. Anda para aí uma falta de...
. Taveira, o Caso, a Anális...
A blogosfera veio confirmar que, nesta vida, tudo se resume a sexo. A coisa mais importante no mundo é o sexo. De facto, até já li que a internet floresceu devido à indústria pornográfica. A percentagem de ficheiros partilhados, por esse mundo fora, são, na sua esmagadora maioria, videos pornográficos. A indústria do prazer é a principal lesada da pirataria informática.
Ainda se falassem sobre sexo de uma maneira original e autêntica… mas não, é só escarrapachar clichés.
Já li vários posts a iluminarem os blog-leitores que o grande mal do mundo é a falta de sexo. Eureka! Devem-se ter sentido uns génios ao terem essa percepção aguda que o grande mal estar das gentes é devido a não darem umas quecas, bem dadas.
Coitados, não sabem mais, só sabem de sexo. E tudo gira á volta do sexo, como se fossem adolescentes a iniciarem-se sexualmente ou a fervilharem por se iniciarem. Dizem que é das hormonas.
Há coisas bem mais graves do que a falta de sexo. Está certo que sexo é uma necessidade básica fisiológica. Quem se priva de uma necessidade, seja comer, beber ou ter sexo, sofrerá de forte irritação. De uma maneira, ou de outra, a necessidade sexual se resolve (Já a necessidade maternal se satisfaz com um macho ou o seu sucedãneo). Mas há uma necessidade básica que não é, de maneira alguma, auto-sufciente. E essa é o afecto.
Podem também fazer outro exercicio de imaginação: emigrante brasileira a viver num país frio, a trabalhar 12 horas por dia, vivendo num quarto em condições paupérrimas.
Para as bloguistas cheias de cio, é só ter sexo e andam o dia inteiro de sorriso de orelha a orelha. Dá para as Imaginar num sketch porno em que o canalizador dá-lhes a chapa 5: Chupa! começa romanticamente de missionário, ela monta-o de costas, ele dá-lhe uma canzana, vai-lhes ao cú e depois vem-se para a cara da gaja, para grande alegria dela.
Há coisas bem mais graves que a privação de sexo e que fazem ou deixam uma pessoa rabujenta e mal-humorada. Elas são a privação de afecto e, tão simplesmente, a privação de sono.
Para sua imensa sorte, estes iluminados do sexo (em que o sexo é o caminho da felicidade) nunca sofreram daquelas privações, de uma maneira doentia.
Já o autor de Chispes e Couratos, diria que:
- Anda por aí muita gente com falta de uma boa refeição! Se as pessoas comessem uma bose de lampreia ou tivessem em casa um delicioso presunto caseiro, não andavam por aí rabujentas e antipáticas com os outros.
Ainda me sobra aquela minha longinqua ideia de que um grande problema é o ego. Um ego mal saciado é do camandro. Mas, quem fala em ego fala em afecto? Também.
Chamo à atenção para o uso indevido da conjugação mas. Ouve-se por aí demasiadas(os) idiotas a dizerem frases como:
- Eu fui ao restaurante mas comi um cozido à Portuguesa.
- A Mariana é uma mulher estupenda mas é bonita.
Quando o mas deve ser usado em frases como:
- Eu gosto de sexo mas não gosto de apanhar no cú.
- A Mariana é uma mulher jeitosa mas não… (censurado pelo diácono dos blogues)
Para dar mais uma pista: o mas não é um e.
Desde que se fala dos videos do Taveira, fala-se que existem outras cassetes. Parece que há uma cassete que toda a gente viu, mas existem várias que andam por aí, ou estão muito bem guardadas. Inclusive falava-se de uma cassete só com gajas famosas. Rita Blanca, Leonor Beleza? A cassete que vocês viram não tinha só 4 senhoras?
Ora, está na cara que não existem mais cassetes (quanto mais elas estariam no poder, exclusivamente, do realizador – as não descobertas). Isto é mais uma extrapolação tipica do povo. Quem conta um conto… Ele comeu aquelas quatro gajas, claro que comeu muitas mais e elas andam aí noutras cassetes. Mais hilariante é existir a cassete das famosas. Muita imaginação do povo – se ele comeu jovens apetitosas e como é uma “celebridade”, de certeza que foi ao cu a outras celebridades.
Meus amigos, se essas cassetes existissem teriam aparecido. Há mais, há mais, mas nunca vi ninguém dizer que as tinha ou alguem que as visse. Mais um mito.
Neste escandalo há uma questão moral que não posso deixar passar em claro. Quem somos nós para julgar as raparigas? Sabemos nós dos motivos que as levaram a tais práticas? Uma coisa é ouvir falar dos motivos, outra coisa é saber.
Dizem que elas deram o rabinho para subirem na vida, para passarem à cadeira do arquitecto, etc. Más linguas, que cena. O povo fala muito, inventa e acredita naquilo que é mais degradante acreditar. Quem sabe se elas não estavam lá por gosto? Dor, há quem goste de dor. Quem sabe se elas não estavam apaixonadas por ele e o sacana se estava a aproveitar delas? O amor é cego e pode levar a sacrificios. Quem sabe se elas não eram mães solteiras e precisavam de alimentar o filhinho? Quem sabe se elas não tinham a avózinha que precisava de um transplante de coração e precisavam das influências do arquitecto para passar à frente das infindáveis listas de esperas.
Estamos num mundo cão. Quem somos nós para julgar.