram as sugestões que enviei aos reguladores dos blogs da sapo:
1. Há uma falsidade irritante que se passa nos blogs do sapo. Os bloguistas escolhem tags que nada têm a ver com o Post. Isso tira lugar aos posts que realmente têm a ver com a tag. Para combater isto pode-se, simplesmente, limitar as tags a 3, por exemplo. O bloguista terá que escolher as 3 melhores tags associadas ao seu post. Ou, ainda mais simples, limitar o campo das tags a 25 caracteres (pe).
Assim evita-se que os bloguistas ponham as tags mais referenciadas de modo a aparecerem nas listas. Eu próprio já fiz isto, várias vezes. Se o sistema o permite…
Um controlo mais avançado seria monotirizar estes abusos
2. É do interesse dos utlizadores que toda a informação bloguista indesejável, seja filtrada.
Como devem ter reparado, existem vários "Spam Posts". Sâo bastantes posts repetidos, são blogs exclusivamente de índole sexual ou pornográfica (a não ser que achem isto aceitável), blogs de publicidade, etc.
Neste caso, seria muito útil haver uma fiscalização (não exaustiva, claro). Se possivel banir os blogs com conteúdos inaceitáveis. Notificar sobre Posts repetidos e posts impróprios, de algum modo. Em caso de reincidência, avisar sobre as faltas, até à exclusão.