. Para arrogante, arrogante...
. Toca a intervir, cambada ...
Neste artigo, da Wiki, podemos ler:
“Na Fantasia dark ou ficção de horror, o mundo paralelo é freqüentemente um local oculto para coisas desagradáveis…”
Eles existem como que num mundo paralelo ao nosso. Mas que raio, porque se têm de cruzar connosco e não ficam no seu mundo? Mundos paralelos supostamente só se cruzam na ficção.
Num grande centro comercial de Lisboa, dirigi-me ao WC e reparei num senhor sentado numa cadeira de rodas, com a sua mulher. Quando saí, esse casal ainda lá estava. Eu fiquei à espera da minha mulher. E eis que, do WC para deficientes sai uma senhora com duas meninas de cerca de 6 a 8 anos. As meninas disparadas, passam pelo senhor que é ajudado pela sua mulher a entrar no WC, perguntando uma delas, curiosa:
- Ó mãe, que tinha aquele homem?
- Despacha-te.
Para aquela mãe educadora, com o seu nariz de senhora, esse senhor nem seria um homem, mas um homeniznho ou uma criatura. Eles não existem, mas acabam por dar jeito por nos proporcionarem uma casa de banho espaçosa que geralmente está vaga porque muitas pessoas têm escrúpulos em a usar. E pelo ar da senhora, já a estou a ver responder:
- Jeito !!?? Não seja por isso, por mim podem acabar com essas casas de banho, que não me fazem falta nenhuma!
Numa realidade paralela, o acidente de viação que tive quando era um estudante universitário inconsciente, deixou-me paralitico.
Ter orgulho na sua sorte pura é das coisas mais vis que há, digna de uma besta infantil. Quantas vezes não me recordei de uma entrevista num talk show ao Fernando Peça, na qual, relatando os tempos em que esteve em Londres, na 2ª guerra mundial, disse em tom de graça e sobranceria:
- Eu ouvia as bombas a cair, mas elas caiam sempre ao lado.
Só faltava acrescentar: em cima dos outros. Ao que o público deu uma grande gargalhada.
Eu realmente devo ter algo de muito especial para que nenhuma bomba me acerte, ou para que não fique irremediavelmente marcado num acidentes que tenha, ainda para mais contando que me estou a marimbar para tudo, sem tomar qualquer precaução. O que deves ter de especial deve ser a coragem.
Cada vez mais fui notando a arrogãncia e paternalismo das pessoas. Será que ela aparece com a idade? Sim, é a cena da maturidade. Com a idade, já somos muito experimentados, sabemos mais, e daqui a pensarmos que sabemos mais que os outros, mormente, os mais jovens, é um passo.
Existe no mundo uma aberrante carência do ego. Esse insaciável. Temos que alimentar o nosso ego. E uma das formas de o alimentar é acharmo-nos mais sábios que os outros. É sermos mais que os outros. Isto é uma competição velada.
A competição da sabedoria passa-se mais entre o mundo dos homens.
Farto de estar rodeado por tantos arrogantes, sábios e até regadores, cheguei à conclusão que tinha que ser arrogante também. E não é que resulta? É uma excelente defesa. E resulta ainda mais quando estamos a ser atendidos. Com a arrogãncia e agressividade já já ganhei muitos euros.
Podem pensar: ah, o gajo diz que nem era arrogante. Oh, isso é ele a falar. Engano. Os arrogantes são como os bêbados. Nem notam que são arrogantes. Não têm a menor consciência disso. Por outro lado, eu quando estou a ser arrogante, tenho a plena consciência (e até sentimento de culpa) de que estou a ser arrogante.
Dói-me ser arrogante, mas obrigam-me a sê-lo, para me defender.
Só espero que de tanto me obrigarem, eu realmente não me torne num. É que o homem é um animal de hábitos.
Há uns anos o Luís chamou-me à atenção para isso. Uma empresa enviara-lhe um extracto com cerca de 5 folhas, onde bastavam 2 ou 3.
Estou farto de receber papelada em casa. Agora a minha luta é chamar à atenção de todas as empresas que me enviam correspondência, para não o fazerem. Os bancos já têm a opção de emitir o extracto em forma digital. Faltam todas as outras empresas ou falta eu não ter reparado que há mais.
Àgua, Luz, Gás, Internet, Operadora telefónica, etc. Todas devem dar a opção de recebermos os extractos por mail. Aliás, no caso ideal, caso tivessemos mail, nós é que teriamos de expressar a preferência em receber por papel.
Quem não fizer isto, sempre pode continuar a dizer mal dos portugueses e como, entre milhentas coisas, não têm civismo nenhum.