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Passos Coelho afirma “70’% da nossa despesa é com pessoal e prestações sociais. Não é possível não ir às despesas com pessoal e com prestações socais” aqui.
Estou farto de ouvir falar que 70% da despesa é com pessoal e prestações sociais como se não valesse a pena poupar nos restantes 30%.
Corta-se nos salários, corta-se nas prestações sociais, não se corta nos outros 30% porque essa fatia é quase desprezível.
Do mesmo modo Paulo Portas comprou 2 submarinos por mil milhões de euros, uma pechincha, considerando que se trata menos de 1% do PIB.
Tentar poupar um milhão de euro aqui ou ali deve dar a maior gargalhada.
Deixemo-nos de merdas. Vamos saber de números com um 2º grau de profundidade.
1 – dos 70% quanto é nos salários, quanto é de prestações sociais?
2 – Quais as maiores fatias nos outros 30%?
3 - Onde se pode poupar mais (percentualmente) quer a fatia seja de 70 ou de 0,1%?
Como nada dizem sobre isto, parto os 70% ao meio. Portanto, gasta-se 35% com salários, 35% com prestações sociais e 30% com o resto. E então, onde ser corta agora?
Há uns meses atrás o Primeiro Ministro recebeu uma delegação da APFN (Familias Numerosas Association) que foi alertar para os problemas do Inverno Demográfico trazendo uma lista de sugestões de medidas a adoptar para ajudar as familias Portuguesa. Portugal é o 2º país do mundo com a menor taxa de natalidade.
Como consigo imaginar o sorriso permanente de Passos Coelhos a ouvir os problemas dos pais que quer tenham 10 filhos ou nenhum, pagam os mesmos impostos: Passos vai ouvindo com o seu sorriso amarelo e acenando a cabeça como quem dá toda a razão...
- Lamento, mas não há folga orçamental.
Não é anedota inventada, isto foi mesmo noticia. Não haver folga orçamental foi a justificação dada para mandar as familias à merda.
AI o tribunal constituicional vetou o corte dos subsidios da função da pública? Agora chupem com o agravamento da taxa da segurança social de 11 para 18%!
Ai o povo saiu à rua e quase toda a gente reprovou a nossa medida genial da TSU? Agora chupem com o novo pacote de medidas de auteridade do orçamento de estado para 2013.
Meus meninos, o governo é um papá muto disciplinador. Se não querem comer a sopa, ele vota mais um colher, e mais uma, e mais uma. Comam e não bufem?
O povo tem todo o direito de se manifestar e o governo de aumentar os impostos.
Acho que é uma questão de tempo até anunciarem um imposto sobre o subsidio de Natal deste ano. E justifica-se tão bem: é uma medida mais equitativa, faz com que o esforço de 2012 não recaia apenas nos funcionários públicos.
Quanto ao OE de 2013, o equilbrio faz-se sempre por baixo. Se é inusto partir duas pernas a uns e a outros não partir nada, é mais justo partir duas pernas e um braço a uns, e a outros partir uma perna e um braço.
Vezes sem conta toda a gente diz: são sempre os mesmos a pagar. Ou seja, acusam de pôr o esforço nos trabalhadores e de não terem a coragem de fazer os ricos pagar também a crise.
Agora o cúmulo é tirar aos probres para dar aos ricos. É o que está a fazer o Passos Coelho ao subir a taxa da segurança social de 11% para 18%, dos trabalhadores, e a descer o TSU das empresas.
Até o Tio Belmiro da SONAE, um dos mais beneficiados, diz que isto é a maior estupidez. Ai, meu país.
Só encontro uma explicação: a troika obrigou a esta decisão (partia as pernas ao Passos Coelho).
Há uma absoluta certeza no circulo social que me rodeia que a decisão do tribunal constitucional ter vetado o corte dos subsidios na função pública foi uma combinação com o governo.
O gioverno terá pedido que vetassem esta medida para ter justificação para ir ao bolso de todos os trabalhadores portugueses.
E ainda me chamam de ingénuo por eu não ver isto.
O que me parece sim é que o governo já se preparava para tirar, definitivamente, os subsidios aos funcionários públicos.
Respondem-me que com este veto vão é tirar, definitivamente, os subsidios a todos os trabalhadores. Nâo acredito, pelo menos a curto ou médio prazo, isso iria significar muito menos receita de IRS para o estado.
Temos que ver que são duas coisas muito diferentes: cortar um subsidio e criar um imposto extra para um subsidio.
Para mim não tem lógica nenhuma, a não ser uma lógica da primária. Será que este pessoal anda a ler o correio da manhã? Será que as mentes do sul foram formatadas durante dezenas e dezenas de anos, pelo correio da manhã?
Não acredito que o governo desejasse esta decisão. Fica com menos uma arma. O governo poderia ter continuado a cortar os subsidios através de impostos extraordinários como o fez no subsidio de natal de 2011. Só não o fez porque a troika exigiu que a consolidação fosse feita por parte da despesa. O governo não precisava deste veto para poder lançar impostos aos salários dos privados.
Bastava o governo estar mais apertado financeiramente para lançar um imposto extra sobre o subsidio de natal aos privados e penso que essa hipótese o Passos Coelho já a tinha em aberto, até já para este ano. Agora, claro, que com este veto, não vai ter alternativa para o ano.
Eu nunca fui á baila com teorias da conspiração. As teorias da conspiração cheiram-me sempre demasiado a Hollywood.
Felizmente o estado está a acordar para o problema demográfico. Cada vez nascem menos crianças. A falta de ajuda do estado pode tornar a decisão de se ter um filho um verdadeiro acto de inconsciência. Os grandes defensores da penalização do aborto, podiam começar a descontar 5% do seu salário para apoio às novas vidas, já que são tão pró-vida.
Foram criados Jardins de Infância nas escolas de ensino básico. Boa medida. O irónico é que sobrou espaço para os jardins porque cada vez há menos crianças. A minha antiga escola preparatória, onde fiz o 5º e 6º ano, agora vai até ao 9º ano. Imagine-se quantas crianças a menos há.
Contudo, há uma gritante insuficiência de creches do Estado, para educar crianças até aos 3 anos. As poucas creches da segurança social e da Santa Casa da Misericórdia estão a servir apenas para tratar de crianças de risco e sem dar resposta a todas.
Vou-vos apresentar um casal sem filhos, a viver em Lisboa, que tendo um rendimento mensal de 1500 euros líquidos, pode pensar em ter um filho e pagar 400 euros por uma creche, durante 3 anos:
Vejamos as minhas contas sobre este casal:
Renda/Prestação Habitação |
500,00 € |
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Transportes |
48,00 € |
passe carris |
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Electricidade |
20,00 € |
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Gás |
15,00 € |
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Água |
10,00 € |
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Internet e TV |
40,00 € |
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Telemóvel |
30,00 € |
15 euros cada |
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Supermercado |
200,00 € |
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Total |
863,00 € |
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Este casal é saudável sem despesas de saúde, não tem vícios caros (os únicos são ver TV e navegar na internet), é caseiro, não passeia, não passa a vida ao telemóvel, não tem carro, por isso vai ter que andar com o bebé em transportes públicos, é elegante, não gasta muito na alimentação, nos intervalos de almoço do trabalho, come da sua marmita, e anda com a mesma roupa há anos, visto que pararam de crescer.
Já ter 2 filhos é a completa bancarrota.
Pelo que li recentemente, estão projectadas creches do estado para Lisboa. Pois, mas para quando e quantas vagas vão haver?
Finalmente vamos ter um governo que se preocupa com a família… nunca fiando. Preocupar é uma coisa, vamos ver as medidas concretas.
Já que parece que vai haver uma revolução nos escalões do IRS, aproveitem para fazer uma demonstração cabal de justiça. Podem, por exemplo, criar o “coeficiente familiar” (existente em França).
Segundo a proposta da APFN, cada cônjuge teria um coeficiente de 1 e cada dependente teria um coeficiente de 0,25.
É possível que não haja distinção entre um casal sem filhos que tem um rendimento anual de 30.000 € e um casal com 2 filhos, que tem um rendimento anual de 30.000 € ??
Para as contas se equilibrarem, se os contribuintes com filhos passam a ser menos penalizados, provavelmente os contribuintes sem filhos terão que ser mais penalizados. E podem galinhas perguntar:
- Mas que culpa tenho eu de não ter filhos?
Pois, absolutamente nenhuma, mas ó rica, quem vai pagar a tua reforma, os teus devaneios de 3ª idade, e cuidar de ti quando estiveres entrevadinha, são os filhos de Portugal que estão a nascer hoje mesmo.
Retirado do Jornal i:
<<Na área social, o programa tem uma medida inédita. Todas as iniciativas governamentais para poderem ser aprovadas em Conselho de Ministros têm de receber o “visto familiar”, que avalia o impacto da proposta na vida das famílias e o estímulo à natalidade. Só com o visto é que avançam. “Entendemos que as preocupações das famílias são transversais e estão presentes em todas as áreas da governação. Assim, qualquer iniciativa que seja aprovada em Conselho de Ministros requer a prévia aposição do visto familiar, ou seja, uma avaliação quanto ao impacto que tem sobre a vida familiar e o estimulo à natalidade”, lê-se no programa
O executivo pretende ainda inverter a tendência de queda da taxa de natalidade, apostando em medidas de natureza fiscal “que estimulem os casais a ter mais de dois filhos, majorando as deduções fiscais e outros incentivos aplicáveis” principalmente para famílias numerosas. Estão ainda previstos incentivos à fixação de famílias em zonas com pouca população e investimento numa rede de creches próximas dos locais de trabalho dos progenitores, em articulação com as Misericórdias, instituições de solidariedade social, autarquias e empresas.>>
Que eu esteja redondamente engano e que o Passos Coelho seja o melhor governador de Portugal até à sua data.
O facto de ele viver numa localidade do povo, Massamá e de as filhas frequentarm o ensino público, dá alguma esperança. A propaganda politica usou bem este factos. A imagem do homem mais perto do pobão.
Se calhar não há voltar a dar na minha ingenuúidade: o politico tem que mesmo mentir e dizer coisas populistas se quiser agradar e ganhar votos. È dentro nesta lógica do bom malandro que eu admito afirmações demagógicas.
Eu tudo o que eu lia: jornal i, jornal Sol, televisão, revista sábado, etc, vi uma tendencia gritante para o Passos Coelho. Qual isenção Jornalistica qual quê, eu que pouco percebo de politica vi nitidamente os jornalistas a penderem para o Passos Coelho. Talvez todos eles achassem que estavam a prestar um serviço patriótico.
Vai-se a ver, e para lá de um estilo meio pateta, artifical e demagogo do candidato, está um homem que realmente é honesto e tem vontade de fazer coisas bonitas pelo país. E o facto de ser jovem venha acompanhado com o idealismo, sonho e honestidade.
Parabéns Passos Coelho, este é o meu voto de confiança.
Formando o governo com o menor número de ministros de sempre.