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Domingo, 10 de Fevereiro de 2013

Dicionário de Pedagogia actual

Pais diferenciados - Pais que têm mais que a 4ª classe, não moram num bairro social abandalhado, conseguem conjugar bem os verbos na 2ª pessoa do singular (ou não), não batem todos os dias nos miúdos e não os chamam de "amor" no supermercado.

Imensas potencialidades - È moda dizer que os nosso filhos têm imensas potencialidades e mais que isso: é nice. Tradução: o seu filho está mais talhado para ser trolha, mas se se esforçasse mais um pouco, disfarçava melhor.
Na verdade, fora de brincadeiras, toda a gente tem imensas potencialidades. O que vai distinguir os que vingam dos restantes, é o sentido de responsabilidade (inato e/ou incutido).

Défice de atenção - O seu filho está-se a cagar completamente para a matéria que se está a dar nas aulas como quem está sob o efeito de uma ganza, pensando que se não vier a ser um Cristiano Ronaldo, o certo é um dia sair o totoloto, ou, no pior dos casos, os pais deixarem a papinha feita ou os irmãos sustentarem os mais azarados.

Défice cógnitivo - o seu filho é burro e nem com muito estudo pode um dia ambicionar tirar um curso superior.

Mãe promiscua - Mãe que é grande vacalhona e mostra ao seu filho que isso é o estilo de vida mais natural e certo na idade adulta, com o mesmo à vontade que pais pedófilos preparam pedagogicamente os filhos para a vida.

Creche Heterogenea - Creche que mistura pais xungas, ciganos, mães solteiras blacks gordalhaças, mães de países de leste com novos companheiros e pais licenciados com um ar muito atinadinho que olham com superioridade para todos os outros, pese embora a creche defenda qualquer coisa como "Todos diferentes, todos iguais, viva a multi-culturalidade, os teus pais não são melhores que os outros por ganharem mais dinheiro" e depois a mesma creche acaba por chamar "Pais diferenciados" aos que ganham mais dinheiro.

Criança sobredotada - A nossa.

Coordenadora da Escola - A manda-chuva daquela cena.

Comissão de Protecção de Menores - Ou te portas bem como pai, ou levas no focinho.

Ficar retido - Não passar de ano. Atestado de atrasado mental para o nosso filho ao qual nós nos vamos defender argumentando que a decisão de ele ficar retido foi nossa, depois de muita ponderação. Isto porque é melhor para ele ficar ali a amadurecer mais um ano, tomar mais uns comprimidos anti hiper-actividade e cimentar os conhecimentos deste ano escolar para partir com uma base sólida para o ano. Com um bocado de azar o nosso filho vai se sentir muito mal com isto tudo, vai-se sentir menos motivado para o ano, com menos amor-proprio, e a achar que é uma seca estar a aprender a mesma merda.

 

Maria (é pró menino e prá menina), Inês, Beatriz, Benedita, Matilde, Afonso, Santiago, Tomás, etc - Nomes que os pais diferenciados dão aos seus filhos, sendo capazes de jurar a pés juntos que os mesmos são ideias originais suas, que até nunca tinham ouvido falar deles, o que de certo iria tornar os seus tesouros ainda mais únicos não fosse o azar de haverem outas dezenas de milhares a terem a mesma ideia (depois deles).

publicado por antiego às 22:55
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Domingo, 2 de Dezembro de 2012

Meus Doces Invernos

Eu sou suspeito e parto em vantagem. Nasci e passei a minha juventude em cidades muito chuvosas: Porto e Braga. A primeira semana que passei em Braga, choveu ininterruptamente. Imaginem uma semana sem parar de chover. Mais tarde disseram-me que a alcunha de Braga é “o penico dos céus” e que a cidade tem um micro-clima.

Eu gosto da chuva desde que ela não me ataque muito. Sou como uma criança, gosto até de apanhar com um pouco de chuva, não gosto de andar de guarda-chuva, gosto de correr o risco de apanhar uma grande molha que me deixe na cama, gosto da emoção de estar abrigado no meio do nada à espera que o dilúvio passe, torcendo para que pare de chover rápido, torcendo para que amaine e eu corra porque a seguir pode vir uma chuvada mais forte. E no fim sentir aquele grande alivio do ladrão: “não fui apanhado!”. Eu sou o tolo consciente e oferecido das chuvas molha-tolos.

Nós não damos valor à chuva que temos. Achei inspirador ver um filme brasileiro em que um casal, dentro de portas assistia ao inicio de uma chuvada. E eis que um exclama para o outro:

  • Veja que lindo, Está chovendo!

 Na altura fiz uma associação de ideias simples: Brasil é calor, não faz mau tempo, não chove, então lá a chuva é como cá a neve.

 

Por outro lado, só comecei a apreciar o verão a partir dos vinte e tal anos quando fiquei a saber que o sol era saudável. Um hiponcadriaco só começa a gostar de coisas com as quais não vai à baila, se lhe disserem que fazem bem à saúde.

Eu estava convencido que o sol fazia mal. Se calhar eram os recados da mãe para não apanhar muito sol, a ideia de que o sol de inverno faz mal, etc. O que é certo é que o calor sufocava-me, tornava-me mole e eu tinha a tendẽncia em sentir-me indolente e entediado no verão. Não entendia como as pessoas podiam ter prazer em passar horas seguidas deitadas ao sol sem fazerem nada. Parecia a maior estupidez. Se verão era praia, então era uma estação um bocado pobre. Pobre era eu de espirito, pois não conseguia me entreter horas a fio deitado ao sol.

A minha época preferida era o Outono, a Reentrée. Na universidade era uma coisa de arromba, as festas académicas. Eu nascia a cada Outono e morria em cada verão (ou entrava em hibernação),

O único senão do verão é os dias ficarem bem menores, mas... nem isso parece-me demover do doce Inverno: Tenho lindas memórias da infancia, chegando a casa, vindo do ensino primário, já de noite. Deviam ser, portanto, umas 5 horas e meia. Na mesa de jantar lá de casa a fazer os deveres de casa ou a lanchar o olhar para a noite na janela do nosso quintal.

 

A memória mais épica da minha infãncia foi um dia de vendaval no Porto. Lembro-me de olhar para a rua, da janela do quarto dos meus pais, e vê-la com tanta água que parecia um rio com uma corrente fortissima. Um espetáculo lindissimo.

Lembro-me ainda de uma noite memorável no ano de caloiro em Braga: acordei cerca das 2 horas da manhã para um espetáculo incrivel de trovoada. Oito ou nove caloiros, na varanda de um 9º andar, ficaram a vibrar durante pelo menos uma hora com trovões, relampagos, um autêntico fogo de artificio natural! Não se consegue viver isto 2 vezes.

 

Para mim, que sou um mole de natureza caseira, nada é mais aconhegante do que estar no quentinho em casa e a ver um dilúvio a acontecer lá fora.

Gosto de ver chover, gosto do som da chuva, gosto do cheiro a terra molhada, gosto do cheiro a frio, gosto da sensação de ligeiro frio (há que condimentar com a roupa que vestimos). O frio deve-se sentir como se fazem os exercicios de Yoga: no limite do confortável.

Atenção, não sou gótico, gosto tanto do inverno como do verão. Cada estação tem os seus encantos. Cálculo que para 95% dos portugueses a estação preferida seja o verão.

Então o que raio queriam dizer os Echo & the Bunnymen, há 25 anos, com estes versos:

 

Everybody's got their own good reason

 Why their favorite season is their favorite season

 Winter winners and those summers sons

 Are good for everyone, good for everyone

 

 No entanto embirro como quem vai de férias de inverno para praticar desportos de inverno. Acho pirosa essa moda de desportos de inverno. É como um africano alegre começar a dedicar-se ao fado. Se os gajos têm temparaturas negativas, gelam que se fartam, mas daí tiram algum proveito, óptimo, esse é o espirito. Agora, quem vive na boa, no melhor do climas, ir de encontro ao sofrimento para curtir a sua sublimação pelo desporto... bolas, isso é uma imitação de masoquismo. È muito pena não nevar à séria cá em Portugal.

O que é natural é cada um curtir o inverno com que nasceu e cresceu.

Quarta-feira, 30 de Maio de 2012

A Pensar morreu uma burra

      Para gáudio das discipulas de "o sexo e a cidade" vou contar a seguinte historia real:

 

      Uma mulher casa com o seu namorado e constituem familia. Ao terceiro filho, ela confidencia:

- Eu pensava que ser mãe me iria realizar, mas... não me sinto realizada.

 

      Pergunta: qual a profissão e/ou formação desta mãe?

Quinta-feira, 22 de Setembro de 2011

Espiritismo

<<O Espiritismo pretende chegar à compreensão da realidade mediante a integração entre as três formas clássicas de conhecimento, que seriam a ciência, a filosofia e a moral. Segundo Kardec, cada uma delas, tomada isoladamente, tende a conduzir a excessos deceticismo, negação ou fanatismo.[carece de fontes] A doutrina espírita se propõe, assim, a estabelecer um diálogo entre as três, visando à obtenção de uma forma original que, a um só tempo, fosse mais abrangente e mais profunda, para desta forma melhor compreender a realidade.>>

 

            Eu próprio me encarreguei de desfazer o mito em que eu acreditava sobre o Espiritismo. A ideia que eu fazia do espiritismo era demasiado pobre e redutora. Fruto das histórias que ouvimos ao longo da vida sobre sessões espíritas. Toda a imagem que eu tinha sobre espiritismo era a de charlatões que convenciam as pessoas que os mortos podem comunicar connosco e se aproveitavam da credulidade das pessoas. Por outro lado, eu não sentia muita pena das pessoas abusadas, porque achava que elas estavam a pedi-las. Pessoas que acreditam que podem comunicar com mortos, são muito freaks, são uma espécie de extreme fans de telenovelas. São pesssoas kinkies a quem já não basta saber e contar a vida toda dos vizinhos, têm que ir mais além: têm que saber dos mortos e quiçá tirar partido das forças das trevas, lançando feitiços aos vivos, fazendo maus-olhados. Com certeza, grande parte das pessoas que se dedicam ao espiritismo, têm tendências satânicas e padecem do defeito mais feio no ser humano: a inveja.

 

           Ora… Isto pode acontecer muito por aí, mas a verdade é que o espiritismo, como foi fundado, não é nada disto, excepto na parte que diz respeito em comunicar com espíritos desencarnados. Sempre associei o espiritismo à prática do mal e até mesmo ao terror – imagem passada pelos filmes dessa especialidade.

           Na verdade, o espiritismo é totalmente voltado para a prática do bem, cujo um dos principais lemas é “Sem Caridade não há Salvação”. Logo à partida demarca-se do charlatanismo, afirmando que um médium não deve cobrar pelos seus serviços.

Podem consultar aqui algumas das características do espiritismo:

  • Volta do Espírito à matéria (reencarnação) tantas vezes quantas necessárias para alcançar a perfeição. Os espíritas não creem na metempsicose.

  • Ausência total de hierarquia sacerdotal;

  • Abnegação na prática do bem, ou seja, não se deve cobrar pela prática da caridade nem o fazer visando a segundas intenções;

  • Uso de terminologia e conceitos próprios, como, por exemplo, perispírito, Lei de Causa e Efeito, médium, Centro Espírita;

  • Total ausência de culto a imagens, altares, etc;

  • Ausência de rituais institucionalizados, a exemplo de batismo, culto ou cerimônia para oficializar casamento;

  • Incentivo ao respeito para com todas as religiões e opiniões.

publicado por antiego às 21:32
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Quarta-feira, 21 de Setembro de 2011

Chico Xavier

        Chico Xavier foi o maior espírita brasileiro. Notável o relato de ter psicografado 451 livros nos seus 92 anos de vida. A Psicografria não é mais do que fazermos cópias do que os espíritos nos ditam. Assim, supostamente, ele até publicou poemas de fantasmas de autores já falecidos, como João de Deus, Antero de Quental e Guerra Junqueiro.

        Verdade ou não, o que me convence na mini-biografia que li desta figura brasileira, proposta a prémio Nobel da paz em 1981, é a sua bondade. Todo o dinheiro que ele ganhava com a sua notoriedade, como por exemplo, a venda de milhões de livros, era para um Fundação sua que ajudava pobres.

        Sou agnóstico, nem acredito nem deixo de acreditar no espiritismo e tudo o que é sobrenatural. O que eu não acredito é em pessoas que tendo poderes especiais, sobrenaturais, os usem para ganhar dinheiro. Um homem como poderes espirituais é forçosamente um homem elevado, que coloca os seus poderes ao serviço da humanidade. Espírito de missionário. Assim deviam ser um pouco os médicos.

        Um parente da minha mulher era um “endireita” a quem ocorriam pessoas de todo o país, frustrados com a medicina convencional. (chegavam a ir lá mulheres de médicos) Não levava absolutamente nada por curar as pessoas , fazia-o contra a vontade da familia, e correndo o risco de arranjar sarilhos se algo corresse mal.

 

       

publicado por antiego às 22:52
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Quarta-feira, 14 de Setembro de 2011

Foi em Setembro

 

 

Esta foto foi retirada do blog Bitaites, no post SÓ PARA DIZER QUE JÁ ESTOU FARTO DO 11 DE SETEMBRO.

 

            Quando aconteceu esta tragédia ainda não havia blogs, mas eu já era um blogueiro. Escrevia mails-posts e enviava a um circulo de amigos e conhecidos. Na altura escrevi sobre este acontecimento. Achei a reacção dos media americanos hollywoodesca. Achei demasiado o titulo “América Under Attack!”. Parecia uma produção cénica americana. Tanto que tive logo uma forte percepção de que teriam sido os próprios americanos os autores deste atentado. OK, eu estava a delirar.

 

            Era só para dizer que eu não senti nada, mais uma vez. Muita gente disse que ficou chocada, encheu-se de compaixão, alguns até entraram num mini-pãnico ao ver o drama em directo. As fotos que mais me chocaram foram as das pessoas que, em desespero, se atiraram daqueles arranha-céus.

            Pronto, sou uma besta insensível. Este 11 de Setembro foi mais um espetáculo para mim, que uma coisa real. A culpa é dos americanos e dos seus filmes fantásticos, a culpa é dos telejornais e correio da manhã. A culpa é das centenas de mails que recebemos que são autêntica petas. Eu já mal distingo a ficção da realidade, a não ser que eu presencie o sofrimento ou me reveja nos actores da peça.

            O 11 de Setembro foi uma coisa muito abstracta para mim. Foram uns vídeos na televisão, umas centenas de fotos que vi, passados a milhares de quilómetros de distancia, no país que só é ultrapassado pela índia, em produção cinematográfica.

            Muito mais facilmente me compadeço com um pedinte na rua. O engraçado é que me dá a sensação que muita gente que tele-sofreu com esta tragédia, não se compadece com o que se passa na sua cidade nem faz nada para suavizar o sofrimento humano do próximo.

publicado por antiego às 11:18
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Quinta-feira, 7 de Julho de 2011

Sem Fé

            Os Faithless foram um dos meus grupos POP favoritos. Excelente música electrónica, grandes letras e um vocalista com uma esmagadora presença nos palcos e nos vídeo clips. O vídeo clip do “God is a DJ” é uma obra-prima, a música, a letra e o mini-filme formam um todo que se torna um verdadeiro Hino à… Música. Algo a tocar o sublime. Grande homenagem a esta arte que nos leva mais perto dos deuses e do transcendente.

            De resto, “God is a DJ” é talvez a única música da qual não me consigo fartar.

 

            Depois, os Faithless desapareceram das luzes da Ribalta, como a maior parte das estrelas POP.

            O nome do grupo contém uma certa ironia, na minha opinião. Interpreto que o nome Faithless, que se pode traduzir para “sem fé”, foi escolhido para alertar as pessoas para a crescente perda de fé da humanidade. A mensagem deste grupo é precisamente alertar para a falta de fé e falta de valores vigentes, e tentar transmitir conteúdos com valor.

 

            Já em declínio, no seu 4º álbum, os Faithless lançam o Hit “Mass Destrucion”, em plena moda das “Armas de destruição maciças”. O Hit foi muito fugaz, não pegou, apesar de ter uma boa batida e ser dançável.

            Traduzo parte da letra desta canção:

 

            “Quer seja uma arma de longo alcance ou uma bomba suicida

             Mente perversa é uma arma de destruição maciça

             (…)

             Desinformação é uma arma de destruição maciça…

             Racismo é uma arma de destruição maciça…

             Medo é uma arma de destruição maciça…

             Ganância é uma arma de destruição maciça…

             (…)

             Inacção é uma arma de destruição maciça

             Inacção é uma arma de destruição maciça

             Inacção é uma arma de destruição maciça”

Quarta-feira, 15 de Junho de 2011

Paraíso das Crianças

            Lembro-me do fascínio que sempre senti pelo “Portugal dos Pequenitos”. Eu devia ser mesmo muito pequeno quando fui lá, provavelmente nem andava na escola. As recordações eram tão vagas que o fascínio era a imagem mais presente.

            O lugar era tão encantador que parecia ficar fora do planeta. Na verdade, eu só soube que o lugar fica na cidade de Coimbra quando o procurei para levar lá a minha pequenada.

            O Fascínio perdeu-se. Aquilo é fixe mas não tão fascinante, aos olhos de um adulto. Contudo podíamos ter um espaço mais maravilhoso.

 

            O país devia de investir numa espécie de paraíso para a pequenada. Um cruzamento entre Portugal dos Pequenitos e Disneylandia. Tinha que ser uma coisa única e encantadora que atraísse gente de todo o país e até de todo o mundo. Somos um país turístico, justificava-se. Deveria localizar-se perto de Lisboa ou do Porto para garantir uma certa rentabilidade. De qualquer modo o objectivo principal não seria dar lucro. Seria uma obra social, um espaço gigante de entretenimento para as crianças e sobretudo um monumento àquilo que alguém um dia disse ser a melhor coisa do mundo, e tanta gente subscreve essa certeza.

 

            O Projecto poderia ir a concurso. E poderiam haver vários sub-projectos. As infra-estruturas, a planta, a ideia base, o esqueleto seria um projecto. Dividindo o espaço em várias áreas, cada área poderia ter o seu projecto que não divergisse do plano geral. O Espaço teria que ser modular, com possibilidade de se expandir. O Espaço teria que ter imensas árvores e verdura de toda a espécie.

            Ideias bases para o Paraíso:

 

  1. Um museu gigante ao ar livre,
  2. Uma espécie de parque das nações para as crianças,
  3. Sala de espetáculos,
  4. quinta-pedagógica,
  5. construções em mniatura como no Portugal dos Pequenitos.
  6. Construções em miniatura temáticas como Castelos de histórias dos irmãos Grimm, com as personagens feitas em cera dentro das construções.
  7. Parques Infantis com “Aparelhos” de brincadeira únicos (A concurso).
  8. Fundamental ter um bom dispositivo de segurança.
publicado por antiego às 10:23
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Quinta-feira, 19 de Maio de 2011

Casados Invejam Solteiros

            Há uma crença muito engraçada de que os homens casados invejam a liberdade dos homens solteiros. Isto faz-me lembrar automaticamente de quando eu passei de estudante universitário a trabalhador, de como fui pateticamente mauzinho e tive a resposta que mereci.

 

            Vejam esta imagem: eu, em casa de amigos ainda na Universidade, deu-me para tentar ser espirituoso, com esta ideia original:

- Sortudos. Vocês é que levam uma rica vida: a de estudante universitário.

 

            Ao que o mais atento e frontal respondeu em tom sério e grave:

- Vai-te foder.

 

            A conversa abortou logo ali. Vai provocar o c***.

publicado por antiego às 16:50
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Terça-feira, 15 de Março de 2011

Eles Pensavam

            Já aqui falei dos pedantes do “Não” e “Depende”. Hoje vou falar dos arrogantes do “Pensa! Pensa!”.

            No fim dos anos 90 havia a moda, de certos iluminados virarem-se para pessoas de QI inferior, e iradamente rogarem-lhes que pensassem um bocado.

 

            Geralmente estes iluminados eram pessoas hiper-activas, com a cabeça a cem à hora, uns poços sem fundo de ideias visionárias de como salvar o país e o mundo das malhas da imbecilidade.

            Só havia uma coisa que lhes escapava: o défice de atenção cognitivo que acompanha as crianças hiper-activas. Deste modo, tinham dificuldade em parar quietos e acabar o que começavam, e tinham dificuldades em aprender novos conhecimentos que estavam para lá da sua esfera autista.

 

            Eram os grandes Chico-espertos da vida. Eles é que sabiam, eles é que sabiam viver e… principalmente, e esta era a chave - eles pensavam.

 

            Mas por estranho que pareça, tudo o que eles pensavam já tinha sido pensado, dito e publicado, vezes sem conta. Ou seja, a sua sabedoria era constituída por enormes clichés. E eles convencidos que eram os autores desses esquemas mentais geniais. Tudo era bastante fácil. Se calhar tanta facilidade era desmotivadora.

 

            O “Pensa! Pensa” vive a duas dimensões, e ao encontrar-se com um “Num Sei…” que vive a 3 dimensões, a conversa poderia ser mais ou menos esta:

- Fosga-se pá! Não vês que isto é um segmento de recta! Pensa, Pensa! É uma coisa que tem um começo, um fim e parece uma linha. É só pensar.

- Hmmmm, num sei, é uma linha….

- Não é só uma linha! Blá blá blá…

- Ui, num sei, estava capaz de jurar que era um círculo.

- Um quê! O que é isso, um circulo diz ele, AH AH AH AH AH.

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