"Espicaçar as consciências adormecidas"

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Quinta-feira, 12 de Março de 2009

Posso lhe Comprar um Cigarro?

            Posso dizer mal dos ingleses, mas tiro-lhes o chapéu em bom senso. Olham àqueles detalhes que a nós, os Portugueses, achariamos picuíces, mas que fazem muita diferença.

            Em Inglaterra ninguém crava cigarros. Se alguém quer um cigarro de um desconhecido, eis a maneira de o abordar:

- Can I buy you a cigarrete?

 

            Pelo menos, era assim quando eu estive lá, em 1996/97. Nessa altura, o tabaco lá custava quase 3 vezes mais do que aqui. E o preço não estava tabelado. O que quer dizer que numa cidade mais pequena, ele custava umas 2 libras e 70, em Londres custava cerca de 3 libras. Perante esta abordagem delicada, na maior parte das vezes a pessoa não vendia, mas dava o cigarro, de qualquer forma. Certa vez, no mercado de antiguidades em Londres (Portobello, acho eu), estava numa loja, quando irrompe por lá adentro um inglês passada da cabeça, com um libra em riste.

- Preciso de um cigarro, quem me arranja um cigarro por uma libra?

            Era uma cena cómica, teve logo uma oferta pronta e generosa:

- Bem, por uma libra até lhe arranjo 3.

- Não, só quero um.

            Lá fizeram a troca rápido devido à sofreguidão do cliente. Grande negócio em Portobello. Eu tinha cigarros e até estava perto dele.

 

            Hoje em dia, um cigarro de um pacote de tabaco, custa quase 20 cêntimos, diria que, mais precisamente, 34 escudos na moeda antiga. É dinheiro. Acho de uma grande educação e sensatez não cravar tabaco, mas sim pedir o favor de nos cederem. Esta prática também iria dissuadir os xungas que se fartam de cravar.

            A certa altura, devido a cravas ao desbarato e sobretudo ao aprender que muitas vezes acontece que uma pessoa dá, é generoso, e ainda leva na pinha, decretei esta regra para mim: não dar nem pedir cigarros a desconhecidos.

 

            Na universidade, toda a gente amava e cravava toda a gente. Na discoteca, cheguei a cravar uma maço de tabaco, um a um, a cada pessoa diferente. Conheciamo-nos todos, nem que fosse de vista.

            Quando tinha deixado de fumar, apeteceu-me, pontualmente, um cigarrinho. Estava numa esplanda e não conhecia ninguém. Iria quebrar a minha regra de não cravar cigarros a desconhecidos. Mas fi-lo da melhor forma:

- Desculpe, posso-lhe comprar um cigarro?

- Não lhe vendo, dou-lho.

 

            Não é uma maneira airoso de cravar um cigarro? Porque não chega a ser cravar sequer. Eu estava mesmo disposto a comprar o cigarro. A minha oferta não passaria dos 50 cêntimos. Bem, acho que o preço mais justo são uns 20 cêntimos.

 

            Quanto a tabaco, mais duas histórias.

            Certa vez, na discoteca Hippodrome, em Londres, um gajo abordou-me:

- Can I buy you a cigarrete.

- No…

            A cena era: eu tinha uns 5 cigarros e não sabia se eles iriam chegar. O tipo irritou-se um bocadinho (pufff, fumadores..)

- But, I Buy you!

- No, no.

            Feitas as contas, acabei por não fumar os 5 cigarros, cheguei a casa com alguns ainda no bolso. Mas não ía adivinhar.

            Porque contei esta história? Não sei. Seria para dizer que não eu não me vendo nem me rendo? Nem por ideais nem por libras? Se tiver algum leitor psicologo, por favor comente isto.

 

            Outra vez, estava eu na discoteca mais famosa da Europa: o Hippodrome. Que para quem não sabe, fica em Londres. Palhaços, vão visitar o museu de cera, o Big Bem, e Hippodrome não existe. Então, deixei o meu casaco no bengaleiro, descontraídamente, como se não fosse fumador. Quando chego cá em baixo, perto da pista, reparo que não tenho tabaco. Vai daí, voltei ao bengaleiro e pedir para me chegarem o tabaco que me tinha esquecido no casaco. Não é que me disseram que esse serviço pagasse !!! Foda-se! Então eu recusei o serviço, por principio. E fiquei umas horas a amargar e sem comprar cigarros ao pessoal. O que pensando bem, se calhar foi grande totocisse. Ora aí estava um bom pretexto para encetar diálogo.

 

            Um pormenor de classe do Hippodrome: no WC dos homens há um Gorila lá dentro, a policiar aquela merda. O que me deixou bastante descansado, porque há pouco tempo tinha ouvido que um gajo foi enrabado por uns negros, numa casa de banho de uma Disco, na terra onde eu trabalhava e saía à noite.

 

            Ainda tinha mais um apontamento da UK para escrever mas esqueci-me. Não quero ser gralha.

 

            Não, voltei a lembrar-me: O Hippodrome tem uma discoteca bébé dentro dela, que acho que se chama qq coisa Oxigénio. È uma discoteca unicamente de Salsa. Devido a um colega Espanhol, lá entramos nessa sala Bébé (Bébé, como quem diz, Bébé grande). Foi assistir a um espetáculo de Salsa. Disseram-me que a discoteca era frequentada por alunos de Salsa. Foi altamente. Curiosamente, no Hippodrome, talvez naquela noite em que me quiseram comprar um cigarro e eu fiz-me de dificel, vi um gajo a dançar perto da pista de dança, que era um autêntico show (era um cliente). Talvez fosse aluno de dança moderna ou criativa ou qq coisa do género. Ou seja, perto ali da Leicester Square, parece haver um viveiro de grandes dançarinos.

 

            Nessa mesma noite de Salsa, houve ainda aquele episódio, no qual eu esperei uma meia-hora para ser atendido no bar, e quando o barman se debruçou:

- Excuse, would you like anything?

- I Want nothing.

(…)

            Não vou contar esta história porque o tempo é escasso e temos que acabar este programa por imperativos de programação.

 

             Para terminar, só este apontamento: Nunca vendi um cigarro. Se propuserem me comprar um cigarro, eu vendo: 20 cêntimos. Se simpatizar muito com a pessoa, ofereço-o. Não se esqueçam de abordar primeiro com:

- Desculpe o incómodo...

música: Common People - Pulp
Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2007

Era uma vez um Fumador

            Comecei a fumar na Universidade. Más companhias e alcool. Eu que era o maior antitabagista do mundo. E continuei a sê-lo como fumador.

            Nos tempos académicos, levantava-me e fumava de seguida 3 cigarros em jejum. E depois com o café da manhã, mais um. Como me sabiam pela vida. O sistema ficou esquisito com os anos. Deixei de conseguir fumar cigarros em jejum. Tinha que comer, primeiro, nem que fosse uma bolacha. Os cigarros já não me sabiam tão bem. Passei dos 3 maços académicos por dia (2 maços na noitada) para um maço. E quando os cigarros até já sabem muito mal e fumamos na mesma? Isso é decadência. Uma estupidez.

            Deixei de fumar há um mês. Assalta-me diversas vezes uma forte vontade e a ideia do grande prazer de fumar.

            O meu happy thought é que já tive muito prazer a fumar, na vida. Já tive os meus grandes momentos a fumar. Grandes noites de borga, grandes noites de estudo, sempre a a dar-lhe. Costumava dizer que o tabaco era o meu combustivel. Fumava muitas vezes aquele que eu chamava o “cigarro da cogitação” – consistia simplesmente em fumar a fazer uma das coisas que mais gosto de fazer: pensar. Ouvir uma musica excelente a fumar um cigarro, era um prazer supremo. Um cigarro e uma musica, que combinação perfeita. Tomar um café sem fumar é algo de impensável, não faz sentido, é pior do que fazer sexo com preservativo.

            É uma das coisas que me consola e me ajuda a mentalizar para não fumar mais. Pensar que já gozei o suficiente a fumar. 18 anos a fumar, não chega? Como o homem que casa aos 21 anos, cedo, depois de ter centenas de mulheres, dizendo: mas gozei bem a vida.

Sexta-feira, 23 de Novembro de 2007

Não há fumadores por coincidência

Quando é que uma pessoa estremece e pensa que fumar é, afinal, uma coisa elevada e magnifica?

                Quando vemos uma gaja com um rabo bom e amorosa a fumar.

                Quando nos deparamos com a seguinte cena de um génio: Sherlock Holmes está moribundo, a sucumbir de uma doença às mãos de um feroz rival. Este está prestes a desferir o golpe mortal.

- Há alguma coisa que possa fazer por si?

- Gostaria que me passasse um cigarro, por favor.

Quando o rival se volta, está o Sherlock Holmes, de pé, a acender um cigarro e profere estas palavras irresistiveis (tinha sido uma encenação de 3 dias):

- Passar 3 dias sem comer, vá que não vá, agora 3 dias sem fumar é insuportável.

 

Revi e aumentei a minha receita para deixar de fumar. Não seja chupado por essas empresas e médicos que dizem querer ajuda-lo a deixar de fumar. O meu método é garantido: apanhar uma faringite, Deitar o tabaco ao lixo, não comprar tabaco, não cravar tabaco e não ter uma plantação de tabaco no quintal.

Truque psicológico: quando você vai no 8º dia sem fumar, pense assim: vou estragar o meu trabalho de 8 dias com um único cigarro? E por aí fora com n dias sem fumar.

 

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